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Transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental

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CLARICE DA SILVA MARTINS – N266GE4
A TRANSIÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL PARA MELHORAR A ADAPTAÇÃO DA CRIANÇA
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP
2019
TEMA:
 A TRANSIÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL PARA MELHORAR A ADAPTAÇÃO DA CRIANÇA
JUSTIFICATIVA: 
A transição da Educação infantil para o ensino fundamental pode ser um processo dificultoso principalmente porque a criança entra cada vez mais nova na escola e consequentemente mais imatura, além do fato de vir da educação infantil, onde aprende brincando e parte para o ensino fundamental onde existem muito mais regras e horários para tudo, onde não há parque todo dia e nem brincadeiras constantes para aprender, ou seja, as crianças já tem uma visão de escola formada e quando acontece essa mudança de ciclo, há o estranhamento e consequentemente a dificuldade para se adaptar a esta nova realidade.
 A proposta deste trabalho é entender como ocorre a transição da educação infantil para o ensino fundamental, com o propósito de diminuir o impacto e sofrimento da criança em relação à escola ao adentrar no primeiro ano dos anos iniciais, uma vez que a criança quando vem da educação infantil se depara com uma rotina e regras novas e mais rígidas do que estavam acostumados antes.
OBJETIVOS: 
O objetivo com este tema é o de explicar o processo adaptador entre educação infantil e ensino fundamental, em como a criação de uma ponte, uma ferramenta que prepare a criança para a entrada no mundo do ensino fundamental. O objetivo da pesquisa é procurar possíveis problemas ou dificuldades que a criança passa nessa adaptação de nova escola, salas com regras mais rígidas, carteiras enfileiradas, com livros e cadernos em mãos, sendo aptos a copiar e repetir o que a professora passa, feitos robozinhos. A pesquisa vai em busca de explicações da criança que passa do lúdico para o aluno de Ensino Fundamental, e toda essa transição, que também é vivida pelo professor e todos em sua volta. Busca caminhos e formas de compreensão entre ambos, aluno e professor, encaminhando-os para uma clareza do que é essa experiência da criança na sala de aula do primeiro ano do ensino fundamental nessa fase importante e decisória do aluno, pois nesta etapa é de importância despertar nesses alunos o interesse, gosto de aprender e da aprendizagem.
SITUAÇÃO PROBLEMA: 
O problema que esse trabalho permeia é a questão da transição da educação infantil para o ensino fundamental cuja qual ocorre de forma pouco articulada e como são conduzidas as crianças para que se adaptem melhor no primeiro ano do ensino fundamental de forma que mesmo sendo imaturas elas consigam entender os processos de Alfabetização e Letramento. Sendo assim, o Projeto traz percepções de como o processo de adaptação para a criança é importante pois as preparam para que tenham maior vínculo com o aprendizado.
A solução para este problema nada mais é do que a criação de políticas públicas que comtemplem esta articulação da adaptação adequada para as crianças da educação infantil para o ensino fundamental. Políticas estas que não se resumem apenas ao poder do governo, mas que devem ser pensadas e incluídas no planejamento da educação infantil
DESENVOLVIMENTO: 
A entrada da criança na escola tem ocorrido cada vez mais cedo, sendo de papel das creches e pré-escolas a inserção da criança neste meio escolar de maneira satisfatória e com menos traumas. Embora muitas crianças hoje em dia frequentem creches desde muito pequenos, a obrigatoriedade de ensino se dá apenas a partir dos 4 anos de idade, segundo a lei nº 12.796/2013, e que começou a valer a partir de 2016, que é quando a criança entra na pré-escola se estendendo até os 6 anos, quando esta criança entrará no ensino fundamental.  O novo documento ajusta a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) à Emenda Constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009, que torna obrigatória a oferta gratuita de educação básica a partir dos 4 anos de idade.
	Quando entram na educação infantil, seja na creche com 1 ano ou na educação obrigatória com 4 anos nos deparamos com diversas dificuldades, a principal delas é compreender a criança, saber suas manias e sua rotina, e assim iniciar a adaptação de forma segura para que a criança, a família e os profissionais possam se sentir seguros para trabalhar durante o ano. O período de adaptação leva um tempo para ocorrer e durante este processo a criança pode parecer que nunca irá se adaptar, mas com perseverança podemos ver a adaptação acontecer muitas vezes mais rápido do que imaginávamos. Embora seja uma fase difícil, a adaptação passa e o restante do ano letivo costuma ser muito tranquilo para os alunos e também para o professor. 
	O período em que a criança se encontra na educação infantil normalmente é muito bom e prazeroso pois é uma fase em que a criança aprende brincando. A estrutura escolar é pensada para atrair a criança para a escola, normalmente tem bastante cor, figuras nas paredes, muitos brinquedos e brincadeiras, fazendo com que a criança se sinta acolhida pela escola e que se sinta feliz em estar naquele ambiente. 
	Quando a criança aos seus 6 anos sai da pré-escola e entra no primeiro ano do ensino fundamental ela se depara com uma realidade completamente diferente do que via anteriormente, no geral. As escolas de ensino fundamental trazem consigo uma seriedade muito maior, menos cores e uma rotina rígida e muitas novas regras para serem seguidas. É normalmente um ambiente maior, com muito mais crianças que além de tudo são maiores. Agora eles têm uma nova sala de aula, poucos ou nenhum brinquedo disponível, carteiras enfileiradas e precisam copiar a matéria da lousa, fazendo com que eles entrem numa realidade nunca vivida antes, o que torna a experiência algumas vezes difícil.
	Em 2006 foi aprovada a lei que transformaria o ensino fundamental de oito anos em um de nove anos (Lei no 11.274/2006) que começaria a valer a partir de 2010. Sobre o ensino de nove anos o Ministério da Educação afirma: 
...em 6 de fevereiro de 2006, a Lei no 11.274, institui o ensino fundamental de nove anos de duração com a inclusão das crianças de seis anos de idade.
Com a aprovação da Lei no 11.274/2006, ocorrerá a inclusão de um número maior de crianças no sistema educacional brasileiro, especialmente aquelas pertencentes aos setores populares, uma vez que as crianças de seis anos de idade das classes média e alta já se encontram, majoritariamente, incorporadas ao sistema de ensino – na pré-escola ou na primeira série do ensino fundamental.
	A partir da aprovação desta lei as crianças começaram a entrar um ano mais cedo na escola, ou seja, não mais com 7 anos, mas agora com 6. Essa mudança afetou diretamente as crianças ingressantes no ensino fundamental, pois agora elas entrariam mais imaturas na escola, afetou também docentes e gestão, pois a partir daquele momento teriam que buscar maneiras para trabalhar com esta nova faixa etária.
	Após quase 10 anos com essa lei em validação ainda vemos muitas falhas em relação a essa entrada da criança mais cedo na escola. Vemos que muitas coisas precisam ser melhoradas e repensadas para que haja uma adaptação mais tranquila para a criança e para que ela não sinta falta da educação infantil, mas que se sinta integrada ao novo ciclo em que se encontra.
	As escolas em geral, de ensino fundamental não são pensadas para estas crianças que entram tão cedo na escola, eles não possuem um parque e se possuem normalmente estão depredados, o que inviabiliza seu uso. Normalmente esta falta de parque ou as más condições dele se dão por haver crianças maiores e adolescentes na mesma unidade escolar, e estes por não respeitar o local, o estragam.
	Além disso, as crianças se deparam com escolas maiores, banheiros longe da sala, a separação dos amigos antigos, e o encontro com crianças novas, o medo do novo, o medo do abandono da família e muitas vezes, também com a frieza do professor (a).Tudo isso gera uma dificuldade na adaptação da criança que em geral causa o choro e o desespero, e que muitas vezes é visto como birra e falta de educação da parte da criança. Vale destacar que de acordo com Facci (2004), na educação infantil a ênfase recai sobre o jogo e o brinquedo, e nos anos iniciais a ênfase recai sobre o estudo, no 5626 que isso se diferencia? Como o fazer docente marca as relações na e para a aprendizagem das crianças?
 Temos defendido a ideia de que participar, brincar e aprender são necessidades e direitos da criança que devem ser garantidos na escola, com a função de oportunizar a apropriação dos elementos da cultura em qualquer momento do desenvolvimento e da formação do sujeito. (QUINTEIRO; CARVALHO, 2012, p. 198)
	
	A fala do Autor nos afirma a importância do aprender brincando e com isso reforçamos a necessidade de se repensar as práticas pedagógicas usadas com estes pequenos seres em formação, pois, assim que entendermos a importância dos jogos e do lúdico também no primeiro ano do ensino fundamental, e não só na educação infantil, conseguiremos construir uma educação cada vez com mais qualidade e que seja menos traumático e mais prazeroso para as crianças.

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