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Guia Prático - Modelos Estruturais Genéricos de Acórdãos e Decisões

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Guia Prático - Modelos Estruturais Genéricos de 
Acórdãos e Decisões Monocráticas 
Processo Código Folha nº 
Gestão Judicial D. JUDI.10 1/126 
 
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GUIA PRÁTICO 
 
MODELOS ESTRUTURAIS GENÉRICOS DE ACÓRDÃOS E DECISÕES 
MONOCRÁTICAS UTILIZADAS PELO GABINETE DO DESEMBARGADOR 
DOMINGOS DE ARAÚJO LIMA NETO 
 
 
 
 
Guia Prático (Modelos Estruturais Genéricos de 
Acórdãos e Decisões Monocráticas) 
Processo Código Folha nº 
Gestão Judicial D. JUDI.10 2/126 
 
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APRESENTAÇÃO 
 
 
A multiplicação substancial das demandas judiciais somada ao excesso de congestionamento 
processual nos Tribunais brasileiros, ocasionaram uma transmudação na interpretação e aplicação das 
normas constitucionais e legais, de modo que, busca o Poder Judiciário, atualmente, a racionalização do 
sistema jurídico nacional. 
Por intermédio do processo realizam-se os direitos subjetivos do jurisdicionado, aliás, na solução 
de uma demanda e pacificação de conflitos, o Judiciário realiza concretamente a ordem jurídica de forma a 
incidir na realidade social, econômica e política de toda uma sociedade. 
É certo que, com o advento do Código de Processo Civil de 2015, o legislador apresenta um 
sistema de cooperação processual, tendo como ponto fulcral a concreção dos direitos fundamentais dos 
cidadãos, no qual todos os sujeitos processuais, inclusive o magistrado, assumem tal responsabilidade. 
Portanto, o grande desafio apresentado aos juízes, no exercício do poder jurisdicional, é a ponderação dos 
institutos jurídicos e suas limitações, pautados no compromisso hermenêutico de consolidação do Estado 
Democrático de Direito. 
Em que pese as dificuldades intrínsecas à uniformização de decisões judiciais, o novel diploma 
processual estabelece um microssistema de padronização, mediante a normatização do incidente de 
resolução de demandas repetitivas, incidente de assunção de competência, vinculação aos enunciados de 
súmula das Cortes Superiores, recurso especial e extraordinário repetitivos e teoria dos precedentes 
obrigatórios, em busca da celeridade processual e aplicação isonômica das decisões, todavia, sem olvidar as 
garantias processuais constitucionais. 
Inspirado nesta nova ordem processual civil, elaborei um projeto experimental de Guia Prático 
para uso do gabinete, o qual compartilho com meus ilustres colegas, franqueando-lhes a oferta de sugestões, 
sempre em busca de uma eficaz, célere e isonômica prestação jurisdicional. 
 
 
Des. Domingos de Araújo Lima Neto 
Desembargador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Acórdãos e Decisões Monocráticas) 
Processo Código Folha nº 
Gestão Judicial D. JUDI.10 3/126 
 
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COLABORADORES 
 
 
Leônia Maria Silva 
Chefe de Gabinete 
 
Ana Maria Beltrão Tenório Cavalcanti 
Supervisor Judiciário 
 
Marcus Raphael de Goes Silva 
Secretário 
 
Caio de Omena Balbino Alves 
Assessor Judiciário 
 
Gabriela Ferreira Rolim Dâmaso 
Assessor Judiciário 
 
Juliana Accioly de Melo Costa 
Assessor Judiciário 
 
Luiza de Souza Carneiro 
Assessor Judiciário 
 
Morgana Katarine da Silva Albuquerque 
Assessor Judiciário 
 
Rita Daniele Viana de Oliveira 
Assessor Judiciário 
 
Maria Fabiana de Brito Martins da Silva 
Servidor 
 
Carolynne Rafaella Soares Costa 
Estagiário 
 
 
 
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Acórdãos e Decisões Monocráticas) 
Processo Código Folha nº 
Gestão Judicial D. JUDI.10 4/126 
 
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SUMÁRIO 
 
 
1. INSTRUÇÕES INICIAIS .......................................................................................................... 7 
1.1. ESTRUTURAÇÃO DAS DECISÕES................................................................................................... 7 
1.1.1. Ementa ......................................................................................................................................... 7 
1.1.2. Conclusão do julgado .................................................................................................................. 8 
1.1.3. Espaçamento entre linhas ............................................................................................................ 9 
1.1.4. Recuo de primeira linha ............................................................................................................. 10 
1.1.5. Nota de Rodapé ......................................................................................................................... 10 
1.1.6. Número de página – Indicação do assessor ............................................................................... 10 
1.1.7. Itálico ......................................................................................................................................... 10 
1.1.8. Citações ..................................................................................................................................... 10 
1.1.9. Diretrizes gerais para construção dos despachos e decisões ..................................................... 10 
1.1.9.1 Despachos ........................................................................................................................... 10 
1.1.9.2. Decisão monocrática .......................................................................................................... 10 
1.1.9.3. Acórdão .............................................................................................................................. 11 
1.2. OBSERVAÇÕES ................................................................................................................................ 12 
1.2.1. Temáticas decididas por decisão monocrática ........................................................................... 12 
1.2.2. Nome do documento cadastrado no SAJ-SG5 .......................................................................... 12 
1.2.3. Códigos de Movimentações importantes ................................................................................... 13 
1.2.3.1. Decisões monocráticas ....................................................................................................... 13 
1.2.3.2. Acórdãos ............................................................................................................................. 13 
1.2.4. Palavras estrangeiras ................................................................................................................. 13 
1.2.5. Voto Vista................................................................................................................................... 14 
1.2.6. Voto Divergente ......................................................................................................................... 14 
1.2.7. Voto Relator Designado ............................................................................................................. 14 
1.2.8. Voto Vencido .............................................................................................................................. 14 
2. BANCO DE DECISÕES .......................................................................................................... 14 
2.1. DIREITO PÚBLICO ......................................................................................................................... 14 
2.1.1. Insalubridade .............................................................................................................................14 
2.1.1.1. Estado de Alagoas .............................................................................................................. 14 
2.1.1.1.1. Da sentença ................................................................................................................. 15 
2.1.1.1.2. Do recurso de apelação ............................................................................................... 16 
2.1.1.1.3. Casos específicos ........................................................................................................ 17 
2.1.1.2. Municípios ......................................................................................................................... 17 
2.1.2. Direito Militar ............................................................................................................................ 17 
2.1.3. Concurso Público....................................................................................................................... 18 
2.1.3.1. Configuração da preterição da nomeação .......................................................................... 18 
2.1.3.2. Exame psicotécnico ............................................................................................................ 18 
2.1.3.3. Candidatos sub judice ........................................................................................................ 18 
2.1.3.4. Teste de aptidão física ........................................................................................................ 19 
2.1.4. Cobrança de verbas salariais de servidores públicos ................................................................. 19 
2.1.4.1. Servidores Estatutários ....................................................................................................... 20 
2.1.4.2. Contratos de trabalho temporário: ...................................................................................... 20 
2.1.5. Cobrança de valores decorrentes de serviço prestado/produto fornecido .......................... 20 
2.1.6. ICMS ......................................................................................................................................... 21 
2.1.6.1. ICMS e energia elétrica: demanda consumida e demanda contratada ............................... 21 
2.1.6.2. Isenção do ICMS e portador de deficiência física .............................................................. 21 
2.1.6.3. ICMS e apreensão de mercadorias ..................................................................................... 21 
 
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2.1.6.4. Inconstitucionalidade do protocolo n. 21/2011 .................................................................. 22 
2.1.7. PROCON ................................................................................................................................... 22 
2.1.8. Benefício Previdenciário ........................................................................................................... 22 
2.1.8.1. Concessão para os dependentes legais (lei estadual) .......................................................... 22 
2.1.8.2. Concessão para o (a) companheiro (a) ............................................................................... 22 
2.1.8.3. Impedimento de divisão da pensão por morte entre o (a) cônjuge e o concubino (a) ........ 23 
2.1.8.4. Aplicação de interpretação extensiva para aquisição da pensão por morte ........................ 23 
2.1.8.5. Auxílio-doença ................................................................................................................... 23 
2.1.9. Cominatória – Saúde ................................................................................................................. 23 
2.1.9.1. Responsabilidade solidária dos entes federativos .............................................................. 23 
2.1.9.2. Lista básica do SUS de medicamentos ............................................................................... 24 
2.1.9.3. Fundamentação geral ......................................................................................................... 24 
2.1.10. CACEAL ................................................................................................................................. 24 
2.1.11. Improbidade Administrativa .................................................................................................... 25 
2.1.12. Reintegração de servidor público ............................................................................................ 26 
2.1.12.1. Efeitos patrimoniais da reintegração: ............................................................................... 26 
2.1.13. Ação Civil Pública – Internação Compulsória/Involuntária .................................................... 27 
2.1.14. Contribuição Sindical .............................................................................................................. 27 
2.1.15. Juros e Correção Monetária aplicados em face da Fazenda Pública ....................................... 27 
2.1.15.1. Índices aplicáveis ............................................................................................................. 27 
2.1.15.2. Termos iniciais de incidência ........................................................................................... 28 
2.1.16. Reexame Necessário ................................................................................................................ 28 
2.1.16.1. Remessa necessária em mandado de segurança ............................................................... 29 
2.1.17. Tutela antecipada em face da Fazenda Pública........................................................................ 29 
2.1.18. Executivos Fiscais ................................................................................................................... 29 
2.1.18.1. CDA NULA ..................................................................................................................... 29 
2.1.18.2. Inépcia da Inicial .............................................................................................................. 30 
2.1.18.3. Não Prescrição dos Créditos Tributários .......................................................................... 31 
2.1.18.4. Prescrição dos créditos tributários.................................................................................... 31 
2.1.18.5. Prescrição Parcial dos Créditos Tributários ..................................................................... 31 
2.1.18.6. Prescrição Intercorrente ................................................................................................... 32 
2.1.18.7. Ausência de intimação para o Município sanar o vício - ERROR IN PROCEDENDO ... 32 
2.1.18.8. Necessidade de dilação probatória para a realização da contagem prescricional............. 33 
2.1.18.9. Abandono da causa e negligência da parte autora- art. 267, incisos II E III, do CPC/73 
(CPC ATUAL) ................................................................................................................................. 33 
2.1.18.10. Exceção de pré-executividade ........................................................................................ 33 
2.2. DIREITO PRIVADO ......................................................................................................................... 33 
2.2.1. Revisão de contrato ................................................................................................................... 34 
2.2.1.1. Revisão de Contrato de Cédula de Crédito Rural .............................................................. 352.2.2. Busca e Apreensão ..................................................................................................................... 35 
2.2.3. Telecomunicações/Telasa .......................................................................................................... 36 
2.2.4. Indenização ................................................................................................................................ 36 
2.2.4.1. Dano moral ......................................................................................................................... 36 
2.2.4.2. Dano material ..................................................................................................................... 37 
2.2.5. Plano de Saúde .......................................................................................................................... 37 
2.2.6. Direito de Família ...................................................................................................................... 38 
2.2.6.1. Interdição ........................................................................................................................... 38 
2.2.6.2. Alimentos ........................................................................................................................... 38 
2.2.6.3. Divórcio ............................................................................................................................. 39 
2.2.6.4. União Estável ..................................................................................................................... 39 
2.2.7. Justiça Gratuita .......................................................................................................................... 39 
 
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2.2.8. Juros e Correção Monetária ....................................................................................................... 40 
2.2.8.1. Ações de indenização ......................................................................................................... 40 
2.2.8.2. Ações de obrigação de pagar .............................................................................................. 41 
2.2.9. DPVAT ....................................................................................................................................... 42 
2.2.9.1. Legislação aplicável ........................................................................................................... 42 
2.2.9.2. Prazo prescricional ............................................................................................................. 42 
2.2.9.3. Legitimidade ad causam .................................................................................................... 43 
2.2.9.4. Pagamento parcial e recibo de quitação emitido pelo particular ........................................ 43 
2.2.9.5. Quantum indenizatório nos casos de invalidez parcial incompleta .................................... 43 
2.2.9.6. Ausência ou incompletude de laudo pericial ...................................................................... 43 
2.2.9.7. Tabela do CNSP: caráter exemplificativo .......................................................................... 44 
3. ANEXOS ................................................................................................................................... 45 
ANEXO I .................................................................................................................................................. 45 
MODELOS DECISÕES MONOCRÁTICAS DIVERSAS ......................................................................... 45 
ANEXO II ................................................................................................................................................. 70 
MODELOS AÇÃO RESCISÓRIA ............................................................................................................ 70 
ANEXO III ............................................................................................................................................... 78 
MODELOS AGRAVO DE INSTRUMENTO ............................................................................................ 78 
ANEXO IV ................................................................................................................................................ 86 
MODELOS AGRAVO INTERNO ............................................................................................................. 86 
ANEXO V ................................................................................................................................................. 91 
MODELOS APELAÇÃO .......................................................................................................................... 91 
ANEXO VI ................................................................................................................................................ 96 
MODELOS CONFLITO DE COMPETÊNCIA ........................................................................................ 96 
ANEXO VII .............................................................................................................................................. 99 
MODELOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ........................................................................................ 99 
ANEXO VIII ........................................................................................................................................... 105 
MODELOS INCIDENTE DE ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE .................................... 105 
ANEXO IX .............................................................................................................................................. 108 
MODELOS MANDADO DE SEGURANÇA .......................................................................................... 108 
ANEXO X ............................................................................................................................................... 115 
MODELOS RECLAMAÇÃO .................................................................................................................. 115 
ANEXO XI .............................................................................................................................................. 118 
MODELOS REEXAME NECESSÁRIO.................................................................................................. 118 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INSTRUÇÕES INICIAIS 
 
Inicialmente para elaborar uma decisão, acórdão ou despacho no Sistema de Automação Judicial – SAJ-
SG5, seleciona a opção “Acórdão Genérico Cível”. 
 
1.1. ESTRUTURAÇÃO DAS DECISÕES 
 
1.1.1. Ementa 
 
1. Utilizar fonte Times New Roman, tamanho 12, sempre maiúscula, sem negrito, itálico e 
sublinhado; 
2. Após elaborar, selecionar toda a ementa e pressionar as teclas “Ctrl + H”; 
3. Deve constar: 
4. Espécie recursal/Ação originária: (a) APELAÇÃO CÍVEL; (b) APELAÇÕES CÍVEIS; (c) 
REEXAME NECESSÁRIO; (d) AGRAVO DE INSTRUMENTO; (e) AÇÃO RESCISÓRIA; 
(f) MANDADO DE SEGURANÇA; (g) CONFLITO COMPETÊNCIA; (h) RECLAMAÇÃO, 
dentre outros. 
5. Direito material abordado; 
6. Destrinchamento do direito material aplicado ao caso concreto por intermédio de palavras-
chave que remetam de forma sucinta e objetiva à fundamentação do julgado; 
7. Conclusão do julgamento:(a) Recurso Conhecido/Não Conhecido; (b) Provido/Não provido; 
(c) Reexame Conhecido/Não conhecido; 
8. Justificar o texto da ementa, sem recuo; 
9. No caso de julgamento de mais de uma apelação, bem como reexame necessário, citar os 
recursos de forma individualizada. 
 
Exemplos: 
 
1... Uma apelação: 
 
APELAÇÃO CÍVEL. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE COBRANÇA. 
SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. SENTENÇA CONDENOU A FAZENDA PÚBLICA AO 
PAGAMENTO DOS SALÁRIOS DOS MESES DE NOVEMBRO E DEZEMBRO, 13º (DÉCIMO 
TERCEIRO) SALÁRIO E 1/3 CONSTITUCIONAL DAS FÉRIAS, TODAS NO ANO DE 2012. 
ÔNUS DA PROVA. FATO NEGATIVO. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO PAGAMENTO 
PELO MUNICÍPIO. APLICAÇÃO DO ARTIGO 373 DO CPC/2015. CORREÇÃO MONETÁRIA E 
JUROS DE MORA APLICADOS À FAZENDA PÚBLICA. RECURSO CONHECIDO E NÃO 
PROVIDO. (grifei) 
 
2) Duas apelações: 
 
APELAÇÕES CÍVEIS. COBRANÇA DE VERBAS REMUNERATÓRIAS. SERVIDORAS 
PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE PORTO CALVO. APELAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PORTO 
CALVO. NÃO FORAM CARREADOS AOS AUTOS DOCUMENTOS QUE ATESTASSEM O 
ADIMPLEMENTO DAS VERBAS REMUNERATÓRIAS. DISCUSSÃO ACERCA DO ÔNUS DA 
PROVA DE FATO NEGATIVO. SENTENÇA QUE SE APRESENTA EM CONFORMIDADE COM 
A REGRA DE DISTRIBUIÇÃO DESTE ENCARGO. APELAÇÃO DE MARIA DO CARMO 
MENDONÇA E OUTROS. ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. LEI MUNICIPAL N. 687/98. 
REQUISITOS LEGAIS DEVIDAMENTE PREENCHIDOS. NECESSIDADE DE IMPLANTAÇÃO 
DO ADICIONAL. POSSIBILIDADE DE CONTABILIZAR O TEMPO DE SERVIÇO DESDE A 
 
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INVESTIDURA NO CARGO, PARA FINS DE IMPLANTAÇÃO DO ADICIONAL POR TEMPO 
DE SERVIÇO. LICENÇA PRÊMIO NÃO GOZADA. POSSIBILIDADE DE CONVERSÃO EM 
PECÚNIA APENAS A PARTIR DA APOSENTADORIA DO SERVIDOR. SERVIDORAS 
PÚBLICAS EM ATIVIDADE. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. JUROS 
DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA EM FACE DA FAZENDA PÚBLICA. SUCUMBÊNCIA 
RECÍPROCA. ESCORREITO DECISUM QUE DETERMINOU OS HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS E CUSTAS PROCESSUAIS PRO RATA. RECURSO DE APELAÇÃO 
INTERPOSTO PELO MUNICÍPIO DE PORTO CALVO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. 
RECURSO DE APELAÇÃO INTERPOSTO POR MARIA DO CARMO MENDONÇA E 
OUTROS CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (grifei) 
 
3) Apelação e Reexame: 
 
APELAÇÃO CÍVEL E REEXAME NECESSÁRIO. COBRANÇA DE VERBAS 
REMUNERATÓRIAS. SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE PORTO CALVO. 
APELAÇÃO CÍVEL INTERPOSTA PELO MUNICÍPIO DE PORTO CALVO. ADICIONAL 
POR TEMPO DE SERVIÇO. PREVISÃO EM LEI MUNICIPAL. APLICABILIDADE IMEDIATA. 
REQUISITOS PREENCHIDOS. DESNECESSIDADE DE PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA. NÃO 
FORAM CARREADOS AOS AUTOS DOCUMENTOS QUE ATESTASSEM O ADIMPLEMENTO 
DOS ADICIONAIS DE FÉRIAS E 13º SALÁRIOS. DISCUSSÃO ACERCA DO ÔNUS DA PROVA 
DE FATO NEGATIVO. SENTENÇA QUE SE APRESENTA EM CONFORMIDADE COM A 
REGRA DE DISTRIBUIÇÃO DESTE ENCARGO. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. AUTORES 
QUE NÃO DECAÍRAM EM PARTE MÍNIMA DO PEDIDO. JUROS DE MORA E CORREÇÃO 
MONETÁRIA EM FACE DA FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO. VEDAÇÃO À 
REFORMATIO IN PEJUS QUANTO À ANÁLISE DA LICENÇA PRÊMIO E FÉRIAS. 
IMPUGNAÇÃO DO DIREITO À ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. NECESSIDADE DE 
PROCESSAMENTO EM AUTOS APARTADOS. LEGITIMIDADE PASSIVA DO ENTE 
MUNICIPAL. INEQUÍVOCA RELAÇÃO DE DEPENDÊNCIA FINANCEIRA ENTRE A 
AUTARQUIA MUNICIPAL E A MUNICIPALIDADE. RECURSO DE APELAÇÃO 
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. REEXAME NECESSÁRIO CONHECIDO 
PARA CONFIRMAR A SENTENÇA. (grifei) 
 
3) Embargos de Declaração: 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. COBRANÇA DE VERBAS 
REMUNERATÓRIAS. INEXISTÊNCIA DE QUALQUER OMISSÃO, CONTRADIÇÃO, 
OBSCURIDADE OU ERRO MATERIAL. INTUITO DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA JÁ 
APRECIADA NO RECURSO PRINCIPAL. EMBARGOS PROTELATÓRIO. MULTA NO 
PATAMAR DE 2% SOBRE O VALOR DA CAUSA. ART. 1.026, §2º, DO CPC. RECURSO 
CONHECIDO E NÃO PROVIDO. 
 
1.1.2. Conclusão do julgado 
 
1. Utilizar fonte Times New Roman e no tamanho 12; 
2. Recuo de primeira linha: 2,0 cm. 
3. Espaçamento entre linhas: 1,5 cm. 
4. Deve constar: 
a. Número dos autos; 
b. Nome das partes; 
c. Órgão de Julgamento – 3ª Câmara Cível, Seção Cível Especializada ou Tribunal 
Pleno; 
 
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d. Sempre constar: “à unanimidade” (caso ocorra julgamento “por maioria” há alteração 
posterior à sessão); 
e. Conclusão do julgamento: (a) Recurso Conhecido/Não Conhecido; (b) Provido/Não 
provido; (c) Reexame Conhecido/Não conhecido; 
f. Participação dos demais Desembargadores; 
g. Local e Data: Maceió, . Obs.: Não colocar a data antecipadamente (haverá inclusão 
pelo Secretário após a sessão) 
 
Exemplos: 
 
1) Uma apelação 
 
Nos autos de n. X em que figuram como parte recorrente X e como parte recorrida X, 
ACORDAM os membros da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas, à 
unanimidade de votos, em CONHECER do recurso interposto para, no mérito, por idêntica 
votação, NEGAR-LHE ou DAR-LHE PROVIMENTO ou PARCIAL PROVIMENTO, 
nos termos do voto do relator. Participaram deste julgamento os Desembargadores constantes 
na certidão retro. (GRIFEI) 
Maceió, . 
 
2) Duas apelações: 
 
Nos autos de n. X em que figuram como partes recorrentes e como parte recorridas 
recíprocas, ACORDAM os membros da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas, 
à unanimidade de votos, em CONHECER da apelação interposta pelo X para, no mérito, 
por idêntica votação, NEGAR-LHE PROVIMENTO, e CONHECER da apelação 
interposta por X para, no mérito, por idêntica votação, DAR-LHE PARCIAL 
PROVIMENTO, nos termos do voto do relator. Participaram deste julgamento os 
desembargadores constantes na certidão retro. 
Maceió, . 
 
3) Apelação e Reexame: 
 
Nos autos de n. X em que figuram como parte recorrente X e como parte recorrida X , 
ACORDAM os membros da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Alagoas, à unanimidade de votos, 
em CONHECER do recurso de apelação interposto e CONHECER do reexame necessário, 
para, no mérito, por idêntica votação, DAR PARCIAL PROVIMENTO à apelação e 
CONFIRMAR a sentença nas matérias sujeitas à remessa necessária, nos termos do voto do 
relator. Participaram deste julgamento os Desembargadores constantes na certidão de 
julgamento retro. 
Maceió, . 
 
1.1.3. Espaçamento entre linhas 
 
Em regra, utilizar espaçamento 1,5 entre linhas. Excepcionalmente, na ementa e nas citações utilizar 
espaçamento 1,0 cm. 
 
 
 
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Esta cópia quando impressa será considerada não controlada 
1.1.4. Recuo de primeira linha 
 
Utilizar a paragrafação de 2,0 cm em relação à margem esquerda. 
 
1.1.5. Nota de Rodapé 
 
Utilizar fonte tamanho 9 e espaçamento 1,0 cm entre linhas. 
 
1.1.6. Número de página – Indicação do assessor 
 
Utilizar fonte tamanho 8, ficando do lado direito o número da página e do lado esquerdo a indicação do 
assessor “AX” (letra A seguida de número atribuído), fonte maiúscula, sem negrito. Conforme modelo: 
 
AX - Proc. n. XXX - Acórdão, Rel. e Voto TJ/AL – 3ª Câmara Cível 1 
 
1.1.7. Itálico 
 
Utilizar itálico quando fizer menção à palavra estrangeira, bem como quando se tratar de citação no 
corpo do texto, seja transcrição dos argumentos apresentados pelas partes em seus petitórios, seja citação 
de doutrina e jurisprudência, ou, ainda, citação de decisão proferida por outro magistrado. 
 
1.1.8. Citações 
 
No que toca às citações nocorpo do texto, na hipótese da citação até 3 linhas, utilizar itálico e entre 
aspas. 
Quando se tratar de citação destacada do texto, utilizar fonte tamanho 11, recuo de 4,0 cm e espaçamento 
entre linhas 1,0 cm, sem aspas e sem recuo na primeira linha. 
Em relação à “citação recuada da citação”, dar um 'enter' além do recuo de 4,0 cm. 
Quando da realização de algum grifo (sublinhado ou negrito) nas referidas citações, fazer constar: 
(grifei). 
 
1.1.9. Diretrizes gerais para construção dos despachos e decisões 
 
1.1.9.1 Despachos 
 
 Os despachos devem ser denominados: 
 
DESPACHO/MANDADO/OFÍCIO 3ª CC N. /ANO. 
 
 Deve conter número de página com indicação do Assessor. 
 O teor deste provimento judicial depende da relação processual analisada e do 
comando que se pretende determinar. 
 
 
1.1.9.2. Decisão monocrática 
 
 A decisão deve ser denominada: 
 
DECISÃO MONOCRÁTICA/MANDADO/OFÍCIO 3ª CC N. 
/ANO. 
 
 
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Esta cópia quando impressa será considerada não controlada 
 O teor deste provimento judicial depende da relação processual analisada, da decisão 
a ser proferida e comando a se determinar. 
 Quando se tratar de decisão que necessite de fundamentação robusta deve ser realizado 
um relatório sucinto do processo com indicação dos principais petitórios e documentos 
colacionados aos autos e argumentos explicitados pelas partes. 
 Ao final do relatório deve constar: É o relatório. 
 No parágrafo subsequente à frase que finaliza o relatório, passa-se a proferir a decisão. 
 No final da decisão devem ser determinadas as diligências que se fizerem necessárias 
a depender do conteúdo decisório, tais como: 
 
Utilize-se cópia da presente decisão como ofício/mandado. 
Após o decurso do prazo sem manifestação das partes, arquive-se os autos. 
Publique-se. 
 
1.1.9.3. Acórdão 
 
 O acórdão é composto de duas partes: (a) Relatório e (b) Voto: 
(a) Relatório: Deve ser realizado uma descrição sucinta do processo com indicação 
dos principais petitórios e documentos colacionados aos autos e os argumentos 
explicitados pelas partes. 
(b) Voto (fundamentação + dispositivo): 
1. Preliminares recursais: Análise das preliminares recursais apresentadas pelas 
partes. 
2. Juízo de admissibilidade recursal: Inicialmente é realizada análise dos 
pressupostos intrínsecos (cabimento, legitimidade, interesse e inexistência de ato 
impeditivo do direito de recorrer) e extrínsecos (tempestividade, preparo e 
regularidade formal). 
- Após análise das preliminares e dos pressupostos de admissibilidade recursal e, 
em caso de conhecimento do recurso, deve constar: 
 
Superadas as preliminares arguidas e preenchidos os requisitos de 
admissibilidade recursal, conheço do presente recurso e passo a 
analisá-lo. 
 
- Acaso acolhida alguma preliminar ou verificada ausência de algum dos 
pressupostos recursais, o recurso não será conhecido1. 
 
3. Prejudiciais de mérito: Análise das prejudiciais de mérito após a realização do 
juízo de admissibilidade, uma vez que não interfere no conhecimento do recurso. 
- Após análise das prejudiciais deve constar: 
 
Superadas as prejudiciais arguidas, passo à análise do mérito recursal. 
 
4. Juízo de mérito: A parte da fundamentação da decisão deve ser realizada com 
citação dos diplomas constitucionais e legais pertinentes, entendimentos 
jurisprudenciais do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas, Cortes Superiores, 
 
1Acaso seja observada a ausência de algum pressuposto recursal não levantado pelas partes, devem estas ser intimadas para tomar 
conhecimento nos termos do art. 10 do CPC/2015. Todavia, o principício da não surpresa deve ser aplicado apenas nas situações de 
reconhecimento de matéria ex officio, quando se tratar de fato não discutido nos autos e quando eventual manifestação das partes venha 
a influenciar no julgado. 
 
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Esta cópia quando impressa será considerada não controlada 
tribunais pátrios, bem como deve a decisão ser embasada nos elementos fáticos e 
acervo probatório apresentados aos autos pelas partes. 
5. Dispositivo: É a conclusão do julgamento, no qual fará constar expressamente: 
CONHECIMENTO ou NÃO CONHECIMENTO; PROVIMENTO ou NÃO 
PROVIMENTO; PROCEDÊNCIA ou IMPROCEDÊNCIA, dentre outros. 
 
1.2. OBSERVAÇÕES 
 
1.2.1. Temáticas decididas por decisão monocrática 
 
 Não conhecimento de recursos2 decorrentes de ausência dos requisitos de admissibilidade, 
tais como: 
(a) intempestividade; 
(b) ausência de regularidade formal; 
(c) perda de objeto. 
 Indeferimento de petição inicial quando se tratar de ação originária, p.ex. Mandado de 
Segurança (processo n. 0804096-38.2016.8.02.0000); 
 Homologação de acordo; 
 Julgamento sem resolução do mérito de ação rescisória em razão de perda de objeto; 
 Decidir incidente de desconsideração da pessoa jurídica, quando este for instaurado 
originariamente perante o Tribunal; 
 Negar provimento a recurso que for contrário a: 
(a) Súmula do STF, STJ ou do próprio Tribunal; 
(b) Acórdão proferido pelo STF e STJ em julgamento de recursos repetitivos; 
(c) Entendimento firmado em IRDR e incidente de assunção de competência. 
 
1.2.2. Nome do documento cadastrado no SAJ-SG5 
 
Ao finalizar acórdão/decisão sempre denominar a minuta, fazendo constar, nesta ordem: 
(a) Abreviação do instrumento processual que se julga (ApC, AI, ED, AInt, AResc, RN, MS, CC, 
dentre outros); 
(b) Tipo da decisão (Acórdão ou Decisão Monocrática – DM); 
(c) Conclusão do julgamento (Provimento/Parcial provimento/Não provimento – 
Conhecimento/Não conhecimento – Improcedência (ação rescisória) – Concessão/Denegação da 
ordem (mandado de segurança) 
 
 APELAÇÃO: 
◦ Uma apelação: ApC – Acórdão – conclusão do julgamento (palavras-chave das 
principais matérias tratadas no acórdão) 
◦ Duas apelações: ApC(s) – Acórdão – conclusão do julgamento (palavras-chave das 
principais matérias tratadas no acórdão) 
◦ Apelação + Reexame Necessário: ApC e RN – Acórdão – conclusão do julgamento 
(palavras-chave das principais matérias tratadas no acórdão) 
 
 REEXAME NECESSÁRIO: RN – Acórdão – conclusão do julgamento (palavras-chave das 
principais matérias tratadas no acórdão) 
 
 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO: ED – Acórdão – conclusão do julgamento (palavras-
chave das principais matérias tratadas no acórdão) 
 
2Obs. Não conhecimento de Embargos de Declaração interposto em face de acórdão deve ser elaborado por acórdão. 
 
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 AGRAVO DE INSTRUMENTO: AI – Acórdão – conclusão do julgamento (palavras-chave 
das principais matérias tratadas no acórdão) 
 
 AGRAVO INTERNO: AInt – Acórdão - conclusão do julgamento (palavras-chave das 
principais matérias tratadas no acórdão) 
 
 AÇÃO RESCISÓRIA: AResc – Acórdão - conclusão do julgamento (palavras-chave das 
principais matérias tratadas no acórdão) 
 
 CONFLITO DE COMPETÊNCIA: CC – Acórdão - conclusão do julgamento (palavras-
chave das principais matérias tratadas no acórdão) 
 
 MANDADO DE SEGURANÇA: MS – Acórdão - conclusão do julgamento (palavras-chave 
das principais matérias tratadas no acórdão) 
 
 DECISÕES MONOCRÁTICAS: DM – LIM (em caso de apreciação de liminar) (palavras-
chave das principais matérias tratadas na decisão)1.2.3. Códigos de Movimentações importantes 
 
1.2.3.1. Decisões monocráticas 
 
Algumas decisões monocráticas devem ser cadastradas no SAJ-SG5 com código de 
movimentação específico3, a fim de que sejam computadas como decisões terminativas, por 
exemplo: 
 
 Decisão que julga prejudicado o recurso – Código 230 
 Decisão que não conhece do recurso – Código 235 
 Decisão que nega seguimento ao recurso – Código 236 
 Decisão que homologa desistência de recurso – Código 463 
 Decisão que homologa transação – Código 466 
 
1.2.3.2. Acórdãos 
 
No que toca aos acórdãos, os códigos de movimentação comumente utilizados são: 
 
 Provimento – Código 237 
 Não Provimento – Código 239 
 Provimento Parcial – Código 238 
 
1.2.4. Palavras estrangeiras 
 
Evitar o uso de palavras de outros idiomas, haja vista que tais termos dificultam a leitura e interpretação 
da decisão pelo jurisdicionado. Se imprescindível, sua utilização, destacá-la em itálico e, quando 
necessário, acrescentar a tradução para a língua portuguesa após, entre parênteses. 
 
 
3Para proceder ao cadastramento do código da movimentação, quando da elaboração do acórdão, estando o arquivo aberto 
no SAJ-SG5, clica a tecla “F8” e aparecerá uma janela denominada “Painel Auxiliar” no qual será cadastrada a 
movimentação e será alterado o nome do documento como já explicitado neste manual no item 1.2.2. 
 
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Esta cópia quando impressa será considerada não controlada 
 
1.2.5. Voto Vista 
 
Após apresentação do acórdão pelo Des. Relator, podem os demais julgadores procederem ao pedido de 
vista dos autos. Uma vez procedido o pedido de vista, este julgador lavra o Voto Vista, acompanhando 
ou não o Relator. 
Este acórdão é elaborado no SAJ-SG5 e datado com a data da sessão de julgamento na qual será 
apresentado, ou seja, na data em que termina o prazo de vista dos autos. 
Deve ser exposto entendimento pelo acompanhamento ou não do voto apresentado pelo Des. Relator. 
Modelo: 0800493-54.2016.8.02.0000 e 0800432-96.2016.8.02.0000. 
 
1.2.6. Voto Divergente 
 
Será apresentado quando há divergência frente ao entendimento apresentado pelo Des. Relator. 
Este acórdão é elaborado fora do SAJ-SG54 e datado com a data da sessão na qual será pautado o 
processo pelo Des. Relator. 
Devem ser expostos os fundamentos da divergência. 
 
1.2.7. Voto Relator Designado 
 
Diante da divergência de entendimentos e apresentado o voto divergente ou o voto vista, poderá o 
Desembargador ser escolhido para lavrar o acórdão. 
Este acórdão é elaborado no SAJ-SG5 e datado com a data da sessão de julgamento. 
Modelo: 0802938-79.2015.8.02.0000, 0017515-05.2009.8.02.0001 e 0801174-58.2015.8.02.0000. 
 
1.2.8. Voto Vencido 
 
Diante da divergência de entendimentos, o Des. Relator poderá restar vencido, sendo escolhido outro 
Desembargador para lavrar o acórdão. 
Este acórdão é elaborado fora do SAJ-SG55 e datado com a data da sessão de julgamento. 
 
 
2. BANCO DE DECISÕES 
 
2.1. DIREITO PÚBLICO 
 
2.1.1. Insalubridade 
 
2.1.1.1. Estado de Alagoas 
 
Observações iniciais: 
 
(a) Diferenciar quando se tratar de servidor do Estado de Alagoas e quando se tratar de servidor 
municipal. 
 
(b) Atualizar tabela que indica os municípios que editaram ou não lei acerca da matéria. 
 
 
4Salvo na rede do Gabinete, na pasta denominada “Planilha de Controle”: “7-VOTO DIVERGENTE”. 
5Salvo na rede do Gabinete, na pasta denominada “Planilha de Controle”: “6-VOTO VENCIDO”. 
 
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15 
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(c) As determinações dos julgados sobre implantação do adicional de insalubridade ou 
retificação da respectiva base de cálculo, com fundamento na lei n. 6.772/2006, serão aplicadas 
até 19 de setembro de 2016, em virtude da entrada em vigor da lei n. 7.817/2016, em 20 de 
setembro de 2016. 
 
2.1.1.1.1. Da sentença 
 
A. Condenação da Fazenda Pública: retificar a base de cálculo do adicional de insalubridade 
já recebido pelo servidor público OU implantar o pagamento do respectivo adicional. 
 
Observação: 
Acaso o magistrado de primeiro grau tenha fixado juros e correção monetária (índices e/ou termos iniciais) 
de forma diversa do entendimento da 3ª Câmara Cível e nenhuma das partes tenham se insurgido acerca do 
tema, os consectários legais da condenação poderão ser revistos de ofício sem necessidade de intimação 
das partes, por se tratar de pedido implícito. Além disso, de acordo com o entendimento do Órgão Julgador, 
utilizando precedente do Superior Tribunal de Justiça, eventual reforma destes institutos pode ocorrer 
mesmo que implique em reformatio in pejus, inclusive em sede de reexame necessário. 
 
a) Correção monetária e juros moratórios6 
Sobre os consectários legais da condenação em face da Fazenda Pública, item 2.15.1. 
 
b) Honorários advocatícios e/ou ressarcimento das custas 
 
B. Reexame necessário: a condenação da Fazenda Pública, em algumas hipóteses, tem como 
condição de eficácia a reanálise pelo órgão ad quem. Nas causas que envolvem o adicional de 
insalubridade, porém, o valor da condenação, em regra, não ultrapassa o limite legal, 
configurando hipótese de dispensa da remessa necessária. Por essa razão, deve-se analisar se 
o processo foi devolvido ao Tribunal por força de apelação e/ou de determinação do órgão a 
quo para que o feito seja submetido ao duplo grau de jurisdição obrigatório. Assim, tem-se as 
seguintes situações: 
 
a) Em razão da apelação: considera-se que o caso em deslinde configura hipótese de dispensa 
do reexame necessário, razão pela qual não será mencionado no acórdão, ainda que haja 
capítulos da sentença não impugnados prejudiciais à Fazenda Pública. 
Modelo: Processo n. 0725084-40.2014.8.02.0001 
 
b) Determinada a remessa necessária pelo órgão a quo: 
 
b.1) JULGAR PREJUDICADA: quando o recurso de apelação interposto pela Fazenda 
Pública devolver ao Tribunal toda a matéria que lhe foi prejudicial. 
Modelo: processo n. 0713098-89.2014.8.02.0001 e n. 0713827-18.2014.8.02.0001 
 
b.2) NÃO CONHECER: quando configurar hipótese de dispensa, o que ocorre, em regra, 
quando a causa envolve apenas poucos servidores. 
Modelo: processo n. 0713085-56.2015.8.02.0001 
 
b.3) CONHECER PARA CONFIRMAR ou REFORMAR A SENTENÇA: quando a 
causa envolver mais de um servidor público, deve-se analisar o valor da condenação a 
 
6
 Obs.: Caso haja necessidade de modificar ex officio a condenação para adequá-la aos parâmetros legais, emitir despacho para fins de 
evitar o julgamento surpresa, por força do art. 6o e 10 do CPC/2015. 
 
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fim de verificar se, de modo evidente, configura ou não hipótese de dispensa. Na dúvida, 
deve-se realizar o reexame. 
Modelo: processo n. 0728626-03.2013.8.02.0001. 
 
2.1.1.1.2. Do recurso de apelação 
 
a) Preliminares: requisitos de admissibilidade 
a.1) Prescrição quinquenal, nos termos do art. 1º do decreto n. 20.910/32. 
Reconhecida a prescrição quinquenal pelo órgão a quo, haverá falta 
de interesse de agir do apelante quanto a este ponto, hipótese em que 
o recurso será conhecido EM PARTE. 
Modelo: processo n. 0728626-03.2013.8.02.0001 
 
b) Prejudicial de mérito: 
b.1) Prescrição de fundo de direito. 
Inexistência. Relação jurídica de trato sucessivo.Incidência da 
súmula n. 85 do STJ. 
Modelo: processo n. 0728626-03.2013.8.02.0001 
 
b.2) Nulidade de citação inicial 
Modelo: processos n. 0701874-28.2012.8.02.0001 e n. 0727297-
53.2013.8.02.0001 
 
c) Vedação de concessão de tutela antecipada em desfavor da Fazenda Pública 
Modelo: processo n. 0713006-14.2014.8.02.0001 
 
d) Constitucionalidade do adicional de insalubridade7, desde que haja previsão em lei 
específica. 
Modelo: processo n. 0728626-03.2013.8.02.0001 
 
e) Fixação da base de cálculo: 
e.1) Ausência de violação da súmula vinculante n. 04. O Poder Judiciário não 
está atuando como legislador positivo, tendo em vista que a própria legislação 
estadual é que fixava o parâmetro adequado, antes da vigência da lei n. 
7.817/16, limitando-se o órgão julgador a interpretá-lo de acordo com o 
ordenamento jurídico e o posicionamento do próprio Supremo Tribunal 
Federal. 
Modelo: processo n. 0701789-71.2014.8.02.0001 e 0728626-
03.2014.8.02.0001 
 
e.2) O valor da base de cálculo, antes da vigência da lei n. 7.817/16, deve ser 
o menor subsídio pago à categoria a que pertence o servidor público e não o 
menor subsídio estadual, como sustenta o ente público. Não há que se falar 
em violação à isonomia, tendo em vista que este Órgão colegiado estabelece 
tratamento igualitário a todos os servidores pertencentes à mesma categoria e 
que se sujeitam a condições insalubres, de modo que fica evidente a 
observância do princípio da isonomia no âmbito dos julgados proferidos nesta 
Câmara. 
 
7
 Obs.: Ainda que não haja alegação da Fazenda Pública, analisar a constitucionalidade do adicional de insalubridade. Exemplo: 
processo n. 0706268-10.2014.8.02.0001. 
 
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17 
Esta cópia quando impressa será considerada não controlada 
Modelo: processo n. 0701789-71.2014.8.02.0001 
 
f) Possibilidade de o adicional de insalubridade repercutir no décimo terceiro e nas 
férias 8. 
Modelo: processo n. 0713340-48.2014.8.02.0001 
 
2.1.1.1.3. Casos específicos 
 
a) Inexistência de fato gerador a ensejar o pagamento do adicional de insalubridade: 
contato meramente eventual com agentes químicos e biológicos nocivos à saúde, 
dependendo a aferição do grau de insalubridade, no caso concreto, de laudo médico 
pericial, bem como da observância das regras estabelecidas na portaria n. 450/08. 
Modelo: processo n. 072846-27.2012.8.02.0001 
 
2.1.1.2. Municípios 
 
O pagamento do adicional de insalubridade pelo Município está condicionado à 
existência de lei municipal específica. De acordo com o posicionamento do STF, no 
julgamento do RE n. 654.906/AL, os municípios devem editar lei específica autorizando a 
implantação do adicional de insalubridade em favor dos seus servidores públicos, a qual deve 
contemplar, necessariamente, três requisitos mínimos: a) a descrição das situações fáticas que 
podem ser classificadas como insalubres; b) a base de cálculo do adicional; e, c) a margem de 
percentual que pode ser acrescido em favor do servidor. Caso o instrumento normativo deixe 
de contemplar qualquer um deles, em respeito ao princípio da separação dos poderes, o Poder 
Judiciário não pode atuar como legislador positivo, devendo restringir-se à sua função 
jurisdicional, sendo vedada qualquer atuação de complementariedade da norma. 
 
Observação: Nesses casos, deve-se atualizar regularmente a tabela específica que elenca os 
municípios do Estado de alagoas e destaca a legislação de cada um deles acerca do tema. 
 
2.1.2. Direito Militar 
 
Grande parte das demandas envolve a temática das promoções dos policiais militares: 
 
(a) Promoção especial por tempo de serviço: Aplicação do art. 17 da lei n. 6.514/2004 e art. 36 de 
decreto-lei n. 2.356/2004. Desnecessidade da existência de vaga a fim que ocorra a promoção por tempo 
de serviço. Devem ser observados alguns requisitos legais: requisitos para galgar a referida promoção: 
a) contar com 25 (vinte e cinco) anos de serviços prestados, se do sexo feminino, ou 30 (trinta) anos, se 
do sexo masculino; b) estar há, pelo menos, 02 (dois) anos na graduação em que se encontra; c) não 
estar respondendo a Conselho de Disciplina ou Conselho de Justificação; d) não estar respondendo a 
processo criminal, em foro comum ou militar; e e) não ter sido condenado por sentença criminal 
transitada em julgado, ou, caso o tenha, ter obtido a reabilitação de que tratam os arts. 93 a 95 do Código 
Penal brasileiro. Modelo: 0725074-30.2013.8.02.0001. 
(b) Promoção ressarcimento por preterição: Quando há ofensa ao direito de acesso à graduação 
superior, em razão de erro administrativo, consubstanciado na prefalada omissão da Administração, em 
não promover, em tempo razoável, a habilitação necessária à ascensão funcional. Aplicação do art. 23 
da lei estadual n. 6.514/2004 e o art. 35, §1º do decreto-lei n. 2.356/2004. Aplicação dos requisitos legais 
do art. 7º da lei estadual n. 6.211/2000 e art. 8º da lei n. 6.544/2004. Tal promoção ocorrerá 
 
8
 Obs.: A 3ª CC deste Tribunal entende não ser possível o adicional de insalubridade repercutir no adicional noturno e nas horas extras. 
Exemplo: processo n. 0706268-10.2014.8.02.0001. 
 
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18 
Esta cópia quando impressa será considerada não controlada 
independentemente da existência de vaga, permanecendo o militar excedente no posto ou graduação, até 
a abertura de vaga (art. 23, parágrafo único, da lei n. 6.514/2004 e art. 35, § 4º, do decreto n. 2.356/2004, 
supramencionados). 
Fora deliberado, por unanimidade, pelos Desembargadores componentes da seção especializada cível 
deste Tribunal de Justiça, em sessão julgamento realizada em 23.5.2016, que em situações de promoção 
por ressarcimento de preterição, o acórdão seria marco da retroatividade do direito à promoção, caso 
declarado tal direito neste grau de jurisdição. Todavia, acaso o direito à promoção já tenha sido declarado 
no primeiro grau de jurisdição, por intermédio de sentença, tal provimento jurisdicional será tido como 
marco temporal inicial. 
Modelo. 0027105-35.2011.8.02.0001 
 
2.1.3. Concurso Público 
 
Observação inicial: Em regra, deve-se seguir o entendimento de não conceder, liminarmente, a 
nomeação e posse precárias, haja vista que figura como hipóteses impeditivas de concessão de tutela 
antecipada em face da fazenda pública, nos termos das leis n. 9.494/97 e n. 12.016/2009 
 
2.1.3.1. Configuração da preterição da nomeação 
 
Aprovado dentro do número de vagas previstas no edital do concurso, o candidato possui 
direito líquido e certo à nomeação e à posse. 
Modelo: 0700026-96.2016.8.02.0055 
 
Aprovado fora do número de vagas previstas no edital do concurso, possui, apenas, expectativa 
de direito à nomeação. A referida expectativa pode se transmudar em direito líquido e certo 
quando verificada à preterição da nomeação, desde que comprovado, cumulativamente, a 
contratação de servidores de forma precária e a existência de cargos vagos. 
Modelos: 0001116-91.2011.8.02.0012, 0802724-88.2015.8.02.0000, 0801408-
06.2016.8.02.0000, 0801100-67.2016.8.02.0000, 0000428-73.2013.8.02.0008. 
 
2.1.3.2. Exame psicotécnico 
 
Nos termos do entendimento do STJ, são requisitos exigidos para a válida realização do exame 
psicotécnico como etapa de concurso público: a) previsão legal e editalícia; b) cientificidade e 
objetividade dos critérios adotados; e c) possibilidade de revisão do resultado obtido pelo 
candidato. 
 
A nulidade do exame psicotécnico por falta de objetividade não exime o candidato de 
submeter-se a novo exame. Umavez anulado o exame psicotécnico, o candidato beneficiado 
não pode prosseguir na disputa sem se submeter a novo exame, sob pena de malferimento aos 
princípios da isonomia e da legalidade. 
 
Modelo: 0730122-67.2013.8.02.0001 
 
2.1.3.3. Candidatos sub judice 
 
Inexistência de ato ilegal ou abusivo praticado pela Administração Pública ao dar cumprimento 
a decisão judicial que manteve a participação de candidatos no concurso público. Convocação 
dos candidatos melhores colocados, inclusive candidatos sub judice. 
 
Modelo: 0726776-74.2014.8.02.0001 
 
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2.1.3.4. Teste de aptidão física 
 
Os testes de aptidão física exigidos em concursos públicos, para que sejam legítimos, devem 
observar três requisitos cumulativos: a) previsão em lei formal; b) previsão no edital do 
concurso; e, c) que os critérios delineados no edital se apresentem razoáveis e proporcionais 
ao efetivo exercício do cargo almejado pelo candidato. Em caso ausência de permissivo legal, 
ou dos demais requisitos, deve ser declarada a Desta ilegalidade da exigência do teste de 
aptidão física. 
Modelo: 0709414-93.2013.8.02.0001 
 
Em sessão ordinária, o Tribunal Pleno desta Corte de Justiça aos dias 31 de maio de 2016, em 
julgamento do incidente de arguição de inconstitucionalidade n. 0500276-21.2015.8.02.0000, 
declarou a inconstitucionalidade parcial do art. 7º, I, "b", da lei estadual n. 7.385/2012, sem 
redução de texto, afastando qualquer interpretação de que o "exame de capacitação física" 
equivale ao teste físico a que são submetidos os candidatos ao cargo de agente da polícia civil. 
 
Deve-se promover um cotejo analítico entre as atribuições do cargo e do nível de exigência do 
teste físico, preponderância dos princípios da proporcionalidade, da razoabilidade e da 
isonomia preponderando. 
Modelo: 0704085-66.2014.8.02.0001. 
 
2.1.4. Cobrança de verbas salariais de servidores públicos 
 
A discussão que normalmente acompanha os feitos em que há cobrança de verbas salariais de servidores 
públicos é com relação à legalidade, à distribuição do ônus da prova e aos limites orçamentários. 
 
Nestes casos, deve-se ter em mente que: 
 
(a) Legalidade: O administrador somente está obrigado a agir conforme previsão legal auto-aplicável. 
Assim, deve-se verificar se há norma local (estatutos dos servidores, leis municipais, leis estaduais, etc) 
prevendo o direito a determinado benefício ou previsão constitucional que se aplique aos servidores 
públicos. Cuidado com a jurisprudência que, normalmente, analisa determinado direito do servidor sob 
o prisma da lei n. 8.112/90 ou de leis específicas para cada categoria. 
 
(b) Ônus da Prova: Normalmente, o ente público traz como argumento a ausência de comprovação, 
pelo servidor autor, dos fatos constitutivos de seu direito (fundamentando-se no art. 333, I, do CPC/73 
ou no art. 373, I, do CPC/15 – as normas são idênticas). 
Ocorre que a distribuição do encargo probatório entre os litigantes não se resume ao simples dever de o 
autor "provar os fatos constitutivos de seu direito"; sendo inafastável, também, o dever de o réu 
demonstrar a existência de fatos impeditivos, extintivos ou modificativos do direito reclamado pelo autor, 
nos termos do art. 333, II (CPC/73) e do art. 373, II (CPC/15). 
Também é importante observar se a alegação do servidor é de um fato negativo (ex.: não pagamento de 
verbas salariais). Neste caso, entende-se que exigir da parte autora a comprovação da existência de um 
fato negativo (e, portanto, inexistente), é lhe obrigar à produção da denominada "prova diabólica", o que 
deve ser repelido, nos termos do entendimento do STJ. 
 
(c) Limites Orçamentários: Também é costumeiramente alegada a ausência de previsão orçamentária 
ou que a obrigação pelo pagamento da despesa seria de responsabilidade do gestor anterior. Estes 
argumentos são refutados com os seguintes fundamentos: 
 
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- no momento da edição normativa, da criação do cargo ou da contratação, este gasto já deveria estar 
previsto na lei orçamentária (e esta previsão é presumida), sob pena, inclusive, de configurar 
violação à Lei de Responsabilidade Fiscal, sendo certo que o pagamento de salários dos servidores 
públicos é despesa permanente. 
- as despesas são do ente público, e não do gestor, sobretudo em razão do princípio da impessoalidade, 
que rege a Administração Pública. 
 
2.1.4.1. Servidores Estatutários 
 
Há verbas salariais que demandam algumas observações adicionais: 
 
(a) Licença prêmio: A licença prêmio é um tipo de descanso concedido ao servidor que labore 
ininterruptamente por determinado período de tempo. Deve estar prevista no estatuto do 
servidor. E, estando ele em atividade, não pode ser convertida em pecúnia. 
Modelo: 0000606-90.2013.8.02.0050 
 
(b) Adicional de férias e indenização por férias não usufruídas 
O adicional de 1/3 de férias é devido ao servidor quando do usufruto de seu descanso 
remunerado. 
A indenização por férias não usufruídas é devida com fundamento na Constituição Federal (art. 
7º, XVII, art. 39, §4º e art. 37, §6º), sendo direito do servidor mesmo que não haja expressa 
previsão em seu estatuto, desde que não tenha usufruído do período em virtude do interesse da 
Administração (STJ - RMS: 31157). Ainda com fundamento neste julgado do STJ, a 
indenização deverá corresponder ao que o servidor, à época, deixou de auferir por força do ato 
impugnado. Assim, a indenização corresponderá ao salário (calculado de forma simples, não 
em dobro) mais 1/3. 
Modelo: 0000606-90.2013.8.02.0050 
 
2.1.4.2. Contratos de trabalho temporário: 
 
Nestes casos, é preciso observar a regularidade do contrato de trabalho: 
 
(a) Contrato válido: haverá regular vínculo jurídico administrativo, de modo que o contrato 
deverá ser regido pelas normas de direito público, não havendo direito do servidor ao FGTS. 
(b) Contrato nulo: o servidor terá direito ao FGTS. Modelo: 0000285-49.2013.8.02.0052. 
 
2.1.5. Cobrança de valores decorrentes de serviço prestado/produto fornecido 
 
"É cabível ação monitória contra a Fazenda Pública", nos termos da súmula n. 339 do STJ, não sendo 
exigível prova robusta, estreme de dúvida, “podendo ser embasada em documento idôneo, mesmo que 
emitido pelo próprio credor, desde que se possa constatar segura probabilidade acerca do direito 
afirmado pelo autor.” (STJ. AgRg no AREsp 643.786/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO 
BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 27/10/2015, DJe 16/11/2015) 
Modelo: 0000740-80.2009.8.02.0043 
 
A nulidade de contrato administrativo celebrado não exime o ente público da obrigação de pagar o 
fornecimento de produtos ou a prestação de serviços efetivamente comprovada pelo particular, por força 
dos princípios da boa-fé objetiva e da vedação ao enriquecimento sem causa, o que exige a emissão de 
nota fiscal e a efetiva entrega da mercadoria e/ou prestação dos serviços pelo particular. Modelo: 
0000213-60.2014.8.02.0203 e 0000740-80.2009.8.02.0043 
 
 
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Comprovado o recebimento dos produtos por meio de notas fiscais, é ônus probatório do ente público 
elidir a presunção de veracidade dos documentos apresentados. O particular não precisa demonstrar alegitimidade das pessoas que assinaram, em nome do Município, o recebimento das mercadorias 
fornecidas. Modelo: 0000213-60.2014.8.02.0203 (prevaleceu esta tese, em sede de Técnica de 
Ampliação). 
 
2.1.6. ICMS 
 
2.1.6.1. ICMS e energia elétrica: demanda consumida e demanda contratada 
 
(a) Legitimidade ad causam do consumidor - O consumidor de energia elétrica (contribuinte 
de fato) possui legitimidade ativa para pleitear a declaração de inexistência de relação jurídica 
tributária, bem como para requerer a repetição do indébito, tendo em vista que a concessionária 
de serviço público (contribuinte de direito) se encontra em relação de subordinação com o 
sujeito ativo tributário. Nesse sentido: STJ, REsp n. 1.299.303/SC. Modelo: 0002801-
97.2008.8.02.0058 e 0000083-41.2007.8.02.0001 
 
(b) Incidência do ICMS - A energia elétrica é considerada como mercadoria para fins de 
incidência do ICMS. A incidência do tributo ocorrerá “no momento em que a energia elétrica, 
por força de relação contratual, sai do estabelecimento do fornecedor, sendo consumida”, ou 
seja, quando houver a sua efetiva circulação. 
Desse modo, o “ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente à 
demanda de potência efetivamente utilizada”, nos termos da súmula n. 391 do STJ. Modelo: 
0002801-97.2008.8.02.0058 e 0000083-41.2007.8.02.0001 
 
2.1.6.2. Isenção do ICMS e portador de deficiência física 
 
O rol de deficiências físicas contido nos dispositivos legais que regulamentam a isenção de 
ICMS para aquisição de veículo por pessoas portadoras de deficiência física é exemplificativo, 
sob pena de desvirtuar a intenção do legislador que é a garantia da igualdade e da mobilidade 
aos deficientes físicos. 
 
Apesar da interpretação literal conferida às leis que concedem isenção tributária, nos termos 
dos arts. 150, §6º, da CF/88 e 111, II, do CTN, nos casos de caracterização da deficiência física 
ou mental deve haver uma ponderação das regras constitucionais, prevalecendo o princípio da 
igualdade, promovendo uma interpretação extensiva e, por conseguinte, tratamento igualitário 
aos que se enquadram na mesma condição. Modelo: 0710994-90.2015.8.02.0001 
 
2.1.6.3. ICMS e apreensão de mercadorias 
 
"É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos", 
nos termos da súmula n. 323 do STF. 
 
O entendimento consolidado pelos Tribunais Superiores é no sentido de repelir formas de 
cobrança de débitos fiscais que constituam ofensa à garantia constitucional do livre exercício 
de trabalho, ofício, profissão e de qualquer atividade econômica, admitindo, de forma 
temporária, a apreensão para a lavratura do auto de infração e identificação do infrator, mas, 
posteriormente, a sua liberação. Isso porque o Fisco possui meio próprio para cobrança de seus 
créditos, qual seja, a execução fiscal. 
Modelo: 0041965-75.2010.8.02.0001 
 
 
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2.1.6.4. Inconstitucionalidade do protocolo n. 21/2011 
 
Modelo: 0743368-33.2013.8.02.0001 
 
Observação: O controle de constitucionalidade do Protocolo ICMS Confaz n. 21/11 foi 
realizado tendo como parâmetro o art. 155, §2º, VII, da CF/88, com redação anterior à Emenda 
Constitucional n. 87/2015. Sabendo-se que as normas jurídicas, ao serem elaboradas, devem 
levar em consideração as regras constitucionais vigentes à época de sua criação e que o 
Supremo Tribunal Federal não admite o fenômeno da constitucionalidade superveniente, não 
há necessidade em analisar a compatibilidade do mencionado protocolo com as modificações 
trazidas pela EC n. 87/2015. Assim, o Protocolo ICMS Confaz n. 21/11 foi retirado do 
ordenamento jurídico logo após o julgamento do mérito da ADI 4.628/2014, não sendo 
possível a sua reinserção no sistema. 
 
2.1.7. PROCON 
 
De acordo com o que dispõe o Código de Defesa do Consumidor, a atuação do PROCON encontra-se 
pautada na legalidade. O órgão de proteção ao consumidor possui legitimidade para a aplicação das 
sanções administrativas, inclusive multas, consoante prescreve o art. 33, § 2º do Decreto n. 2.181/97. 
Modelo: 0004938-92.2009.8.02.0001, 0700114-78.2011.8.02.0001 e 0803066-96.2014.8.02.0000. 
 
Ressalte-se que o processo administrativo que aplica a multa devem ser observados os princípios da 
ampla defesa e do contraditório, sob pena de nulidade do meio de coerção indireto. Modelo: 0803285-
44.2017.8.02.0000. 
 
2.1.8. Benefício Previdenciário 
 
A regra geral, em sede de Direito Previdenciário, é que será aplicada a lei vigente à época da morte, 
conforme súmula n. 340 do STJ: “A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é 
aquela vigente na data do óbito do segurado.” 
 
2.1.8.1. Concessão para os dependentes legais (lei estadual) 
 
Para o reconhecimento do direito à pensão por morte, todos os requisitos constantes na 
legislação em vigor no momento do falecimento do contribuinte devem restar cristalinamente 
comprovados. 
 
A lei n. 7.114/2009, que trata do Regime Próprio de Previdência do Estado de Alagoas, em 
seu art. 2º, expressamente estabeleceu os beneficiários e os requisitos necessários à concessão 
do benefício previdenciário aos dependentes do segurado, exigindo-se, para o recebimento da 
pensão por morte por filhos do segurado, o preenchimento cumulativo de três requisitos: a) 
ser solteiro; b) não possuir renda; c) ser menor de 21 anos ou, independente da idade, 
definitivamente inválido ou absolutamente incapaz. 
 
2.1.8.2. Concessão para o (a) companheiro (a) 
 
É legítima a concessão da pensão por morte ao companheiro, podendo a união estável ser 
declarada na própria sentença que conceder o referido benefício. A própria configuração da 
união estável faz surgir a presunção de dependência econômica do companheiro, de forma a 
legitimar a concessão da pensão previdenciária. 
 
 
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Modelo: 0000268-09.2010.8.02.0055. 
 
2.1.8.3. Impedimento de divisão da pensão por morte entre o (a) cônjuge e o concubino 
(a) 
 
Impossibilidade de divisão da pensão por morte entre a esposa e a concubina, conforme lei 
estadual n. 4.517/1984, apenas admitindo a concessão do benefício à companheira quando 
não haja impedimento matrimonial. precedentes do STJ e deste TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 
 
Modelo: 0091898-85.2008.8.02.0001, 0700425-74.2015.8.02.0001. 
 
2.1.8.4. Aplicação de interpretação extensiva para aquisição da pensão por morte 
 
As normas legais previdenciárias devem ser aplicadas, sob cunho teleológico e sistemático, 
em sentido extensivo, se em cotejo ao expresso texto legal, de forma a ser preservada a 
unidade econômica familiar e seja garantido os direitos fundamentais, bem como a premissa 
maior da dignidade da pessoa humana. 
 
Em que pese o fundamento de observância ao princípio da legalidade estrita, confrontando a 
situação do interessado com os requisitos previstos em lei, o Poder Judiciário deve realizar 
uma atividade hermenêutica e de interpretação conforme a Constituição Federal. 
 
Além de possuir uma finalidade essencialmente assistencial, o benefício previdenciário possui 
caráter nitidamente alimentar, portanto, eventual negação ou cessação do referido benefício 
contraria, de forma notória, sua essência, pois levará ao desamparo econômico-financeiro. 
 
Modelo: 0714127-43.2015.8.02.0001 
 
2.1.8.5. Auxílio-doença 
 
O auxílio-doença é concedido em razão de incapacidade dosegurado do Instituto do Seguro 
Social - INSS quando este encontra-se acometido por doença ou acidente que o torne, ainda 
que temporariamente, incapaz para o exercício de atividade laborativa que habitualmente 
exercia. A concessão ou cessação deve estar devidamente fundamentada por laudo pericial. 
 
Modelo: 0804109-03.2017.8.02.0000, 0801071-80.2017.8.02.0000 0801783-
41.2015.8.02.0000, 0802680-69.2015.8.02.0000. 
 
2.1.9. Cominatória – Saúde 
 
Observação Geral: Em caso de medida liminar em agravo de instrumento, antes de proferir a decisão 
monocrática, instar a Comissão Técnica de Saúde - CTS9. 
 
2.1.9.1. Responsabilidade solidária dos entes federativos 
 
É solidária a obrigação dos entes da Federação em promover os atos indispensáveis à 
concretização do direito à saúde, sendo assegurado constitucionalmente ao usuário dos 
serviços de saúde o direito de exigir de um, de alguns ou de todos os entes estatais o 
cumprimento da referida obrigação (STJ). 
 
9Dentre os autotextos cadastrados consta despacho modelo a ser utilizado. 
 
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Modelo: 0001339-32.2013.8.02.0058 
 
Súmula n. 01 do TJAL. A União, os Estados e os Municípios são solidariamente responsáveis 
no dever de assegurar o direito à saúde, sendo desnecessário o chamamento ao processo de 
todos os entes federativos. 
 
Súmula n. 02 do TJAL. Inexiste óbice jurídico para que o Poder Judiciário determine o 
fornecimento de equipamentos, insumos, medicamentos, cirurgias e tratamentos para garantir 
o direito fundamental à saúde, incluindo determinada política pública nos planos 
orçamentários do ente público, mormente quando este não comprovar objetivamente a sua 
incapacidade econômico-financeira. 
 
Súmula n. 03 do TJAL. O direito à saúde não deve ser limitado ao que está disposto nas listas 
do Ministério da Saúde para o tratamento dos usuários do sistema único de saúde – SUS. 
 
2.1.9.2. Lista básica do SUS de medicamentos 
 
A relação de medicamentos padronizada e disponibilizada pela RENAME ou REMUNE não 
possui eficácia cogente de modo a limitar a responsabilidade solidária dos entes federativos, 
sobretudo no tocante ao fornecimento de medicação imprescindível para o tratamento de 
saúde necessitado pelo particular. 
Impende observar que tal temática é discutida no Superior Tribunal de Justiça, nos autos do 
Resp n. 1.657.156, recebido como recurso repetitivo10, motivo pelo qual os recursos 
de apelação que abordem as listas básicas devem ser sobrestados até ulterior decisão 
do STJ. Modelo: 0025838-96.2009.8.02.0001. 
 
2.1.9.3. Fundamentação geral 
 
Não é necessária a comprovação de hipossuficiência financeira da parte para que seja 
reconhecido o direito do particular ao tratamento de saúde pleiteado, visto que o direito à 
saúde consiste em direito fundamental constitucionalmente assegurado a todo e qualquer 
indivíduo, nacional ou estrangeiro. Modelo: 0700045-36.2012.8.02.0090. 
 
A proteção à saúde configura corolário da dignidade da pessoa humana. Assim, o orçamento 
público deve ser elaborado com o objetivo primordial de efetivar os direitos básicos da 
população, não sendo possível privilegiar a reserva do possível a fim de eximir o ente estatal 
de suas responsabilidades constitucionais. Modelo: 0000125-79.2008.8.02.0058. 
 
2.1.10. CACEAL 
 
Com fundamento nos artigos 1º, IV, 5º, XIII e 170, caput e parágrafo único da CFRB/88, figura como 
inadmissível o condicionamento de alteração da inscrição junto ao CACEAL à prévia comprovação de 
regularidade fiscal de sócio ou titular da pessoa jurídica que requer a modificação. 
 
O impedimento da inscrição cadastral se configura abusivo e ilegítimo, implica em mácula aos princípios 
constitucionais da livre iniciativa e da livre concorrência, sobretudo porque a administração pública 
dispõe de outras vias adequadas e capazes de proporcionar a execução do crédito tributário e que não 
 
10 Tema 106: Obrigação do Poder Público de fornecer medicamentos não incorporados, através de atos normativos, ao Sistema Único 
de Saúde. 
 
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necessariamente inviabilizam o desenvolvimento da atividade econômica, tais como cobranças 
administrativas e judiciais. 
 
Modelos: 0728854-75.2013.8.02.0001, 0710616-42.2012.8.02.0001, 0725217-19.2013.8.02.0001 e 
0719633-68.2013.8.02.0001. 
 
2.1.11. Improbidade Administrativa 
 
As alegações mais comuns são de nulidade da citação, inconstitucionalidade do núcleo de improbidade 
administrativa, ausência de dolo ou de provas capazes de ensejar o recebimento da inicial, 
impossibilidade de decretação de indisponibilidade de bens e prescrição. 
 
Nulidade da citação - Se a parte já possuir advogado constituído nos autos (espontaneamente ou, após 
notificado, com a apresentação da defesa preliminar), o juízo, ao receber a inicial de improbidade, 
determina que a “citação” seja efetuada pela publicação da decisão na imprensa oficial, gerando 
irresignação da parte que alega a ausência de poderes especiais do causídico e a necessidade de a citação 
ser pessoal. 
 
Contudo, interpreta-se sistematicamente os §§7º e 9º, do art. 17, da LIA, no sentido de considerar a 
primeira comunicação, intitulada de "notificação", como verdadeira citação, sendo ela o "o ato pelo qual 
são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual" (art. 238, CPC/15 
– correspondente art. 213, CPC/73); após a realização desta primeira comunicação, seria permitida a 
“intimação” do réu para apresentar contestação por meio de publicação em imprensa oficial. 
Além disso, como argumento complementar, deve-se observar que o comparecimento espontâneo da 
parte para apresentação de contestação, supre eventual falta ou nulidade de citação (art. 239, §1º, 
CPC/15). 
 
Modelo: n. 0042688-60.2011.8.02.0001. 
 
Inconstitucionalidade do núcleo de improbidade administrativa - Já houve julgamento do Pleno, 
proferido em incidente de inconstitucionalidade n. 0500009-49.2015.8.02.0000. Entendeu-se que o 
chamado núcleo de improbidade administrativa (formado por juízes designados por meio de diversas 
portarias) corresponderia a um mutirão de juízes para cumprimento de metas do Conselho Nacional de 
Justiça e para a prestação de uma tutela jurisdicional mais célere, não havendo afastamento do 
magistrado titular da unidade, nem modificação do juiz natural, sobretudo porque a designação é 
genérica para atuarem indistintamente em todos os feitos de improbidade administrativa em trâmite no 
judiciário alagoano. 
 
Ausência de dolo ou de provas capazes de ensejar o recebimento da inicial - Aqui tem-se 
reiteradamente decidido que a rejeição liminar da inicial de improbidade é medida excepcional, somente 
tendo lugar quando houver prova inequívoca da inexistência do ato de improbidade, da improcedência 
da ação ou da inadequação da via eleita, nos termos do art. 17, §8º, da lei n. 8.429/92. 
 
A decisão de recebimento da inicial deve ser orientada pelo princípio in dubio pro societate. Significa 
dizer que, havendo indícios do cometimento do ilícito, a inicial deve ser recebida. 
 
Modelo: n. 0802090-58.2016.8.02.0000. 
 
Indisponibilidade de bens - No julgamento do REsp 1.366.721/BA, consolidou-se o entendimento de 
que o decreto de indisponibilidade de bens em ação civil pública por ato de improbidade administrativa 
constitui tutela de evidência, dispensando a comprovação de periculum in

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