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Direito Administrativo I
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Conceito de Direito Administrativo: é um ramo do direito público composto por regras e princípios aplicáveis à atividade administrativa. Aonde tiver função administrativa, tenho direito administrativo.
Definida pelo critério residual (Carvalhinho e Diogo de Figueiredo): olho para as três funções típicas dos Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário. É bem clara a definição das funções dos Poderes Legislativo e Judiciário, o que sobrar será encaixado como função administrativa.
A função legislativa refere-se à criação do direito; A função jurisdicional é aquela função estatal por meio da qual se coloca um fim ao conflito de interesse, com caráter de DEFINITIVIDADE. A função administrativa é aquela que não inova na ordem jurídica e nem coloca fim ao conflito de interesses com força de definitividade.
A função administrativa será exercida de forma típica pelo Poder Executivo e de forma atípica pelos Poderes Legislativo e Judiciário. 
OBS: O princípio da separação dos poderes leva em consideração um critério de preponderância. Cada Poder exerce função típica (a função que lhe dá o nome) e atípica (normalmente exercida por outros poderes).
Diogo de Figueiredo quando fala das atividades administrativas divide, levando em conta os interesses envolvidos, em dois grupos:
a) Atividade Administrativa Extroversa
São aquelas atividades que exteriorizam para as pessoas. Se colocam para fora da Administração; são atividades externas. O que o Poder Público quer satisfazer é o interesse público primário. O interesse público primário é o interesse da sociedade, é o interesse público legítimo. Representa a necessidade de toda a coletividade.
Coloca dentro do primeiro grupo o poder de polícia, serviço público, fomento, ordenamento social e ordenamento econômico. 
b) Atividade Administrativa Introversa
São as atividades administrativas internas, que dizem respeito primordialmente à própria administração. São atividades relacionadas com a gestão de agentes públicos, gestão de recursos públicos (destaca as normas de Direito Financeiro) e gestão de bens públicos. 
A doutrina de Direito Administrativo está em relativo consenso a respeito da existência de duas técnicas básicas de organização estatal, que são a Desconcentração e a Descentralização. 
Na Desconcentração há repartição interna da atividade administrativa; a atividade administrativa será repartida dentro da mesma pessoa. O fundamento para essa distribuição é a hierarquia. São criados os órgãos públicos, que não tem personalidade jurídica, são apenas repartições internas de uma pessoa jurídica. 
Na Descentralização o Estado passa a atividade para uma pessoa, física ou jurídica. Uma pessoa que tem personalidade própria vai receber a atividade e desempenhá-la de maneira autônoma. A pessoa poderá ser demandada em juízo, poderá formalizar contratos em seu próprio nome. É o contrário do que ocorre na desconcentração. 
Existem várias formas de se passar a atividade: o Estado pode passar a atividade para uma pessoa que já existe; o Estado pode criar uma pessoa para transferir a atividade; o Estado pode passar a atividade para uma pessoa pública ou pessoa privada. 
Diante dessa variedade de formas de descentralização, a doutrina traz algumas nomenclaturas para as formas desse fenômeno.
Nomenclatura tradicional – Hely Lopes Meirelles: 2 espécies
a) Descentralização por Outorga
b) Descentralização por Delegação
A distinção da outorga para a delegação se fazia com base em dois critérios:
A primeira diferença leva em conta a formalização das descentralizações no caso concreto. Na outorga a descentralização é formada por lei, enquanto na delegação a descentralização é formulada por negócio jurídico, geralmente contrato. 
A segunda diferença leva em conta o que era transferido. A outorga transferiria a própria titularidade da atividade administrativa, enquanto a delegação transferiria apenas a execução da atividade – o Estado continuaria titular da atividade, transferindo apenas a execução. 
Hely dava alguns exemplos clássicos: o exemplo de descentralização por outorga era a autarquia. Autarquia porque ela é criada por lei. A lei que cria a autarquia é que transfere para ela a atividade administrativa. A autarquia receberia a titularidade e a execução da atividade administrativa.
O exemplo dado para a descentralização por delegação era a concessão de serviço público, porque há a transferência de atividade feita por contrato, e a concessionária receberia apenas a execução da atividade, continuando o Estado como titular, podendo retomar a atividade a qualquer momento; poderia encampar aquele serviço público, de acordo com os requisitos legais. 
Na prova que pedir a doutrina do Hely Lopes deve ser colocada essa classificação. Quando não for pedido expressamente a doutrina do Hely, não deve ser ela colocada, pois recebe inúmeras críticas. 
DESCONCENTRAÇÃO:
Foram três teorias que ao longo do tempo procuraram explicar a relação do Estado com seus órgãos:
a) TEORIA DO MANDATO: os agentes públicos que compunham as repartições internas eram tidos como mandatários.
Crítica à teoria: essa teoria não foi adequada porque não se poderia conceber que o Estado tivesse vontade autônoma. O Estado é uma ficção jurídica e assim não poderia ter vontade. A vontade aqui não seria do Estado, mas sim de seus agentes.
b) TEORIA DA REPRESENTAÇÃO: os agentes públicos que compunham o Estado seriam seus representantes. 
Crítica: não é adequada a teoria, pois quando se fala em representação, traz-se a idéia de ausência de capacidade plena, necessidade de alguém para representá-lo. Estaria equiparando o Estado ao louco e ao menor.
c) TEORIA DO ÓRGÃO: assim como a pessoa física atua por meio de órgãos, o Estado também atua por meio de órgãos. Criador dessa teoria: Otto Gierke.
Princípio da Imputação Volitiva ou Princípio da Imputação da Vontade: a atuação do órgão será imputada ao Estado. 
Com o advento dessa teoria, passou-se a falar em órgãos públicos. 
Não se fala mais em representante (representação), para falar em presentante (presentação). 
A principal característica do órgão, regra geral, é ele não ter personalidade jurídica: não tem capacidade processual, nem capacidade contratual – Art. 7º, CPC. 
 - CAPACIDADE PROCESSUAL OU JUDICIÁRIA:
Há casos excepcionais em que o órgão poderá ir a juízo. São duas exceções:
1. Quando o órgão preencher dois requisitos cumulativos: (doutrina e jurisprudência)
a) O órgão tem que ser de estatura constitucional; estar no topo da hierarquia;
Se for órgão inferior, o conflito será resolvido internamente, por meio da hierarquia. O órgão inferior não irá a juízo. 
Quando o órgão é de cúpula, não há ninguém acima para resolver a questão.
b) O órgão tem que estar discutindo prerrogativas institucionais.
Exemplo: acidente de trânsito causado por motorista no carro da Câmara Municipal de Vereadores. A legitimidade passiva é do município, pois não poderá a Câmara Municipal estar em juízo, já que não se trata de discussão acerca de prerrogativas constitucionais. Aplica-se a regra geral (não tem capacidade processual).
Exemplo: CPI em juízo para fazer valer uma atribuição constitucional – é órgão de cúpula (CF).
2. Quando a lei expressamente atribuir personalidade judiciária a alguns órgãos públicos.
Regra geral: Art. 7º, CPC
Exceção: Art. 82, III, CDC
DESCENTRALIZAÇÃO:
O Poder Público transfere a atividade para uma pessoa e ela responde por seus próprios atos e pode firmar contratos. A descentralização pode ser legal ou negocial.
O Estado por lei descentraliza a atividade para pessoas que integram a estrutura estatal. 
Administração Pública Indireta (abrange diversas entidades que tem características próprias): Autarquia, Empresas Públicas, Sociedade de Economia Mista e Fundações Públicas – rol tradicional – Art. 37, XIX, CF e Art. 4º, II, Dec-lei 200/67.
AUTARQUIAS
Conceito: pessoa jurídicade direito público criada por lei e integrante da Administração pública Indireta, que desempenha atividade típica de Estado. 
Objeto: o desempenho de atividades típicas de Estado (conceito jurídico indeterminado).
Caso concreto (semana 13)
(OAB) A Câmara Legislativa do Município de Glorioso promulgou Emenda à Lei Orgânica municipal incluindo entre as atribuições privativas da referida Casa Parlamentar a escolha e aprovação, por voto secreto, após argüição pública, dos presidentes de todas as entidades que integram a Administração Pública Indireta do Município. O Prefeito determina a argüição de inconstitucionalidade da Emenda. Analise a constitucionalidade do referido dispositivo legal, à luz dos princípios que regem a atuação da Administração Pública Indireta e do regime jurídico das estatais.
Questão objetiva
 
  
(FGV/ OAB/Exame unificado-2010.1) Não è uma característica comum às enti­dades da Administração Indireta:
(A) criação e extinção por lei
(B) controle interno pelo Poder Executivo.
(C) desempenho de atividade de natureza econômica.
(D) contratação de obras e serviços mediante licitação pública. 
(E) exigência de prévio concurso público para ingresso de pessoal efetivo.
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA E EMPRESA PÚBLICA
Termo genérico: Empresas Estatais (que tem como espécies a Sociedade de Economia Mista e a Empresa Pública).
Conceito empresa estatal lato sensu: é a pessoa jurídica de direito privado criada por autorização legal e integrante da Administração Pública Indireta que irá exercer atividade econômica ou prestar serviço público. 
Diferenças entre Sociedade de Economia Mista e Empresa Pública:
	EMPRESA PÚBLICA
	SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
	1. Formação de capital:
A EP tem todo o seu capital proveniente de pessoas administrativas (seja pública ou privada) – o capital vem todo da Administração.
Exemplo: BNDES, CEF, ECT.
	1. Formação de capital:
Na SEM o capital provém de pessoas administrativas e de particulares. Tem capital público e privado. O capital majoritário votante tem que estar nas mãos do Poder Público.
Exemplo: PETROBRÁS, BB.
	2. Forma societária:
Pode ter qualquer forma societária admitida em direito, podendo inclusive ser uma empresa unipessoal permanente (que é exceção da exceção do direito empresarial – a exceção já é a empresa unipessoal temporária). Aqui na EP pode ser unipessoal permanente. (este não é o único caso de sociedade unipessoal permanente no direito administrativo: subsidiárias).
	2. Forma societária:
Não é possível a escolha da forma societária, Art. 235, Lei 6404/76 – tem obrigatoriamente que adotar a forma de S.A. O Art. 235 em caráter nacional porque dispõe a respeito de direito comercial, de competência privativa da União, Art. 22, I, CF.
Aqui não se sustenta a unipessoalidade permanente em razão da própria formação do capital: tenho que ter pessoa pública e pessoa privada. A unipessoalidade apenas pode ser temporária. 
	3. Foro competente:
EP Federal – Justiça Federal, Art. 109, I, CF
EP Distrital, Estadual e Municipal – Justiça Estadual
Tem que consultar depois as normas de organização judiciária para saber a Vara competente. 	
	3. Foro competente:
Doutrina e STF: seja qual for a origem do Ente Público instituidor da SEM, ela será sempre julgada na Justiça Estadual, ainda que se trate de SEM instituída pela União. 
E se a SEM for instituída pela União, não havia interesse? Súmula 556, STF: a competência da Justiça Federal está expressa no Art. 109, I, CF e lá não faz referência à SEM, tendo o constituinte atuado em silêncio eloqüente, já que em outras disposições a CF faz referência à SEM, ou seja, foi a intenção do constituinte não citar a SEM. *
	4. Lucro: (Marcos Juruena)
Não teria a necessidade do fim lucrativo. Poderia ser criada não para o lucro: na EP os sócios são o Poder Público e normalmente o Poder Público não tem o intuito de lucro.
	4. Lucro: (Marcos Juruena)
A SEM não pode dispensar o lucro. Na SEM o Estado foi buscar capital com os particulares. O Estado tem a obrigação de retribuir a expectativa do particular.
Não precisa ter lucro sempre (como uma atividade empresarial normal), mas seu fim deve ser o de obter lucro. 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
A Fundação Privada é regida pelo Código Civil e não interessa ao direito administrativo. 
Para o STF a criação de uma fundação pública de direito público ou de direito privado é discricionariedade do legislador. 
A Fundação Pública de direito público é muito semelhante à Autarquia, tanto que tentar apontar diferenças entre elas é muito difícil. A doutrina com muito esforço acha talvez uma diferença: a autarquia pode exercer poder de polícia, enquanto a fundação pública de direito público não exerce o poder de polícia. Porém, na prática essa distinção não é levada muito em conta, tanto que essa espécie de fundação é chamada pela doutrina e pela jurisprudência de Fundação Autárquica, Autarquia Fundacional.
Assim, as mesmas características elencadas para as autarquias serão trazidas para a fundação pública de direito público.
Já as Fundações Públicas de Direito Privado têm características muito semelhantes às empresas estatais que prestam serviço público.
Diferenças entre Fundação Pública de Direito Público e Fundação Pública de Direito Privado:
	FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PÚBLICO
	FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PRIVADO
	1. Criação:
Criada por lei.
	1. Criação:
Lei autorizativa e posterior registro no cartório competente.
	2. Regime de Pessoal:
Estatutário – Informativo 474, STF, Regime Jurídico Único (lembrar das controvérsias sobre o RJU).
	2. Regime de Pessoal:
Celetista.
	3. Regime de Bens:
Bens públicos.
	3. Regime de Bens:
Bens privados.
Caso concreto (semana 14)
 (OAB/-CESPE) Um indivíduo ingressou com ação de responsabilidade civil contra urna empresa pública que se dedica à exploração de atividade econômica, visan­do o ressarcimento de danos que lhe foram causados em virtude da má atuação da empresa. O autor alega que essa empresa, apesar de se constituir em pessoa jurídica de direito privado, é entidade integrante da administração pública, razão pela qual sua responsabilidade é objetiva, devendo a reparação ocorrer independentemente de ela ter agido com culpa ou dolo.
Na situação apresentada, é procedente a pretensão do autor da ação? Justifique a sua resposta.
Questão objetiva
 
(OAB / FGV-2010) No direito brasileiro, existem duas diferen­ças fundamentais entre as sociedades de economia mista e as empresas públicas. Assinale a alternativa que explicita essas diferenças.
(A) composição do capital e forma jurídica
(B) personalidade jurídica e forma de extinção.
(C) forma jurídica e controle estatal
(D) forma de criação e personalidade jurídica. 
(E) controle estatal e composição do capital.
PRINCÍPIOS COSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO DIREITO ADMINISTRATIVO
1) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE:
Concepções clássicas:
a) O princípio da legalidade será chamado de “princípio da preferência da lei” ou da “Vinculação Negativa do Administrador”. 
 
Princípio da Reserva Legal ou “Vinculação Positiva do Administrador à lei”. Posição dominante no Brasil. O legislador tem que autorizar a atuação do administrador. Mais do que preferência, o administrador precisa de autorização legislativa.
Frase clássica: “o administrador só pode fazer aquilo que a lei expressamente autorizar, enquanto o particular pode fazer tudo aquilo que a lei não proibir”.
Enquanto a lei para o administrador funciona com caráter duplo (habilitação e limitação), para o particular a lei é apenas um limite. Para o particular vigora a primeira concepção do princípio da legalidade. 
2) PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE:
Tem duplo enfoque, conteúdo:
a) Princípio da impessoalidade se confunde com o princípio da isonomia ou igualdade.
A Administração Pública tem que dispensar tratamento impessoal a todos os administrados.
Aplicação concreta: concurso público, licitação,precatório.
b)Vedação de promoção pessoal. Não pode o administrador fazer propaganda de si mesmo. Art. 37, §1º, CF. A atuação administrativa é impessoal porque atende a uma finalidade coletiva. Quem atua é a Administração, e não o administrador.
Hely Lopes, Di Pietro, José Afonso da Silva: a impessoalidade se confunde com o princípio da finalidade. Atuar de maneira impessoal é atuar para alcançar finalidades públicas, e não uma atuação em prol do interesse particular do administrador.
3) PRINCÍPIO DA MORALIDADE:
A atuação do administrador, muito mais do que legal, deve ser ética.
No final, o próprio legislador vai trazer o parâmetro. Ex: Lei 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa). Os parâmetros éticos acabam sendo fixados pelo legislador, diante da atuação deste princípio.
4)PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE:
Evitar atos sigilosos. Os atos administrativos devem ser publicizados, até para possibilitar eventual controle do povo, Controle Social do Poder – todo poder emana do povo.
Questão concreta: Necessidade de motivação dos atos administrativos? (Motivação – exteriorização dos motivos do ato). Existem quatro correntes doutrinárias:
a) Hely Lopes Meireles (superada): se os atos administrativos são vinculados, a motivação seria obrigatória; agora se os atos administrativos são discricionários, não precisaria de motivação. Se o ato vinculado está regrado pela lei, todos os seus elementos estão na lei, sendo necessária a motivação para verificar se na verdade os elementos do ato são aqueles previstos na lei.
Crítica: o perigo desta concepção está nos atos discricionários que não precisariam ser motivados.
As demais correntes não distinguem atos administrativos vinculados e discricionários.
b) Celso Antônio Bandeira de Mello, Di Pietro: motivação obrigatória.
Argumentos de Celso Antônio:
. A motivação é obrigatória em razão do Art. 1º, p.ú., CF – Princípio Democrático. Se o poder emana do povo, o povo deve ter mecanismos para controlar a atuação dos agentes públicos que exercem parcela do poder em seu nome.
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA:
Ocorre aqui o mesmo problema do princípio da moralidade: é difícil objetivar o que seja eficiente.
Seria o alcance de excelentes resultados, com menor dispêndio. Só que a eficiência é muito mais do que isso.
Ainda que a eficiência seja princípio constitucional, vem muito mais como um adorno constitucional – a idéia de eficiência serve pelo menos para exigir do administrador a otimização dos resultados.
A grande discussão hoje é saber se o Poder Judiciário pode invalidar um ato por ausência se eficiência.
Para o Carvalhinho não pode o Poder Judiciário se pautar pela eficiência para invalidar atos administrativos. Não pode apenas com base na eficiência. Seria uma substituição do administrador pelo Juiz. 
A tendência é se admitir um controle judicial a partir do princípio da eficiência.
Utilizar na prova essa frase clássica: “com a idéia de eficiência administrativa, passa-se de uma administração pública burocrática (excessivamente formalista, ineficiente, morosa), para uma administração pública gerencial (idéia de alcance de resultados, rapidez administrativa).
PRINCÍPIOS RECONHECIDOS OU IMPLÍCITOS
Tratados desta maneira por conta de sua recepção ou recebimento pela ordem constitucional ou pátria, encontrará em seus tipos um pluralidade de exemplos contidos em diferentes disposições legais que em sendo quebrantadas interpretativamente restam por demonstrar uma essência principiológica capaz de aderir a um ou mais princípios deste gênero, dando-lhes significado palpável; 
PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO:
Apesar de ter sido constituído originariamente sobre uma ideia absoluta ao princípio, encontra-se relativizado , ou seja, em situações excepcionais, mesmo sendo Direitos individuais particulares poderá ocorre a sucumbência do presente princípio:
OBS1: O trato relativo aqui citado advêm da idéia de que os interesses particulares passíveis de vitória sobre o interesse público na verdade tem ligação ainda que indireta com o contexto social a que pertence, como é o caso do Direito a vida e a dignidade da pessoa humana.
OBS2: Além de conflitar com o interesse privado não pode esquece da possibilidade de ponderação entre interesses públicos, situação na qual a autoridade competente deverá mensurar dadas as circunstâncias qual deles possuem maior relevância pública no momento, definindo assim o chamado melhor interesse público. 
Há uma discussão que está ganhando novos contornos sobre se ainda existe o princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado.
O princípio da supremacia do interesse público sempre foi um princípio categórico do Direito Administrativo. No entanto alguns autores modernos, promoveram uma releitura sobre esse princípio.
A releitura proposta por esses autores (ainda numa posição minoritária) é que não pode existir um princípio que estabeleça em abstrato um pseudo interesse público sobre um pseudo interesse privado.
Argumentos: a CF consagra um catálogo de direitos fundamentais e ao mesmo tempo pede que o Estado promova o interesse público – Art. 3º, CF. No mesmo corpo tenho normas pedindo a promoção do interesse público e proteção do interesse privado. Entre normas constitucionais originárias não há hierarquia.
O que existe são interesses públicos definidos em lei abstratamente e também interesses privados abstratos, devendo ser analisados no caso concreto, agindo com razoabilidade, através da ponderação de interesses no caso concreto. 
Não existe apenas um interesse público e um interesse privado, trata-se de conceitos jurídicos indeterminados, que só poderão ser verificados no caso concreto.
Aquele princípio da supremacia do interesse público passa a impressão de que sempre o interesse público é contrário ao interesse privado, quando na verdade a operação pode ser de soma, e não de aniquilação.
Exemplo: desapropriação de um imóvel para a construção de uma escola. Uma pessoa perdeu o seu bem – recebeu indenização do Ente – mas o direito fundamental à educação de diversas pessoas foi efetivado. Neste caso, pode-se dizer que o interesse público e o interesse privado se somaram.
Para a doutrina tradicional, Celso Antônio, Di Pietro, Gasparini, Barroso (doutrina majoritária), também há um limite: o interesse público não iria preponderar sempre sobre o interesse privado.
Aqui nesta posição, o interesse público se divide em dois:
. Primário: é o interesse de toda a sociedade, necessidades coletivas – é o interesse público legítimo por excelência;
. Secundário ou Instrumental: não diz respeito ao interesse da sociedade como um todo. Diz respeito ao interesse do Estado enquanto pessoa – é o interesse patrimonial do Estado – o dinheiro que o Estado arrecada é o instrumento para poder suprir as necessidades coletivas.
A supremacia só pode ser do interesse público primário sobre os interesses privados. O interesse público secundário pode ceder espaço para os interesses individuais.
Conclusão: a doutrina tradicional acaba concordando com a doutrina moderna, apenas utilizando outras palavras. A doutrina moderna, ao invés de usar a nomenclatura antiga – princípio da supremacia do interesse público, usa uma nova, princípio da finalidade. 
PRINCÍPIO DA AUTO TUTELA
Cabe ao Poder público controlar seus próprios atos tanto nos exercícios da função pública típica como atípica, aplicando corretamente as ferramentas da anulação e revogação.
Vale dizer que respectivamente nestes casos busca-se corrigir ilicitudes e desnecessidades públicas que contaminem um determinado atoW, contrato ou qualquer outra relação assumida pelo poder público.
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS:
É o princípio da continuidade do serviço público, seja o Estado ou o particular (permissão, concessão e para alguns, autorização). A idéia é de que o serviço público não pode ser paralisado.
Discussões concretas:
. Inadimplemento de serviço público:Exemplo: a conta de luz não é paga pelo particular. A concessionária pode cortar o serviço ou o princípio da continuidade vigora?
STJ – em regra, a concessionária pode suspender o serviço por inadimplemento. 
Existe regra no CDC, Art. 22 – serviço público essencial é contínuo; e na Lei 8987/95, Art. 6º, §3º, II – admite a interrupção do serviço por inadimplemento.
O STJ usou o critério da especialidade: a Lei 8987/95 é especial: fala em consumidor/usuário do serviço público e regula a relação entre concessionária e Poder Público.
. Exceção do contrato não cumprido em face do Poder Público?
Tradicionalmente (Hely Lopes): o particular não poderia suscitar a exceção de contrato não cumprido no contrato administrativo – princípio da continuidade do serviço público. Se o particular paralisasse as obrigações, a sociedade seria prejudicada.
Atualmente: com moderação, a doutrina moderna admite a exceção de contrato não cumprido nos contratos administrativos. Nem todo contrato administrativo tem por objeto serviços públicos. O princípio da continuidade não pode ser oposto a todos os contratos, apenas aos de permissão e concessão, porque são contratos que possuem como objeto serviços públicos. 
A própria lei vai admitir hoje a exceção do contrato não cumprido em contratos administrativos: Lei 8666/93, Art. 78, XIV e XV.
. Greve dos servidores estatutários:
Art. 9º, CF - Lei 7783/89
Art. 37, VII, CF - até então ainda não havia a lei.
O STF entendia que a norma do Art. 37, CF era não auto-aplicável ou norma de eficácia limitada. Assim os servidores públicos estatutários não poderiam fazer greve e teoricamente as greves realizadas foram ilegais. Isso gerava uma desigualdade no tratamento dos servidores públicos estatutários e celetistas.
INF 485 STF - o STF procedeu a uma releitura do Mandado de Injunção. O STF não admitia que o Poder Judiciário viesse a suprir uma lacuna legal. Com esse julgamento passou a admitir que o Judiciário crie uma norma temporária para o caso concreto, para que o direito constitucional tenha efetividade, até o legislativo editar a lei. A greve desses servidores observará a Lei 7783/89, principalmente os Arts. 9º a 11, que tratam da impossibilidade de paralisação total dos serviços públicos essenciais – princípio da continuidade do serviço público.
PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE:
Controvérsia: esses princípios são fungíveis ou não?
Para Luís Roberto Barroso, que tem a sua doutrina bem difundida nos tribunais superiores, os princípios são iguais. A única diferença é de origem: o princípio da razoabilidade nasceu nos EUA (devido processo legal em caráter substancial, material – atuação sem excesso do Poder Público; atuar dentro dos parâmetros razoáveis); enquanto o princípio da proporcionalidade nasceu na Alemanha (nasceu do próprio Estado de Direito; o Estado de Direito tem limites, atua dentro de certos parâmetros trazidos pelo ordenamento).
Parece que o STF/STJ utilizam indistintamente os termos proporcionalidade/razoabilidade.
Três sub-princípios ou testes da proporcionalidade:
a) Adequação
b) Necessidade
c) Proporcionalidade em sentido estrito
a) Adequação: 
Conceito: para um ato administrativo ser proporcional ele tem que ser adequado à finalidade pretendida pelo administrador. 
Exemplo (livro Barroso): num determinado município o prefeito veda a venda de bebida alcoólica no carnaval. A justificativa para a vedação é que com o consumo de bebidas alcoólicas, as pessoas perdem o juízo e não se protegem, propagando a contaminação com o vírus HIV.
Esse ato administrativo não é adequado.
b) Necessidade:
Conceito: para um ato administrativo ser proporcional, não pode existir outro ato possível menos restritivo aos direitos fundamentais. O ato adotado deve ser o menos restritivo aos direitos fundamentais.
Exemplo (livro Barroso): Fábrica que tem chaminé emitindo gases poluentes acima do nível permitido pó lei. O poder de polícia da administração – Fiscal – ao invés de determinar a colocação de filtros, lacra a fábrica.
Esse ato administrativo é desproporcional, pois não havia necessidade de fechar a fábrica, havia outro ato menos restritivo de direitos fundamentais. 
c) Proporcionalidade em sentido estrito:
Aplica-se a ponderação. Alguns autores afirmam que aqui se faz a verdadeira proporcionalidade.
Exemplo: Lei estadual exigiu que os empresários que vendessem bujão de gás deveriam pesá-lo na frente dos consumidores, e caso o peso real não correspondesse ao indicado, deveria ocorrer abatimento no preço do produto. Houve o ajuizamento de ADIN, alegando-se violação à livre iniciativa, porque essa exigência significaria aniquilar a atividade empresarial, não havia meios para tal medição.
O STF realizou uma ponderação entre, de um lado a proteção ao consumidor, Art. 170, CF e de outro a livre iniciativa, também no Art. 170, CF. No caso concreto, preponderou o princípio da livre iniciativa: apesar da lei proteger o consumidor, aniquila a atividade empresarial. Haveria outros meios de se proteger o consumidor. A maneira escolhida pelo legislador foi desproporcional.
PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES
Tecnicamente é um princípio de separação de funções, pois o poder é uno e indivisível.
Quando um Estado adota o princípio da separação dos poderes pode-se vislumbrar que as três funções estatais clássicas são repartidas entre os três poderes tradicionais. A função executiva a cargo do Poder Executivo; a função jurisdicional a cargo do Poder Judiciário; e a função legislativa a cargo do Poder Legislativo.
O princípio da separação de poderes leva em conta o critério da preponderância da função que é exercida por cada um dos poderes. Um poder não executa apenas uma atividade, não executa com exclusividade uma função. Cada poder irá exercer uma função típica e outras funções atípicas. Assim, cada um dos poderes irá exercer preponderantemente a função que lhe dá o nome. 
Exemplo: o poder legislativo, exercendo sua função típica vai legislar; mas eventualmente como função atípica vai julgar (Senado julgando o Presidente da República por crime de responsabilidade – impeachment); bem como exercerá função atípica administrativa (Senador quando pede licença, gratificação, férias – função administrativa).
Da mesma forma o poder judiciário: sua função típica é julgar, no entanto também pode exercer função atípica administrativa quando legisla (Regimento Interno dos Tribunais); assim também função atípica administrativa (Juiz entrando de férias).
Prova da Magistratura: Pode o Poder Judiciário revogar ato administrativo?
Dentre as formas de extinção do ato administrativo encontra-se a anulação e revogação. 
A anulação é uma forma de extinção por conta de uma ilegalidade do ato. Já a revogação é uma extinção do ato que não pressupõe ilegalidade, tenho a extinção do ato por conveniência e oportunidade.
Em regra quem edita ato administrativo é o poder executivo, e levando em conta apenas as funções típicas, não poderia o poder judiciário revogar ato administrativo do Poder Executivo.
Ocorre que a questão não fez distinção quanto à origem do ato que seria revogado. A resposta é DEPENDE: dependerá da origem do ato, do poder que editou o ato administrativo. Se o ato administrativo foi editado pelo próprio poder judiciário, ele poderá revogar, já que a conveniência e oportunidade para a edição do ato partiu do próprio poder judiciário. Assim, ele terá a mesma conveniência e oportunidade para revogar o ato administrativo. Aqui não haverá invasão de poder.
Se o ato administrativo foi editado por outro poder, que não o judiciário, não poderá este revogar o ato administrativo do outro poder, pois seria uma invasão de poder, manifestando invasão ao mérito do ato administrativo editado por outro poder.
Conclusão parcial: o Direito Administrativo e o tema da organização administrativa serão aplicáveis aonde houver exercício de função administrativa. Isso quer dizer que o Direito Administrativo não se aplica apenas ao Poder Executivo,mas também no exercício de funções administrativas atípicas por outros poderes.
Prova objetiva: o Poder Judiciário não pode revogar ato administrativo. (na prova colocar como resposta que está certo). Os examinadores quando fazem essa pergunta levam em conta a regra geral. Tradicionalmente o gabarito tem dado tal afirmação como correta. Numa prova aberta, colocar as ponderações acima. 
A função administrativa tem sido definida com base em critério residual: Carvalhinho, Diogo de Figueiredo. O critério residual vem da seguinte maneira: o que não for função legislativa e função jurisdicional será função administrativa.
A função jurisdicional é aquela que resolve conflitos de interesse com definitividade. A função legislativa é a função de inovar o ordenamento jurídico, criando normas de conduta. O que não for função jurisdicional e o que não for função legislativa, será função administrativa.
A função administrativa não resolve com força de definitividade um conflito de interesses, pois sempre haverá a possibilidade de recurso ao Judiciário, Princípio da Unidade Jurisdicional. E a função administrativa até pode envolver a edição de normas, mas não, pelo menos em regra, atos normativos primários. Em regra porque há situações excepcionais, como por exemplo o Decreto Autônomo. 
PRINCÍPIO DA AUTO-TUTELA:
É o auto-controle. A Administração Pública pode controlar os seus próprios atos. A Administração Pública pode verificar que agiu contra o ordenamento, e a princípio terá o dever de anular os seus atos ilegais.
Além de controlar a legalidade, a Administração também poderá revogar atos administrativos por conveniência e oportunidade.
Súmulas 346 e 473, STF.
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
 		O devido processo legal (do inglês due process of law) é uma instituição jurídica, oriunda do direito anglo-saxão (e, portanto, de um sistema diverso das tradições romanas ou romano-germanas, quais os ibéricos e francês, por exemplo), no qual algum ato praticado por autoridade, para ser considerado válido, eficaz e completo, deve seguir todas as etapas previstas em lei. É um princípio originado na primeira constituição, a Carta Magna, de 1215
Com objetivo de preservarem-se das ingerências do rei João Sem Terra, os barões impuseram ao monarca a promulgação de uma lei de terras que, dado o apelido do monarca ser Magnânimo João, passou à história como Magna Carta - na verdade uma lei sobre o direito às terras (per legem terrae)
O preceito do devido processo legal evoluiu e passou por adaptações aos momentos históricos, como registra o jurista brasileiro, San Tiago Dantas: “Essa compreensão do ‘due process of law’, como restrição ao arbítrio do Legislativo, atinge a maturação doutrinária na mesma época em que o princípio se incorpora às restrições feitas ao Poder dos Estados, [..] nesse mesmo ano Cooley publica o seu Tratado sobre as limitações constitucionais do Poder Legislativo, e daí por diante a doutrina e a jurisprudência se conciliam numa afirmação que, fixando o sentido do instituto, não lhe impedirá, entretanto, a constante transformação e adaptação às condições históricas.”[4]
O preceito de cunho constitucional, desta forma, adapta-se como garantia não somente pessoal, mas também coletiva, extravasando a esfera de abrangência original e adaptando-se aos diversos ramos do direito, como o administrativo, civil, etc., além do penal. 
Sua abrangência, assim, avança sobre o próprio poder legislativo do Estado, como uma restrição imposta ao próprio ato de se fazer uma lei, podendo ser então denominado devido processo legislativo. 
A Constituição brasileira de 1988 traz a garantia exarada no seu Artigo 5º, que trata das garantias e direito individuais. Seu inciso LIV expressa a essência do due process, e o inciso LV surge como seu corolário (ou desdobramento):
"Art. 5º - (...) 
LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.
LV – aos litigantes em processo judicial e administrativo, e aos acusados em geral, serão assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios de recurso a ela inerentes."
PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA
 		O princípio da segurança jurídica ou da estabilidade das relações jurídicas impede a desconstituição injustificada de atos ou situações jurídicas, mesmo que tenha ocorrido alguma inconformidade com o texto legal durante sua constituição. Muitas vezes o desfazimento do ato ou da situação jurídica por ele criada pode ser mais prejudicial do que sua manutenção, especialmente quanto a repercussões na ordem social. Por isso, não há razão para invalidar ato que tenha atingido sua finalidade, sem causar dano algum, seja ao interesse público, seja a direitos de terceiros. Muitas vezes as anulações e revogações são praticadas em nome da restauração da legalidade ou da melhor satisfação do interesse público, mas na verdade para satisfazer interesses subalternos, configurando abuso ou desvio de poder. Mesmo que assim não seja, a própria instabilidade decorrente desses atos é um elemento perturbador da ordem jurídica, exigindo que seu exame se faça com especial cuidado. Vide princípio da estabilidade. 
Caso Concreto (semana 01)
(OAB) COMÉRCIO e IPORTADORA XYZ, que trabalha com produtos comestíveis importados, apesar de ter pago todos os impostos devidos, não obteve a liberação de sua mercadoria pelo Delegado da Receita Federal, em virtude de greve levada a efeito pelos fiscais daquele órgão. Preocupado com o perecimento dos produtos e, com o consequente prejuízo iminente, posto que não poderia aguardar o término da greve, diante da natureza das mercadorias , a empresa recorreu ao judiciário. Responda fundamentadamente.
1- A alegação de greve e consequente impossibilidade de prestar o serviço embasa legalmente a omissão do Delegado?
2- Qual a medida judicial cabível neste caso? Com que fundamento? 
3- A empresa alcançará sucesso na demanda? Por quê?
Questão Objetiva
(Cespe/UnB/Exame de Ordem) João, objetivando adquirir determinado imóvel no bairro X, fica sabendo, por meio de amigos, que, nessa região, será construída uma nova linha do metrô e, consequentemente, diversos imóveis serão desapropriados. Tendo em vista referido fato, pede informações à Companhia do Metrô, que se recusa a fornecê-las. Com tal atitude, restou preterido o princípio da Administração Pública denominado:
a) publicidade; 
b) imperatividade; 
c) supremacia do interesse público; 
d) impessoalidade; 
e) eficiência.
Uso e abuso de poder 
Poderes Administrativos: são prerrogativas administrativas colocadas para aqueles que desempenham atividade administrativa.
A doutrina clássica costuma afirmar (Di Pietro) que o Direito Administrativo tradicional é baseado no binômio: Prerrogativas x Sujeições.
	Legalidade, Razoabilidade e respeito aos direitos fundamentais.	
São os próprios poderes Administrativos. 
Poder Administrativo não é poder político (executivo, legislativo e judiciário), é poder jurídico, encontrado sempre onde houver função administrativa. Aonde houver atividade administrativa (tipicamente, no Poder Executivo, ou ainda que atipicamente, nos Poderes Legislativo e Judiciário) sendo desempenhada, posso ter prerrogativas e sujeições. 
A omissão como abuso de poder
Deveres do Administrador
Dever de probidade
Dever de Eficiência
Dever de prestar contas
Poderes Administrativos
OBS: o Carvalhinho e o Hely Lopes colocam como classificação do poder administrativo o poder discricionário/ vinculado. O professor Augusto Nepomuceno, seguindo orientação dos doutrinadores Rafael oliveira e Di Pietro, entende que discricionário/vinculado são características norteadoras do poder administrativo e não subespécies autônomas de poder. Serão tratadas nos atos administrativos (ato Vinculado e Ato Discricionário).
Poder Vinculado
Poder Discricionário 
Poder Regulamentar ou Normativo 
Noção de poder normativo: é a prerrogativa que tem a Administração Pública de editar normas gerais para o fiel cumprimentoda lei. Art. 84, IV, CF – demonstra a ideia da doutrina majoritária: só cabe poder normativo infra legal, não cabendo o Decreto Autônomo.
Ainda que e, sua constitutividade referido poder estivesse limitado a garantir o fiel cumprimento de leis por respectiva regulamentação o mesmo sofrera significativa evolução positiva responsável por renomea-lo tornando-o beneficamente mais abrangente as necessidades do Estado .
Desta forma não significa que houve abondono das funções regulamentares, pois na verdade apliou-se o horizonte de atuação deste poder permitindo a administração competente, respeitada a ordem legal, edite normal de caráter autônomo que por si só, trará para o mundo jurídico direitos e obrigações. Para ilustrar tais afirmações convem a leitura dos artigos 84 inciso 6 alínea A e ART 103-B, bem como o art 4º , inciso 2 da lei ANA.
. NOMENCLATURA: a doutrina costuma distinguir Decreto e Regulamento. 
	
	O Decreto é forma, o ato 
Administrativo em si mesmo.	O Regulamento é o conteúdo do Decreto.
Pode ter conteúdo:
. Concreto (não nos interesse agora) – ex: Dec. Expropriatório
. Regulamentar ou Geral: esse dec. diz respeito à situações indeterminadas, mas determináveis em concreto. 
O Decreto Normativo pode receber algumas classificações, dependendo do critério adotado:
1. Quanto ao fundamento normativo do Decreto, ele pode ser:
Autônomo e Executivo.
No Decreto Autônomo o fundamento de validade é o próprio texto constitucional, sem nenhuma intervenção legislativa. No Decreto Executivo o fundamento de validade é a lei, que por sua vez busca o fundamento de validade na CF. O Decreto Executivo, como o próprio nome diz, executa o que a lei já disse previamente.
2. Quanto aos efeitos, ele pode ser:
Jurídico ou Normativo.
No Decreto Jurídico tenho um decreto com efeito para pessoas em geral. Tenho efeitos externos, extrapola o âmbito da Administração Pública. 
Ex: Decreto que protege o meio ambiente.
No Decreto Administrativo tenho os efeitos internos; se aplica tão somente no âmbito da própria administração e naquelas relações de “sujeição especial”: determinados particulares estão numa situação diferente com a Administração (possuem vínculos) e por isso sofrem a incidência de normas diferenciadas. Exemplo: agentes públicos.
É possível o Poder Normativo Autônomo?
Essa classificação leva em conta o fundamento do ato, que neste caso é a própria CF. Duas correntes:
a) Hely Lopes Meirelles, Gustavo Binenbojm (minoritária): 
b) Celso Antônio, Di Pietro, Carvalhinho, Diógenes Gasparini (majoritária): Fundamentos constitucionais: Art. 5º, II; Art. 37, caput; Art. 49, V; Art. 84, IV, CF e Art. 25, I, ADCT. 
Alguns autores dessa posição majoritária apontam algumas exceções à essa regra: Art. 84, VI, “a”, CF (EC 32/01 – até essa emenda, o Art. 84, VI, “a”, CF exigia a lei para organizar a administração. Com o advento da EC 32/01 essa exigência foi abolida. O STF já afirmou ser esse artigo exceção à rígida legalidade.) 
Celso Antônio e Carvalhinho não vislumbram no Art. 84, VI, “a”, CF um verdadeiro decreto autônomo. Para esses dois autores, para um decreto ser autônomo tem que gerar direitos para as pessoas em geral. 
OBS: É Preciso que se tenha muito cuidado para que não seja confundido o poder em análise com o ato administrativo praticado que resulta no uso do aludido poder!
Poder Hierárquico
Na verdade o poder hierárquico reflete muito mais uma característica inerente à Administração Pública, qual seja, a Administração Pública é escalonada a partir da hierarquia. 
A expressão hierarquia ou subordinação é utilizada para relações internas (dentro de uma mesma pessoa ou de um mesmo órgão). A doutrina distingue hierarquia de vinculação (encontrada nas relações externas).
A disciplina decorre da hierarquia, ou seja, o poder disciplinar da Administração Pública decorre da característica da hierarquia.
Poder Disciplinar 
O poder disciplinar é a prerrogativa que tem a Administração Pública de apurar transgressões funcionais e eventualmente aplicar sanções disciplinares. 
Quando se fala em poder disciplinar, intrinsecamente já se fala em processo disciplinar, que configura o meio pelo qual a Administração Pública formaliza o poder disciplinar. Esse é o meio tradicional, já que em algumas situações é possível a aplicação de sanções (com o devido processo legal), mas sem a instauração do processo disciplinar. Exemplo: agente público em estágio probatório. 
- Processo Disciplinar:
Nomenclatura: em relação à nomenclatura não há consenso, pois cada ente federativo traz a sua legislação acerca dos seus servidores. A lei 8112/90 trata dos estatutários federais – aplicável apenas aos servidores estatutários da União.
Apesar dessa dificuldade há nomenclaturas pacíficas, como por exemplo:
. Sindicância: doutrinariamente significa espécie de processo disciplinar preparatório para o processo definitivo principal. A Administração investiga a prática de infração disciplinar, colhe material probatório. A sindicância embasaria o processo disciplinar principal. A doutrina equipara a sindicância ao Inquérito Policial. 
Em regra na sindicância não se aplica sanção e por conta disso, diversos autores afirmam que não são necessários, via de regra, contraditório e ampla defesa. No entanto há exceções. 
Aqui o Rafael Oliveira avisa para ter cuidado, em razão de não haver unanimidade quanto às nomenclaturas. A lei 8112/90 admite que na sindicância sejam aplicadas sanções leves, tais como advertência, suspensão. Nessa situação são necessários a ampla defesa e o contraditório. 
. Inquérito Administrativo: não recebe tratamento parecido com o Inquérito Policial. A doutrina toma por base a disciplina da Lei 8112/90, entendo que o Inquérito Administrativo não passa de uma fase do processo disciplinar principal. O processo principal se divide em pelo menos três fases: 
a) fase da instauração – dá início ao processo disciplinar. O processo disciplinar pode ser instaurado de ofício. O servidor será intimado para integrar a relação processual.
b) fase instrutória – o servidor apresenta defesa e produz provas. É essa fase que é chamada, de regra, de Inquérito Administrativo.
c) fase decisória – a Administração Pública conclui o processo disciplinar, para absolver ou condenar o servidor que está sendo processado.
Questões polêmicas sobre processo disciplinar:
Uma comissão, geralmente composta por três servidores, presidirá o processo disciplinar, para ao final elaborará o relatório ou parecer final. Esse relatório ou parecer final será encaminhado pela comissão à autoridade superior que instaurou o processo disciplinar. Em regra é a autoridade superior que absolverá ou sancionará o servidor (ela que aplica a sanção disciplinar), com base no parecer final ou relatório elaborado pela comissão.
A questão que se coloca é a seguinte: pode a autoridade superior discordar do parecer da comissão, tomando decisão contrária à indicada no parecer ou não? Está a autoridade superior vinculada?
A autoridade superior não está vinculada ao conteúdo do relatório, podendo decidir contrariamente ao indicado, desde que motive a sua decisão. Ou seja, o parecer da comissão processante não vincula a autoridade superior. Esse entendimento é pacífico na doutrina. 
 Outro ponto polêmico é o seguinte: o servidor é sancionado, mas não concorda com a sanção que lhe foi imposta. Ele interpõe recurso administrativo. Poderá ou não a autoridade que julgar o recurso agravar a sanção do recorrente? É aplicável ao processo administrativo o princípio da proibição de reformatio in pejus?
Hoje essa questão possui três correntes.
a) É aplicável o princípio da proibição da reformatio in pejus ao processo administrativo. Trata-se de um princípio geral do direito, que não é somente aplicável ao processo judicial, mas também ao processo administrativo. O STJ já proferiu uma decisão nesse sentido (decisão muito antiga) – não considerar como jurisprudência do STJ, trata-se apenas de um precedente. LúciaVale de Figueiredo. 
b) Carvalhinho (isolado). A depender do caso ele admite a reforma para pior. Se a autoridade superior numa análise estritamente objetiva dos fatos chegar à conclusão de que a pena deve ser agravada, ela poderá agravar. O que não pode é a autoridade superior agravar a sanção do servidor tendo como base uma análise subjetiva.
c) Posição majoritária: é possível ocorrer a reformatio in pejus no processo disciplinar. Tem fundamento legal, Art. 64, p.ú, Lei 9784/99 – trata do processo administrativo federal. Não é necessário que o processo administrativo receba o mesmo tratamento que o processo judicial. 
OBS: O representante Legal no Processo Administrativo disciplinar!
O STJ chegou a editar a Súmula 343, exigindo a presença do advogado no processo disciplinar, sob pena de nulidade do processo. Até então as legislações não exigiam a presença do defensor, apenas possibilitavam a sua presença. Assim, de acordo com o STJ, muito mais do que oportunizar, essa defesa deve efetivamente existir na prática. 
Os fundamentos para a aprovação dessa súmula foram os princípios do contraditório e da ampla defesa. Se no caso concreto o servidor não constituir um advogado, a Administração Pública terá que constituir um defensor dativo para esse servidor. 
No entanto essa interpretação do STJ em relação a esse assunto traria um “efeito cascata” (expressão bastante utilizada pelo STF), pois milhares de processos disciplinares estarão nulos, causando uma insegurança enorme quanto às sanções aplicadas e também inefetividade. 
Alguns meses depois o STF editou a Súmula Vinculante 05, STF: não é imprescindível a presença do advogado do processo disciplinar; o que é imprescindível é que se garanta ao servidor a defesa; se haverá ou não advogado no caso concreto dependerá da vontade do servidor. A ausência do advogado do servidor no caso concreto não enseja a nulidade do processo disciplinar. 
Caso Concreto (semana 02)
(OAB/ FGV) OTÁVIO é farmacêutico recém-formado que, após longos anos de faculdade, pretende assumir a Farmácia do pai, além de tentar concursos públicos para os hospitais locais e assim estruturar sua vida. Não obstante, o Diretor do Conselho Regional de Farmácia, Sr. THEODÓTUS, determinou que somente os primeiros vinte por cento dos formandos daquele ano teriam licença para exercer a profissão, pelo fato de existir um verdadeiro excesso de profissionais no mercado, ensejando a sua saturação e gerando desemprego para a categoria. Tais fatos foram devidamente documentados na Resolução do Conselho, respaldados, ainda, em estudos estatísticos do IBGE. Inconformado, OTÁVIO realiza consulta a Advogado, Dr. PTOLOMEU, que, por sua vez concordou com a Resolução acima citada, que estaria baseada no teor do art. 170, inciso VII e 173, §4°, todos da CRFB. Você concorda com o Dr. PTOLOMEU? Fundamentar.
Questão Objetiva
(OAB) Diz o art. 94 da Constituição Federal: "Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de 10 (dez) anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de 10 (dez) anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos 20 (vinte) dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação". 
Considerando a norma constitucional, para compor certo Tribunal Regional Federal, dentre os nomes A, B e C, o Presidente da República nomeou o indicado C. Inconformados com tal escolha, A e B ajuizaram ação em que alegam a inadequação da opção feita e a consequente nulidade do ato de nomeação de C. Nesse sentido, de acordo com doutrina e jurisprudência dominantes, é correto afirmar que: 
(A) por se tratar de exercício do poder discricionário da Administração, este ato não é passível de qualquer espécie de controle jurisdicional; 
(B) todo e qualquer ato praticado pela Administração Pública é passível de amplo e irrestrito controle jurisdicional; 
(C) por se tratar de exercício de poder vinculado, este ato só é passível de controle jurisdicional quanto ao chamado mérito administrativo;
(D) por se tratar de exercício de poder discricionário, o controle jurisdicional deve se restringir aos aspectos da legalidade e verificar se a Administração não ultrapassou os limites da discricionariedade. 
Poder de Polícia
Conceito
Consciente de sua bivalência, o poder de polícia será responsável por gerir preventivamente e repressivamente as relações entre a administração pública e seus respectivos administrados sejam eles pessoas físicas ou jurídicas. Com isso, conforme ilustrado pelo art 78 do CTN serão restringidos ou impedidos transitoriamente na sua fruição certos direitos a bem do interesse público. Além disso não se pode esquecer das eventuais obrigações trazidas pelo poder público a seus administrados. 
Momentos ou Fases:
Apesar da realidade absoluta originariamente a recair sobre tal poder esse fora atingido por um fenômeno denominado relativização. 
Tal fato conduziu a tratativa deste poder ao uma análise pormenorizada de seus momentos ou fases.
Vale ainda dizer que neste contexto abriu-se a hipótese de possibilidade de delegação dos chamados momentos intermediários à pessoas jurídicas de Direito Privado quando executora de serviços públicos;
 
Ordem de polícia: Trata-se da emissão de normas e, portanto embasamento legal a legitimar a atuação de polícia;
Consentimento de polícia: A partir do devido embasamento legal , caberá ao Estado ou quanto permitido ao delegatário, viabilizar de forma vinculada ou discricionária a fruição de determinado Direito ou ainda a sujeição a obrigação;
Fiscalização de Polícia: exercido o Direito consentido ou a obrigação imposta virá o poder público ou seu delegatario legitimado a monitor a adequada fruição ou cumprimento;
Em sendo pratica lesão nos momentos que antecedem este, entre em cena a autoridade pública competente, afim de que atendidos os requisitos legais se promova a sanção cabível em cada caso.
Leitura do informativo 785 do STF
Atributos ou Qualidades do poder de polícia.
Esta temática cuida de significativas ferramentas responsáveis por garantir quando necessário a efetividade do poder de polícia.
Com isso ganhar destaque três atributos advindos deste contexto, quais sejam imperatividade, auto-executoriedade e coercibilidade.
Imperatividade: este atrito advém da posição de império do Estado restando este legitimado a impôr suas vontade de polícia em busca da proteção constante do melhor interesse público.
Auto-executoriedade : é importante saber que as condutas da administração pública independem da anuência direta de outros poderes, ressalvadas as determinações legais (Exemplo: Art 15 inc XI), isso porque a prestação de polícia ,visa resguardar o objeto de interesse público de trato imediato que sobre qualquer demora de ação ou espera de permissibilidade, se perderia.
Coercibilidade: o Estado impõe a sua vontade ao particular. Mesmo tema, os atributos anteriormente vistos, a autoridade pública competente encontrando resistência na atuação de polícia, poderá dentro da razoabilidade e proporcionalidade valer-se da força e prol do interesse público tutelado;
Obs:Embora alguns doutrinadores considerem para efeitos de atributos a discricionariedade, esta é uma forma fadada ao entendimento equivocado do institutos pois na verdade ainda que se reconheça que a atuação de polícia é no seu momento inicial predominantemente discricionário, também ocorrerá a atuação vinculada , por isso torna-se mais plausível defender e vincular o discricionário melhor representam a própria natureza de agir do Estado, variável nestes dois sentidos; 
Da atuação de polícia (Administrativa e Judiciária):
Ainda que se reconheça num cenário pátrio um teor mixtoda auação de polícia, e neste sentido sejam identificados a polícia administrativas (preventiva) e a polícia judiciária (repressiva) são reconhecidas suas atuação em contexto invertido, é preciso que se diga que a partir do pensamento da escola francesa, a polícia administrativa tem lugar predominante na atuação do Estado cabendo a judiciária exercer em sede pontual a efetividade da persecução penal .
Atos administrativos. 
Poder de Polícia pode ter dois sentidos:
. Sentido Amplo: é toda e qualquer restrição estatal a direitos fundamentais. Dentro desse sentido amplo pode-se incluir a atuação do legislador e a atuação do administrador. 
. Sentido Restrito: não é qualquer atuação estatal, mas sim a atuação administrativa que calcada na lei, restringe e condiciona direitos fundamentais para o atendimento do interesse público. Destaca apenas a atuação administrativa.
OBS: Existem autores que não concordam com a expressão “Poder de Polícia”, pois leva a uma noção já ultrapassada do Estado de Polícia, que é o Estado Absolutista, que era um Estado que não encontrava limites na lei, era ilimitado. E também porque Poder de Polícia, enquanto restrição ou condicionante a direitos fundamentais, não é diferente da atuação normal do Estado (toda atuação administrativa restringe ou condiciona direitos das pessoas), daí haver uma grande dificuldade em se distinguir uma atuação que não seja Poder de Polícia. Há autores que substituem a nomenclatura Poder de Polícia, por Direito Administrativo Ordenador. No entanto a doutrina majoritária, a CF e a lei continuam a utilizar Poder de Polícia. 
POLÍCIA ADMINISTRATIVA é diferente de POLÍCIA JUDICIÁRIA:
OBS: é preciso ter atenção, pois dada a natureza relativa das diferenças, pois na prática podem existir situações muito difíceis de distinguir.
	POLÍCIA ADMINISTRATIVA
	POLÍCIA JUDICIÁRIA
	1. A polícia administrativa é um fim em si mesma, finalista. Ex: vigilância sanitária. 
	1. A polícia judiciária é instrumental. Ex: polícia civil. 
	2. A polícia administrativa incide sobre bens, direitos e pessoas. 
	2. A polícia judiciária vai incidir principalmente em relação às pessoas (pessoas que possivelmente cometeram infrações penais).
	3. A polícia administrativa tem caráter predominantemente preventivo. 
Insta dizer que essa característica é a mais relativa, pois no caso da vigilância sanitária, caso encontre alimentos estragados, a sanção será aplicada posteriormente. 
	3. A polícia judiciária tem caráter predominantemente repressivo. 
Aqui também é relativo, pois existe a possibilidade da atuação preventiva para evitar a consumação do delito. 
OBS: É preciso ressaltar que em nosso ordenamento pátrio há uma visão mista quando o assunto é Poder de polícia e suas funções típicas, ao passo que nenhuma delas poderá ser considerada puramente administrativa ou puramente judiciária havendo situações onde há a inversão de papéis. 
Características ou atributos do Poder de Polícia:
1. O Poder de Polícia seria, em regra, discricionário: o momento da atuação do Poder de Polícia é discricionário, há certa liberdade para o administrador. 
Ex: a administração pública, em princípio, decide quando ocorrerá a fiscalização por parte da vigilância sanitária. 
Eventualmente a discricionariedade existe até mesmo na aplicação da sanção. 
Existem exceções, já que em alguns casos o Poder de Polícia é vinculado. É o que ocorre com a licença: a licença para construir, dirigir veículo automotor – a licença é um consentimento de polícia. O Estado está consentindo que o particular exerça uma atividade privada, e esse consentimento se dá por meio da licença. 
2. Coercibilidade: o Estado impõe a sua vontade ao particular. 
Esta característica não é absoluta: a exceção está nos atos de consentimento de polícia, sejam eles quais forem (licença, autorização). OBJ 2 – Não se trata de um atributo de ordem absoluta, devendo considerar questões engendradas nos princípios constitucionais, tais como razoabilidade e proporcionalidade.
3. Auto-executoriedade: alguns autores fazem uma distinção (Celso Antônio e Di Pietro) entre exigibilidade e executoriedade propriamente dita. Na exigibilidade o Estado vai usar de meios indiretos de coerção (meios indiretos para fazer com que o particular cumpra aquilo que foi determinado pelo Poder Público). Ex: uma legislação imponha ao proprietário de um imóvel a obrigação de conservar a calçada em frente ao imóvel. E caso o particular não conserve, pagará multa. A multa é o meio indireto para alcançar o fim legal. 
Já a auto-executoriedade propriamente dita o Estado utilizará de meios diretos de coerção, até mesmo por meio da força (com razoabilidade). Ex: passeata armada fechando rodovia importante para escoamento de produção. O Estado tem o dever de, até mesmo usando a força, retirar as pessoas dali e liberar o tráfego da rodovia. 
Celso Antônio e Di Pietro concluem que a exigibilidade é a regra, e que a auto-executoriedade é exceção e só vai existir em duas situações: casos em que haja previsão legal expressa e em casos de urgência. 
Prova específica TJ/RJ: área pública que era ao mesmo tempo reserva ambiental (e assim nada pode ser construído) e uma família pobre constrói o seu barraco nesta área, que inclusive era área de risco. O Município verifica a situação e ajuíza ação judicial para retirar a família daquele lugar. O juiz não dá a liminar requerida pelo Município. O Município agrava e enquanto o TJ analisa o agravo, cai uma chuva e a família morre, pois o barraco desaba. Quem responde: o Município, o Juiz que não deu a liminar, o Promotor que opinou pela não concessão, o Estado pela má prestação jurisdicional? 
O Município, sozinho. O Poder Público Municipal não exerceu adequadamente o seu Poder de Polícia. Se ele tem o Poder de Polícia em relação aquela área, ele tem a auto-executoriedade (o Município tomou a atitude errada, pois deveria ter solucionado a questão na via administrativa). Há responsabilidade por omissão específica, sendo a responsabilidade do Município objetiva.
A decisão correta para a ação judicial seria a extinção do processo sem resolução do mérito, diante da ausência de interesse de agir. 
Outra questão importante: Multa de Trânsito – o CTB (Lei 9503/97) consagra a auto-executoriedade das multas de trânsito, Art. 131, §2º, CTB: o proprietário só obterá o licenciamento anual do veículo se pagar previamente as multas que incidem sobre o veículo. 
A característica da auto-executoriedade é relativa, e a doutrina tradicional sempre afirmou que para as sanções pecuniárias o Estado deveria cobrá-las por meio da execução fiscal. 
Na verdade trata-se de exigibilidade ou auto-executoriedade indireta, e não propriamente em auto-executoriedade no seu sentido estrito. 
Com relação a esse tema (multa de trânsito) temos duas posições:
a) minoritária na jurisprudência e na doutrina (boa tese para D.P.): essa exigência do Art. 131, §2º, CTB é inconstitucional. Fundamentos:
. Essa norma do Art. 131, §2º, CTB viola o devido processo legal: tradicionalmente a doutrina não empresta auto-executoriedade para sanções pecuniárias, devendo o Estado se valer do seu procedimento privilegiado de cobrança, o procedimento da LEF. 
. Violação ao direito de propriedade sobre o veículo. O Estado usará de um meio indireto para desproporcionalmente retirar faculdades essenciais ao exercício do direito de propriedade sobre o veículo. Se o particular não pagar a multa, não pode usar o seu veículo. 
b) STJ: é válida a restrição imposta. Súmula 127, STJ. Fundamentos: 
. Não há violação ao devido processo legal. Há previsão expressa na lei (CTB) para que o pagamento seja efetuado nestas circunstâncias. Não é apenas a LEF que estabelece procedimento para a cobrança. A existência da LEF não impede que outras leis posteriores e de igual hierarquia preveja novo modo de cobrança. 
. Não há violação ao direito de propriedade, porque o direito de propriedade, como qualquer direito fundamental, é relativo. Paraser um direito fundamental de propriedade, esse bem deve cumprir a sua função social. Quem estabelece a função social é a legislação, no caso em exame o CTB, e aqui a legislação se preocupou com a segurança da população em geral. 
O CTB também prevê outra condição: Art. 262, §2º, CTB. Veículo apreendido. Para a liberação do veículo, deve haver o pagamento de multas. A situação aqui é mais grave, pois sequer há a posse direta sobre o bem. 
Em tese é possível trazer os mesmos argumentos das duas teses da situação acima, sendo que aqui nessa circunstância ganha um pouco mais força a primeira tese. 
Carvalhinho entende que a exigência de pagamento da multa para realização de vistoria é constitucional, mas que essa exigência de pagamento das multas para retirar o veículo do depósito é inconstitucional. Somente o pagamento das taxas seria legal, pois restituiria as despesas com o serviço. 
TJ/RJ: é inconstitucional a cobrança das multas para a liberação do veiculo do depósito, pois viola o direito de propriedade. O órgão especial do TJ já afirmou que em tese é constitucional essa vinculação, mas apenas em relação àquela multa que ensejou a apreensão. Pode-se dizer que é uma posição moderada. 
CICLO OU FASES DO PODER DE POLÍCIA:
“Ciclo” – expressão utilizada pelo Diogo de Figueiredo.
OBS: Cumpre informar que também é chamado na Doutrina por momentos de polícia. 
a) Ordem de Polícia: previsão normativa primária que restringe ou condiciona direitos fundamentais – lei. É a lei que primariamente cria direitos e obrigações. Tanto é verdade que no início da aula passada falamos em poder de polícia no sentido amplo e sentido estrito, sendo que no sentido amplo sempre passará pelo legislador. A atuação do administrador sempre será infralegal. 
Nada impede que o Poder de Polícia tenha por base ato administrativo normativo editado pelo administrador, ex: regulamento, desde que seja um ato infralegal.
Aqui estamos tratando de atuação normativa; a atuação concreta estará inserida nas outras fases do Poder de Polícia.
b) Consentimento de Polícia: algumas atividades privadas dependem de um consentimento prévio do Poder Público para ser exercidas pelos particulares. A regra geral é a livre iniciativa – os particulares podem fazer tudo aquilo que a norma legal não proibir – só que eventualmente o legislador destaca algumas atividades privadas e restringe a liberdade do seu exercício. O Estado quer fiscalizar mais de perto o exercício dessas atividades. Para a execução dessas atividades o Estado terá que consentir. O consentimento condiciona o exercício da atividade privada.
A doutrina divide o consentimento em duas espécies: licença e autorização.
 
A licença e a autorização são atos de polícia. A diferença entre elas é que, enquanto a licença é um ato administrativo vinculado com caráter declaratório, a autorização é um ato administrativo discricionário com caráter constitutivo. 
A licença é ato administrativo declaratório porque, se o particular preencher os requisitos previstos em lei, fará jus à licença, e o Estado terá o dever de editar a licença. Nesse ato declaratório o Estado reconhece um direito preexistente do particular. Ex: licença para dirigir veículo automotor. (em algumas carteiras está escrito permissão, no entanto, tecnicamente é uma licença).
Já a autorização é ato administrativo discricionário e constitutivo porque o particular não tem o direito preexiste àquele ato, o Estado tem a conveniência e oportunidade na edição desse ato. O Estado tem liberdade: o Estado não tem o dever e o particular não tem o direito. O particular só poderá exercer a atividade após a edição da autorização – antes disso o particular tem apenas a expectativa. Ex: autorização de porte de arma.
c) Fiscalização de polícia: o Estado vai verificar no caso concreto se os particulares estão atuando de acordo com a lei e nos limites estabelecidos no Consentimento de Polícia. 
Ex: fiscalização sanitária ou fiscalização tributária. Se o fiscal conclui que o particular não preenche os requisitos legais ou os limites do consentimento de polícia, chegaremos à última fase do Poder de Polícia. Se estiver tudo correto, acaba na fiscalização a atuação do Estado quanto ao seu Poder de Polícia.
d) Sanção de polícia: é uma punição ao particular que descumpre os requisitos legais – ordem de polícia – ou os limites do consentimento de polícia.
É uma fase eventual, ou seja, o Poder de Polícia não chega necessariamente à fase da Sanção. No entanto é importante observar que, mesmo que não se chegue à fase da sanção (ou seja, chegando até a fase da fiscalização), o Poder de Polícia terá sido exercido. Isso é relevante pois a jurisprudência confunde a possibilidade de sancionar com o exercício do Poder de Polícia (em alguns julgados, os tribunais afirmam que não há exercício do Poder de Polícia se o Poder Público não pôde sancionar – errado! A sanção é eventual). 
Outro ponto que causa bastante discussão no TJ/RJ é o relativo à segurança pública. Vários julgados afirmam que o particular não pode exercer o poder de polícia, pois a segurança pública é indelegável. Ocorre que é errado afirmar que Poder de Polícia é apenas segurança pública, por exemplo, Poder de Polícia Urbanístico, de Trânsito, de Costumes, Ambiental, Sanitário, etc. Temos vários exemplos de Poder de Polícia que não refletem segurança pública. 
DELEGAÇÃO DO PODER DE POLÍCIA PARA ENTIDADE PRIVADA:
Questão muito controvertida na doutrina, mas a jurisprudência está consolidada. 
Temos duas correntes:
a) Celso Antônio Bandeira de Mello, Di Pietro, Gasparini, STF – ADIN 1717 e ADIN 2310 (majoritaríssima): poder de polícia não pode ser delegado para entidades de caráter privado, sem importar se a entidade integra ou não a Administração Pública. 
O principal fundamento é o princípio da isonomia: não se poderia conceber que particulares punam particulares. Outro argumento também muito forte é o fato de que para exercer o Poder de Polícia o agente público tem que ter garantias diferenciadas, tamanha é a importância da atividade. Dessa forma, esse agente público que pode exercer o poder de polícia tem que ser estatutário, pois apenas este tem a estabilidade. O celetista não pode exercer o poder de polícia – ADIN 2310, STF. 
Na verdade essa garantia da estabilidade não valeria apenas para o agente público, mas também para a sociedade, que lida com agentes públicos que não dependem de variação de governo.
IMP: Essa ADIN 1717 tratou da Lei 9649/98, Art. 58, que transformou os Conselhos Profissionais em entidades privadas. O STF entendeu que não poderia ocorrer essa alteração, tendo em vista que esses conselhos profissionais exercem poder de polícia e para exercer esse poder tem que ser pessoa pública, mantendo a natureza jurídica dos conselhos profissionais de autarquia – lembrar da exceção da OAB.
Celso Antônio faz uma ponderação: o poder de polícia é indelegável, mas nada impede que as atividades materiais preparatórias ou posteriores ao poder de policia sejam delegadas aos particulares. Isso é óbvio, pois na verdade não há delegação de nenhum poder de polícia. Exemplo: poder público quer fiscalizar o trânsito com pardais eletrônicos. Na prática o poder público pode contratar um particular para construir o pardal eletrônico. Após o recebimento do material, o Poder Público instala, fiscaliza e sanciona os infratores.
Exemplo de atos posteriores: construção irregular em área de preservação ambiental. O Poder Público identifica as irregularidades e no exercício do seu poder de polícia pode retirar as pessoas do local. Após a retirada das famílias o poder público tem que demolir as construções. Se o Ente não tiver meios para demolir, pode contratar um particular apenas para essa função, dentro das estritas ordens dadas ao particular pelo poder público. 
OBS: no que toca ao agente público que seja estatutário, mas que ainda não tenha alcançado a estabilidade, a jurisprudência não desce tão a fundo, de forma que só pelo fato de o agente estarocupando um cargo estatutário, ainda que sem a estabilidade, poderá exercer o poder de polícia. O que importa é que você esteja sendo regido pelo regime estatutário.
b) Diogo de Figueiredo e Carvalhinho (minoritária): a regra geral é a indelegabilidade do poder de polícia para entidades privadas, mas esses autores admitem exceções. 
Diogo de Figueiredo: tem um artigo chamado “Transferência das atividades estatais para particulares”. Neste artigo o autor aborda a questão e afirma que a regra é a indelegabilidade, mas que há duas situações em que ela pode ocorrer:
. Consentimento de polícia e Fiscalização de Polícia
O Estado não pode delegar a ordem de polícia, pois é uma atividade típica do legislador e também nunca poderá delegar a sanção de polícia, pois violaria a isonomia. 
No consentimento e na fiscalização as atividades são instrumentais do poder de polícia. Eles não seriam capazes de violar a isonomia entre particulares e tampouco importam em sanção aos particulares. 
Na época em que o Diogo de Figueiredo escreveu este artigo vigorava o Art. 58, Lei 9649/98, e este era o exemplo dado por ele, só que posteriormente o artigo foi declarado inconstitucional pelo STF. 
Exemplo RJ: guarda municipal do Município do Rio de Janeiro. A nossa guarda municipal era uma empresa pública que exercia (hoje a guarda figura através de uma manobra um tanto quato teratológica do poder público como autarquia, mas vale trazer como exemplo o tempo passado em que varias discussões foram geradas quando ainda empresa pública Municipal), poder de polícia de trânsito. Na teoria, o guarda municipal fiscaliza, e quem aplica a sanção é o secretário municipal de trânsito – Administração Direta.
Espécies do poder de polícia
Sobre o aludido tema cumpre dizer que é valido o estudo para que haja uma melhor compreensão do assunto de modo geral, bem como ao ser analisado em cada caso concreto onde haja a identificação do uso por parte do poder público do poder de polícia.
Policia sanitária – Vigilância sanitária
Policia de transito – Detro / Gm / PM - BPTRAN
Policia de alimentos - Vigilância sanitária
Policia edilícia – Secretaria de ordem pública – OBJ 1 – lei 10.257/01 - PEU
Policia de meio ambiente – IBAMA / Ministério 
Policia de animais – IBAMA 
Quanto a competência:
Todo ato praticado deverá compor o Rol de prerrogativas do agente público em questão. No entanto considerando a total ausência ou não mais presença de competência de determinado agente ou terceiro estranho a administração pública surgem respectivamente os atos nulo e anuláveis. Ocorre que neste ultimo caso restará presente a possibilidade de convalidação do chamado vício sanável.
Todos os atos ob a forma escrever e portanto expressa nos termos legais a fundamentar sua prática. Neste sentido também serão consideráveis enquanto formatações também válidas os atos sonoros, visuais ou pautados em simbolismos;
Quanto ao Objeto: 
caracteriza-se pelo resultado esperado do ato e por tal razão deverá enquakdrar-se em fundamento legal existente sem que concomitantemente a isto não ofenda base legal correlata.
Motivos:
Caracteriza-se enquanto causa impulsionadora para a prática de cada ato. Além disso possui desdobramento materialmente reconhecido denominado motivação, responsável por atribuir de forma expressa as razões fáticas ou jurídicas circunstancias do ato;
OBS: Teoria dos motivos determinantes:
Conforme ilustra o 50 da lei 9784/99 serão os administrativos praticados acompanhados dos motivos justificadores. Ocorre que excepcionalmente quando a lei permitir alguns atos estarão libertos destas práticas, como trata o art 37 parte final da CF (livre)
Finalidade (geral ou ampla/ estreta ou específica):
Atos discricionários e atos vinculado.
Diante do regramento legal responsável por embasar todo ato praticado incidirá uma bipartição na natureza de atuação. Na primeira hipótese estará o administrador competente ,condicionado rigidamente a atuar de forma unívoca sem qualquer postura valorativa ( atos vinculados).
Na segunda hipótese embora haja o mesmo condicionamento legal o administrador encontrará espaço no motivo e no objeto para que dentro de uma variação advinda da lei posso realizar seu juízo de valor sem que deixe de ser atendido o melhor interesse comum. ( atos discricionários- art 94 da CF).
Semana 05
Considerada a natureza originária do ato, expõe o entendimento majoritário da doutrina que mesmo sendo ele insano mental, uma vez vista a legalidade rígida e desposta para o Ato, serão estes passíveis de validade. No entanto, há um melhor entendimento ao se considerar os aludidos atos enquanto convalidáveis, ou seja, determinada autoridade competente ratificará as práticas daquele não mais competentes .
No pensamento minoritário a tal respeito a insanidade mental opera nulidade total e absoluta dos atos praticados pelo agente, inadimitindo por completo qualquer argumento de validade ou pretensão convalidatória.
Atributo do ato administrativo:
Além dos atributos já estudados quando do poder de policia (imperatividade e auto executoriedade) deve ser tratado em destaque aquele que possui natureza peculiar nos atos administrativos denominada presunção de legitimidade (legalidade ou veracidade).
responsáveis por materializar a vontade do Estado a partir do uso legítimo dos poderes da administração pública. Desta forma serão tratados cada um dos tipos inerentes a cada espécie.
Atos ordinatórios:
Serão viabilizados por força do poder hierárquico, incidindo caracteristicamente nas relações introversas do poder publico, como exemplo as Portarias , Ordens de serviços , Circulares , Avisos;
Atos normativos:
Advindos do poder normativo ou regulamentar, farão incidirno âmbito interno ou externo das relações do poder público Direitos e Obrigações a serem fruídos ou desempenhadas por seus agente e estruturas, bem como em face de seu administrados.
Neste sentido temos os Decretos as resoluções e os provimentos.
Atos Punitivos:
Em uma primeiro momento deverá ser observado a esfera de incidência da atuação do Estado, pois, em se tratando das relações para com os seus agentes, esta´ra presente o poder disciplinar. Por outro lado, se esfera de incidência está nas relações com o administrados far-se-á presente o poder de polícia.
Com isso teremos as multas, as apreensões de produtos, as demolições de coisas, e advertências, suspenções e demissões.
Atos Negociais: 
Partindo da premissa extroversa caberá ao poder público declarar a oficialidade acerca de um Direito, bem como constituir em outras situações o desenvolvimento de determinada atividade tendo esta relação ou não com o interesse público.
Caso Concreto (semana 03)
(OAB / FGV) O Sr. Joaquim Nabuco, dono de um prédio antigo, decide consultá-lo como advogado. Joaquim relata que o seu prédio está sob ameaça de ruir e que o poder público já iniciou os trabalhos para realizar sua demolição. Joaquim está inconformado com a ação do poder público, justamente por saber que não existe ordem judicial determinando tal demolição. 
Diante do caso concreto em tela, discorra fundamentadamente sobre a correção ou ilegalidade da medida. 
Questão Objetiva
(OAB / FGV) Durante fiscalização em determinado estabelecimento comercial foi constatada a realização de atividade de venda de remédios manipulados no local, sem autorização dos órgãos estaduais competentes para tanto. Neste caso, os fiscais estaduais, dentre outras medidas eventualmente cabíveis em face da natureza da infração, devem: 
a) autuar o comerciante, facultada a concessão de prazo para apresentação de defesa, bem como recolher amostra do medicamento para análise de sua lesividade; 
b) notificar o comerciante a apresentar defesa, no prazo legal, para posterior análise do cabimento da lavratura do auto de infração, bem como solicitar as autoridades superiores que requeiram autorização judicial para apreensão das mercadorias irregulares; 
c) autuar o comerciante e comunicar as autoridades superiores

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