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FALÊNCIA - D Emp Aplicado II

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FALÊNCIA 
Falência
CONCEITO
solução judicial da situação jurídica do devedor-comerciante que não paga no vencimento obrigação líquida. (RUBENS REQUIÃO);
MAXIMILIANUS FÜHRER: “A falência (...) é um processo de execução coletiva, em que todos os bens do falido são arrecadados para uma venda judicial forçada, com a distribuição proporcional do ativo entre os credores”.
J. C. SAMPAIO DE LACERDA “... a falência se caracteriza como um processo de execução coletiva, decretado judicialmente dos bens do devedor comerciante, ao qual concorrem todos os credores para o fim de arrecadar o patrimônio disponível, verificar os créditos, liquidar o ativo, saldar o passivo, em rateio, observadas as preferências legais.”;
Natureza jurídica
“execução processual coletiva, realizada em Juízo, dirigida e superintendida pelo Juiz”
Requisitos Processuais
Competência processual: previsto no artigo 3º da Lei n. 11.101/2005 é o lugar do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil. Entendido como principal estabelecimento o lugar onde o devedor/empresário tem maior número de credores.
Legitimidade Ativa: artigo 97, da Lei n. 11.101/2005, podem requerer a falência do devedor, o próprio devedor, na forma do disposto nos artigos. 105 a 107 desta Lei; o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante; o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade; qualquer credor.
Legitimidade Passiva: artigos 1º e 2º da Lei n. 11.101/2005 – Empresário Individual, Sociedade Empresarial e a EIRELI, excetuados as empresa pública e sociedade de economia mista, as instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.
Petição Inicial de Falência
Requisitos: endereçamento para o juízo competente, qualificação das partes legítima, causa de pedir, pedido, valor da causa e pedido de provas.
O endereçamento é para o Juízo competente com previsão no artigo 3º da Lei n. 11.101/2005.
se o autor for o próprio devedor trata-se de jurisdição voluntária; se o autor for credor com a qualificação de empresário, o disposto no § 1º do artigo 97, da Lei n. 11.101/2005, exigível a apresentação de comprovante de regularidade da atividade.
Causa de pedir: matéria limitada ao conteúdo do artigo 94 da Lei n. 11.101/2005, sendo inciso I –Insolvência Clássica falimentar, inciso II – Execução Frustrada e inciso III – prática de Atos Falimentares.
Pedido: decretação da falência. 
Valor da causa falimentar: artigo 94, I e II, da Lei n. 11.101/2005, o valor da causa é o valor da dívida que deflagra o processo. Nas hipóteses do inciso III do mesmo artigo citado e da autofalência, o valor da causa é meramente para fins de arrecadação tributária.
Provas: necessário trazer o protesto por provas, sendo obrigatória a apresentação de plano das provas documentais e requerimento de perícia ou testemunha, a depender do caso.
Defesa falimentar
Deve ser apresentada em 10 dias e tem matéria bem específica e segue o quanto disposto nos artigos 95, 96 e 98, todos da Lei n. 11.101/2005:
1) Depósito elisivo – previsto no parágrafo único do artigo 98, consiste no pagamento da dívida cobrada pelo credor, elidindo assim a falência.
2) Pedido de Recuperação Judicial – com previsão no caput do artigo 95 e no inciso VII do artigo 96, ambos da Lei n. 11.101/2005, devendo ser atendidos os requisitos do artigo 51 da mesma lei.
3) Excludentes de pagamento – previstas no artigo 96 da Lei n. 11.101/2005, são causas como prescrição, decadência, pagamento, entre outras.
Sentença falimentar
Pode ter como desfecho o deferimento ou o indeferimento do pedido. No caso do indeferimento, da sentença que denega a falência cabe recurso de apelação. No caso de deferimento, na sentença que decreta a falência o juiz deve observar o quanto disposto no artigo 99 da Lei n. 11.101/2005, sendo que o recurso cabível é o agravo de instrumento.
No caso de depósito elisivo, haverá sentença que julga procedente o feito, reconhecendo a existência da dívida e o seu cumprimento, mas não decretará a falência, pois este não é insolvente.
Efeitos da Sentença que Decreta a Falência
A sentença que decreta a falência produz efeitos sobre o falido, sobre os bens do falido e sobre os contratos bilaterais que o falido firmou.
No primeiro caso, em relação ao falido, se for empresário individual fica inabilitado para exercer qualquer atividade empresarial até a declaração de extinção das suas obrigações,bem como de dispor sobre o seu patrimônio, nos termos do quanto disposto nos artigos 102 e 103 da Lei n. 11.101/2005.
Em relação aos bens, estes são arrecadados pelo Administrador Judicial para a composição da massa falida e pagamento dos credores na falência.
Arrecadação dos Bens do Falido
A arrecadação dos bens do falido é o momento em que o Administrador Judicial coloca a disposição da massa falida e do processo de falência todos os bens do devedor/falido e dos sócios com responsabilidade ilimitada, conforme disposto nos artigos 108 a 114 da Lei n. 11.101/2005. Entretanto, neste ato pode haver a arrecadação de bens que não pertençam ao falido, devendo o seu legítimo proprietário ingressar com ação de restituição, nos termos do quanto previsto nos artigos 85 a 93 da Lei mencionada lei.
Verificação e Habilitação dos Créditos
momento em que administrador, com base nas informações colhidas junto ao falido e fornecidas pelos credores, formula o Quadro Geral de Credores, que conduzirá a ordem de pagamento dos créditos na falência, conforme regulamenta os artigos 7º a 20 da Lei n. 11.101/2005.
Realização do Ativo do Falido
momento de venda dos bens do falido para poder ter dinheiro para efetuar o pagamento dos credores, estando regulamentado nos artigos 139 a 148 da Lei n. 11.101/2005.
O momento para a sua realização é após a arrecadação de todos os bens pelo Administrado Judicial, pois, a lei tem como princípio da manutenção da unidade produtiva. Devendo a sua venda ser realizada pelo ato mais público possível, sempre a terceiros não interessados, somente sendo admitido outras formas de alienação dos bens mediante aprovação da Assembleia de Credores.
Pagamento dos Credores na Falência
A princípio é pagamento dos credores na falência e não do falido, pois devem ser pagos também os credores da massa falida, denominados de créditos extraconcursais, com previsão no artigo 84 da Lei n. 11.101/2005. Esses credores recebem seus valores tão logo haja dinheiro em caixa.
Somente após o pagamento dos créditos extraconcursais é que se inicia o pagamento dos créditos concursais – credores do falido – na ordem prevista no artigo 83 da Lei n.11.101/2005. Neste caso, somente há o avanço para a classe subseqüente quando houver pago ou reservado os valores de todos os créditos da classe anterior e, caso não haja dinheiro para pagar todos os créditos, deve-se fazer o pagamento proporcional ao crédito.
O Administrador Judicial no procedimento de pagamento dos credores deve observar as disposições dos artigos 149 a 153 da Lei Falimentar.
Encerramento do Processo Falimentar
O processo de falência se encerra por sentença terminativa quanto termina todo o ativo , ou seja, quando não há mais dinheiro para pagar os credores, nos termos dos artigos 155 a 157, da Lei n. 11.101/2005, com destaque para a restauração dos prazos de prescrição que estavam suspensos por força da sentença que decretou a falência. Este ato ocorre logo após o Administrador Judicial ter apresentado as contas finais nos termos do disposto no artigo 154 da Lei Falimentar.
Extinção das Obrigações do Falido
A extinção das obrigações do falido é o momento onde é declarada extinta todas as suas obrigações em relação aos créditos sujeitos ao processo falimentar, e pode ocorrer em doismomentos: na sentença que encerra o processo de falência ou posteriormente. A primeira hipótese vai ocorrer nos casos previstos nos incisos I e II do artigo 158 da Lei Falimentar: o pagamento de todos os créditos cobrados na falência; o pagamento, depois de realizado todo o ativo, de mais de 50% (cinqüenta por cento) dos créditos quirografários, sendo facultado ao falido o depósito da quantia necessária para atingir essa porcentagem se para tanto não bastou a integral liquidação do ativo.
Já na segunda hipótese, a extinção das obrigações do falido ocorrerá com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado do encerramento da falência, se o falido não tiver sido condenado por prática de crime falimentares; ou com o decurso do prazo de 10 (dez) anos, contado do encerramento da falência, se o falido tiver sido condenado por prática de crime falimentares. Nestes casos, o falido tem que atender o rito previsto nos artigos 159 e 160 da Lei n. 11.101/2005.
REFERÊNCIAS
Bibliografia Básica 
BEZERRA FILHO, Manoel Justino. Lei de Recuperação de Empresas e Falências: Lei 11.101/2005, comentada artigo por artigo. 13ªed. rev. atual. Ampliada. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2018. 
DONIZETTI, Eupídio. Curso didático de Direito Processual Civil. 20ª Ed. São Paulo. Editora Saraiva. 2017. 
TAVARES, André Ramos. Direito Constitucional da Empresa. Rio de Janeiro. Forense. São Paulo. Método. 2013 
TOMAZETTE, Marlon. Curso de direito empresarial. Falências e Recuperação de Empresas. 9ª edição revista e atualizada. São Paulo: Editora Saraiva. 2018, v. 2. 
FRANCISCHINI, Nadialice. Em: http://revistadireito.com/12-topicos-para-entender-o-processo-falimentar/
Bibliografia Complementar 
CAMPINHO, Sérgio. Falência e Recuperação de Empresa. 8 ed.São Paulo, Saraiva, Renovar, 2017. 
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. 20ª Ed. São Paulo. Editora Revista dos Tribunais, 2017, v. 1. 
DA SILVA, Regina Beatriz Tavares. Código Civil Comentado. 8ª Edição revista e atualizada. Ed. Saraiva. 2010 
FAZZIO JUNIOR, Waldo. Nova Lei de Falência e Recuperação de Empresas. 7ª Ed. São Paulo: Atlas, 2015. 
FORGIONI, Paula A. A evolução do direito comercial brasileiro: da mercancia ao mercado. São Paulo: RT, 2009. 
FRANCO, Vera Helena; SZTAJN, Rachel. Manual de direito comercial. São Paulo: RT. 2005. 
GAGLIANO, Pablo Stolze. Manual de Direito Civil. Volume único. Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho – 2ª Edição. São Paulo. 2018 
GONÇALVES NETO, Alfredo de Assis. Direito de empresa. 4. ed. São Paulo: RT, 2012. 
FÜHRER, Maximilianus Cláudio Américo. Resumo de direito comercial. 26ª São Paulo: Malheiros, 2003. Vol.1 
NEGRÃO, Ricardo. Manual de direito comercial e de empresa. 9. Ed. São Paulo: Saraiva, 2012, v. 1. 
RIZZARDO, Arnaldo. Direito de empresa: Lei nº 10.406/2002. Rio de Janeiro: Forense, 
REQUIÃO, Rubens. Curso de direito comercial. 32. Ed. São Paulo: Saraiva, 2013, v. 1. 
SILVA, Américo Luiz Martins da. Registro Público da atividade empresarial. Rio de Janeiro, Forense, 2002
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