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Teoria Geral do Processo
Professor Wilson Tadeu Eccard
weccard@unicarioca.edu.br
Pontos a serem abordados
• Fontes do Direito Processual brasileiro;
• Interpretação e integração;
• Eficácia no tempo e no espaço.
Fontes do Direito Processual
O estudo das fontes do direito processual revela sua importância 
na medida em que, a partir de sua limitação é possível 
compreender o escopo e a abrangência do Direito Processual.
Deste estudo surgem as bases necessárias à análise da validade e 
aplicabilidade de uma norma de Direito Processual.
No caso específico do Direito Processual brasileiro as fontes são 
divididas entre:
• Fontes Formais;
• Fontes Materiais.
Fontes Formais
“Fontes formais são aquelas que possuem força vinculante, 
sendo, portanto, obrigatórias para todos. São as responsáveis 
pela criação do direito positivo” (CÂMARA, 2014, p. 20).
São exemplos de fontes formais:
• Constituição Federal;
• Lei Ordinária Federal;
• Lei Estadual;
• Tratados Internacionais;
• Regimentos Internos dos Tribunais.
Constituição Federal
Uma das chaves para a compreensão das fontes formais do Direito 
Processual reside justamente na Lei Maior: A Constituição Federal.
Ao analisar a Constituição da República como fonte do Direito 
Processual lato sensu, podemos apontar a existência de dois grupos 
de normas, quais sejam: as normas de Direito Processual 
Constitucional e; as normas de Direito Constitucional Processual.
É importante perceber que, conforme se verificará, ao passo que as primeiras se 
relacionam com as FONTES FORMAIS do direito processual, as últimas influem nas 
FONTES MATERIAIS.
Direito Processual Constitucional
O Direito Processual Constitucional compreende o conjunto de 
normas Constitucionais que tem como finalidade a garantia e a 
aplicação da supremacia da Constituição.
Como exemplos de normas de Direito Processual Constitucional 
podemos destacar:
• Normas que definem a competência para legislar em matéria 
processual (E.g. Art. 22, I, CF/88);
• Normas que definem processos constitucionais (Art. 102, I, “d”, 
CF/88)
Direito Constitucional Processual 
O Direito Constitucional Processual compreende o conjunto de 
normas de índole constitucional que tem como finalidade assegurar 
que a jurisdição processual atinja aos ideais de Justiça.
Neste sentido, conforme destacado, o Direito Constitucional 
Processual não é composto pelas normas constitucionais de natureza 
formal, mas sim pelos Princípios Gerais do Direito Processual que 
permeiam o texto constitucional (e que veremos adiante)
Leis Ordinárias Federais
Hierarquicamente abaixo da Constituição Federal, outra fonte formal 
do Direito Processual são as Leis Ordinárias Federais.
O Código de Processo Civil (Lei 13.105/15) e o Código de Processo 
Penal (Lei 3689/41) são Leis Ordinárias federais e encerram a maior 
parte das disposições processuais gerais sobre estes dois ramos do 
Direito.
Leis Estaduais
Historicamente os Estados Brasileiros, em razão do ideal Federativo da 
República brasileira, detinham competência constitucional para 
legislar sobre processo, competência esta que não mais se verifica no 
texto constitucional conforme o art. 22, I, CF/88.
Ocorre que a mesma Constituição atribui aos Estados, por força do 
art. 24, XI, CF/88, competência concorrente com a União para legislar 
acerca dos “procedimentos em matéria processual”
No que diz respeito, no entanto, aos juizados de pequenas causas (art. 
24, X, CF/88) a competência dos Estados é concorrente com a União.
Tratados Internacionais
Os Tratados Internacionais, por força da vinculação criada pelo 
próprio texto constitucional no §2º do inciso LXXVIII do artigo 5º, 
também são considerados fontes de direito material processual, 
entretanto é preciso destacar que doutrina e jurisprudência ainda 
divergem acerca da prevalência e aplicabilidade de destes diplomas.
Regimentos Internos dos Tribunais
Por fim, os Regimentos Internos dos Tribunais detém, por força da 
alínea “a” do inciso I do Artigo 96, competência para dispor sobre 
matéria processual e, embora a priori estes Regimentos se destinem à 
dispor sobre a organização interna dos Tribunais, por conta da 
natureza de determinados recursos e procedimentos, a função de 
regulamentação destes instrumentos acabou recaindo sobre estes 
órgãos.
Fontes Materiais
“Já as fontes materiais não têm força vinculante, servindo 
apenas para esclarecer o verdadeiro sentido das fontes formais” 
(CÂMARA, 2014, p. 20).
São exemplos de fontes materiais:
• Princípios Gerais do Direito;
• Costumes;
• Doutrina;
• Jurisprudência.
Princípios Gerais do Direito
Princípios Gerais do Direitos são as regras não escritas que permeiam 
todo o sistema jurídico e o delineiam.
Como fonte de natureza material é certo que os Princípios não 
emprestam força vinculante às suas disposições, mas dentro de um 
processo de Hermenêutica das normas processuais são imprescindíveis à 
solução das controvérsias.
• Dormientibus non succurrit jus/O direito não socorre aos que dormem;
• Nemo allegans propriam turpitudinem auditur/Ninguém pode se 
beneficiar da própria torpeza;
• Allegatio et non probatio quasi non allegatio/ Alegar e não provar é 
como não alegar.
Costumes e Doutrina
Outras fontes materiais do Direito Processual são o Costume e a 
Doutrina.
O Costume funciona como um elemento mitigador do rigor 
processual.
A Doutrina, por sua vez, embora muito se discuta acerca da sua 
validade como parte do sistema processual, funciona em uma lógica 
substantivamente semelhante ao costume. Por vezes, a confusão 
interpretativa decorrente de uma nova norma processual só é sanada 
a partir de um argumento de autoridade doutrinário que abaliza um 
posicionamento que futuramente se tornará dominante 
jurisprudencialmente.
Jurisprudência
O Direito Brasileiro, ao contrário dos países que adotam o sistema da 
common law não vinculam à atividade jurisdicional à observância da 
jurisprudência, funcionando esta – dentro do ordenamento jurídico 
brasileiro – muito mais como uma fonte de informação acerca do 
entendimento dos tribunais sobre determinado aspecto.
Com o advento do Novo Código de Processo Civil e as novas 
ferramentas de consolidação e vinculação da jurisprudência, a 
doutrina ainda discute o papel futuro da jurisprudência como fonte do 
Direito Processual
Destaque-se que para além do exemplo das jurisprudência há de se considerar a 
situação das Súmulas Vinculantes, que apesar de sua natureza muito semelhante 
às decisões jurisprudenciais, o seu caráter vinculante confere à esta natureza 
atípica de fonte Formal do Direito Processual.
Hermenêutica Processual
O exercício da Jurisdição consiste na manifestação do poder do Estado 
de aplicar o Direito ao caso concreto, de maneira a solucionar 
conflitos intersubjetivos, resguardar a ordem jurídica e buscar a 
harmonia social.
Para que esta finalidade seja atingida, é preciso que o responsável 
pelo exercício da jurisdição seja capaz de interpretar a norma jurídica 
– multifacetada por definição – bem como compreender e suprir seus 
silêncios – muitas vezes eloquentes
Interpretação da Lei Processual
Ao decodificar a Lei processual o interprete deve se afastar da 
subjetividade, adotando critérios objetivos para realizar a jurisdição da 
maneira mais equânime e padronizada possível. Para tanto, a ciência 
Processualística desenvolveu diferentes métodos de interpretação 
que não se excluem ou se esgotam, pelo contrário, devem ser 
considerados em conjunto:
• Método Literal ou Gramatical;
• Método Lógico-Sistemático;
• Método Histórico;
• Método Comparativo;
• Método Teleológico.
Método Literal ou Gramatical
Esta técnica de Interpretação consiste, como o próprio nome 
antecipa, na aplicaçãoliteral da redação da norma ao caso concreto, 
evitando quaisquer digressões que não estejam contidas no próprio 
texto legal.
A crítica a este método reside justamente no fato de que, seja por 
impropriedade, desconhecimento ou até mesmo despreparo do 
legislador, não raras as vezes a lei em seu sentido literal denota um 
ideal confrontante com a vontade do próprio legislador.
Método Lógico-Sistemático
Visando sanar alguns dos problemas decorrentes da técnica de 
interpretação Literal, o método lógico-sistêmico parte da premissa de 
que o sistema jurídico é uno, livre de contradições e que, portanto, as 
normas precisam ser interpretadas de maneira integrada aos sistemas 
e subsistemas a que pertencem.
Com essa técnica, o processo de hermenêutica processual começa a 
eliminar as impropriedades e subjetividades decorrentes do processo 
de leitura literal.
Método Histórico
Com a mesma função do método lógico-sistêmico o método histórico, 
partindo da mesma premissa de unicidade do sistema jurídico conclui 
que as revogações, derrogações e todas as formas de mudanças do 
arcabouço legislativo dentro da evolução histórica guardam um 
sentido que empresta à norma nova uma significação que pode não 
estar expressa no texto escrito mas que certamente importa para sua 
interpretação.
Método Comparativo
Expandindo a ideia dos métodos anteriores, e considerando que 
muitas vezes a evolução histórica de uma norma ou um instituto 
muitas vezes tem sua raiz no direito estrangeiro, o método 
comparativo se vale da identificação dos fundamentos da norma no 
direito internacional como forma de dar a adequada interpretação à 
versão “tupiniquim”.
Método Teleológico
Por fim, o método teleológico consiste em uma imposição de cunho 
legal, imposta pelo artigo 5º da LINDB (Lei de Introdução ao Direito 
Brasileiro) pela qual o intérprete da norma deve ter em vista os fins 
sociais aos quais a lei se destina.
Esta técnica sugere que, quando após a ponderação sugerida pelos 
métodos anteriores, ainda assim exista mais de uma solução viável 
para a questão posta em juízo, o magistrado deve optar pela solução 
que melhor atenda aos anseios sociais e ao sentido de justiça que se 
espera da norma. 
Integração Normativa
Além da interpretação da norma posta, por vezes a exegese da lei 
processual confronta o intérprete com lacunas, inconsistências ou 
brechas, sendo certo que a própria lei impõe à esse mesmo intérprete 
o desempenho da função jurisdicional mesmo quando a lei for silente. 
É precisamente neste momento que as fontes materiais do direito 
processual se fazem presentes, sendo complementadas no que for 
necessário pela analogia.
Por meio da analogia o juiz identifica casos semelhantes ou normas de 
outras raízes que se prestem a solucionar o caso concreto.
Lei no Tempo e no Espaço
O sistema processual brasileiro, no que diz respeito à aplicação da lei 
no espaço se vale dos princípio da lex fori, pelo qual se determina que 
a lei que rege o processo sempre será aquela vigente no local em que 
ele tramita.
Confirmando esta ideia, o artigo 16 do Código de Processo Civil dispõe 
que “A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo 
o território nacional, conforme as disposições deste Código”.
É certo, no entanto, que em determinadas ocasiões esta 
territorialidade impõe desafios ao direito, como no caso do artigo 13 
da LINDB, que diz que “A prova dos fatos ocorridos em país 
estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos 
meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas 
que a lei brasileira desconheça”.
Lei no Tempo e no Espaço
Sobre a questão da aplicação da lei no tempo, destacam-se 
fundamentalmente duas correntes:
• A primeira corrente preconiza que quando um processo se inicia ele 
deve ser regido pela norma processual vigente quando da sua 
instauração, não importando que esta venha a ser revogada no 
curso do processo;
• Uma outra corrente tende a tratar o processo como um conjunto 
de atos isolados que são praticados a medida em que o processo 
avança, e são adaptados à normativa processual vigente quando da 
sua prática.
Recomendações de Leitura
• CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual civil. 25ª. 
ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2014. Capítulo III;
• DE PINHO, Humberto Dalla Bernardina. Teoria geral do processo 
civil contemporâneo. Lumen Juris, 2010. Capítulos 2 e 4;
• GRECO, Leonardo. Instituições de processo civil. Rio de Janeiro: 
Forense, 2013. Capítulo II;
• JÚNIOR, Humberto Theodoro. Curso de direito processual civil: 
teoria geral do direito processual civil e processo de conhecimento. 
Rio de Janeiro: Forense, 2013. Páginas 18-22.

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