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SOCIODIVERSIDADE AP1

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AV1 – Sociodiversidade
Aluna: Shayene da Luz Bezerra
Tema: Intolerância religiosa
O QUE É INTOLERÂNCIA RELIGIOSA?
Intolerância é a incapacidade em aceitar o que é diferente, é não tolerar opiniões ou práticas que se diferem das suas e muitas vezes são seguidas de atitudes preconceituosas e até mesmo violentas. O Politize! já explicou o que é intolerância, e nesse texto vamos falar um pouquinho mais sobre a intolerância religiosa.
Você provavelmente já ouviu falar em casos de preconceito e discriminação de pessoas por conta de sua opção religiosa, não é mesmo? Esse fenômeno acontece no mundo todo e está presente em quase todos os momentos da história. A religião, como você deve saber, já foi e ainda é motivação para guerrase conflitos. A intolerância religiosa atinge todas as crenças, mas a perseguição a determinadas religiões é mais ou menos intensa conforme a região e a época.
RELIGIÕES
Antes de mais nada, vamos conhecer quais são as principais religiões do mundo e quais delas são as mais praticadas no Brasil.
No mundo
A religião de maiores adeptos no mundo ainda é o cristianismo, que representa 31,2% da população mundial segundo dados da Pewreasearch. Em segundo lugar está o islamismo com 24,1% de adeptos e o terceiro maior grupo de pessoas é representado por aqueles que não possuem nenhuma religião, seguidos por hindus e budistas.
No Brasil
No Brasil, segundo dados do Censo de 2010, 64,6% da população era católica, seguidos de 22,2% de evangélicos. Assim como no mundo, o terceiro maior grupo no Brasil é representado por aqueles que não têm religião. Em seguida estão “outras religiões”, o espiritismo, a umbanda e o candomblé.
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NA HISTÓRIA
A história da intolerância religiosa é uma história de séculos. No Império Romano os católicos foram perseguidos. Na Idade Média, católicos perseguiram judeus e pagãos. No Brasil, os portugueses não aceitavam as crenças religiosas dos índios e os catequizaram e no período da escravidão, proibiam os negros de cultuar seus deuses. Esses são apenas alguns exemplos.
Segundo o professor Antonio Ozaí da Silva, a raíz da intolerância está na transição das religiões politeístas para as religiões monoteístas. Isso porque, ao reconhecer a existência de um Deus único, as religiões deixam de aceitar a existência de outros deuses – não se pode haver concorrência. É daí que surge a ideia de guerra santa, isto é, a realização de conflitos para afirmar a concepção de um Deus.
Para o professor, a intolerância é resultado do medo e insegurança e da necessidade do ser humano em possuir certezas, e conclui que ela é alimentada por grupos de poder e interesses. Por isso, para entender a intolerância a determinadas crenças, é necessário uma interpretação completa do contexto social, político e econômico. 
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NO BRASIL
O artigo 5º da nossa Constituição atual prevê que “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”. Mas nem sempre foi assim. A Constituição de 1824, por exemplo, declarou oficial a religião católica no país e proibiu a realização de cultos públicos de outras religiões.
A partir da Constituição de 1891 houve a separação oficial dos assuntos religiosos e do Estado, ou seja, o país passou a ser laico. Isso significa que não é permitida a interferência de assuntos religiosos na atuação do Estado. A Constituição atual, além de manter a determinação de que o Estado é laico, garante a liberdade religiosa.
Para saber mais: estado laico: o que é?  
Apesar de nossas leis determinarem a liberdade religiosa, exercer uma fé pode não ser tão livre assim no Brasil. Considerada crime de ódio, manifestações de intolerância religiosa são comuns no país e ferem tanto a Constituição quanto a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Segundo o Disque 100 do Ministério dos Direitos Humanos, há em média, uma denúncia de intolerância religiosa a cada 15 horas no Brasil. Acredita-se que esse número seja maior, pois muitas ocorrências não são denunciadas.
Segundo dados da Secretaria Especial de Direitos Humanos, de 2011 a 2014 foram feitas 504 denúncias de intolerância religiosa. As religiões mais atacadas foram as de matriz africana, umbanda e candomblé, em segundo lugar estão religiões evangélicas, e em terceiro, espíritas.
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NO MUNDO
É difícil encontrar um país onde não haja intolerância religiosa ou extremismo por parte de praticantes de alguma religião. A crença de que uma religião é legítima e deve se sobrepor à outras está relacionada à ideia de fundamentalismo religioso. Segundo Alex Kiefer, o fundamentalismo é resultado de uma interpretação equivocada que os fiéis fazem dos livros sagrados de sua religião. Hoje fala-se muito do fundamentalismo islâmico, que está associado a casos de violência e até terrorismo, mas a perseguição religiosa não é uma prática restrita a uma ou outra religião.
Fonte : https://www.politize.com.br/intolerancia-religiosa/
Com o crescimento da diversidade religiosa no Brasil é verificado um crescimento da discriminação religiosa, tendo sido criado o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (21 de janeiro) por meio da Lei nº 11.635, de 27 de dezembro de 2007, sancionada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, como um reconhecimento do próprio Estado da existência do problema. 
Fonte : https://pt.wikipedia.org/wiki/Intoler%C3%A2ncia_religiosa_no_Brasil
Conclusão
A história demonstra que a intolerância religiosa existe há séculos, onde o respeito a crença do próximo não existe por completo ainda. A intolerância é dada pela falta de reconhecer e respeitar as diferenças ou crenças religiosas do próximo.
Como podemos observar no artigo algumas crenças são mais perseguidas do que outras, aqui no Brasil as religiões de matrizes africanas são mais perseguidas. Observamos também que a intolerância está voltada ao poder, anos atrás o governo proibia as manifestações religiosas contrarias ao catolicismo.
Contudo mesmo com a existência da Lei nº 11.635 que foi reconhecida no Brasil que ao descumprir terá penalidades o medo se faz presente, pois a discriminação religiosa trás consequências desastrosas para quem sofre, onde esses ataques estão associados a atos de violência e terrorismo.
Portanto a luta pelo respeito deve continuar, pois todos nós temos o direito de escolha, de viver com dignidade, de não ter medo de demonstrar suas crenças e que a lei seja mais rigorosa e com maior atuação para proteger a integridade das pessoas que sofrem com essa intolerância.

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