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Materiais de Construção I Canteiro de Obras Recebimento de Materiais Prof. José Fortunato Parreira de Souza Júnior Recebimento de Materiais no Canteiro de Obras Principais Atribuições do Almoxarifado Os serviços relativos ao recebimento de materiais exigem grande interação com o almoxarifado. Principais Atribuições do Almoxarifado Receber para guarda e proteção os materiais adquiridos pela empresa Entregar os materiais mediante requisições autorizadas aos usuários da empresa Manter atualizados os registros necessários Principais Atribuições do Almoxarifado A qualquer momento: Quantidades de materiais e ferramentas a disposição Localização Compras em processo de recebimento Devoluções ao fornecedor Compras recebidas e aceitas Principais Atribuições do Almoxarifado Recebimento Atividades gerais Armazenagem Distribuição Principais Atribuições do Almoxarifado Recebimento Compreende desde a recepção do material na entrega pelo fornecedor até a entrada nos estoques Conferência Qualitativa Conferência Quantitativa Principais Atribuições do Almoxarifado Recebimento – 3 fases 1º - Entrada de materiais Recepção do veículo Triagem da documentação Verificação: Autorizado e programado ou não Encaminhamento para o setor de descarga Principais Atribuições do Almoxarifado Recebimento – 3 fases 2º - Conferência Quantitativa Verificação se a quantidade declarada pelo fornecedor na nota fiscal corresponde a recebida. Principais Atribuições do Almoxarifado Recebimento – 3 fases 3º - Conferência Qualitativa Exame dos seguintes itens: Características dimensionais Características específicas Restrições de especificação Principais Atribuições do Almoxarifado Recebimento – Recusa Anotações no canhoto da Nota Fiscal Citar as circunstâncias que motivaram a recusa Desse modo, a Nota Fiscal estará própria para acompanhar a mercadoria em retorno ao estabelecimento fornecedor Principais Atribuições do Almoxarifado Recebimento – Recusa Os critérios de recebimento do material pedido deve estar muito claros no pedido de compra; Documento que oficializa o pedido Informa a quantidade e especificações dos produtos solicitados. Esclarece o critério de aceite do material Procedimento por Material Cimento Portland Cimento Portland Recebimento Informações no Saco: Tipo de cimento Classe de resistência do cimento Fabricante Número da norma correspondente Massa líquida do produto Data de ensacamento Cimento Portland Recebimento Verificação de Quantidade: Contagem de sacos Pesagem de caminhão carregado e descarregado Verificação Visual: Sacos furados ou rasgados Molhados Cimento empedrado Verificar a existência do selo ABCP ou do INMETRO Cimento Portland Recebimento Critério de Aceitação: Lote: Quantidade de sacos de cimento do mesmo tipo entregues por um caminhão (até 30 toneladas) Cimento Portland Armazenamento Local fechado Protegido da umidade Sobre estrado ou assoalho de madeira As pilhas não devem ter contato com a parede (dist. ≥20 cm) Empilhamento ideal = 10 sacos Organizar o depósito para que cimento mais antigo seja consumido antes do mais novo Separar as pilhas por tipo de cimento Areias para argamassa e concreto Recebimento – NBR 7200 Verificação Visual: Coloração da areia (Areia muito escuras podem significar contaminação com matéria orgânica) Cheiro (cheiro muito forte pode indicar excesso de matéria orgânica) Granulometria Fina Média Grossa Reboco Emboço Chapisco Areias para argamassa e concreto Recebimento – NBR 7200 Verificação Visual: Torrões de argila Pedaços de madeira Plantas Verificação de Quantidade: O volume deve ser conferido, como? Areias para argamassa e concreto Recebimento – NBR 7200 Verificação de Quantidade: O volume (V) é calculado, por: Areias para argamassa e concreto Armazenamento – NBR 7200 Deve ser mantida em local confinado Separadas por tipo e granulometria Sem contato com o solo (caso isso ocorra, não usar o material da base) Locais com alta incidência de chuvas – cobrir com lona para evitar a saturação Próximo a central de produção de argamassa Baias separadas para cada granulometria Portas de madeira Recebimento – NBR 8542 As portas não devem apresentar defeitos sistêmicos relativos a aspecto superficial (presença de nós, manchas e irregularidades) dimensões, esquadro e planeza. Portas de madeira Recebimento – NBR 8542 Devem dispor de reforço para fixação de fechadura e dobradiças e atender as exigências de impacto de corpo mole e fechamento brusco. Portas de madeira Recebimento – NBR 8542 Verificações de aspecto visual e verificações dimensionais: Devem ser realizadas em todos os elementos no momento do armazenamento ou em 20 peças (dependendo do tamanho do lote) Portas de madeira Recebimento – NBR 8542 Verificações de aspecto visual e verificações dimensionais: Aceitar o lote se no máximo 5 das 20 portas apresentarem-se defeituosas. Caso contrário, fazer a verificação em todas as portas e separar as defeituosas para devolução ao fornecedor. Portas de madeira Armazenamento Altura das pilhas Local coberto e fechado Aço Carbono Recebimento – NBR 7480/96 Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado: Classificação: Barras: ᶲ ≥ 5 mm Fios ᶲ ≥ 10 mm Aço Carbono Recebimento – NBR 7480/96 Classificação: Barras: CA-25 e CA-50 Fios: CA-60 CA = Aço destinado ao Concreto Armado 25, 50 e 60 = Valor da resistência TABELA Aço Carbono Recebimento – NBR 7480/96 Conferir: Tipo de material X Nota fiscal Quantidade nota X recebido Etiqueta de identificação (cada rolo ou feixe) Aço Carbono Recebimento – NBR 7480/96 A etiqueta de identificação deve informar: Fabricante Categoria do aço (CA-25; CA-50; CA-60) Diâmetro nominal Para barras com ᶲ > 10 mm é obrigado que a marca do fabricante esteja estampada em relevo nas barras Aço Carbono Recebimento – NBR 7480/96 Verificação de Quantidade: Contagem de barras e rolos Não aceitar barras menores do que 11 m Pesagem de caminhão carregado e descarregado Aço Carbono Recebimento – NBR 7480/96 Verificação Visual: Oxidação em excesso Homogeneidade na cor Presença de dobras Aço Carbono Armazenamento: Sobre pontaletes Sem contato direto com o solo Local coberto (de preferência) Separação por tipo de barra e bitola Próximo do local de trabalho Telas de Aço Soldadas NBR 7481 Composta por fios que atendem a NBR 7480 São confeccionadas de aço de ᶲ entre 3 e 12,5 mm Telas de Aço Soldadas NBR 7481 Podem ser entregues em rolo ou em painéis Rolo: L = 2,45 m e comprimento entre 60 e 120 m Painéis: L = 2,45 e comprimento entre 4,2 e 6 m Telas de Aço Soldadas Anexo a cada tela deve existir uma etiqueta: Informações: Nome do fabricante Tipo de aço Referência/código da tela Área da seção transversal e longitudinal Diâmetro das barras/fios Espaçamento transversal e longitudinal entre barras/fios Massa por unidade de área (kg/m2) Telas de Aço Soldadas Transversal Longitudinal Telas de Aço Soldadas Espaçamento Transversal Longitudinal Telas de Aço Soldadas Recebimento: Conferir: Tipo de tela ou rolo X Nota fiscal Eventuais diferenças de quantidade devem ser informadas ao fornecedor para reposição ou desconto no pagamento Telas de Aço Soldadas Armazenamento: Conferir: As telas devem ser armazenadas separadas por tipo e com etiqueta de identificação visível. Os cuidados de armazenamento recomendados para o aço apresentados anteriormente valem para este caso. O que é um bloco vazado de concreto (NBR 6136/07)? Bloco de alvenaria cuja área líquida é igual ou inferior a 75% da área bruta. Blocos e tijolos para alvenaria O que é um tijolo maciço cerâmico (NBR 7171/83)? Tijolo que possui todas as faces plenas de material, podendo ter rebaixos de fabricação em uma das faces de maior área. O que é um tijolo maciço de solo cimento (NBR 8491/84)? Tijolo cujo volume não é inferior a 85% de seu volume total aparente e... O que é um bloco cerâmico de vedação (NBR 15270- 1/05)? Componente da alvenaria de vedação que possui furos prismáticos // às faces que os contêm O que é um bloco vazado de solo cimento (NBR10834/94)? Componente de alvenaria de seção transversal útil entre 40% e 80% da seção transversal total e ... Blocos e tijolos para alvenaria Classificação quanto ao material: Bloco Cerâmico Concreto Simples Concreto Celular Sílico-calcário Blocos e tijolos para alvenaria Classificação quanto à resistência: Exemplo: Área = 200 cm2 Resultado = 4000 kgf Resistência = 4000/200 = 20 kgf/cm2 = 2 MPa Blocos e tijolos para alvenaria Classificação quanto a função: Blocos de Vedação Blocos Estruturais Blocos cerâmicos para alvenaria Recebimento: Devem atender a NBR 15270: Blocos cerâmicos para alvenaria – Terminologia e requisitos Verificação da flecha Verificação do ou planeza Esquadro Blocos cerâmicos para alvenaria - Recebimento Verificação das dimensões Exemplos de dimensões padronizadas (NBR 15270) Blocos cerâmicos para alvenaria - Recebimento Tolerância relativa ao resultado médio Blocos cerâmicos para alvenaria - Recebimento Resistência a compressão: Blocos de vedação Blocos Estruturais > 3 Mpa Blocos cerâmicos para alvenaria - Recebimento Absorção de água: Blocos de vedação e estrutural Entre 8 e 22% Blocos cerâmicos para alvenaria - Recebimento Antes da primeira compra deve-se exigir do fabricante um certificado de ensaio comprovando a conformidade do produto quanto à Norma (resistência à compressão; absorção de água e dimensões) Este certificado deve ser renovado a cada quatro meses, a fim de manter o fornecedor no cadastro da empresa. Blocos cerâmicos para alvenaria - Armazenamento Locais cobertos e protegidos da chuva Em pilhas não superiores a 1,5 m de altura Próximo ao local de transporte vertical ou de uso Se for armazenar em lajes verificar a capacidade resistente Cal Hidratada - NBR 7175 Tipos de cal: CH –I - Cal hidratada especial CH – II - Cal hidratada comum CH – III - Cal hidratada com carbonatos Embalagens: 20 kg Cal Hidratada - NBR 7175 Tipos de cal: Exigência Químicas: Cal Hidratada - NBR 7175 Recebimento: Nos sacos devem constar: Tipo de Cal (CH-I; CH-II; CH – III) Peso da embalagem; Número da Norma a que se refere Selo da ABPC Cal Hidratada - NBR 7175 Recebimento: Verificações possíveis na obra: Teor de RI (resíduo insolúvel) = material inerte Passo 1: Preparar solução de ácido clorídrico com 10% de concentração Cal Hidratada - NBR 7175 Recebimento: Teor de RI (resíduo insolúvel) = material inerte Passo 2: Guardar esta solução em um frasco de vidro tampado com rolha, em local seguro e muito bem identificado. Passo 3: Separar uma amostra de 100 g do lote de cal que esteja sendo entregue. Cal Hidratada - NBR 7175 Recebimento: Teor de RI (resíduo insolúvel) = material inerte Passo 4: Em um copo de vidro colocar 1 colher de chá da amostra de 100 g + 50 ml da solução ácida e agitar por 10 min. Passo 5: Se menos de 10 % do material ficar acumulado no fundo (sem dissolver) a amostra passa no teste. Cal Hidratada - NBR 7175 Recebimento: Verificação de Quantidade: Contagem de sacos Pesagem de caminhão carregado e descarregado Cal Hidratada - NBR 7175 Recebimento: Verificações possíveis na obra: Verificação da massa dos sacos: Pesar 10 sacos escolhidos aleatoriamente e somar seu peso, que deve ser maior do que 198 kg. (1% de variação para baixo) Caso contrário, pesar mais 20 sacos e avaliar junto com os anteriores, tendo o resultado total que superar 594 kg. Cal Hidratada - NBR 7175 Recebimento: Verificar a existência de: Sacos furados ou rasgados Molhados Cal empedrada Verificar a existência do selo ABPC Cal Hidratada - NBR 7175 Recebimento: Verificações possíveis na obra: Exame visual saco a saco separando os defeituosos e mandando-os de volta para a fábrica. Negociar abatimento na nota fiscal ou entrega de novos sacos. Cal Hidratada - NBR 7175 Recebimento: Local fechado Protegido da umidade Sobre estrado ou assoalho de madeira As pilhas não devem ter contato com a parece (dist. ≥20 cm) Cal Hidratada - NBR 7175 Recebimento: Empilhamento ideal = 20 sacos Organizar o depósito para que a cal mais antiga seja consumida antes da mais nova Separar as pilhas por tipo de cal Cal Hidratada - NBR 7175 Aconselha-se usar o material recebido em um prazo de 6 meses. Argamassa industrializada Tipos: Argamassa industrializada Recebimento: Informações no Saco: Campo de aplicação Identificação Fabricante Argamassa industrializada Recebimento: Informações no Saco: Número da norma correspondente Massa líquida do produto Data de ensacamento e validade Argamassa industrializada Recebimento: Verificação de Quantidade: Contagem de sacos Pesagem de caminhão carregado e descarregado Argamassa industrializada Recebimento: Verificação Visual: Sacos furados ou rasgados Molhados Argamassa empedrada Verificar a existência do selo ABCP ou do INMETRO Argamassa industrializada Amostragem: Lote: Quantidade de sacos de argamassa do mesmo tipo entregues por um caminhão (até 30 toneladas) Argamassa industrializada Armazenamento: Empilhamento ideal = 15 sacos Organizar o depósito para que os sacos mais antigos sejam consumidos antes dos mais novos Separar as pilhas por tipo de argamassa Argamassa industrializada Armazenamento: Local fechado Protegido da umidade Sobre estrado ou assoalho de madeira As pilhas não devem ter contato com a parece (dist. ≥20 cm) Concreto Usinado Verificar se o concreto que está sendo entregue, está de acordo com o pedido. Concreto Usinado Confira no documento de entrega: Volume do concreto; Classe de agressividade; Abatimento (slump-test); Concreto Usinado Confira no documento de entrega: Resistência característica do concreto à compressão (fck); Consumo de cimento/m³; Aditivo, quando solicitado; Número do lacre Concreto Usinado Comparar o número do lacre com o especificado na nota fiscal Fica na traseira do caminhão, travando a abertura da bica de concreto Concreto Usinado Antes da descarga do caminhão- betoneira: Avaliar se a quantidade de água existente no concreto está compatível com as especificações, não havendo falta ou excesso de água. Concreto Usinado Água: Sua falta dificulta a aplicação do concreto, criando “ninhos” de concretagem. Seu excesso, embora facilite a aplicação do concreto, diminui consideravelmente sua resistência. Concreto Usinado Consistência: Não adivinhe o índice de abatimento do concreto. Coletar cerca de 30 L de concreto Concreto Usinado Consistência: Durante o trajeto da central dosadora até a obra é comum ocorrer perda na consistência do concreto devido às condições climáticas - temperatura e umidade relativa do ar. Parte da água da mistura deve ser reposta na obra compensando a perda por evaporação durante o trajeto. Concreto Usinado Consistência: Para isso, utiliza-se o ensaio de abatimento (slump-test), bastante simples e de fácil execução. As regras para a reposição de água perdida por evaporação são especificadas pela NBR 7212 (Execução de Concreto Dosado em Central). Concreto Usinado Consistência: (Regra geral): a adição de água não deve ultrapassar a medida do abatimento solicitada pela obra e especificada no documento de entrega do concreto. É permitida a reposição de água perdida durante o transporte. Concreto Usinado Depois do concreto ser aceito por meio do ensaio de abatimento, deve- se coletar uma amostra que seja representativa para o ensaio de resistência. Concreto Usinado Controle tecnológico feito para cada caminhão e em qualquer volume de concreto a ser executado. Concreto Usinado Não é permitido retirar amostras, tanto no princípio quanto no final da descarga da betoneira; Concreto Usinado A amostra deve ser colhida no terço médio do caminhão-betoneira; A coleta deve ser feita cortando-se o fluxo de descarga do concreto, utilizando-se para isso um recipiente ou carrinho-de-mão; Concreto Usinado Nos corpos de prova (100 mm x 200 mm) são aplicados 15 golpes em cada camada, totalizando duas camadas iguais e sucessivas. Deixar os corpos-de-prova nos moldes, sem sofrer perturbações e em temperatura ambiente por 24 horas; Concreto Usinado Após este período deve-se identificar os corpos-de-prova e transferi-los para o laboratório, onde serão rompidos para atestar sua resitência. Concreto Usinado No dia anterior (Obra): Verificar o acesso para caminhões Observar se as ferramentas já estão amarradas Conferir o travamento das fôrmas e seu escoramento Providenciar a ligação dos vibradores Concreto Usinado No dia da concretagem (Obra): Verificar o umedecimento das fôrmas Equipe dimensionada e pronta para execução dos serviços Checar vibradores novamente BIBLIOGRAFIA SOUZA, R.; TAMAKI, M. R. Especificação e Recebimento de Materiais de Construção. O nome da rosa, 2001, São Paulo, p. 101. RIPPER, E. Manual Prático de Materiais de Construção: Recebimento, Transporte interno, estocagem, manuseio e aplicação. 1995, São Paulo, Pini, p. 252. Roberto de Souza, Qualidade na Aquisição de Materiais e Execução de Obras. 1996, São Paulo, Pini, p. 275. OBRIGADO!
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