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Jurandir Peinado * Jurandir Peinado GESTÃO DE OPERAÇÕES Princípios de administração da produção Jurandir Peinado * Jurandir Peinado Objetivos da aprendizagem Compreender e identificar a existência das atividades de produção em qualquer tipo de organização, por mais diferentes que estas sejam entre si. Visualizar os processos de transformação que ocorrem em todos os tipos de organizações, identificar suas entradas de recursos, seus modelos de processamento e respectivas saídas. Conhecer, de forma geral, a evolução histórica da administração da produção, desde o início da revolução industrial até os dias de hoje. Conhecer os aspectos gerais sobre o processo de industrialização no Brasil e suas possíveis influências no atual mercado globalizado. Introduzir os conceitos elementares sobre a administração da produção, permitindo que o aluno possa compreendê-la e localizá-la no contexto da administração de empresas. Jurandir Peinado * Jurandir Peinado Organizações Tipos de organizações Setor primário: extrativista Setor secundário: Indústria Setor terciário: Serviço Como imaginar o mundo moderno sem as organizações Fonte: IBGE Jurandir Peinado * Jurandir Peinado Atividades internas das 0rganizações Jurandir Peinado * Jurandir Peinado O PROFISSIONAL DE PRODUÇÃO É MAIS ESPECÍFICO? Talvez seja possível inferir que existe maior mobilidade para os profissionais que atuam em atividades distintas da produção e operações, ou seja, um profissional na área contábil e financeira pode ter mais facilidade na execução de suas funções em diversos tipos de organizações. Jurandir Peinado * Jurandir Peinado Administração O que é Administração da produção? O que faz um Gerente de produção ? Jurandir Peinado * Jurandir Peinado Grau de intensidade de material no produto Restaurante a la carte Torrefação de café Escritório de advocacia Hotel cinco estrelas Chácara de hortaliças Restaurante self service Revenda de automóveis Fonte: adaptado de Davis, Aquilano e Chase (2001). Jurandir Peinado * Jurandir Peinado O modelo de transformação RECURSOS TRANSFORMADORES RECURSOS PARA TRANSFORMAÇÃO PROCESSO DE PRODUÇÃO PRODUTO FINAL Jurandir Peinado * Jurandir Peinado Processos de transformação Jurandir Peinado * Jurandir Peinado Evolução histórica da produção PRIMEIRO PERÍODO – A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 1780 a 1850: 1a REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: DO CARVÃO E DO FERRO 1767: James Hargreaves: primeira máquina de fiar 1776: Adam Smith: A riqueza das nações 1776: James Watt: Aperfeiçoa o motor a vapor 1790: Eli Whitney: Peças intercambiáveis (cotton gin) 1822: Charles Babbage: primeira calculadora mecânica 1850 a 1914: 2a REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: DO AÇO E ELETRICIDADE 1856: Henry Bessemer: Fabricação do aço industrial 1873: Gottlied Daimler: Aperfeiçoa o motor a combustão 1880: Daimler & Bens: Invenção do automóvel Jurandir Peinado * Jurandir Peinado Evolução histórica da produção SEGUNDO PERÍODO – PESQUISAS: TENTATIVAS, ERROS E ACERTOS 1911: Frederick W. Taylor: Administração científica 1912: Frank & Lilian Gilbreth: Estudos de movimentos e psicologia industrial 1912: Henry Gantt: Gráfico de Gantt 1913: Henry Ford: Primeira linha de montagem 1916: Henry Fayol: Escola clássica da administração TERCEIRO PERÍODO – CONSOLIDAÇÃO 1930: Elton Mayo: Abordagem comportamental da administração 1931: Walter Shewhart: Controle estatístico de processo 1934: Tippet: amostragem do trabalho As variáveis humanas são incorporadas á ciência da administração, incorporam-se também uma série de modelos estatísticos e matemáticos à nova ciência. Jurandir Peinado * Jurandir Peinado Evolução histórica da produção QUARTO PERÍODO – ABORDAGEM QUANTITATIVA 1940: Blackett: Pesquisa Operacional Final da década de 1950: Administração de projetos por PERT/CPM 1947: George Dantzig: Programação linear: método simplex 1949: Ergonomia: Adaptação do trabalho ao homem 1952: Lawrence D. Miles: Engenharia de valor (Análise de valor) 1916: Henry Fayol: Escola clássica da administração QUINTO PERÍODO – QUALIDADE ORGANIZACIONAL 1970: Gurus da Qualidade 1973: Taiichi Ohno: Sistema Toyota de produção 1975: Orlick, Plossl e Wight: Divulgação do MRP 1975: Willian Skinner: Ênfase na estratégia de operações 1987: Normas da série ISO 9000 Jurandir Peinado * Jurandir Peinado Evolução histórica da produção SEXTO PERÍODO – ABORDAGEM CADEIA DE VALOR 1990: VMI: Vendor Management Inventory 1992: Movimento ECR: Efficient Consumer Response 1994: CPFR: Collaborative Planning, Forcasting na Replenisment 1998: E business: B2C: Business to costomer; B2B: Business to Business Jurandir Peinado * Jurandir Peinado O processo de industrialização no Brasil PERÍODO COLONIAL Trezentos anos sob dominação portuguesa Alvará de 1785 proibia fabricação de tecidos finos no Brasil para evitar concorrência ao comércio lusitano Vinda da corte em 1808: Abertura dos portos, revogação do alvará de 1785, alvará de 1809 (tecidos nacionais nos uniformes das tropas), isenção de tributos para importação de materiais às fábricas etc. A vinda da corte ao Brasil foi o primeiro instante de possibilidade da industrialização brasileira, entretanto, apesar destas medidas de incentivo, a industrialização brasileira não foi possível. Em 1810 foi assinado o tratado de comércio e de amizade com a Grã-Bretanha cujos privilégios nas tarifas alfandegárias nas importações de seus produtos inviabilizariam qualquer manufatura no Brasil. A situação piora ainda mais após a independência, em 1822, quando os privilégios alfandegários são estendidos aos demais paises. A população brasileira no século XIX não era superior a três milhões de habitantes um terço eram escravos caracterizando uma sociedade de consumo desfavorável à produção em massa. Jurandir Peinado * Jurandir Peinado Criação das bases à industrialização CAPITAL A lavoura cafeeira representa riqueza sólida e após 1860 o Brasil passa a ter mais exportação que importação permitindo a geração de renda que seria investida em outros negócios além do café, um deles a indústria. A TARIFA ALVES BRANCO O decreto de 12 de agosto de 1844 estabelece, para 2.243 produtos, a tarifa de 30%, o dobro da até então; de 40 a 60%, no caso de produtos com similar no Brasil ou de fácil substituição; de 2 a 2,5%, de artigos de largo consumo e difícil produção (carvão de pedra, trigo em grão, borracha, certos tecidos, trigo, bacalhau, salitre, zinco e ferro). Considera ao todo 2.416 artigos. Jurandir Peinado * Jurandir Peinado Criação das bases à industrialização Transporte A primeira ferrovia construída para o escoamento da produção cafeeira ligava Jundiaí ao porto de Santos, chamava-se São Paulo Railway Company e iniciou suas operações em 1867. Mão de obra O fim do tráfico de escravos acontece em 1850. Com a escassez de escravos, os cafeicultores buscam mão de obra barata de imigrantes da Itália, Espanha e Portugal. Estes imigrantes vão se tornar uma vasta oferta de mão de obra para a nascente industrialização. A abolição a escravatura ocorreu somente depois que o país havia recebido imigrantes em abundância. Jurandir Peinado * Jurandir Peinado Industrialização na república velha (1889 – 1930) A industrialização teve inicio nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, na época Distrito Federal. Jurandir Peinado * Jurandir Peinado Industrialização na república velha (1889 – 1930) 1919: Lei de acidentes de trabalho: Tornava o empregador responsável nos casos de acidentes de trabalho. 1925: Lei de férias: Concedia o direito a 15 dias de férias por ano, apenas aos trabalhadores da indústria considerados urbanos. 1927: Código de menores: Proibia o trabalho de crianças com idade inferior a 14 anos e determinava uma jornada de trabalho de seis horas diárias para estes menores. Jurandir Peinado *Jurandir Peinado Legislação trabalhista e a era Vargas Em 1930 foi criado o Ministério do Trabalho que traria regulamentações nas relações entre empregados e empregadores. Em 1930 é criada a legislação previdenciária e trabalhista. Em 1931 os sindicatos patronais e de empregados são regularizados pelo Estado. Em 1940 cria-se o imposto sindical aos trabalhadores que acaba por forçar que os sindicalistas sigam as determinações governamentais. Em 1945 destaca-se a lei do salário mínimo e a consolidação das leis do trabalho (CLT). Jurandir Peinado * Jurandir Peinado As empresas multinacionais Juscelino adota vários incentivos como importação de máquinas sem taxas, facilidades de remessas de lucros para o exterior, isenção de impostos e reserva de mercado às empresas que aqui se instalassem dentre outras. Tais regalias não foram disponibilizadas às indústrias nacionais criando situações de concorrência desleal e graves protestos da indústria nacional. Das empresas que vieram a se instalar no Brasil na época, destacam-se: Volkswagem, Simca, Willys Overland, Toyota e Vemag. Jurandir Peinado * Jurandir Peinado A industrialização durante o governo militar O golpe militar é aplicado em 31 de março de 1964. O governo militar impõe censura aos meios de comunicação e forte represália a qualquer tipo de manifestação da classe operária. IMPONDO O SILENCIO E O ARROCHO SALARIAL Em 1973 o governo anunciou um índice de reajuste de 14,9%, enquanto o banco mundial informava que o correto seria 22,5%. Outros dados indicam que, entre 1970 e 1971, a produtividade da Ford Willys aumentou 48% e a da Mercedes Bens 31%. Entretanto a taxa de produtividade anunciada pelo executivo que servia de base para o aumento dos salários, foi de 3,5% Fonte: LUCA:2001. p.83 Jurandir Peinado * Jurandir Peinado A transição à democracia A inflação atinge 1.784,84% em 1990 e vários planos econômicos são lançados: Plano Cruzado, Bresser, Verão, Collor I e Collor II. A produção industrial diminui 14,27% nos três primeiros anos da década de 1980. A recuperação da produção industrial só começa a ser sentida a partir de 1987. Fonte: LUCA:2001. p.83 Jurandir Peinado * Jurandir Peinado As transacionais As empresas são agora chamadas de Transnacionais ao invés de multinacionais, a razão é que agora, em busca de melhores lucros, as empresas vêm se tornando cada vez mais fragmentadas, cada parte do produto será feita onde for mais conveniente. NA ONDA DA TERCEIRIZAÇÃO Um fator que contribuiu para o desemprego na indústria e achatamento salarial foi o modelo das terceirizações. Os serviços de vigilância, refeição, limpeza e outros antes feitos pela própria indústria por salários mais altos e contrato de trabalho por tempo indeterminado passaram a ser feitos por firmas prestadoras de serviço por salários mais baixos e contratos de trabalho temporários.
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