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Formação do Estado Moderno

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Ciência Política 
 
 
 
 
FORMAÇÃO DO ESTADO MODERNO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
Sumário 
 
Introdução ...........................................................................................................................................2 
 
Objetivos ..............................................................................................................................................3 
 
1. A Formação do Estado Moderno ...............................................................................................3 
1.1. O contexto histórico...........................................................................................................3 
1.2. A função do Estado para os contratualistas ....................................................................5 
2. Elementos Formativos do Estado moderno ............................................................................5 
2.1. Características do Estado na modernidade ....................................................................6 
2.2. Coerção, capital e guerra ..................................................................................................7 
2.3 A guerra como fator determinante ..................................................................................8 
 
Exercícios .............................................................................................................................................8 
 
Gabarito ............................................................................................................................................ 10 
 
Resumo ............................................................................................................................................. 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Introdução 
Nesta apostila vamos abordar a formação do Estado Moderno. O conceito de 
Estado é um dos mais importantes para a ciência política. Até mesmo porque a 
palavra, política, já pressupõe relações de poder, nas quais o Estado está presente. 
Por isso, é quase impossível discutir relações políticas sem remeter ao termo. 
De forma genérica, podemos considerar o Estado como uma instituição que 
administra determinado território. Essa organização de poder acompanha as 
sociedades humanas desde a Antiguidade através de modalidades diversas. 
 
EXEMPLO 
 
 
 
Para Max Weber o Estado detém o monopólio da violência legítima em um 
determinado território, ou seja, a única autoridade que pode usar instrumentos de 
coerção para atingir suas finalidades. 
A relação entre sociedade e poder sobre a forma institucional já foram 
discutidas por muitos teóricos ao longo do tempo. Pensadores da Antiguidade, como 
é o caso de Aristóteles, acreditavam que se tratava de uma forma administrativa cuja 
origem se dava de forma natural. 
Já filósofos da Era Moderna, consideravam que seu desenvolvimento ocorre 
por uma necessidade e conveniência dos indivíduos, como é o caso dos pensadores 
contratualistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 Durante a Antiguidade e no período medieval existiram 
formas diversas de poder institucional que se 
configuraram como Estado. Podemos citar como exemplo 
os governos teocráticos, as cidades-estados e os Impérios 
entre outros. 
 
 
3 
 
 IMPORTANTE! 
 
 
 
 
 
 
 
 
No entanto, nossas atenções se recaem sobre um modelo mais específico, o 
Estado Moderno. Administração política essa que tem origem na Europa, a partir de 
um processo histórico lento, abarcando o período que vai do século XIII ao XVIII. 
Objetivos 
• Compreender e contextualizar os elementos que fomentaram o processo 
de formação do Estado Moderno 
• Identificar e caracterizar os fundamentos que constituem o Estado 
Moderno. 
 
1. A Formação do Estado Moderno 
Segundo Bobbio, o Estado moderno europeu manifesta-se como uma forma 
de organização do poder historicamente determinada e caracterizada por 
conotações que a torna peculiar e diversa de outras formas. A seguir, iremos discutir 
o contexto histórico que permitiu o estabelecimento dessa nova forma de 
institucionalização do poder político. 
 
1.1. O contexto histórico 
Historicamente, o processo que culminou com a formação e consolidação do 
Estado moderno está diretamente associado com as transformações nas relações 
sociais e culturais – desencadeadas através do movimento renascentista, das 
Contratualismo, segundo Noberto Bobbio, compreende 
todas aquelas teorias políticas que veem a origem da 
sociedade e o fundamento do poder político num 
contrato, isto é, num acordo tácito ou expresso entre a 
maioria dos indivíduos. Acordo esse que assinalaria o fim 
do estado natural e o início do estado social e político. 
Num sentido mais restrito, por tal termo se entende uma 
escola que floresceu na Europa entre os começos do 
século XVII e os fins do XVIII e teve seus máximos 
expoentes em J. Althusius (1557-1638), T. Hobbes (1588-
1679), B. Spinoza (1632-1677), S. Pufendorf (1632-1694), J. 
Locke (1632-1704), J.-J. Rousseau(1712-1778), I. Kant 
(1724-1804). 
 
4 
 
reformas religiosas, do movimento iluminista – e também econômicas – como é o 
caso da política mercantilista, da Revolução Francesa e Industrial – estabelecidas já 
no período pré-moderno. 
Para Leon Pomer, esses processos não ocorrem de forma paralela, pelo 
contrário, interagem, conjugam-se, fortalecem-se uns aos outros e acabam 
marcando-se de forma recíproca assinalando uma época. As diferentes realidades 
produziram efeitos também desiguais. (POMER, 1994, pág. 18) 
De forma geral o desenvolvimento dessa nova forma de institucionalização 
do poder está associado a ascensão e o declínio de determinados grupos sociais e o 
fortalecimento do poder real. Outro importante aspecto presente na origem, na 
formação e consolidação do Estado foram as guerras. 
 Não será nossa função aqui analisar todos os processos que culminaram com 
o surgimento do Estado nacional moderno, mas pode ser interessante citar alguns 
elementos que influenciaram esse processo. 
Podemos apontar como elementos importantes deste contexto: 
• o processo de centralização político-administrativo que definhou as 
estruturas feudais de poder; 
• a ruptura da unidade político-religiosa representando o fim do 
primado espiritual sobre o político; 
• intensificação do processo de urbanização através da acumulação de 
capital; 
• expansão das relações de propriedade e produção capitalista; 
• variação sociocultural entre as diversas partes da Europa; 
• revoltas internas e externas; 
• padronização monetária e tributária. 
 
Antes de passarmos para o próximo item não podemos ignorar o fato de que 
muitos tipos diferentes de estados se formaram em estágios diferentes da história da 
Europa. Isso explica a variação que ocorre de um governo para outro através das 
características individuais dos estados. Admitem, assim, um esforço deliberado para 
construir os tipos de estados extensos e centralizados que dominaram a vida 
europeia durante os séculos XIX e XX. (TILLY, 1996, pág. 57) 
No próximo item abordaremos a função do Estado de acordo com os 
pensadores do contrato social. 
 
 
 
 
5 
 
1.2. A função do Estado para os contratualistas 
Na modernidade o Estado é entendido a partir do seu caráter teológico, isso 
quer dizer que essa instituição sempre terá uma função a ser exercida na sociedade. 
Na introdução desse estudo, comentamos sobre o grupo de pensadores que ficaram 
conhecidos como contratualistas.Tais filósofos consideram a criação do Estado como algo necessário às 
sociedades, sendo assim, não nasce de forma natural. Vamos listar agora o 
posicionamento teórico de alguns destes pensadores. 
Para Thomas Hobbes, o estado natural da sociedade humana é um estado de 
selvageria, de desordem e caos no qual todos viviam em uma eterna situação de 
guerra. Para sanar essa condição surge a ideia do contrato social. Nesse caso, o 
Estado é entendido como uma criação humana com o propósito de representá-los. 
Resumindo, segundo as ideias de Hobbes os indivíduos devem abrir mão de 
liberdade – ao Estado – em troca de segurança. 
 Já para John Locke os indivíduos já nascem com direitos naturais e 
inalienáveis a vida, a liberdade e a propriedade privada. Nesse caso, a criação do 
Estado serviria para garantir esses direitos. A criação do Estado foi necessária para 
resolvermos conflitos e disputas sobre a propriedade de maneira mais justa e neutra. 
Diferente de Locke o filósofo Jean Jacques Rousseau acredita que as 
desigualdades sociais têm origem na propriedade privada. Nesse sentido, a função 
do Estado é estabelecer a igualdade e não permitir que os mais poderosos abusem 
dos mais fracos. 
Segundo Bobbio, a ordem estatal é vista como um projeto “racional” da 
humanidade em torno do próprio destino terreno. Nesse sentido, o contrato social 
assinala simbolicamente a passagem do Estado de natureza para o civil. 
Podemos observar que para cada um dos pensadores contratualistas o 
Estado tinha uma função distinta. No próximo capítulo vamos discutir os elementos 
formativos do Estado Moderno. 
 
2. Elementos Formativos do Estado moderno 
Apesar dos diferentes processos de formação que produziram modos 
distintos de administração político, é possível traçar algumas características gerais 
que nos ajudam a definir como o Estado Moderno é constituído e fundamentado. 
 
 
 
6 
 
2.1. Características do Estado na modernidade 
Segundo Bobbio, é possível identificar três características básicas que 
definem a origem do Estado moderno enquanto um conceito: 
• Centralização do poder político; 
• Princípio da territorialidade; 
• Impessoalidade no exercício do poder. 
Em relação a centralização do poder político devemos levar em consideração 
que antes do desenvolvimento do Estado moderno a unidade política advinha da 
religiosidade – sobretudo cristã – e não da autoridade real. Por isso, a autonomia 
administrativa livre da imposição de preceitos religiosos é fator que permitiu a 
centralização do poder. 
Além disso, a administração política na Europa pré-moderna, também 
consistia na fragmentação do poder entre os senhores feudais. A fragmentação 
gerava uma certa instabilidade política, tendo em vista a autonomia administrativa 
que se desenvolvia em cada feudo. 
A questão territorial é componente essencial para a formação do Estado 
moderno. Afinal de contas, sem território não tem como se falar em Estado. Essa 
extensão física suficientemente ampla de terreno permitiu a crescente integração de 
interesses e de relações entre grupos vizinhos. 
 
FIQUE ATENTO! 
 
 
 
 
 
Nesse sentido, o governo, representado pelo senhor do território – o príncipe 
– não mais governa de acordo com seus princípios pessoais. A impessoalidade 
permite que o poder político tenha como finalidade satisfazer a demanda de 
determinados grupos sociais. 
 
 
Nesse momento nos é oportuno identificar uma diferença 
entre o conceito de Estado e o de nação. O Estado, enquanto 
um poder institucionalizado, necessita para sua existência de 
um espaço definido, ou seja, um território. Já o conceito de 
nação é cultural e se refere basicamente aos indivíduos que a 
compõem, não sendo necessário, neste caso, estar atrelada a 
um determinado espaço territorial. 
 
 
7 
 
EXEMPLO 
 
 
 
 
 
2.2. Coerção, capital e guerra 
Segundo Charles Tilly, a história – acerca do desenvolvimento do Estado 
moderno – diz respeito ao capital e a coerção. Isso porque segundo o autor, a 
acumulação dos recursos e as formas de aplicar os métodos coercitivos interagem. 
Vamos entender isso melhor. 
O termo coerção, nesse sentido, pode ser compreendido como toda aplicação 
combinada de uma ação que, geralmente, causa perda ou danos às pessoas ou à 
posse de indivíduos ou grupos. Logo, podemos entender que a coerção faz parte da 
esfera de dominação, concentrada em meios como as forças armadas, as polícias e 
seus equivalentes, permite a aplicação de forças que coagem e reprimem. 
Já o capital é um elemento associado a esfera de exploração, nesse caso, se 
referindo a todos os indivíduos, grupos ou classes sociais que se dedicam a produzir 
riquezas, ou seja, aqueles que se especializam na acumulação, compra e venda de 
capital. Engloba, portanto, recursos móveis tangíveis e os direitos legítimos sobre 
esses recursos. (TILLY, 1996, pág. 64) 
A partir da análise de Tilly e tendo como base os dois conceitos – coerção e 
capital – é possível inferir que aqueles que controlam os meios de coerção não são 
os responsáveis por produzir os recursos necessários para sua própria sobrevivência. 
Por isso, é necessário extraí-los daqueles indivíduos, grupos ou classes sociais que se 
dedicam a fazê-lo. 
Segundo Tilly, onde o capital define um domínio de exploração, a coerção 
define um campo de dominação. A coerção é o elemento caracterizador do Estado, 
que o autor define como uma “organização que aplica coerção e que, em alguns 
aspectos, exerce prioridade manifesta sobre todas as outras organizações dentro de 
extensos territórios". 
 
 
A ascensão da burguesia fez com que essa demanda social 
criasse seu próprio espaço de ação. Não é por acaso que o 
Terceiro Estado (principalmente os burgueses) oferecia ao 
poder real subsídios que serviram para fundar essa nova 
soberania. (Bobbio, pág. 426) 
 
 
8 
 
FIQUE ATENTO! 
 
 
 
 
 
Enfim, organizações que controlavam os principais meios concentrados de 
coerção dentro de territórios delimitados exerciam prioridade, em alguns aspectos, 
sobre todas as outras organizações que atuavam dentro desses territórios. 
2.3. A guerra como fator determinante 
Antes de finalizarmos nossos estudos sobre a formação do Estado moderno 
devemos chamar atenção para a importância que a guerra e os preparativos para a 
guerra exerciam. 
A guerra, segundo Tilly, obrigou os Estados europeus a organizarem exércitos 
para extrair de suas populações recursos e homens, assim como instituir 
organizações para esse propósito. 
Os detentores dos meios coercitivos, são obrigados a administrar as terras, os 
bens e as pessoas que conquistaram. Dessa forma, os aplicadores da coerção, 
envolvem-se na extração de recursos, na distribuição de bens, serviços e renda e no 
julgamento das disputas. (TILLY, 1996, pág. 68) 
 A preparação da guerra irá envolver os governantes, fatalmente, na 
extração. Isso ocorre porque é necessário desenvolver uma infraestrutura de 
tributação, abastecimento e administração. 
Assim podemos entender a guerra como um meio de exercer a coerção e 
subtrair capital e riquezas. 
Exercícios 
1- Sobre o conceito de Estado moderno, podemos inferir que se trata: 
 
a) De uma instituição que administra determinado território. 
b) Das organizações que detêm o monopólio da violência legítima em um 
determinado território. 
Tal definição nos permite ampliar a noção de Estado, 
como assinala Tilly, em vários períodos da história, 
impérios, cidade-estado, federações, cidades, redes de 
proprietários rurais, igrejas, ordens religiosas, ligas de 
piratas, bando de guerrilheiros e muitasoutras formas de 
autoridade predominaram em alguma parte da Europa. 
 
 
9 
 
c) De uma instituição que sempre terá uma função a ser exercida na 
sociedade e que detêm o controle dos meios coercitivos. 
d) De uma organização que monopoliza o uso da força e que não depende 
de um território definido. 
e) De uma forma administrativa de poder cuja principal e única 
responsabilidade é garantir a segurança dos indivíduos. 
 
2- Assinale a alternativa que contempla as características básicas do 
Estado moderno segundo Noberto Bobbio: 
 
a) fragmentação política – monopólio da força – impessoalidade no uso do 
poder; 
b) centralização do poder político – princípio da territorialidade – 
impessoalidade no uso do poder; 
c) descentralização do poder político – monopólio dos meios de produção – 
território definido; 
d) centralização do poder político – controle dos recursos exploratórios – 
administração do poder a partir dos interesses pessoais dos grupos 
dominantes; 
e) Nenhuma das alternativas anteriores. 
 
3- Leia o trecho abaixo: 
 
“Por trás da cambiante geografia de cidades e Estado operava a dinâmica 
do capital (...) e da coerção (...). A indagação sobre a interação entre cidades e Estado 
se converte rapidamente numa investigação sobre o capital e a coerção.” (Tilly Ciudades 
y Estados en la história universal. In: ______. Coerción, capital y los Estados europeos 990-1990. Madrid: Alianza 
editorial, 1992, p. 24-25) 
 
 Segundo Charles Tilly, como os conceitos de capital e coerção estão 
associados a formação do Estado moderno? 
 
a) A coerção e o capital não se interagem na formação do Estado moderno, 
e por isso não são considerados fundamentos desta organização do 
poder político. 
 
b) Enquanto o Estado controla os meios coercitivos, os capitalistas 
dominam os recursos de exploração e de acumulação de riquezas, 
obrigando os governantes a negociar com determinados grupos o uso de 
seus recursos materiais. 
c) A produção de riquezas está nas mãos dos governantes que com seus 
recursos cooptam os detentores das forças coercitivas a defender suas 
propriedades. 
 
d) Aqueles que controlam os meios de coerção não são os responsáveis por 
produzir os recursos necessários para sua própria sobrevivência. Por isso 
 
10 
 
é necessário extraí-los daqueles indivíduos, grupos ou classes sociais que 
se dedicam a fazê-lo. 
 
e) Nenhuma das alternativas anteriores. 
Gabarito 
1- Resposta correta: C; para responder essa questão os/as estudantes 
devem se atentar as qualificações própria, que na modernidade é entendido 
como uma criação dos indivíduos com uma finalidade específica. Assim como 
considerar que essa instituição controla os instrumentos coercitivos. 
 
2- Resposta correta: B; segundo Noberto Bobbio existem diversas 
características que usualmente são apropriadas ao Estado moderno, 
enquanto uma instituição. Mas os elementos principais que constituem este 
tipo específico de Estado são a centralização do poder político, o princípio da 
territorialidade e a impessoalidade do uso do poder. 
 
3- Resposta correta: D; onde o capital define um domínio de exploração, 
a coerção define um campo de dominação, dessa forma o uso dos meios 
coercitivos garanti ao Estado controlar aqueles que produzem as riquezas, 
adquirindo assim recursos necessários à sua manutenção. 
Resumo 
Nesta aula podemos conhecer um pouco mais sobre o processo, as 
características e os fundamentos que definem o que conhecemos como Estado 
moderno. 
Logo de início identificamos o conceito de Estado como uma instituição que 
administra determinado território e que possui o monopólio da força. No entanto, 
na modernidade o Estado manifesta-se como uma forma de organização do poder 
historicamente determinada e caracterizada por conotações peculiares. 
O Estado moderno é formado a partir de um lento processo histórico e 
sempre terá uma função a ser exercida na sociedade, como propõe os 
contratualistas. 
Vimos também que o Estado moderno é caracterizado pela centralização do 
poder, de um território definido e da impessoalidade do uso do poder. Além disso foi 
possível compreender como a coerção e o capital estão associados e como estes são 
importantes ferramentas no processo de formação do Estado moderno. 
 
 
 
11 
 
Referências bibliográficas 
BOBBIO, Norbert; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de política. 
POMER, Leon. O surgimento das nações. Atual, 1987. 
TILLY, Charles. Coerção, capital e Estados europeus. São Paulo: Edusp, 1996.

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