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Livro Eletrônico
Aula 11
Conhecimentos Específicos p/ SEE-MG (Professor de Geografia) Com videoaulas
Professor: Sergio Henrique
05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas
Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. 
Prof. Sérgio Henrique. 
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SUMÁRIO 
00. Bate papo inicial. Pág. 02 
1. Distribuição de renda e mundo do trabalho. Pág. 03 
2. A economia da desigualdade. Pág. 11 
3. As origens das desigualdades sociais 
brasileiras. 
Pág. 12 
4. O IDH, IPH e coeficiente GINI. Pág. 14 
5. A formação da sociedade brasileira enquanto 
sociedade patriarcal e escravista. 
Pág. 25 
6. A conquista do direito de voto das mulheres. Pág. 26 
7. A industrialização, urbanização e a entrada da 
mulher no mercado de trabalho. 
Pág. 27 
8. Heranças da escravidão na cultura e 
sociedade. 
Pág. 30 
9. Exercícios Resolvidos. Pág. 36 
10. Exercícios Propostos. Pág. 58 
11. Considerações finais. Pág. 177 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. 
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00. BATE PAPO INICIAL 
 Olá amigo estudante. É com muita alegria que o recebo 
novamente. Estudar as aulas anteriores é fundamental para que você 
possa compreender muitas das coisas que vamos tratar aqui. Leia 
com atenção seu texto de apoio releia e pratique exercícios. Aos 
poucos o conteúdo básico vai ficar retido na sua memória. Claro que 
para isso é muito importante você fazer suas próprias anotações, ou 
em forma de resumo ou anotações nos exercícios, não importa, você 
escolhe. O importante é estudarmos bastante e nos concentrarmos 
nos estudos. Estimule sua disciplina e procure motivação pensando 
em seus sonhos. Bons estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. 
Prof. Sérgio Henrique. 
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1. DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E MUNDO DO TRABALHO. 
O mundo possui uma produção de riquezas enorme. As 
atividades econômicas são o grande motor do crescimento 
econômico, desenvolvimento social e transformação do espaço. 
Os países que tiveram um desenvolvimento econômico antigo, 
os países pioneiros das revoluções industriais, passaram por um 
longo processo de acumulação de capitais. Como consequência, no 
decorrer dos séculos, a melhoria das condições materiais individuais e 
coletivas vão se transformando e desenvolvendo cada vez mais. O 
desenvolvimento social dos países desenvolvidos, não ocorreram sem 
muitos conflitos. Os interesses dos grupos dominantes do poder são 
diferentes das necessidades e demandas da população. Para 
continuarmos temos que diferenciar desenvolvimento de crescimento. 
 
Crescimento econômico refere-se estritamente ao PIB (produto 
interno bruto). A economia pode crescer, mas as desigualdades e 
pobreza também. 
Desenvolvimento é quando a riqueza material produzida pela 
sociedade é melhor distribuída e convertida em melhorias urbanas, 
educacionais e todo o tipo de suporte e infraestrutura social. Muitas 
vezes a qualidade de vida da população está boa, mas não há 
crescimento econômico expressivo. É possível que o país cresça 
(aumenta o PIB), mas não se desenvolva. Aumentou a riqueza, mas 
ela não corresponde necessariamente na melhoria da qualidade de 
vida das pessoas. Então para pensarmos a sociedade hoje, é 
necessário considerarmos estes dois conceitos, que devem andar 
juntos. Quanto mais próximos, melhor para a sociedade, ou seja, 
crescimento econômico e desenvolvimento social. 
Compare comigo: A Grécia está numa espiral inflacionária, uma 
dívida pública altíssima, dependendo de empréstimos, mas seu 
desenvolvimento humano é muito maior que o brasileiro. Por sua vez 
o Brasil possui uma economia sólida, o sétimo PIB do mundo, mas as 
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Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. 
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desigualdades socais internas são agressivas. Há uma quantidade 
muito grande de pobreza e miséria. 
 
Pobreza e miséria é a mesma coisa? 
O debate em torno do assunto é bem grande pois é muito difícil 
conceituar o que é pobreza. Por exemplo, a renda não é um critério 
tão preciso. Uma família cuja renda per capta seja de 600 reais e 
cinco membros, dependendo da localidade que vive a família terá 
uma diferença drástica na sua capacidade de consumo. Imagine a 
qualidade de vida que poderiam ter numa cidade média ou pequena 
com esta renda, e imagine também como seriam escassos os 
recursos da família se ela vive em uma grande capital como RJ, SP e 
BSB (Brasília). Nem todos estudiosos usam os mesmos critérios para 
definir pobreza e alguns não diferenciam uma coisa da outra (pobreza 
de miséria). 
Paulo Sandroni, em seu dicionário de economia não distingue 
pobreza de miséria. 
³Pobreza: Estado de carência em que vivem indivíduos ou 
grupos populacionais, impossibilitados, por insuficiência de rendas ou 
inexistência de bens de consumo, de satisfazer suas necessidades 
básicas de alimentação, moradia, vestuário, saúde e educação [...] A 
pobreza manifesta-se mais intensamente nos países 
subdesenvolvidos. Em 1980 cerca de 2 bilhões de pessoas viviam em 
PLVpULD�H[WUHPD��FRP�UHQGD�DQXDO�LQIHULRU�D�����GyODUHV�´ 
Outros especialistas como Anna Maria Peliano distinguem 
indigentes dos que vivem na linha da pobreza. 
³Indigentes: São todos aqueles cuja renda dá apenas, e na 
melhor das hipóteses, para garantir a alimentação adequada, ou seja, 
para adquirir uma cesta básica de alimentos, cuja composição varia 
de acordo com a região e que atende os critérios nutricionais 
recomendados pela ONU em seu órgão para a alimentação e 
DJULFXOWXUD��)$2��´ 
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Linha de pobreza corresponde ao nível de renda abaixo do qual 
as pessoas não conseguem atender sequer às despesas básicas de 
alimentação. O Banco Mundial considera pobres os indivíduos que 
³YLYHP´�FRP�PHQRV�GH�XP�Gólar diário. 
O diplomata brasileiro Luiz Felipe Lampreia considera que: 
³>���@� SREUHV� �DTXHOHV� FXMD� UHQGD�� LQIHULRU� j� OLQKD� GH� SREUH]D��
não permite atender suas necessidades básicas de alimentação, 
moradia, vestuário, etc.). Indigentes são aqueles cuja renda não 
permite atender nem mesmo as necessidades básicas de 
alimentação. Não pobres são aqueles cuja renda se situa acima da 
linha da pobreza.[...] 
Podemos observar ao redor do mundo que a distribuição entre 
os países é muito grande, e no interior de cada país, quanto maior a 
desigualdade, maior a violência. 
 
Pobreza gera violência? 
Este é um dos principais assuntos que preocupam as pessoas. 
Muitos associam por exemplo a pobreza com a violência, mas isso 
não é verdade. É uma ideia generalizante e sob premissas falsas. 
Numa favela, um aglomerado subnormal, é um ambiente carente de 
recursos e serviços públicos. Ocorre o que Durkheim chama de 
anomia social: a total ausência de regras sociais e ausência do 
Estado. Num ambiente assim, as possibilidades de ocorrerem crimes 
e associais com o crime, é mais suscetível. Mas é um engano associarpor exemplo o favelado à violência, inclusive porque são em termos 
percentuais uma pequena minoria que pratica o crime. Seria como 
associar que todo o pobre está mais propenso a cometer crimes que 
ricos. Não é isso que observamos. Cada vez mais somos cientes de 
crimes cujo impacto social é muito grande, impedem o 
desenvolvimento e vidas são perdidas diante da omissão de senhores 
muito bem vestidos e poderosos. 
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Quando nos referimos à violência social em que todos passam a 
sentir-se inseguros devido ao aumento da violência como roubos, 
assassinatos, tráfico, há uma relação direta com o contraste social. 
Lugares com enorme desigualdade social tendem a ser mais 
violentos. Quanto mais pobres os países, mais ainda persistem 
elementos sociais muito arcaicos como no mundo árabe (do norte da 
África à Indonésia) em que a submissão feminina ao homem, numa 
sociedade de costumes patriarcais é vista como absolutamente 
natural em termos culturais. 
Na Etiópia, e vários lugares do continente africano, ocorrem 
rituais terríveis, como a retirada do clitóris feminino aos doze anos de 
idade. Podemos observar isso sob o ponto de vista de que se trata de 
costumes bastante arcaicos e que possuem sentido dentro do grupo 
específico, mas com a integração entre as pessoas e lugares e o 
desenvolvimento dos espaços, costumes como esse são pouco a 
pouco abandonados. Quanto maior a pobreza e a falta de acesso à 
informação, maiores são os atos de violência, até porque existem 
localidades no continente africano que estupros ocorrem porque 
persiste uma crença de que ter relações sexuais com uma virgem, 
que é pura aos olhos tribais, seria um excelente remédio para 
doenças venéreas, entre elas. Para não irmos tão longe, no Brasil 
colonial, era considerado um importante remédio para sífilis, ter 
relações sexuais com uma virgem. Pobres escravas! 
Não podemos esquecer da menina paquistanesa Malala, que 
sofreu um atentado levando um tiro na cabeça enquanto ia a escola 
com sua turma. A razão do atentado era que ela estudava numa 
escola mista e alguns fundamentalistas paquistaneses são totalmente 
contra a educação feminina. 
Quanto maior o desenvolvimento econômico, maiores são as 
chances de ocorrer o desenvolvimento social quanto aos aspectos, 
sanitários, alimentares e escolares. Uma maior escolaridade e 
percepção das relações políticas e econômicas que te envolvem faz 
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com que a população passe a agir mais racionalmente e ser cada vez 
mais exigente, tornando-se menos tolerantes com algumas práticas. 
Em geral, um sinal de desenvolvimento social é a ampliação dos 
direitos de proteção à mulher e direitos das minorias. 
EUA, Canada, Japão e países da Europa ocidental, possuem 
uma população que usufrui de um altíssimo padrão de vida. Os países 
do norte europeu, os países escandinavos, Noruega, Suécia e 
Finlândia, e países da Europa central como Bélgica Suíça, possuem 
uma infraestrutura urbana de altíssima qualidade, tanto em termos 
de saneamento, quanto moradia e transporte. A Suíça dia 
05/06/2016 realizou um plebiscito para decidir um projeto de renda 
mínima. Cada cidadão teria direito à 2500 francos suíços, 
aproximadamente R$ 9.000 por mês. No plebiscito a proposta foi 
derrotada, mas por vários argumentos, como por exemplo a 
imigração em massa para o país, e o possível desestímulo ao trabalho 
produtivo de quem possui uma renda menor. 
 
 
O plebiscito é uma ferramenta de consulta popular muito 
avançada pois é uma forma de democracia direta. Na Suíça elas 
podem ser propostas no parlamento por qualquer cidadão. É uma das 
democracias mais diretas e sólidas do mundo. A proposta foi 
rejeitada por mais de 75% dos votos, mas representa uma ideia de 
vanguarda, cujos defensores dizem ser a Suíça o país mais indicado 
para esta experiência social tão arrojada. A Noruega é um país com 
muitos ricos e muito poucos pobres. A diferença de renda e consumo 
dos 10% mais ricos e os 10% mais pobres é de 4 vezes. A qualidade 
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de vida que foi alcançada é tão alta, que por inciativa dos poderes 
públicos e um grupo de artistas foi criado o museu da pobreza. Para 
conscientizar as crianças norueguesas que não foi sempre assim ... 
tão desenvolvida. 
 
Amsterdã. Holanda. 
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Bruxelas. Bélgica. 
 
Os países mais pobres possuem problemas bastante diferentes: 
 
Soldado de uma milícia no Congo. O país vive em situação 
de guerra civil há anos. 
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Nigéria. África Ocidental. 
 
Habitantes do Djbuti, na Africa Oriental, banhada pelo mar 
vermelho. Estão na praia tentando captar sinal de internet que 
vem do Oriente Médio. 
 
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2. A ECONOMIA DA DESIGUALDADE. 
 O PIB (produto interno bruto) é o principal indicador do 
tamanho da economia de um país. De acordo com o PIB, o Brasil 
ocupa um significativo sétimo lugar entre as maiores economias do 
mundo, na frente de muitos países desenvolvidos, tais como o 
Canadá, e a Espanha. Entretanto este indicador, que considera todas 
as riquezas produzidas pelo Estado, iniciativa privada nacional e 
investimentos estrangeiros, reflete somente a superfície da economia 
dos Países. 
 O PIB Chinês, que já é o país mais industrializado do mundo 
desde 2008, é cerca de 70% maior que o PIB do Japão, cuja 
população pouco ultrapassa os 130 milhões. É evidente que a riqueza 
social proporcionada pela economia do Japão é muito maior que 
aquela proporcionada pela economia chinesa. O PIB brasileiro é bem 
maior que o espanhol, em torno de 50%, mas nossa população é 
cinco vezes maior que a espanhola. 
 
O que é PNB? É o produto nacional bruto. A soma de todas as 
riquezas produzidas no pais por empresas e serviços nacionais. 
É diferente do PIB pois ele considera as riquezas produzidas pelo 
capital internacional. 
 
O PIB per capta (renda per capta): 
 É quando dividimos o PIB pela população. Essa operação 
simples revela a distância que existe entre os países. O PIB per capta 
da China gira em torno de 6 mil dólares enquanto o do Japão gira em 
torno de 30 mil dólares. 
 O PIB per capta da Índia pouco ultrapassa 3.000 dólares ao 
mesmo tempo que na Alemanha a renda é superior a 35.000 dólares. 
A renda per capta do Brasil é de quase R$ 30.000. 
 
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É baixo se comparadoao dos países desenvolvidos, mas no 
contexto regional da América do Sul estamos bem situados, mas 
atrás da Argentina, Chile e Uruguai. Você deve ter percebido também 
que há algo errado. Se não percebeu eu pergunto: Com vai a mesada 
de quase 30.000 reais? Se não está neste grupo de felizardos você já 
entendeu que como o PIB representa uma média, e omite as 
desigualdades sociais. 
 
3. AS ORIGENS DAS DESIGUALDADES SOCIAIS BRASILEIRAS. 
As origens da formação econômica e social foram fundadas sob 
o signo da concentração de renda. Desde o início da colonização 
portuguesa somos uma sociedade com profundas desigualdades 
sociais. Éramos uma sociedade escravista e estratificada. Até a 
década de 40 éramos uma sociedade rural. O maior crescimento 
econômico ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, mas foi um 
processo de desenvolvimento que beneficiou principalmente uma elite 
da população e na consolidação de uma classe média urbana pouco 
numerosa. Isso significa que uma reduzida parcela da população 
reteve a maior parte da riqueza nacional, enquanto a grande maioria 
da população ficou com uma fração bem pequena dessa riqueza. Não 
há país cuja renda seja distribuída igualmente por todos os 
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habitantes, mas poucos possuem padrões de distribuição tão 
perversos quanto os brasileiros. Uma distribuição de renda tão ruim 
só ocorre em países como Namíbia, Serra leoa, República Centro-
Africana e África do Sul. 
No Brasil o rendimento dos 10% mais ricos é mais de 20 vezes 
maior que o rendimento dos 40% mais pobres. Entre os mais ricos 
mais de 85% vivem em domicílios ligados a rede de saneamento 
básico e mais de um quarto frequentam cursos superiores. Entre os 
mais pobres pouco mais de um terço vive em domicílios com 
saneamento básico e menos que 5% são estudantes de nível 
superior. Vamos a outro dado para ilustrar: os 50% mais pobres 
possuem renda que equivale a cerca de metade da que é apropriada 
pelos 5% mais ricos. Essa desigualdade ocorre em todas as regiões 
brasileiras, mesmo que em intensidades diferentes. Quanto maior o 
desenvolvimento, menor as desigualdades sociais. Podemos 
identificar essa tendência tanto dentro da população de um país, 
como na comparação entre países. 
A tendência da concentração da renda possui raízes históricas 
profundas. Vamos tentar enumerar algumas por aqui. 
 
9 Monopólio da terra por um pequeno grupo de latifundiários, 
proprietários beneficiados com sesmarias e posteriormente a 
lei de terras que limitou o acesso à terra. 
9 A base escravista do trabalho. A visão sobre o trabalho e a 
valorização que se dá a ele são afetados diretamente por países 
que foram escravistas. Além do preconceito/aversão à 
trabalhos manuais, ele é desvalorizado, mal remunerado, e 
associado à pobreza. 
9 O Brasil aboliu a escravidão tardiamente. Fomos o último país 
americano que aboliu a escravidão, e com pressão 
internacional. 
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9 Regime oligárquico e uma visão da elite política no início do 
século XX, que procurava afastar o povo da participação política 
e uma superexpoloração. 
9 Perpetuação de uma elite política no poder. Há estados 
brasileiros em que duas ou três famílias se revezam no poder 
desde o início da república. 
9 Uma modernização conservadora que promoveu um grande 
êxodo rural devido à mecanização da agricultura e o espaço 
urbano cresceu de forma desordenada, surgindo as cidades 
LOHJDLV�³IDYHODV�H�FRUWLoRV´�� 
9 Oferta abundante de trabalho para a economia urbano-
industrial. Muita mão de obra disponível, achata os salários. 
9 O padrão excludente de desenvolvimento industrial. 
 
4. O IDH, IPH E COEFICIENTE GINI. 
IDH: Índice de desenvolvimento humano: 
Este índice procura identificar a qualidade de vida da população, 
baseado em uma equação que leva em conta a saúde, educação e 
renda per capta. Ele varia em uma escala entre 0 e 1. Quanto mais 
próximo de 1 maior a qualidade de vida, quanto mais próximo de 0 
pior. Não existem países com IDH 0. 
x De 0 a 0,55 o IDH é baixo. 
x De 0,55 a 0,7 o IDH é médio. 
x De 0,7 a 0,9 o IDH é alto. 
x Acima de 0,9 o IDH é muito alto. 
Atualmente o nosso índice de desenvolvimento é 0,755. Já é 
considerado alto. Melhoramos com relação à 2013 que foi 0,752. 
Mesmo com um aumento no IDH caímos de posição. Somos hoje o 
país em 75° colocação. Caímos uma posição. Não porque pioramos, 
mas porque o Siri Lanka, uma pequena ilha ao sul da Índia melhorou 
mais que o Brasil. 
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Existe outro índice que é o IDH-D. A letra D é de desigualdade, 
e quanto maior a desigualdade social no país, ele perde pontos. 
Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Suécia, Noruega e Alemanha são 
bastante igualitários. Durante o desenvolvimento econômico e político 
destes países foram criadas politicas distributivas, de caráter 
Keynesiano. É a ideia da social democracia europeia: crescimento 
econômico e desenvolvimento social. O Brasil no IDH-D perde pontos 
e posição. Na verdade, são muitos pontos: É uma queda de mais de 
26% e cairíamos para um valor de 0,557. 
Nossa expectativa de vida é em torno de 74,5 anos. Idade 
avançada, como em muitos países desenvolvidos. A média de 
escolaridade é de 7,7 anos na vida da pessoa. É baixa. É como se 
na média os brasileiros só tivessem avançado até o sétimo ano do 
ensino básico e não tivessem o concluído. A Pobreza é um desafio de 
todas as sociedades. Para combatê-la é necessário uma série de 
medidas políticas, ações sociais e mudanças nos espaços de vivencia 
e convivência. 
IPH: Índice de pobreza humana. 
A renda per capta não reflete bem as reais condições de vida da 
população de um país. A ONU criou uma série de indicadores capazes 
de mensurar e tornar comparáveis os níveis de bem-estar social 
vigentes nas diferentes economias nacionais. Foi criado o IPH (índice 
de pobreza humana). Como existe uma imensa diferença entes os 
países desenvolvidos e os países subdesenvolvidos no que diz 
respeito às condições de carência das populações, o IPH considera 
padrões diferentes para mensurar os níveis de privação. 
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O IPH considera vários indicadores para identificar a 
porcentagem de pessoas em uma população que sofre de privações 
em quatro dimensões básicas da vida: 
a longevidade: considera a parcela de pessoas com expectativa de 
vida inferior a quarenta anos 
9 O conhecimento: taxa de analfabetismo de adultos 
9 A provisão econômica e a inclusão social: parcela da população 
sem acesso à água potável e aos serviços de saúde, assim 
como a incidência de crianças menores de cinco anos com peso 
insuficiente. 
Fique atento: O IPH da ONU não considera a renda como um dos 
componentes de análise. 
O valor final expressa a parcela da população que vive sob 
fortes privações. Entre os 94 países avaliados por esse índice, o Brasil 
ocupa a posição 22. Temos aproximadamente 10 milhões de pobres e 
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estamos atrás de vizinhos da América do Sul como Uruguai, Chile, 
Argentina, Colômbia, Equador, Paraguai e Venezuela. Lembre-se que 
o índice não mostra a capacidade econômica do país, mas a 
proporção de pessoas que vivem na pobreza. 
 
Coeficiente/índice GINI: Mede a desigualdade social: 
 
A sua preocupação principal é identificar as desigualdades 
internas de um país ou região. Demonstra, portanto, a concentração 
de renda. Assim como o IDH possui uma escala que vai de 0 a 1. 
Quanto mais próximo de [1] maior a desigualdade, quanto mais 
próximo de [0] maior igualdade. Não existem países nos dois 
extremos. O índice GINI do Brasil nos últimos 15 anos diminuiu 
progressivamente. Sobretudo devido ao crescimento econômico 
experimentado e políticas de inclusão social. De 2014 para cá o índice 
apresentou um leve aumento. Reflexo de uma retração do PIB e uma 
conjuntura interna e externa de crise. Não cresceu o suficiente para 
afirmarmos que ocorreu um retrocesso, mas o bastante para 
compreendermos que políticas sociais e de geração de empregos são 
bastante eficientes para gerar um fluxo de desenvolvimento social e 
econômico. As desigualdades sociais são as principais causas de 
violência, pois os contrastes, sobretudos nas cidades de médio e 
grande porte são terríveis. Cria um ambiente de segregação 
silenciosa, tenso, cheio de revolta e medo. Veja só. Subscrevo um 
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trecho de uma entrevista do economista Carlos Lessa, economista e 
ex-presidente do BNDES: 
³$�WHQGrQFLD�QR�5LR�HUD�R�PHOKRU�WHUUHQR�VHU�RFXSDGR�SHOD�HOLWH��
enquanto o dispensável ficava disponível. Como a cidade é espremida 
entre o mar e a montanha [...], os pobres construíram suas 
habitações próximas da elite. [...]. É verdade que a cidade nunca foi 
capaz de incluir os pobres do ponto de vista da cidadania, mas essa 
população excluída sempre teve uma relação simbiótica com a 
população rica. O bairro onde mora a pobreza sobrevive em grande 
parte prestando serviços à elite. Não é à toa que a maior favela do 
Rio, a Rocinha, fica ao lado de bairros com as maiores rendas per 
capta, como São Conrado e Gávea. [...] Você não consegue explicar o 
SRGHU�GR�WUiILFR�VHP�H[SOLFDU�R�SRGHU�GH�FRPSUD�GR�$VIDOWR�´ 
Pesquisadores brasileiros criaram a linha de pobreza que 
mostra a distribuição desigual da pobreza no território nacional. De 
acordo com os resultados da linha nacional de pobreza, a situação 
social no Brasil é bem mais dramática do que pelas lentes do IPH. Na 
década de 90 tínhamos 44% da população abaixo da linha da 
pobreza. Início de 2000 a incidência da pobreza recuou 30% da 
população. Mais de 50.000.000 de pessoas. Nos últimos 15 anos 
ocorreram melhorias consideráveis nos índices sociais, mas ainda 
assim temos mais de 20 milhões de brasileiros em condição de 
miséria, algo em torno de 10% da nossa população. 
 É importante observarmos uma coisa importante: a incidência 
de pobreza é mais acentuada nas áreas rurais que nas áreas urbanas. 
Cerca de 38% da população rural é pobre no Brasil, enquanto a 
pobreza atinge quase 28% dos habitantes das áreas urbanas. 
 
As aglomerações urbanas mais populosas do mundo estão na 
Ásia, principalmente em países mais pobres. É que mundialmente a 
modernização agrícola, sobretudo nos países emergentes foi muito 
intensa provocando forte êxodo rural. 
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A pobreza no Brasil é fortemente regionalizada, e a região mais 
pobre é também a que apresenta maior proporção de pessoas 
vivendo no meio rural. No Nordeste mais da metade da população é 
pobre, na região Sudeste cerca de 19% vivem na pobreza. Se 
compararmos estados em diferentes níveis de desenvolvimento social 
e econômico como no Maranhão que possui 60% da população na 
pobreza, em Santa Catarina a pobreza atinge menos que 13%. 
Retirantes nordestinos/ indústria da seca: 
A enorme incidência de pobreza no Nordeste tem raízes 
históricas que remontam a econômica colonial. A estrutura de 
propriedade da terra, marcada pela coexistência do latifúndio com o 
minifúndio, bloqueou o desenvolvimento regional. A urbanização 
recente da população nordestina não foi acompanhada de um 
crescimento industrial equivalente, então a economia urbana não 
absorveu formalmente a maioria dos trabalhadores. A maior parte vai 
dedicar-se à serviços, a maioria na informalidade. Nas grandes 
cidades reproduziu-se a rígida divisão de classes típica do meio rural, 
onde uma elite privilegiada convive com a pobreza da maioria da 
população. As principais metrópoles nordestinas como Salvador, 
Recife e Fortaleza cresceram a partir de investimentos de empresas 
estatais ou grupos privados do Sudeste. Uma das consequências é 
que o setor industrial nordestino absorve uma parcela muito restrita 
da mão de obra. Os investimentos procuram no Nordeste, mão de 
obra abundante e barata. Altas taxas de crescimento populacional e 
desigualdade de renda e oportunidades conduzem à exclusão social. 
Os salários são achatados e boa parte da mão de obra qualificada na 
última década foi formada no Sudeste e migrou para o nordeste. 
Devido à grande população rural, ainda persistem formas arcaicas de 
dominação coronelística que chamamos a indústria da Seca. Nos 
estados mais pobres, destacadamente no semiárido, que ocupa a 
maior parte de seus territórios persistem relações clientelistas 
(dominação/dependência), e patrimonialistas (que tratam o público 
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como privado). Quanto menor o acesso a informação e pobreza, 
maior a manipulação política de líderes locais, verdadeiros coronéis, 
que trocam votos em troca de pequenos favores. A manutenção da 
miséria local serve de mecanismo de poder e manutenção dos 
mesmos grupos familiares no Poder. Essa é a indústria da seca. 
Trabalho infantil: 
Há uma grande quantidade de trabalho infantil realizada no país. 
A legislação trabalhista do Brasil proíbe o trabalho de crianças 
com menos de 16 anos, senão na condição de aprendizes, desde que 
tenham mais de 14 anos. Para os adolescentes de 16 a 18 anos são 
proibidos o trabalho insalubre, o trabalho perigoso e o trabalho 
noturno. No meio rural é comum encontrar crianças com menos de 
10 anos executando tarefas de adultos. 
A mão de obra infantil é empregada em diversas atividades. No 
Nordeste, norte e centro Oeste é maior a ocorrência, mas nos centros 
industriais do sudeste também encontramos. Vamos à exemplos: É 
frequente o trabalho infantil em pedreiras como em Pirenópolis (GO), 
pedreiras usam crianças de até nove anos para carregar quartzitos 
(rochas usadas como piso). Na região de Ribeirão Preto (SP) é 
comum ver crianças na colheita de amendoim, no plantio e colheita 
da cana e laranja. No norte de Minas Gerais crianças trabalham em 
carvoarias em condições insalubres (prejudicam a saúde), muitas 
vezes em troca de um prato de comida e um pouco de farinha. 
O Estado brasileiro tem tomado desde a redemocratização, várias 
providênciascomo o PETI ± programa de erradicação do trabalho 
infantil - e da introdução de políticas públicas sociais emergenciais 
como é o caso da Bolsa Escola dos governos FHC (94-2002) e da 
Bolsa Família criada no governo Luís Inácio Lula da Silva a partir de 
2002 e o programa existe até hoje. Ambos se destinam às famílias 
carentes um valor mensal, em dinheiro, por filho menor, com a 
contrapartida de que essas crianças frequentem a escola. De um 
modo geral, crianças podem ser vistas nas olarias, amassando e 
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transportando barro; no comércio nas pequenas indústrias, no 
extrativismo vegetal e em várias atividades, inclusive ilegais como o 
tráfico e a distribuição de drogas. 
1D� 31$'� ����� ³7UDEDOKR� LQIDQWLO� HP� DWLYLGDGHV� DJUtFRODV´�� RV�
autores investigaram diversos aspectos da distribuição do trabalho 
infantil para a população de 10 a 14 anos de idade. 
 
9 89,3% das crianças e adolescentes rurais possuem ocupações. 
A maioria delas, 82,7%. São típicas da agricultura familiar e o 
restante trabalhos que oscilam do mal remunerado ao 
degradante nas carvoarias. 
9 Entre 2013 e 2014, o total de ocupados agrícolas nesta faixa 
etária, com domicílio rural, cresceu de 406,9 mil para 427,5 mil 
ou 5,1%. 
³Apesar do aumento no trabalho infantil rural de 2013 para 
2014, o saldo dos dez anos estudados é positivo: a queda do trabalho 
infantil no campo (57%) foi muito superior ao decréscimo 
populacional da mesma faixa etária nos mesmos dez anos (16%)´. 
Os programas sociais do governo de FHC até hoje têm surtido 
efeitos consideráveis, principalmente nas regiões mais pobres. São 
bastante criticados e para muitos, alvo de polêmicas. São políticas 
macroeconômicas, tipicamente influenciadas pelo keynesianismo (as 
ideias do economista J.M.Keynes), ou seja, o estado para esta linha 
de pensamento deve ser um agente direto da economia, gerando 
empregos e promovendo bem-estar social. É um mecanismo comum 
nos países europeus, sociais democratas. 
 
http://www.ipea.gov.br/ 
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Na implantação destas políticas, surgiram várias polêmicas. A 
geografia compreende como natural, conflitos sociais entre o topo e a 
base da pirâmide. O país realizou uma série de programas sociais 
(políticas redistributivas), e também se desenvolveu economicamente 
até ocuparmos a 7° posição no PIB. As Classes de consumo D/E 
tiveram uma grande diminuição e um aumento da classe C. A 
inserção social da nova classe de consumo C foi através de uma 
política de subsídios e principalmente de concessão de crédito, o que 
colaborou muito para o poder de compra dos mais pobres. Mesmo 
que o preço final fique mais caro, a parcela do boleto cabe no bolso. 
É mais sólido à longo prazo e denota maior desenvolvimento, se a 
capacidade de consumo aumenta de acordo com o aumento da 
renda. A classe média, que seria a base da classe B e o topo da 
classe C é a que se sentiu mais prejudicada. Ocorreu melhoria nas 
condições de vida e acesso, mas num ritmo e intensidade bem 
menores do que da classe A e a classe D/E. Isso gerou um 
sentimento de insatisfação em amplos setores da classe média. 
 
 
 
 
 
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Texto complementar: Casos de sucesso e o Brasil nas metas 
do milênio. 
CONHEÇA EXEMPLOS E DEPOIMENTOS DE VOLUNTÁRIOS 
 
ODM 1: Acabar com a fome e a miséria 
 
Comunidade dos Pequenos Profetas ± CPP 
Projeto Clarion 
Recife (PE) 
 
Ideia chave: Melhorar a qualidade de vida e combater a violência 
contra a criança em situação de rua, abordando em especial a 
agressão sexual. 
 
A Região Metropolitana do Recife tem aproximadamente 3 milhões 
de habitantes e cerca de 600 favelas. A situação de pobreza e 
ociosidade leva muitas crianças e adolescentes a fugirem das suas 
casas ou serem abandonados, levando-os a morar nas ruas. A partir 
de uma convivência intensiva com crianças e adolescente, meninos e 
meninas de rua, foi fundada a Comunidade dos Pequenos Profetas 
(CPP) - Projeto Clarion, em 1982 no centro do Recife. Como 
consequência dessa experiência de rua, ao passar dos anos, a CPP 
firmou-se como uma entidade que tem o compromisso de resgatar 
crianças e adolescentes de rua oferecendo-lhes atendimento básico, 
educação, profissionalização e socialização, integrando-os no 
contexto de participação social ao exercício pleno da cidadania. 
 
Objetivos da Intervenção 
x Resgatar as crianças e adolescentes de rua, retirando-os da 
marginalidade, propiciando-lhes uma nova opção de vida, 
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através de atividades educativas, profissionalização e 
socialização; 
x Ajudar as meninas e meninos, vítimas de violência corporal e 
sexual, a diminuir os seus sofrimentos de violência e refletir 
suas experiências traumáticas por meio de um 
atendimento psico-social; 
x Interferir nas políticas públicas através de denúncias contra 
agressões, a fim de garantir melhoria na qualidade do 
atendimento e das condições de vida das crianças. 
 
Mobilização dos Cidadãos ± Voluntariado: mais de 200 
voluntários já doaram seu tempo de trabalho e talento em prol desta 
causa. Atualmente, são 15 voluntários, estrangeiros e brasileiros. 
Também trabalham na CPP meninos que já conseguiram sair da rua 
graças ao programa. 
 
$GDSWDGR�GD�SXEOLFDomR�³���-HLWRV�%UDVLOHLURV�GH�0XGDU�R�0XQGR�± 
2�%UDVLO�UXPR�DRV�REMHWLYRV�GH�GHVHQYROYLPHQWR�GR�PLOrQLR´�± Fonte: 
Programa Voluntários das Nações Unidas/PNUD 
 
De acordo com a ONU e seu programa Metas do Milênios 
 
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5. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA ENQUANTO 
SOCIEDADE PATRIARCAL E ESCRAVISTA. 
A sociedade brasileira possui raízes patriarcais e escravistas. Ao 
longo de mais de cinco séculos de miscigenação, conflitos étnicos e 
submissão do gênero feminino, formamos a sociedade atual com suas 
particularidades. Quando falamos sociedade patriarcal, não estamos 
falando em sociedade machista. Patriarcal é a sociedade que gira em 
torno do patriarca, do pai. A figura masculina centralizadora e 
dominadora. O senhor de escravos, seja ele no início da colônia com 
a produção do açúcar, ou no século XIX com o ciclo do café, é o 
centro da família e da vida social. Nas casas grandes habitavam o 
VHQKRU�� VXD� HVSRVD� H� ILOKRV�� PDV� WDPEpP� RV� VHXV� ³DJUHJDGRV´� ± 
parentes próximos ou protegidos. A mulher na sociedade colonial era 
basicamente submissa a todas as vontades do patriarca. Somente 
dedicadas ao trabalho caseiro, eram em última instância objetos de 
alianças políticas e econômicas, pois os casamentos eram arranjados 
de acordo com a conveniência do patriarca. Havia uma forte divisão 
social do trabalho por gênero. Primeiramente o homem rico não 
trabalha manualmente e só se dedica aos negóciosda propriedade e 
do gozo da condição de senhorio. A mulher gerenciava os serviços 
domésticos realizados pela escravas e mucamas. A imagem social da 
mulher era toda entorno das concepções religiosas, que pregam uma 
conduta conservadora, da mulher casta que se prepara para casar, 
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cuidar do marido e das crianças. Esta perspectiva sobre a mulher foi 
dominante até o início do século XX quando começaram as principais 
transformações sociais que levaram a uma mudança nos padrões de 
comportamento, e o início da libertação feminina da dominação 
masculina. Até a década de 50, os padrões de comportamento 
machista são muito presentes. Agora veja, sociedade patriarcal é a 
que se centra na figura do senhor. Machismo é um enaltecimento do 
homem e uma diminuição do papel feminino. A mulher sempre era 
retratada como do lar e a única responsável pelos trabalhos 
domésticos. 
 
 
 
6. A CONQUISTA DO DIREITO DE VOTO DAS MULHERES. 
O direito de voto feminino veio após mais de 22 anos de luta do 
partido republicano feminino, fundado em 1910. Em 1932 foi 
assinado pelo presidente um decreto que dava direito de voto, e de 
serem votadas. A constituição de 1934, de Getúlio Vargas, que previa 
o voto secreto e o voto feminino foi um grande avanço político e 
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social, e foi uma conquista, não um benefício concedido às mulheres. 
Claro que conquistar o eleitorado feminino seria certeza de 
manutenção no poder, pois uma grande quantidade de novas 
eleitoras surgiu, mas antes de tudo, várias amostras importantes de 
atuação política feminina, como a participação ativa em várias 
mobilizações femininas, mesmo que fossem tímidas associações de 
mulheres que apoiavam alguma causa, até mesmo na revolução 
constitucionalista de 32 (em que os paulistas declararam guerra ao 
Brasil tentando derrubar Vargas). 
 
O Brasil foi um dos pioneiros no mundo a permitir o voto 
feminino. A França, berço da democracia, só foi ampliar o direito de 
voto das mulheres após a segunda guerra mundial. 
 
7. A INDUSTRIALIZAÇÃO, URBANIZAÇÃO E A ENTRADA DA 
MULHER NO MERCADO DE TRABALHO. 
O movimento feminista teve destacada importância em todas 
as conquistas das mulheres no Brasil, que não vieram de mãos 
beijadas. O elemento que mais contribuiu para emancipação feminina 
foi a entrada da mulher no mercado de trabalho e a conquista de 
independência financeira. 
Consequências da entrada da mulher no mercado de trabalho. 
Î Queda da fecundidade (casais com menos filhos). 
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Î Queda filhos por mulher (casamentos tardios e custo de 
criação). 
Î Casamentos tardios. 
Î Mudança do perfil da família. 
Î Cada vez mais há mulheres em postos de poder (mas ainda 
persistem as profundas desigualdades sociais). 
Porque a longevidade feminina é maior? Por razões culturais 
da mulher ter mais cuidados com a saúde, e que entre os 
adolescentes a violência provoca uma maior mortalidade 
masculina, mantendo a vantagem numérica feminina até a idade 
idosa. O Brasil além de estar em processo de envelhecimento, 
podemos observar um processo de feminização da população, 
principalmente em idades mais avançadas. 
Apesar de todas as mudanças social, culturais, econômicas, 
políticas, dos meios de comunicação e de valores ocorridas no século 
XX, a discriminação e a violência contra a mulher são fatos comuns 
na sociedade atual. O movimento feminista desde o início do século 
XX se mobiliza e luta para vencer preconceitos e discriminação. Os 
movimentos feministas ou femininos espalhados pelo mundo 
questionam o papel tradicional atribuído às mulheres, sua 
discriminação profissional no trabalho e no salário, a violência a que 
estão sujeitas, e reivindicam maior participação delas nos sindicatos, 
nas entidades patronais e nos processos políticos nacionais e 
mundiais. É cada vez maior a luta feminina para romper os 
obstáculos culturais que as impedem de ter igualdade de direitos em 
relação aos homens. 
As pesquisas em Geografia de Gênero ganham cada vez mais 
espaço. De acordo com a geógrafa Mônica Colombara: 
³A Geografia como ciência social, não pode ficar alheira à 
problemática feminista, cuja manifestação é palpável não só nas 
relações sociais, como também nas espaciais, ou seja, essas relações 
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têm um cunho especial. A geografia feminista interessa-se pelo 
estudo das desigualdades sócio-espaço-ambientais derivadas dos 
diferentes papéis reservados pela sociedade a homens e mulheres. 
Ignorar essas desigualdades na análise pode trazer os mesmos riscos 
que ignorar as diferenças de classes ou de raças, já que as relações 
de gênero e as relações de poder entre homens e mulheres estão 
imersas em todas as manifestações da sociedade´ 
De acordo com Melhen Adas, os movimentos feministas 
possuem várias orientações: vão desde aqueles que assumem 
posições radicais em contraposição aos homens até aqueles, como o 
defendido pela norte-americana Betty Friedan, responsável pelo 
ressurgimento do feminismo no início da década de 1960, que 
propõem uma aliança política entre homens e mulheres para se obter 
a igualdade entre os gêneros. Afinal, ambos são explorados e 
oprimidos pelos sistemas socioeconômicos que se desenvolveram ao 
longo da história. 
A participação da mulher na luta pela redemocratização do país 
foi importante nas décadas de 1960, 1970 e 1980. Foram criados o 
movimento feminista pela Anistia e o Centro da Mulher Brasileira, 
além de jornais específicos sobre a luta das mulheres como o Brasil 
Mulher e o Nós mulheres, entre outras iniciativas. Durante a 
redemocratização na década de 80, surgiram várias ONGs feministas, 
que passaram a ter uma participação importante na vida social e 
política nacional. Em 1985 um passo importante foi dado em âmbito 
governamental com a criação do Conselho Nacional da Condição 
Feminina, diretamente ligado ao ministério da Justiça. 
 
x A persistência da violência contra a mulher. 
x Lei Maria da Penha: Leis protetivas. 
x A cultura do estupro, objetificação da mulher. 
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Pessoal, como vocês devem ter percebido ao adquirir o curso, 
ele é vendido de várias maneiras, sendo elas: individualmente, em 
pacote de ciências humanas e em pacote completo para o curso. A 
maioria deve ter adquirido o pacote completo para uma preparação 
mais ampla, porém, alguns alunos adquiriram somente a matéria de 
geografia separadamente, e esses alunos não têm acesso as outras 
matérias, como sociologia. Na aula do trabalho no Brasil, falamos 
sobre a formação brasileira em relação ao trabalho e citamos a 
influência do preconceito racial na construção de nossa sociedade, 
então esse tema está sendo repetido para quem teve acesso às aulas 
de sociologia, porém,quem não teve acesso não estudou essa parte. 
Por isso estou repetindo ela aqui. Caso estejam seguros com essa 
parte da matéria, basta pular e seguirem para os exercícios. Para 
aqueles que desejarem dar uma revisada, melhor ainda, mais estudo 
e mais disciplina. E para os que não tiveram acesso a matéria, desejo 
bons estudos e espero que o resultado seja positivo, e a aula bem 
aproveitada. É isso pessoal, espero a compreensão de vocês. Bons 
estudos. 
 
8. HERANÇAS DA ESCRAVIDÃO NA CULTURA E SOCIEDADE. 
De acordo com Gilberto Freyre, o Brasil é a síntese cultural do 
Europeu, Africano e indígena. Do europeu herdamos a forma de 
organização do Estado, Religião, modo de produção. Aos indígenas 
devemos grandes contribuições linguísticas, alimentares (a mandioca) 
e o hábito de banho diário. Ao africano devemos nossas raízes 
culturais mais profundas. A influência não somente no vocabulário, 
mas também do jeito de falar, a doçura das palavras e o 
amolecimento dos termos. Nossos ritmos são muito influenciados 
(samba e percussões regionais), nossa alimentação (feijoada, 
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acarajé), e o jeito de ser do brasileiro, bastante alegre, receptivo e 
emotivo. Podemos considerar estas heranças como positivas, mas há 
as marcas negativas e deletérias deixadas pela escravidão. Talvez a 
mais evidente seja o racismo. Devemos destacar também a 
dificuldade de desenvolver a cidadania para muitos afrodescendentes, 
que após a abolição da escravidão foram abandonados e amontoados 
em cortiços urbanos ou nas periferias, e numa ordem capitalista 
competitiva em que estavam inseridos. Vão passar por muitos rigores 
e desvantagens em um país, principalmente naquela época muito 
racista, e vão ter muita dificuldade de superar estes obstáculos 
impostos e desenvolver sua cidadania plena, tendo acesso ao 
ensino superior, trabalho digno e moradia. Podemos citar também a 
sexualização do negro, e suas descrições na literatura como exótico. 
Outra marca bastante profunda é ligada a forma como o trabalho é 
visto pelas pessoas. A cultura brasileira se formou sob uma situação 
em que todo o trabalho braçal era realizado por escravos e foi 
inevitável que desenvolvessem as elites e uma cultura social nacional 
de aversão a trabalhos manuais. Isso ocorre devido a muito tempo 
estas atividades serem feitas por escravos, daí a associação. 
 
O Racismo no mundo e no Brasil: 
Racismo é um tipo de 
preconceito ligado a raça. 
Preconceito é algo mais 
amplo e pode se 
manifestar contra grupos 
variados como estrangeiros 
(xenofobia) e 
homossexuais 
(homofobia). Mas ao 
falarmos de racismo 
chegamos a um problema: 
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raça não existe. Ao compararmos os genomas de dois africanos com 
o de dois alemães não são encontradas diferenças substantivas para 
fazermos subclassificações entre os humanos. O conceito que usamos 
hoje para designar semelhanças físicas e culturais é etnia. Durante 
muito tempo a ideia de raça era aceita e muitas decisões políticas e 
medidas públicas foram tomadas tendo o pensamento racista como 
referência, principalmente entre os intelectuais brasileiros na década 
de 20 e 30, como Oliveira Viana. Entre os intelectuais, a partir da 
SXEOLFDomR� HP� ����� GR� OLYUR� ³&DVD� *UDQGH� H� 6HQ]DOD´� GR�
pernambucano Gilberto Freyre. Este livro inaugurou uma ideia nova 
no ambiente intelectual brasileiro: quebrava com as ideias do 
pensamento racista que viam pouca influência do negro no Brasil e 
viam a miscigenação como algo negativo. Inaugurava-se a ideologia, 
ou mito da Democracia racial proposta por Freyre. Seu mérito é 
quebrar com uma corrente de pensamento racista, atribuir virtudes a 
miscigenação, e uma influência profunda do negro em nossa 
sociedade. Muitos alegam que Gilberto Freyre tenha visto no Brasil 
uma democracia racial, pois em outras partes do mundo, como os 
EUA, país em que Freyre realizou seus estudos, o racismo tornou-se 
lei, impondo a segregação racial entre Brancos e Negros. Os dois 
casos mais exemplares de racismo são justamente o praticado nos 
EUA até o final da década de 60 e na África do Sul que aboliu o 
Apartheid (leis de segregação racial) em 1991. Tanto num caso 
quanto no outro ocorreu uma longa luta dos movimentos sociais e 
partidos políticos em busca da aprovação das leis que garantiam 
direitos civis aos negros. O líder do movimento pelos direitos civis nos 
EUA foi Martin Luther King Jr. e o líder do movimento antiapartheid 
foi Nelson Mandela, falecido recentemente, em dezembro de 2013. 
Ambos os líderes foram influenciados em algum momento de suas 
carreiras de luta política pelas ideias de Mohandas Gandhi. 
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] 
O Brasil e as ações afirmativas: A política de Cotas e o 
Estatuto da igualdade racial: 
Ao chegarmos ao século XXI observamos um quadro estatístico 
que vem se revertendo aos poucos: os índices socioeconômicos da 
população autodeclarada negra no Brasil são substancialmente piores 
que os índices dos autodeclarados brancos. O índice de analfabetismo 
é mais alto, a mortalidade infantil e a expectativa de vida mais baixa. 
Salários mais baixos e em profissões menos prestigiadas. Esta 
desigualdade nos índices é proveniente de condições históricas 
desiguais que foram perpetuadas pelo pensamento racista e das 
desiguais condições de competição a que as pessoas estavam 
submetidas no início da república. Na expectativa de reverter este 
quadro, surgiram propostas de intervenção nesta realidade através 
de políticas estatais (praticadas pelo Estado), as ações afirmativas: 
políticas públicas destinadas a corrigir distorções históricas como esta 
que foi descrita. A ideia foi implantada primeiro nos EUA, onde o 
racismo tomou proporções assustadoras. Entre as políticas de ação 
afirmativa estão as cotas raciais para universidades e concursos. 
Também há uma cota em propagandas públicas e a obrigatoriedade 
do ensino da cultura negra e História africana. 
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Fonte: Revista Veja 
- Racismo e futebol: A banana espanhola de Daniel Alves. 
 
O IBGE usa a definição cor e raça. É importante salientar que 
raça não existe entre os homens. Não há diferenças substanciais 
que permitam afirmarmos existir alguma distinção, como se afirmava 
no século XIX, época do Darwinismo social, que dividia as populações 
em raças, umas superiores outras inferiores. O projeto Genoma 
mostrou que é possível que um africano e um alemão sejam mais 
semelhantes geneticamente entre si, que entre um outro africano, e 
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vice e versa. O melhor conceito a ser usado é o de etnia 
(semelhanças físicas e culturais). Nos CENSOS realizados pelo IBGE o 
critério é a auto declaração. Então os resultados quanto a cor, são 
com base na identificaçãoda pessoa. É negro quem se declara negro, 
é branco quem se declara branco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS. 
1. As sociedades modernas necessitam cada vez mais de energia. 
Para entender melhor a relação entre desenvolvimento e consumo de 
energia, procurou-se relacionar o índice de Desenvolvimento Humano 
(IDH) de vários países com o consumo de energia nesses países. 
O IDH é um indicador social que considera a longevidade, o grau 
de escolaridade, o PIB (Produto Interno Bruto) "per capita" e o poder 
de compra da população. Sua variação é de 0 a 1. Valores do IDH 
próximos de 1 indicam melhores condições de vida. 
Tentando-se estabelecer uma relação entre o IDH e o consumo de 
energia "per capita" nos diversos países, no biênio 1991-1992, 
obteve-se o gráfico a seguir, onde cada ponto isolado representa um 
país, e a linha cheia, uma curva de aproximação. 
 
 
 Fonte: GOLDEMBERG, J. Energia, meio ambiente e 
desenvolvimento. São Paulo: Edusp, 1998. 
 
Com base no gráfico, é correto afirmar que: 
a) quanto maior o consumo de energia "per capita", menor é o IDH. 
b) os países onde o consumo de energia "per capita" é menor que 1 
TEP não apresentam bons índices de desenvolvimento humano. 
c) existem países com IDH entre 0,1 e 0,3 com consumo de energia 
"per capita" superior a 8 TEP. 
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d) existem países com consumo de energia "per capita" de 1 TEP e de 
5 TEP que apresentam aproximadamente o mesmo IDH, cerca de 
0,7. 
e) os países com altos valores de IDH apresentam um grande 
consumo de energia "per capita" (acima de 7 TEP). 
 
Resposta: 
[D] 
 
O consumo energético é um dos indicadores do estágio 
econômico de um país. A composição da classificação de um 
país leva em conta outros indicadores. O Brasil, por exemplo, 
consome muita energia comparativamente, porém, é um país 
caracterizado pela injustiça social. Os valores totais de 
consumo de um país pequeno, como a Holanda, serão menores 
em relação a grandes nações territoriais, como os Estados 
Unidos, porém, possuem alto IDH. 
A alternativa [A] é falsa: quanto maior o consumo de 
energia, maior é o IDH; 
A alternativa [B] é falsa: vários países com consumo 
energético (total) baixo possuem alto IDH; 
A alternativa [C] é falsa: na tabela não existem países 
com esse perfil. Estão todos abaixo de 1 TEP; 
A alternativa [E] é falsa, existem países com alto IDH 
que consomem menos de 7 TEP. 
 
 
 
 
 
 
 
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2. 
 
 
Cada uma das personagens adota uma forma diferente de designar 
RV�SDtVHV�³QmR�GHVHQYROYLGRV´��SRUpP��DWXDOPHQWH�WHP-se adotado a 
WHUPLQRORJLD�³SDtVHV�HP�GHVHQYROYLPHQWR´�SRUTXH�� 
a) representa melhor a ausência de desigualdades econômicas que se 
observa hoje entre essas nações. 
b) facilita as relações comerciais no mercado globalizado, ao 
aproximar países mais e menos desenvolvidos. 
c) indica que os países estão em processo de desenvolvimento, 
UHGX]LQGR�R�HVWLJPD�LQHUHQWH�DR�WHUPR�³VXEGHVHQYROYLGRV´��� 
d) demonstra o crescimento econômico desses países, que vem 
sendo maior ao longo dos anos, erradicando as desigualdades. 
e) reafirma que durante a Guerra Fria os países que eram 
subdesenvolvidos alcançaram estágios avançados de 
desenvolvimento. 
 
Resposta: 
[C] 
 
A dissolução do sistema internacional da guerra fria e a 
emergência de uma nova ordem mundial a partir da década de 
1990 altera a divisão internacional do trabalho, possibilitando 
que os países do Sul subdesenvolvido ampliem sua 
participação na economia mundial. Nesse contexto e como 
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afirmado corretamente na alternativa [C], países 
subdesenvolvidos que apresentavam melhor alinhamento 
tecnológico apresentam crescimento de suas economias 
permitindo maior desenvolvimento. 
Estão incorretas as alternativas: 
[A], porque embora a denominação tenha se alterado, 
esses países ainda apresentam forte desigualdade social, a 
exemplo do Brasil; 
[B], porque a alteração da terminologia é consequência e 
não causa da aproximação comercial com os países 
desenvolvidos; 
[D], porque embora tenha havido crescimento 
econômico, não ocorreu erradicação das desigualdades; 
[E], porque embora tenha havido maior participação na 
economia mundial, esses países ainda permanecem como 
subdesenvolvidos. 
 
3. Por volta de 1880, com o progresso de uma economia primária e 
de exportação, consolidou-se em quase toda a América Latina um 
novo pacto colonial que substituiu aquele imposto por Espanha e 
Portugal. No mesmo momento em que se afirmou o novo pacto 
colonial começou a se modificar em sentido favorável à metrópole. A 
crescente complexidade das atividades ligadas aos transportes e às 
trocas comerciais multiplicou a presença dessas economias 
metropolitanas em toda a área da América Latina: as ferrovias, as 
instalações frigoríficas, os silos e as usinas, em proporções diversas 
conforme a região, tornaram-se ilhas econômicas estrangeiras em 
zonas periféricas. 
 
DONGHI, T. H. História da América Latina. 2ª ed. Rio de Janeiro: 
Paz e Terra, 2005 (adaptado). 
 
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De acordo com o texto, o pacto colonial imposto por Espanha e 
Portugal a quase toda a América Latina foi substituído em função 
a) das ilhas de desenvolvimento instaladas nas periferias das grandes 
cidades. 
b) da restauração, por volta de 1880, do pacto colonial entre a 
América Latina e as antigas metrópoles. 
c) do domínio, em novos termos, do capital estrangeiro sobre a 
economia periférica, a América Latina. 
d) das ferrovias, frigoríficos, silos e usinas instaladas em benefício do 
desenvolvimento integrado e homogêneo da América Latina. 
e) do comércio e da implantação de redes de transporte, que são 
instrumentos de fortalecimento do capital nacional frente ao 
estrangeiro. 
 
Resposta: 
[C] 
 
A América Latina passa a executar seu papel de 
fornecedora de matérias primas na Divisão Internacional do 
Trabalho para atender a demanda do capital das economias 
centrais da Europa Setentrional recebendo setores de 
produção em busca de custos mais baixos, que parecem ilhas 
de excelência de produção me áreas de economia primária. 
A alternativa [A] é falsa, as áreas de desenvolvimento 
situam-se nas grandes cidades. 
A alternativa [B] é falsa, houve reestruturação do pacto 
colonial em 1880 com as novas metrópoles. 
A alternativa [D] é falsa, a infraestrutura tinha por tarefa 
atender ao capital externo apenas. 
A alternativa [E] é falsa, as redes de transportefortalecem o capital externo. 
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4. Entre as promessas contidas na ideologia do processo de 
globalização da economia estava a dispersão da produção do 
conhecimento na esfera global, expectativa que não se vem 
concretizando. Nesse cenário, os tecnopolos aparecem como um 
centro de pesquisa e desenvolvimento de alta tecnologia que conta 
com mão de obra altamente qualificada. Os impactos desse processo 
na inserção dos países na economia global deram--se de forma 
hierarquizada e assimétrica. Mesmo no grupo em que se engendrou a 
reestruturação produtiva, houve difusão desigual da mudança de 
paradigma tecnológico e organizacional. O peso da assimetria 
projetou- se mais fortemente entre os países mais desenvolvidos e 
aqueles em desenvolvimento. 
 
BARROS, F. A. F. Concentração técnico-científica: uma tendência 
em expansão no mundo contemporâneo? Campinas: Inovação 
Uniemp, v. 3, nº 1, jan./fev. 2007 (adaptado). 
 
Diante das transformações ocorridas, é reconhecido que 
a) a inovação tecnológica tem alcançado a cidade e o campo, 
incorporando a agricultura, a indústria e os serviços, com maior 
destaque nos países desenvolvidos. 
b) os fluxos de informações, capitais, mercadorias e pessoas têm 
desacelerado, obedecendo ao novo modelo fundamentado em 
capacidade tecnológica. 
c) as novas tecnologias se difundem com equidade no espaço 
geográfico e entre as populações que as incorporam em seu dia. 
d) os tecnopolos, em tempos de globalização, ocupam os antigos 
centros de industrialização, concentrados em alguns países 
emergentes. 
e) o crescimento econômico dos países em desenvolvimento, 
decorrente da dispersão da produção do conhecimento na esfera 
global, equipara-se ao dos países desenvolvidos. 
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Resposta: 
[A] 
 
O período após a Segunda Guerra Mundial mostrou um 
avanço firme das democracias, da urbanização e da 
industrialização. Acontece que o processo não se deu de forma 
regular ou homogênea. Os que se industrializaram ao longo da 
década de 1950 em diante são conhecidos como países de 
industrialização tardia que mostram algum nível de 
dependência seja tecnológica ou econômica e acabam 
mostrando deficits sociais e de desenvolvimento e pesquisa, 
em assimetria com relação aos países mais adiantados. 
A alternativa [B] é falsa, os fluxos de capital, 
mercadorias e pessoal encontra-se em expansão. 
A alternativa [C] é falsa, a difusão tecnológica é iníqua. 
A alternativa [D] é falsa, os tecnopolos são 
caracterizados por autonomia locacional em relação à área 
industriais tradicionais. 
A alternativa [E] é falsa, o crescimento econômico dos 
países em desenvolvimento ainda não está equiparado aos 
países desenvolvidos. 
 
5. Com a perspectiva do desaparecimento das geleiras no Polo 
Norte, grandes reservas de petróleo e minérios, hoje inacessíveis, 
poderão ser exploradas. E já atiçam a cobiça das potências. 
 
KOPP, D. Guerra Fria sobre o Ártico. Le monde diplomatique Brasil. 
Setembro, n. 2, 2007 (adaptado). 
 
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No cenário de que trata o texto, a exploração de jazidas de 
petróleo, bem como de minérios ± diamante, ouro, prata, cobre, 
chumbo, zinco ± torna-se atraente não só em função de seu 
formidável potencial, mas também por 
a) situar-se em uma zona geopolítica mais estável que o Oriente 
Médio. 
b) possibilitar o povoamento de uma região pouco habitada, além de 
promover seu desenvolvimento econômico. 
c) garantir, aos países em desenvolvimento, acesso a matérias-
primas e energia, necessárias ao crescimento econômico. 
d) contribuir para a redução da poluição em áreas ambientalmente já 
degradadas devido ao grande volume da produção industrial, como 
ocorreu na Europa. 
e) promover a participação dos combustíveis fósseis na matriz 
energética mundial, dominada, majoritariamente, pelas fontes 
renováveis, de maior custo. 
 
Resposta: 
[A] 
 
O segundo choque do petróleo no final dos anos 1970 
provocou uma corrida mundial em busca de novas fontes de 
petróleo. A quase totalidade, incluindo áreas subpolares, fora 
do Oriente Médio como alternativa às questões geopolíticas 
regionais. 
A alternativa [B] é falsa, é quase impossível sua 
ocupação populacional em função de seus rigores climáticos. 
A alternativa [C] é falsa, não há garantias de que isso 
possa acontecer, pois os recursos energéticos como qualquer 
outro tipo de commmodity é um produto de mercado. 
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A alternativa [D] é falsa, é pouco provável que as áreas 
subpolares sejam fortemente industrializadas. 
A alternativa [E] é falsa, os combustíveis alternativos 
crescem em demanda e projeção para substituir os 
combustíveis fósseis, mais poluentes. 
 
6. No presente, observa-se crescente atenção aos efeitos da 
atividade humana, em diferentes áreas, sobre o meio ambiente, 
sendo constante, nos fóruns internacionais e nas instâncias nacionais, 
a referência à sustentabilidade como princípio orientador de ações e 
propostas que deles emanam. 
A sustentabilidade explica-se pela 
a) incapacidade de se manter uma atividade econômica ao longo do 
tempo sem causar danos ao meio ambiente. 
b) incompatibilidade entre crescimento econômico acelerado e 
preservação de recursos naturais e de fontes não renováveis de 
energia. 
c) interação de todas as dimensões do bem-estar humano com o 
crescimento econômico, sem a preocupação com a conservação dos 
recursos naturais que estivera presente desde a Antiguidade. 
d) proteção da biodiversidade em face das ameaças de destruição 
que sofrem as florestas tropicais devido ao avanço de atividades 
como a mineração, a monocultura, o tráfico de madeira e de 
espécies selvagens. 
e) necessidade de se satisfazer as demandas atuais colocadas pelo 
desenvolvimento sem comprometer a capacidade de as gerações 
futuras atenderem suas próprias necessidades nos campos 
econômico, social e ambiental. 
 
Resposta: 
[E] 
 
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O desenvolvimento sustentável é uma forma de 
promover o atendimento das demandas atuais de modo 
racional e equilibrado de maneira a não comprometer as 
gerações futuras quanto a suas necessidades econômicas 
sociais e ambientais. 
A alternativa [A] é falsa, o desenvolvimento sustentável 
deve ser capaz de manter atividades econômicas sem causar 
danos ao meio ambiente. 
A alternativa [B] é falsa, na sustentabilidade o 
desenvolvimento econômico e a preservação do meio 
ambiente devem ser compatíveis. 
A alternativa [C] é falsa, a sustentabilidade deve 
preservar os recursos naturais em qualquer tempo. 
A alternativa [D] é falsa, a sustentabilidade não se limita 
a preservação de biomas,mas é uma nova forma de 
pensamento e ação. 
 
7. Quanto mais desenvolvida é uma nação, mais lixo cada um de 
seus habitantes produz. Além de o progresso elevar o volume de lixo, 
ele também modifica a qualidade do material despejado. Quando a 
sociedade progride, ela troca a televisão, o computador, compra mais 
brinquedos e aparelhos eletrônicos. Calcula-se que 700 milhões de 
aparelhos celulares já foram jogados fora em todo o mundo. O novo 
lixo contém mais mercúrio, chumbo, alumínio e bário. Abandonado 
nos lixões, esse material se deteriora e vaza. As substâncias liberadas 
infiltram-se no solo e podem chegar aos lençóis freáticos ou a rios 
próximos, espalhando-se pela água. 
"Anuário Gestão Ambiental" 2007, p. 47-8 (com adaptações). 
 
A respeito da produção de lixo e de sua relação com o ambiente, é 
correto afirmar que 
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a) as substâncias químicas encontradas no lixo levam, 
frequentemente, ao aumento da diversidade de espécies e, 
portanto, ao aumento da produtividade agrícola do solo. 
b) o tipo e a quantidade de lixo produzido pela sociedade independem 
de políticas de educação que proponham mudanças no padrão de 
consumo. 
c) a produção de lixo é inversamente proporcional ao nível de 
desenvolvimento econômico das sociedades. 
d) o desenvolvimento sustentável requer controle e monitoramento 
dos efeitos do lixo sobre espécies existentes em cursos d'água, solo 
e vegetação. 
e) o desenvolvimento tecnológico tem elevado a criação de produtos 
descartáveis, o que evita a geração de lixo e resíduos químicos. 
 
Resposta: 
[D] 
 
O desenvolvimento tecnológico de um país capitalista 
implica em uma sociedade de consumo, capaz de gerar lixo em 
grandes quantidades e ampla diversidade. Com a 
popularização de produtos domésticos eletrônicos é cada vez 
maior a geração de lixo tecnológico (baterias, pilhas, 
microprocessadores, entre outros) capazes de comprometer o 
meio ambiente nos recursos hídricos, no solo e no ar, 
principalmente nos países subdesenvolvidos, cada vez mais 
capazes de adquirir esses produtos. São aspectos que 
comprometem o desenvolvimento sustentável, em geral, e nos 
países mais pobres, em especial, devido a sua baixa 
capacidade de implantar e fiscalizar políticas sustentáveis de 
meio ambiente. 
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A alternativa A é falsa: as substâncias químicas, 
incorretamente manuseadas e depositadas na natureza, 
revelam natureza tóxica, capaz de contaminar o solo; 
Em B, as políticas públicas educacionais são 
fundamentais na tarefa de incentivar o desenvolvimento 
sustentável; 
Na alternativa C, a produção de lixo é diretamente 
proporcional ao nível de desenvolvimento econômico das 
sociedades; 
Em E, o aumento dos produtos descartáveis, ao contrário 
do que diz a alternativa, incrementa a geração de lixo e 
resíduos. 
 
8. O Protocolo de Kyoto - uma convenção das Nações Unidas que é 
marco sobre mudanças climáticas, - estabelece que os países mais 
industrializados devem reduzir até 2012 a emissão dos gases 
causadores do efeito estufa em pelo menos 5% em relação aos níveis 
de 1990. Essa meta estabelece valores superiores ao exigido para 
países em desenvolvimento. Até 2001, mais de 120 países, incluindo 
nações industrializadas da Europa e da Ásia, já haviam ratificado o 
protocolo. No entanto, nos EUA, o presidente George W. Bush 
anunciou que o país não ratificaria "Kyoto", com os argumentos de 
que os custos prejudicariam a economia americana e que o acordo 
era pouco rigoroso com os países em desenvolvimento. 
 
 Adaptado do Jornal do Brasil, 11/04/2001. 
 
Na tabela encontram-se dados sobre a emissão de CO2. 
 
Países 
Emissões de CO2 desde 
1950 (bilhões de 
Emissões anuais de CO2 
per capita 
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toneladas) 
Estados 
Unidos 
186,1 16 a 36 
União 
Europeia 
127,8 7 a 16 
Rússia 68,4 7 a 16 
China 57,6 2,5 a 7 
Japão 31,2 7 a 16 
Índia 15,5 0,8 a 2,5 
Polônia 14,4 7 a 16 
África do 
Sul 
8,5 7 a 16 
México 7,8 2,5 a 7 
Brasil 6,6 0,8 a 2,5 
 
 Word Resources 2000/2001. 
 
Considerando os dados da tabela, assinale a alternativa que 
representa um argumento que se contrapõe à justificativa dos EUA de 
que o acordo de Kyoto foi pouco rigoroso com países em 
desenvolvimento. 
a) A emissão acumulada da União Europeia está próxima à dos EUA. 
b) Nos países em desenvolvimento as emissões são equivalentes às 
dos EUA. 
c) A emissão per capita da Rússia assemelha-se à da União Europeia. 
d) As emissões de CO2 nos países em desenvolvimento citados são 
muito baixas. 
e) A África do Sul apresenta uma emissão anual per capita 
relativamente alta. 
 
Resposta: 
[D] 
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Segundo vários cientistas e centros de pesquisa, o 
mundo corre contra o relógio na tentativa de diminuir 
emissões de gás carbônico, visto que podem aumentar as 
temperaturas médias do planeta capazes de promover 
mudanças climáticas catastróficas. 
A alternativa [A] é falsa: EUA e União Europeia são 
localidades desenvolvidas; 
A alternativa [B] é falsa: as emissões são inferiores às 
dos EUA; 
A alternativa [C] é falsa: a emissão da Rússia é inferior 
(metade) da União Europeia; 
A alternativa [E] é falsa: não se relaciona ao fato de que 
os EUA acham que o protocolo foi pouco rigoroso com os 
países emergentes. 
 
9. (G1 - cftmg 2016) Observe o mapa a seguir: 
 
 
 
São características das regiões cartografadas, EXCETO: 
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a) predomínio de baixos Índices de Desenvolvimento Humano 
Municipal. 
b) concentração de habitantes em áreas de vulnerabilidade social. 
c) carência de investimentos infraestruturais. 
d) limite espacial com as cidades globais. 
Resposta: 
[D] 
 
O mapa corresponde aos bolsões de pobreza no Brasil 
com IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) mais baixo. 
Áreas com maior ocorrência de subnutrição, problemas 
educacionais e infraestrutura mais precária. Todas estas áreas 
não fazem limite com as cidades globais brasileiras como São 
Paulo e Rio de Janeiro. 
 
10. Normalidade II ± Quino 
 
 
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³(X�QmR�YRX�PDLV�SUHFLVDU�GH�PXLWD� IRUoD��YRX�XVDU� WRGDV�DV�TXH�
WHQKR� DJRUD´� ± ele pensou. E ele se lembrou das moscas que 
rebentam suas perninhas ao tentarem escapar do mata-moscas. 
 
KAFKA, Franz. O processo. Porto Alegre: L & PM Pocket, 2007. p. 
258. (Fragmento). 
 
O Controle Social pode ser tomado como um conjunto de 
penalidades e

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