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Livro Eletrônico Aula 11 Conhecimentos Específicos p/ SEE-MG (Professor de Geografia) Com videoaulas Professor: Sergio Henrique 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 1 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. SUMÁRIO 00. Bate papo inicial. Pág. 02 1. Distribuição de renda e mundo do trabalho. Pág. 03 2. A economia da desigualdade. Pág. 11 3. As origens das desigualdades sociais brasileiras. Pág. 12 4. O IDH, IPH e coeficiente GINI. Pág. 14 5. A formação da sociedade brasileira enquanto sociedade patriarcal e escravista. Pág. 25 6. A conquista do direito de voto das mulheres. Pág. 26 7. A industrialização, urbanização e a entrada da mulher no mercado de trabalho. Pág. 27 8. Heranças da escravidão na cultura e sociedade. Pág. 30 9. Exercícios Resolvidos. Pág. 36 10. Exercícios Propostos. Pág. 58 11. Considerações finais. Pág. 177 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 2 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. 00. BATE PAPO INICIAL Olá amigo estudante. É com muita alegria que o recebo novamente. Estudar as aulas anteriores é fundamental para que você possa compreender muitas das coisas que vamos tratar aqui. Leia com atenção seu texto de apoio releia e pratique exercícios. Aos poucos o conteúdo básico vai ficar retido na sua memória. Claro que para isso é muito importante você fazer suas próprias anotações, ou em forma de resumo ou anotações nos exercícios, não importa, você escolhe. O importante é estudarmos bastante e nos concentrarmos nos estudos. Estimule sua disciplina e procure motivação pensando em seus sonhos. Bons estudos. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 3 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. 1. DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E MUNDO DO TRABALHO. O mundo possui uma produção de riquezas enorme. As atividades econômicas são o grande motor do crescimento econômico, desenvolvimento social e transformação do espaço. Os países que tiveram um desenvolvimento econômico antigo, os países pioneiros das revoluções industriais, passaram por um longo processo de acumulação de capitais. Como consequência, no decorrer dos séculos, a melhoria das condições materiais individuais e coletivas vão se transformando e desenvolvendo cada vez mais. O desenvolvimento social dos países desenvolvidos, não ocorreram sem muitos conflitos. Os interesses dos grupos dominantes do poder são diferentes das necessidades e demandas da população. Para continuarmos temos que diferenciar desenvolvimento de crescimento. Crescimento econômico refere-se estritamente ao PIB (produto interno bruto). A economia pode crescer, mas as desigualdades e pobreza também. Desenvolvimento é quando a riqueza material produzida pela sociedade é melhor distribuída e convertida em melhorias urbanas, educacionais e todo o tipo de suporte e infraestrutura social. Muitas vezes a qualidade de vida da população está boa, mas não há crescimento econômico expressivo. É possível que o país cresça (aumenta o PIB), mas não se desenvolva. Aumentou a riqueza, mas ela não corresponde necessariamente na melhoria da qualidade de vida das pessoas. Então para pensarmos a sociedade hoje, é necessário considerarmos estes dois conceitos, que devem andar juntos. Quanto mais próximos, melhor para a sociedade, ou seja, crescimento econômico e desenvolvimento social. Compare comigo: A Grécia está numa espiral inflacionária, uma dívida pública altíssima, dependendo de empréstimos, mas seu desenvolvimento humano é muito maior que o brasileiro. Por sua vez o Brasil possui uma economia sólida, o sétimo PIB do mundo, mas as 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 4 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. desigualdades socais internas são agressivas. Há uma quantidade muito grande de pobreza e miséria. Pobreza e miséria é a mesma coisa? O debate em torno do assunto é bem grande pois é muito difícil conceituar o que é pobreza. Por exemplo, a renda não é um critério tão preciso. Uma família cuja renda per capta seja de 600 reais e cinco membros, dependendo da localidade que vive a família terá uma diferença drástica na sua capacidade de consumo. Imagine a qualidade de vida que poderiam ter numa cidade média ou pequena com esta renda, e imagine também como seriam escassos os recursos da família se ela vive em uma grande capital como RJ, SP e BSB (Brasília). Nem todos estudiosos usam os mesmos critérios para definir pobreza e alguns não diferenciam uma coisa da outra (pobreza de miséria). Paulo Sandroni, em seu dicionário de economia não distingue pobreza de miséria. ³Pobreza: Estado de carência em que vivem indivíduos ou grupos populacionais, impossibilitados, por insuficiência de rendas ou inexistência de bens de consumo, de satisfazer suas necessidades básicas de alimentação, moradia, vestuário, saúde e educação [...] A pobreza manifesta-se mais intensamente nos países subdesenvolvidos. Em 1980 cerca de 2 bilhões de pessoas viviam em PLVpULD�H[WUHPD��FRP�UHQGD�DQXDO�LQIHULRU�D�����GyODUHV�´ Outros especialistas como Anna Maria Peliano distinguem indigentes dos que vivem na linha da pobreza. ³Indigentes: São todos aqueles cuja renda dá apenas, e na melhor das hipóteses, para garantir a alimentação adequada, ou seja, para adquirir uma cesta básica de alimentos, cuja composição varia de acordo com a região e que atende os critérios nutricionais recomendados pela ONU em seu órgão para a alimentação e DJULFXOWXUD��)$2��´ 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 5 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Linha de pobreza corresponde ao nível de renda abaixo do qual as pessoas não conseguem atender sequer às despesas básicas de alimentação. O Banco Mundial considera pobres os indivíduos que ³YLYHP´�FRP�PHQRV�GH�XP�Gólar diário. O diplomata brasileiro Luiz Felipe Lampreia considera que: ³>���@� SREUHV� �DTXHOHV� FXMD� UHQGD�� LQIHULRU� j� OLQKD� GH� SREUH]D�� não permite atender suas necessidades básicas de alimentação, moradia, vestuário, etc.). Indigentes são aqueles cuja renda não permite atender nem mesmo as necessidades básicas de alimentação. Não pobres são aqueles cuja renda se situa acima da linha da pobreza.[...] Podemos observar ao redor do mundo que a distribuição entre os países é muito grande, e no interior de cada país, quanto maior a desigualdade, maior a violência. Pobreza gera violência? Este é um dos principais assuntos que preocupam as pessoas. Muitos associam por exemplo a pobreza com a violência, mas isso não é verdade. É uma ideia generalizante e sob premissas falsas. Numa favela, um aglomerado subnormal, é um ambiente carente de recursos e serviços públicos. Ocorre o que Durkheim chama de anomia social: a total ausência de regras sociais e ausência do Estado. Num ambiente assim, as possibilidades de ocorrerem crimes e associais com o crime, é mais suscetível. Mas é um engano associarpor exemplo o favelado à violência, inclusive porque são em termos percentuais uma pequena minoria que pratica o crime. Seria como associar que todo o pobre está mais propenso a cometer crimes que ricos. Não é isso que observamos. Cada vez mais somos cientes de crimes cujo impacto social é muito grande, impedem o desenvolvimento e vidas são perdidas diante da omissão de senhores muito bem vestidos e poderosos. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 6 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Quando nos referimos à violência social em que todos passam a sentir-se inseguros devido ao aumento da violência como roubos, assassinatos, tráfico, há uma relação direta com o contraste social. Lugares com enorme desigualdade social tendem a ser mais violentos. Quanto mais pobres os países, mais ainda persistem elementos sociais muito arcaicos como no mundo árabe (do norte da África à Indonésia) em que a submissão feminina ao homem, numa sociedade de costumes patriarcais é vista como absolutamente natural em termos culturais. Na Etiópia, e vários lugares do continente africano, ocorrem rituais terríveis, como a retirada do clitóris feminino aos doze anos de idade. Podemos observar isso sob o ponto de vista de que se trata de costumes bastante arcaicos e que possuem sentido dentro do grupo específico, mas com a integração entre as pessoas e lugares e o desenvolvimento dos espaços, costumes como esse são pouco a pouco abandonados. Quanto maior a pobreza e a falta de acesso à informação, maiores são os atos de violência, até porque existem localidades no continente africano que estupros ocorrem porque persiste uma crença de que ter relações sexuais com uma virgem, que é pura aos olhos tribais, seria um excelente remédio para doenças venéreas, entre elas. Para não irmos tão longe, no Brasil colonial, era considerado um importante remédio para sífilis, ter relações sexuais com uma virgem. Pobres escravas! Não podemos esquecer da menina paquistanesa Malala, que sofreu um atentado levando um tiro na cabeça enquanto ia a escola com sua turma. A razão do atentado era que ela estudava numa escola mista e alguns fundamentalistas paquistaneses são totalmente contra a educação feminina. Quanto maior o desenvolvimento econômico, maiores são as chances de ocorrer o desenvolvimento social quanto aos aspectos, sanitários, alimentares e escolares. Uma maior escolaridade e percepção das relações políticas e econômicas que te envolvem faz 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 7 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. com que a população passe a agir mais racionalmente e ser cada vez mais exigente, tornando-se menos tolerantes com algumas práticas. Em geral, um sinal de desenvolvimento social é a ampliação dos direitos de proteção à mulher e direitos das minorias. EUA, Canada, Japão e países da Europa ocidental, possuem uma população que usufrui de um altíssimo padrão de vida. Os países do norte europeu, os países escandinavos, Noruega, Suécia e Finlândia, e países da Europa central como Bélgica Suíça, possuem uma infraestrutura urbana de altíssima qualidade, tanto em termos de saneamento, quanto moradia e transporte. A Suíça dia 05/06/2016 realizou um plebiscito para decidir um projeto de renda mínima. Cada cidadão teria direito à 2500 francos suíços, aproximadamente R$ 9.000 por mês. No plebiscito a proposta foi derrotada, mas por vários argumentos, como por exemplo a imigração em massa para o país, e o possível desestímulo ao trabalho produtivo de quem possui uma renda menor. O plebiscito é uma ferramenta de consulta popular muito avançada pois é uma forma de democracia direta. Na Suíça elas podem ser propostas no parlamento por qualquer cidadão. É uma das democracias mais diretas e sólidas do mundo. A proposta foi rejeitada por mais de 75% dos votos, mas representa uma ideia de vanguarda, cujos defensores dizem ser a Suíça o país mais indicado para esta experiência social tão arrojada. A Noruega é um país com muitos ricos e muito poucos pobres. A diferença de renda e consumo dos 10% mais ricos e os 10% mais pobres é de 4 vezes. A qualidade 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 8 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. de vida que foi alcançada é tão alta, que por inciativa dos poderes públicos e um grupo de artistas foi criado o museu da pobreza. Para conscientizar as crianças norueguesas que não foi sempre assim ... tão desenvolvida. Amsterdã. Holanda. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 9 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Bruxelas. Bélgica. Os países mais pobres possuem problemas bastante diferentes: Soldado de uma milícia no Congo. O país vive em situação de guerra civil há anos. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 10 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Nigéria. África Ocidental. Habitantes do Djbuti, na Africa Oriental, banhada pelo mar vermelho. Estão na praia tentando captar sinal de internet que vem do Oriente Médio. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 11 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. 2. A ECONOMIA DA DESIGUALDADE. O PIB (produto interno bruto) é o principal indicador do tamanho da economia de um país. De acordo com o PIB, o Brasil ocupa um significativo sétimo lugar entre as maiores economias do mundo, na frente de muitos países desenvolvidos, tais como o Canadá, e a Espanha. Entretanto este indicador, que considera todas as riquezas produzidas pelo Estado, iniciativa privada nacional e investimentos estrangeiros, reflete somente a superfície da economia dos Países. O PIB Chinês, que já é o país mais industrializado do mundo desde 2008, é cerca de 70% maior que o PIB do Japão, cuja população pouco ultrapassa os 130 milhões. É evidente que a riqueza social proporcionada pela economia do Japão é muito maior que aquela proporcionada pela economia chinesa. O PIB brasileiro é bem maior que o espanhol, em torno de 50%, mas nossa população é cinco vezes maior que a espanhola. O que é PNB? É o produto nacional bruto. A soma de todas as riquezas produzidas no pais por empresas e serviços nacionais. É diferente do PIB pois ele considera as riquezas produzidas pelo capital internacional. O PIB per capta (renda per capta): É quando dividimos o PIB pela população. Essa operação simples revela a distância que existe entre os países. O PIB per capta da China gira em torno de 6 mil dólares enquanto o do Japão gira em torno de 30 mil dólares. O PIB per capta da Índia pouco ultrapassa 3.000 dólares ao mesmo tempo que na Alemanha a renda é superior a 35.000 dólares. A renda per capta do Brasil é de quase R$ 30.000. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 12 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. É baixo se comparadoao dos países desenvolvidos, mas no contexto regional da América do Sul estamos bem situados, mas atrás da Argentina, Chile e Uruguai. Você deve ter percebido também que há algo errado. Se não percebeu eu pergunto: Com vai a mesada de quase 30.000 reais? Se não está neste grupo de felizardos você já entendeu que como o PIB representa uma média, e omite as desigualdades sociais. 3. AS ORIGENS DAS DESIGUALDADES SOCIAIS BRASILEIRAS. As origens da formação econômica e social foram fundadas sob o signo da concentração de renda. Desde o início da colonização portuguesa somos uma sociedade com profundas desigualdades sociais. Éramos uma sociedade escravista e estratificada. Até a década de 40 éramos uma sociedade rural. O maior crescimento econômico ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, mas foi um processo de desenvolvimento que beneficiou principalmente uma elite da população e na consolidação de uma classe média urbana pouco numerosa. Isso significa que uma reduzida parcela da população reteve a maior parte da riqueza nacional, enquanto a grande maioria da população ficou com uma fração bem pequena dessa riqueza. Não há país cuja renda seja distribuída igualmente por todos os 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 13 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. habitantes, mas poucos possuem padrões de distribuição tão perversos quanto os brasileiros. Uma distribuição de renda tão ruim só ocorre em países como Namíbia, Serra leoa, República Centro- Africana e África do Sul. No Brasil o rendimento dos 10% mais ricos é mais de 20 vezes maior que o rendimento dos 40% mais pobres. Entre os mais ricos mais de 85% vivem em domicílios ligados a rede de saneamento básico e mais de um quarto frequentam cursos superiores. Entre os mais pobres pouco mais de um terço vive em domicílios com saneamento básico e menos que 5% são estudantes de nível superior. Vamos a outro dado para ilustrar: os 50% mais pobres possuem renda que equivale a cerca de metade da que é apropriada pelos 5% mais ricos. Essa desigualdade ocorre em todas as regiões brasileiras, mesmo que em intensidades diferentes. Quanto maior o desenvolvimento, menor as desigualdades sociais. Podemos identificar essa tendência tanto dentro da população de um país, como na comparação entre países. A tendência da concentração da renda possui raízes históricas profundas. Vamos tentar enumerar algumas por aqui. 9 Monopólio da terra por um pequeno grupo de latifundiários, proprietários beneficiados com sesmarias e posteriormente a lei de terras que limitou o acesso à terra. 9 A base escravista do trabalho. A visão sobre o trabalho e a valorização que se dá a ele são afetados diretamente por países que foram escravistas. Além do preconceito/aversão à trabalhos manuais, ele é desvalorizado, mal remunerado, e associado à pobreza. 9 O Brasil aboliu a escravidão tardiamente. Fomos o último país americano que aboliu a escravidão, e com pressão internacional. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 14 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. 9 Regime oligárquico e uma visão da elite política no início do século XX, que procurava afastar o povo da participação política e uma superexpoloração. 9 Perpetuação de uma elite política no poder. Há estados brasileiros em que duas ou três famílias se revezam no poder desde o início da república. 9 Uma modernização conservadora que promoveu um grande êxodo rural devido à mecanização da agricultura e o espaço urbano cresceu de forma desordenada, surgindo as cidades LOHJDLV�³IDYHODV�H�FRUWLoRV´�� 9 Oferta abundante de trabalho para a economia urbano- industrial. Muita mão de obra disponível, achata os salários. 9 O padrão excludente de desenvolvimento industrial. 4. O IDH, IPH E COEFICIENTE GINI. IDH: Índice de desenvolvimento humano: Este índice procura identificar a qualidade de vida da população, baseado em uma equação que leva em conta a saúde, educação e renda per capta. Ele varia em uma escala entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1 maior a qualidade de vida, quanto mais próximo de 0 pior. Não existem países com IDH 0. x De 0 a 0,55 o IDH é baixo. x De 0,55 a 0,7 o IDH é médio. x De 0,7 a 0,9 o IDH é alto. x Acima de 0,9 o IDH é muito alto. Atualmente o nosso índice de desenvolvimento é 0,755. Já é considerado alto. Melhoramos com relação à 2013 que foi 0,752. Mesmo com um aumento no IDH caímos de posição. Somos hoje o país em 75° colocação. Caímos uma posição. Não porque pioramos, mas porque o Siri Lanka, uma pequena ilha ao sul da Índia melhorou mais que o Brasil. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 15 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Existe outro índice que é o IDH-D. A letra D é de desigualdade, e quanto maior a desigualdade social no país, ele perde pontos. Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Suécia, Noruega e Alemanha são bastante igualitários. Durante o desenvolvimento econômico e político destes países foram criadas politicas distributivas, de caráter Keynesiano. É a ideia da social democracia europeia: crescimento econômico e desenvolvimento social. O Brasil no IDH-D perde pontos e posição. Na verdade, são muitos pontos: É uma queda de mais de 26% e cairíamos para um valor de 0,557. Nossa expectativa de vida é em torno de 74,5 anos. Idade avançada, como em muitos países desenvolvidos. A média de escolaridade é de 7,7 anos na vida da pessoa. É baixa. É como se na média os brasileiros só tivessem avançado até o sétimo ano do ensino básico e não tivessem o concluído. A Pobreza é um desafio de todas as sociedades. Para combatê-la é necessário uma série de medidas políticas, ações sociais e mudanças nos espaços de vivencia e convivência. IPH: Índice de pobreza humana. A renda per capta não reflete bem as reais condições de vida da população de um país. A ONU criou uma série de indicadores capazes de mensurar e tornar comparáveis os níveis de bem-estar social vigentes nas diferentes economias nacionais. Foi criado o IPH (índice de pobreza humana). Como existe uma imensa diferença entes os países desenvolvidos e os países subdesenvolvidos no que diz respeito às condições de carência das populações, o IPH considera padrões diferentes para mensurar os níveis de privação. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 16 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. O IPH considera vários indicadores para identificar a porcentagem de pessoas em uma população que sofre de privações em quatro dimensões básicas da vida: a longevidade: considera a parcela de pessoas com expectativa de vida inferior a quarenta anos 9 O conhecimento: taxa de analfabetismo de adultos 9 A provisão econômica e a inclusão social: parcela da população sem acesso à água potável e aos serviços de saúde, assim como a incidência de crianças menores de cinco anos com peso insuficiente. Fique atento: O IPH da ONU não considera a renda como um dos componentes de análise. O valor final expressa a parcela da população que vive sob fortes privações. Entre os 94 países avaliados por esse índice, o Brasil ocupa a posição 22. Temos aproximadamente 10 milhões de pobres e 05031995670 - Tatiana FerreiraRuas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 17 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. estamos atrás de vizinhos da América do Sul como Uruguai, Chile, Argentina, Colômbia, Equador, Paraguai e Venezuela. Lembre-se que o índice não mostra a capacidade econômica do país, mas a proporção de pessoas que vivem na pobreza. Coeficiente/índice GINI: Mede a desigualdade social: A sua preocupação principal é identificar as desigualdades internas de um país ou região. Demonstra, portanto, a concentração de renda. Assim como o IDH possui uma escala que vai de 0 a 1. Quanto mais próximo de [1] maior a desigualdade, quanto mais próximo de [0] maior igualdade. Não existem países nos dois extremos. O índice GINI do Brasil nos últimos 15 anos diminuiu progressivamente. Sobretudo devido ao crescimento econômico experimentado e políticas de inclusão social. De 2014 para cá o índice apresentou um leve aumento. Reflexo de uma retração do PIB e uma conjuntura interna e externa de crise. Não cresceu o suficiente para afirmarmos que ocorreu um retrocesso, mas o bastante para compreendermos que políticas sociais e de geração de empregos são bastante eficientes para gerar um fluxo de desenvolvimento social e econômico. As desigualdades sociais são as principais causas de violência, pois os contrastes, sobretudos nas cidades de médio e grande porte são terríveis. Cria um ambiente de segregação silenciosa, tenso, cheio de revolta e medo. Veja só. Subscrevo um 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 18 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. trecho de uma entrevista do economista Carlos Lessa, economista e ex-presidente do BNDES: ³$�WHQGrQFLD�QR�5LR�HUD�R�PHOKRU�WHUUHQR�VHU�RFXSDGR�SHOD�HOLWH�� enquanto o dispensável ficava disponível. Como a cidade é espremida entre o mar e a montanha [...], os pobres construíram suas habitações próximas da elite. [...]. É verdade que a cidade nunca foi capaz de incluir os pobres do ponto de vista da cidadania, mas essa população excluída sempre teve uma relação simbiótica com a população rica. O bairro onde mora a pobreza sobrevive em grande parte prestando serviços à elite. Não é à toa que a maior favela do Rio, a Rocinha, fica ao lado de bairros com as maiores rendas per capta, como São Conrado e Gávea. [...] Você não consegue explicar o SRGHU�GR�WUiILFR�VHP�H[SOLFDU�R�SRGHU�GH�FRPSUD�GR�$VIDOWR�´ Pesquisadores brasileiros criaram a linha de pobreza que mostra a distribuição desigual da pobreza no território nacional. De acordo com os resultados da linha nacional de pobreza, a situação social no Brasil é bem mais dramática do que pelas lentes do IPH. Na década de 90 tínhamos 44% da população abaixo da linha da pobreza. Início de 2000 a incidência da pobreza recuou 30% da população. Mais de 50.000.000 de pessoas. Nos últimos 15 anos ocorreram melhorias consideráveis nos índices sociais, mas ainda assim temos mais de 20 milhões de brasileiros em condição de miséria, algo em torno de 10% da nossa população. É importante observarmos uma coisa importante: a incidência de pobreza é mais acentuada nas áreas rurais que nas áreas urbanas. Cerca de 38% da população rural é pobre no Brasil, enquanto a pobreza atinge quase 28% dos habitantes das áreas urbanas. As aglomerações urbanas mais populosas do mundo estão na Ásia, principalmente em países mais pobres. É que mundialmente a modernização agrícola, sobretudo nos países emergentes foi muito intensa provocando forte êxodo rural. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 19 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. A pobreza no Brasil é fortemente regionalizada, e a região mais pobre é também a que apresenta maior proporção de pessoas vivendo no meio rural. No Nordeste mais da metade da população é pobre, na região Sudeste cerca de 19% vivem na pobreza. Se compararmos estados em diferentes níveis de desenvolvimento social e econômico como no Maranhão que possui 60% da população na pobreza, em Santa Catarina a pobreza atinge menos que 13%. Retirantes nordestinos/ indústria da seca: A enorme incidência de pobreza no Nordeste tem raízes históricas que remontam a econômica colonial. A estrutura de propriedade da terra, marcada pela coexistência do latifúndio com o minifúndio, bloqueou o desenvolvimento regional. A urbanização recente da população nordestina não foi acompanhada de um crescimento industrial equivalente, então a economia urbana não absorveu formalmente a maioria dos trabalhadores. A maior parte vai dedicar-se à serviços, a maioria na informalidade. Nas grandes cidades reproduziu-se a rígida divisão de classes típica do meio rural, onde uma elite privilegiada convive com a pobreza da maioria da população. As principais metrópoles nordestinas como Salvador, Recife e Fortaleza cresceram a partir de investimentos de empresas estatais ou grupos privados do Sudeste. Uma das consequências é que o setor industrial nordestino absorve uma parcela muito restrita da mão de obra. Os investimentos procuram no Nordeste, mão de obra abundante e barata. Altas taxas de crescimento populacional e desigualdade de renda e oportunidades conduzem à exclusão social. Os salários são achatados e boa parte da mão de obra qualificada na última década foi formada no Sudeste e migrou para o nordeste. Devido à grande população rural, ainda persistem formas arcaicas de dominação coronelística que chamamos a indústria da Seca. Nos estados mais pobres, destacadamente no semiárido, que ocupa a maior parte de seus territórios persistem relações clientelistas (dominação/dependência), e patrimonialistas (que tratam o público 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas d Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 20 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. como privado). Quanto menor o acesso a informação e pobreza, maior a manipulação política de líderes locais, verdadeiros coronéis, que trocam votos em troca de pequenos favores. A manutenção da miséria local serve de mecanismo de poder e manutenção dos mesmos grupos familiares no Poder. Essa é a indústria da seca. Trabalho infantil: Há uma grande quantidade de trabalho infantil realizada no país. A legislação trabalhista do Brasil proíbe o trabalho de crianças com menos de 16 anos, senão na condição de aprendizes, desde que tenham mais de 14 anos. Para os adolescentes de 16 a 18 anos são proibidos o trabalho insalubre, o trabalho perigoso e o trabalho noturno. No meio rural é comum encontrar crianças com menos de 10 anos executando tarefas de adultos. A mão de obra infantil é empregada em diversas atividades. No Nordeste, norte e centro Oeste é maior a ocorrência, mas nos centros industriais do sudeste também encontramos. Vamos à exemplos: É frequente o trabalho infantil em pedreiras como em Pirenópolis (GO), pedreiras usam crianças de até nove anos para carregar quartzitos (rochas usadas como piso). Na região de Ribeirão Preto (SP) é comum ver crianças na colheita de amendoim, no plantio e colheita da cana e laranja. No norte de Minas Gerais crianças trabalham em carvoarias em condições insalubres (prejudicam a saúde), muitas vezes em troca de um prato de comida e um pouco de farinha. O Estado brasileiro tem tomado desde a redemocratização, várias providênciascomo o PETI ± programa de erradicação do trabalho infantil - e da introdução de políticas públicas sociais emergenciais como é o caso da Bolsa Escola dos governos FHC (94-2002) e da Bolsa Família criada no governo Luís Inácio Lula da Silva a partir de 2002 e o programa existe até hoje. Ambos se destinam às famílias carentes um valor mensal, em dinheiro, por filho menor, com a contrapartida de que essas crianças frequentem a escola. De um modo geral, crianças podem ser vistas nas olarias, amassando e 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas 9 Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 21 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. transportando barro; no comércio nas pequenas indústrias, no extrativismo vegetal e em várias atividades, inclusive ilegais como o tráfico e a distribuição de drogas. 1D� 31$'� ����� ³7UDEDOKR� LQIDQWLO� HP� DWLYLGDGHV� DJUtFRODV´�� RV� autores investigaram diversos aspectos da distribuição do trabalho infantil para a população de 10 a 14 anos de idade. 9 89,3% das crianças e adolescentes rurais possuem ocupações. A maioria delas, 82,7%. São típicas da agricultura familiar e o restante trabalhos que oscilam do mal remunerado ao degradante nas carvoarias. 9 Entre 2013 e 2014, o total de ocupados agrícolas nesta faixa etária, com domicílio rural, cresceu de 406,9 mil para 427,5 mil ou 5,1%. ³Apesar do aumento no trabalho infantil rural de 2013 para 2014, o saldo dos dez anos estudados é positivo: a queda do trabalho infantil no campo (57%) foi muito superior ao decréscimo populacional da mesma faixa etária nos mesmos dez anos (16%)´. Os programas sociais do governo de FHC até hoje têm surtido efeitos consideráveis, principalmente nas regiões mais pobres. São bastante criticados e para muitos, alvo de polêmicas. São políticas macroeconômicas, tipicamente influenciadas pelo keynesianismo (as ideias do economista J.M.Keynes), ou seja, o estado para esta linha de pensamento deve ser um agente direto da economia, gerando empregos e promovendo bem-estar social. É um mecanismo comum nos países europeus, sociais democratas. http://www.ipea.gov.br/ 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas 4 Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 22 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Na implantação destas políticas, surgiram várias polêmicas. A geografia compreende como natural, conflitos sociais entre o topo e a base da pirâmide. O país realizou uma série de programas sociais (políticas redistributivas), e também se desenvolveu economicamente até ocuparmos a 7° posição no PIB. As Classes de consumo D/E tiveram uma grande diminuição e um aumento da classe C. A inserção social da nova classe de consumo C foi através de uma política de subsídios e principalmente de concessão de crédito, o que colaborou muito para o poder de compra dos mais pobres. Mesmo que o preço final fique mais caro, a parcela do boleto cabe no bolso. É mais sólido à longo prazo e denota maior desenvolvimento, se a capacidade de consumo aumenta de acordo com o aumento da renda. A classe média, que seria a base da classe B e o topo da classe C é a que se sentiu mais prejudicada. Ocorreu melhoria nas condições de vida e acesso, mas num ritmo e intensidade bem menores do que da classe A e a classe D/E. Isso gerou um sentimento de insatisfação em amplos setores da classe média. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas 1 Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 23 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Texto complementar: Casos de sucesso e o Brasil nas metas do milênio. CONHEÇA EXEMPLOS E DEPOIMENTOS DE VOLUNTÁRIOS ODM 1: Acabar com a fome e a miséria Comunidade dos Pequenos Profetas ± CPP Projeto Clarion Recife (PE) Ideia chave: Melhorar a qualidade de vida e combater a violência contra a criança em situação de rua, abordando em especial a agressão sexual. A Região Metropolitana do Recife tem aproximadamente 3 milhões de habitantes e cerca de 600 favelas. A situação de pobreza e ociosidade leva muitas crianças e adolescentes a fugirem das suas casas ou serem abandonados, levando-os a morar nas ruas. A partir de uma convivência intensiva com crianças e adolescente, meninos e meninas de rua, foi fundada a Comunidade dos Pequenos Profetas (CPP) - Projeto Clarion, em 1982 no centro do Recife. Como consequência dessa experiência de rua, ao passar dos anos, a CPP firmou-se como uma entidade que tem o compromisso de resgatar crianças e adolescentes de rua oferecendo-lhes atendimento básico, educação, profissionalização e socialização, integrando-os no contexto de participação social ao exercício pleno da cidadania. Objetivos da Intervenção x Resgatar as crianças e adolescentes de rua, retirando-os da marginalidade, propiciando-lhes uma nova opção de vida, 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas b Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 24 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. através de atividades educativas, profissionalização e socialização; x Ajudar as meninas e meninos, vítimas de violência corporal e sexual, a diminuir os seus sofrimentos de violência e refletir suas experiências traumáticas por meio de um atendimento psico-social; x Interferir nas políticas públicas através de denúncias contra agressões, a fim de garantir melhoria na qualidade do atendimento e das condições de vida das crianças. Mobilização dos Cidadãos ± Voluntariado: mais de 200 voluntários já doaram seu tempo de trabalho e talento em prol desta causa. Atualmente, são 15 voluntários, estrangeiros e brasileiros. Também trabalham na CPP meninos que já conseguiram sair da rua graças ao programa. $GDSWDGR�GD�SXEOLFDomR�³���-HLWRV�%UDVLOHLURV�GH�0XGDU�R�0XQGR�± 2�%UDVLO�UXPR�DRV�REMHWLYRV�GH�GHVHQYROYLPHQWR�GR�PLOrQLR´�± Fonte: Programa Voluntários das Nações Unidas/PNUD De acordo com a ONU e seu programa Metas do Milênios 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 25 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. 5. A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA ENQUANTO SOCIEDADE PATRIARCAL E ESCRAVISTA. A sociedade brasileira possui raízes patriarcais e escravistas. Ao longo de mais de cinco séculos de miscigenação, conflitos étnicos e submissão do gênero feminino, formamos a sociedade atual com suas particularidades. Quando falamos sociedade patriarcal, não estamos falando em sociedade machista. Patriarcal é a sociedade que gira em torno do patriarca, do pai. A figura masculina centralizadora e dominadora. O senhor de escravos, seja ele no início da colônia com a produção do açúcar, ou no século XIX com o ciclo do café, é o centro da família e da vida social. Nas casas grandes habitavam o VHQKRU�� VXD� HVSRVD� H� ILOKRV�� PDV� WDPEpP� RV� VHXV� ³DJUHJDGRV´� ± parentes próximos ou protegidos. A mulher na sociedade colonial era basicamente submissa a todas as vontades do patriarca. Somente dedicadas ao trabalho caseiro, eram em última instância objetos de alianças políticas e econômicas, pois os casamentos eram arranjados de acordo com a conveniência do patriarca. Havia uma forte divisão social do trabalho por gênero. Primeiramente o homem rico não trabalha manualmente e só se dedica aos negóciosda propriedade e do gozo da condição de senhorio. A mulher gerenciava os serviços domésticos realizados pela escravas e mucamas. A imagem social da mulher era toda entorno das concepções religiosas, que pregam uma conduta conservadora, da mulher casta que se prepara para casar, 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 26 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. cuidar do marido e das crianças. Esta perspectiva sobre a mulher foi dominante até o início do século XX quando começaram as principais transformações sociais que levaram a uma mudança nos padrões de comportamento, e o início da libertação feminina da dominação masculina. Até a década de 50, os padrões de comportamento machista são muito presentes. Agora veja, sociedade patriarcal é a que se centra na figura do senhor. Machismo é um enaltecimento do homem e uma diminuição do papel feminino. A mulher sempre era retratada como do lar e a única responsável pelos trabalhos domésticos. 6. A CONQUISTA DO DIREITO DE VOTO DAS MULHERES. O direito de voto feminino veio após mais de 22 anos de luta do partido republicano feminino, fundado em 1910. Em 1932 foi assinado pelo presidente um decreto que dava direito de voto, e de serem votadas. A constituição de 1934, de Getúlio Vargas, que previa o voto secreto e o voto feminino foi um grande avanço político e 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 27 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. social, e foi uma conquista, não um benefício concedido às mulheres. Claro que conquistar o eleitorado feminino seria certeza de manutenção no poder, pois uma grande quantidade de novas eleitoras surgiu, mas antes de tudo, várias amostras importantes de atuação política feminina, como a participação ativa em várias mobilizações femininas, mesmo que fossem tímidas associações de mulheres que apoiavam alguma causa, até mesmo na revolução constitucionalista de 32 (em que os paulistas declararam guerra ao Brasil tentando derrubar Vargas). O Brasil foi um dos pioneiros no mundo a permitir o voto feminino. A França, berço da democracia, só foi ampliar o direito de voto das mulheres após a segunda guerra mundial. 7. A INDUSTRIALIZAÇÃO, URBANIZAÇÃO E A ENTRADA DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO. O movimento feminista teve destacada importância em todas as conquistas das mulheres no Brasil, que não vieram de mãos beijadas. O elemento que mais contribuiu para emancipação feminina foi a entrada da mulher no mercado de trabalho e a conquista de independência financeira. Consequências da entrada da mulher no mercado de trabalho. Î Queda da fecundidade (casais com menos filhos). 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 28 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Î Queda filhos por mulher (casamentos tardios e custo de criação). Î Casamentos tardios. Î Mudança do perfil da família. Î Cada vez mais há mulheres em postos de poder (mas ainda persistem as profundas desigualdades sociais). Porque a longevidade feminina é maior? Por razões culturais da mulher ter mais cuidados com a saúde, e que entre os adolescentes a violência provoca uma maior mortalidade masculina, mantendo a vantagem numérica feminina até a idade idosa. O Brasil além de estar em processo de envelhecimento, podemos observar um processo de feminização da população, principalmente em idades mais avançadas. Apesar de todas as mudanças social, culturais, econômicas, políticas, dos meios de comunicação e de valores ocorridas no século XX, a discriminação e a violência contra a mulher são fatos comuns na sociedade atual. O movimento feminista desde o início do século XX se mobiliza e luta para vencer preconceitos e discriminação. Os movimentos feministas ou femininos espalhados pelo mundo questionam o papel tradicional atribuído às mulheres, sua discriminação profissional no trabalho e no salário, a violência a que estão sujeitas, e reivindicam maior participação delas nos sindicatos, nas entidades patronais e nos processos políticos nacionais e mundiais. É cada vez maior a luta feminina para romper os obstáculos culturais que as impedem de ter igualdade de direitos em relação aos homens. As pesquisas em Geografia de Gênero ganham cada vez mais espaço. De acordo com a geógrafa Mônica Colombara: ³A Geografia como ciência social, não pode ficar alheira à problemática feminista, cuja manifestação é palpável não só nas relações sociais, como também nas espaciais, ou seja, essas relações 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 29 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. têm um cunho especial. A geografia feminista interessa-se pelo estudo das desigualdades sócio-espaço-ambientais derivadas dos diferentes papéis reservados pela sociedade a homens e mulheres. Ignorar essas desigualdades na análise pode trazer os mesmos riscos que ignorar as diferenças de classes ou de raças, já que as relações de gênero e as relações de poder entre homens e mulheres estão imersas em todas as manifestações da sociedade´ De acordo com Melhen Adas, os movimentos feministas possuem várias orientações: vão desde aqueles que assumem posições radicais em contraposição aos homens até aqueles, como o defendido pela norte-americana Betty Friedan, responsável pelo ressurgimento do feminismo no início da década de 1960, que propõem uma aliança política entre homens e mulheres para se obter a igualdade entre os gêneros. Afinal, ambos são explorados e oprimidos pelos sistemas socioeconômicos que se desenvolveram ao longo da história. A participação da mulher na luta pela redemocratização do país foi importante nas décadas de 1960, 1970 e 1980. Foram criados o movimento feminista pela Anistia e o Centro da Mulher Brasileira, além de jornais específicos sobre a luta das mulheres como o Brasil Mulher e o Nós mulheres, entre outras iniciativas. Durante a redemocratização na década de 80, surgiram várias ONGs feministas, que passaram a ter uma participação importante na vida social e política nacional. Em 1985 um passo importante foi dado em âmbito governamental com a criação do Conselho Nacional da Condição Feminina, diretamente ligado ao ministério da Justiça. x A persistência da violência contra a mulher. x Lei Maria da Penha: Leis protetivas. x A cultura do estupro, objetificação da mulher. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 30 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Pessoal, como vocês devem ter percebido ao adquirir o curso, ele é vendido de várias maneiras, sendo elas: individualmente, em pacote de ciências humanas e em pacote completo para o curso. A maioria deve ter adquirido o pacote completo para uma preparação mais ampla, porém, alguns alunos adquiriram somente a matéria de geografia separadamente, e esses alunos não têm acesso as outras matérias, como sociologia. Na aula do trabalho no Brasil, falamos sobre a formação brasileira em relação ao trabalho e citamos a influência do preconceito racial na construção de nossa sociedade, então esse tema está sendo repetido para quem teve acesso às aulas de sociologia, porém,quem não teve acesso não estudou essa parte. Por isso estou repetindo ela aqui. Caso estejam seguros com essa parte da matéria, basta pular e seguirem para os exercícios. Para aqueles que desejarem dar uma revisada, melhor ainda, mais estudo e mais disciplina. E para os que não tiveram acesso a matéria, desejo bons estudos e espero que o resultado seja positivo, e a aula bem aproveitada. É isso pessoal, espero a compreensão de vocês. Bons estudos. 8. HERANÇAS DA ESCRAVIDÃO NA CULTURA E SOCIEDADE. De acordo com Gilberto Freyre, o Brasil é a síntese cultural do Europeu, Africano e indígena. Do europeu herdamos a forma de organização do Estado, Religião, modo de produção. Aos indígenas devemos grandes contribuições linguísticas, alimentares (a mandioca) e o hábito de banho diário. Ao africano devemos nossas raízes culturais mais profundas. A influência não somente no vocabulário, mas também do jeito de falar, a doçura das palavras e o amolecimento dos termos. Nossos ritmos são muito influenciados (samba e percussões regionais), nossa alimentação (feijoada, 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 31 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. acarajé), e o jeito de ser do brasileiro, bastante alegre, receptivo e emotivo. Podemos considerar estas heranças como positivas, mas há as marcas negativas e deletérias deixadas pela escravidão. Talvez a mais evidente seja o racismo. Devemos destacar também a dificuldade de desenvolver a cidadania para muitos afrodescendentes, que após a abolição da escravidão foram abandonados e amontoados em cortiços urbanos ou nas periferias, e numa ordem capitalista competitiva em que estavam inseridos. Vão passar por muitos rigores e desvantagens em um país, principalmente naquela época muito racista, e vão ter muita dificuldade de superar estes obstáculos impostos e desenvolver sua cidadania plena, tendo acesso ao ensino superior, trabalho digno e moradia. Podemos citar também a sexualização do negro, e suas descrições na literatura como exótico. Outra marca bastante profunda é ligada a forma como o trabalho é visto pelas pessoas. A cultura brasileira se formou sob uma situação em que todo o trabalho braçal era realizado por escravos e foi inevitável que desenvolvessem as elites e uma cultura social nacional de aversão a trabalhos manuais. Isso ocorre devido a muito tempo estas atividades serem feitas por escravos, daí a associação. O Racismo no mundo e no Brasil: Racismo é um tipo de preconceito ligado a raça. Preconceito é algo mais amplo e pode se manifestar contra grupos variados como estrangeiros (xenofobia) e homossexuais (homofobia). Mas ao falarmos de racismo chegamos a um problema: 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 32 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. raça não existe. Ao compararmos os genomas de dois africanos com o de dois alemães não são encontradas diferenças substantivas para fazermos subclassificações entre os humanos. O conceito que usamos hoje para designar semelhanças físicas e culturais é etnia. Durante muito tempo a ideia de raça era aceita e muitas decisões políticas e medidas públicas foram tomadas tendo o pensamento racista como referência, principalmente entre os intelectuais brasileiros na década de 20 e 30, como Oliveira Viana. Entre os intelectuais, a partir da SXEOLFDomR� HP� ����� GR� OLYUR� ³&DVD� *UDQGH� H� 6HQ]DOD´� GR� pernambucano Gilberto Freyre. Este livro inaugurou uma ideia nova no ambiente intelectual brasileiro: quebrava com as ideias do pensamento racista que viam pouca influência do negro no Brasil e viam a miscigenação como algo negativo. Inaugurava-se a ideologia, ou mito da Democracia racial proposta por Freyre. Seu mérito é quebrar com uma corrente de pensamento racista, atribuir virtudes a miscigenação, e uma influência profunda do negro em nossa sociedade. Muitos alegam que Gilberto Freyre tenha visto no Brasil uma democracia racial, pois em outras partes do mundo, como os EUA, país em que Freyre realizou seus estudos, o racismo tornou-se lei, impondo a segregação racial entre Brancos e Negros. Os dois casos mais exemplares de racismo são justamente o praticado nos EUA até o final da década de 60 e na África do Sul que aboliu o Apartheid (leis de segregação racial) em 1991. Tanto num caso quanto no outro ocorreu uma longa luta dos movimentos sociais e partidos políticos em busca da aprovação das leis que garantiam direitos civis aos negros. O líder do movimento pelos direitos civis nos EUA foi Martin Luther King Jr. e o líder do movimento antiapartheid foi Nelson Mandela, falecido recentemente, em dezembro de 2013. Ambos os líderes foram influenciados em algum momento de suas carreiras de luta política pelas ideias de Mohandas Gandhi. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 33 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. ] O Brasil e as ações afirmativas: A política de Cotas e o Estatuto da igualdade racial: Ao chegarmos ao século XXI observamos um quadro estatístico que vem se revertendo aos poucos: os índices socioeconômicos da população autodeclarada negra no Brasil são substancialmente piores que os índices dos autodeclarados brancos. O índice de analfabetismo é mais alto, a mortalidade infantil e a expectativa de vida mais baixa. Salários mais baixos e em profissões menos prestigiadas. Esta desigualdade nos índices é proveniente de condições históricas desiguais que foram perpetuadas pelo pensamento racista e das desiguais condições de competição a que as pessoas estavam submetidas no início da república. Na expectativa de reverter este quadro, surgiram propostas de intervenção nesta realidade através de políticas estatais (praticadas pelo Estado), as ações afirmativas: políticas públicas destinadas a corrigir distorções históricas como esta que foi descrita. A ideia foi implantada primeiro nos EUA, onde o racismo tomou proporções assustadoras. Entre as políticas de ação afirmativa estão as cotas raciais para universidades e concursos. Também há uma cota em propagandas públicas e a obrigatoriedade do ensino da cultura negra e História africana. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 34 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Fonte: Revista Veja - Racismo e futebol: A banana espanhola de Daniel Alves. O IBGE usa a definição cor e raça. É importante salientar que raça não existe entre os homens. Não há diferenças substanciais que permitam afirmarmos existir alguma distinção, como se afirmava no século XIX, época do Darwinismo social, que dividia as populações em raças, umas superiores outras inferiores. O projeto Genoma mostrou que é possível que um africano e um alemão sejam mais semelhantes geneticamente entre si, que entre um outro africano, e 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 35 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. vice e versa. O melhor conceito a ser usado é o de etnia (semelhanças físicas e culturais). Nos CENSOS realizados pelo IBGE o critério é a auto declaração. Então os resultados quanto a cor, são com base na identificaçãoda pessoa. É negro quem se declara negro, é branco quem se declara branco. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 36 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. 9. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS. 1. As sociedades modernas necessitam cada vez mais de energia. Para entender melhor a relação entre desenvolvimento e consumo de energia, procurou-se relacionar o índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de vários países com o consumo de energia nesses países. O IDH é um indicador social que considera a longevidade, o grau de escolaridade, o PIB (Produto Interno Bruto) "per capita" e o poder de compra da população. Sua variação é de 0 a 1. Valores do IDH próximos de 1 indicam melhores condições de vida. Tentando-se estabelecer uma relação entre o IDH e o consumo de energia "per capita" nos diversos países, no biênio 1991-1992, obteve-se o gráfico a seguir, onde cada ponto isolado representa um país, e a linha cheia, uma curva de aproximação. Fonte: GOLDEMBERG, J. Energia, meio ambiente e desenvolvimento. São Paulo: Edusp, 1998. Com base no gráfico, é correto afirmar que: a) quanto maior o consumo de energia "per capita", menor é o IDH. b) os países onde o consumo de energia "per capita" é menor que 1 TEP não apresentam bons índices de desenvolvimento humano. c) existem países com IDH entre 0,1 e 0,3 com consumo de energia "per capita" superior a 8 TEP. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 37 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. d) existem países com consumo de energia "per capita" de 1 TEP e de 5 TEP que apresentam aproximadamente o mesmo IDH, cerca de 0,7. e) os países com altos valores de IDH apresentam um grande consumo de energia "per capita" (acima de 7 TEP). Resposta: [D] O consumo energético é um dos indicadores do estágio econômico de um país. A composição da classificação de um país leva em conta outros indicadores. O Brasil, por exemplo, consome muita energia comparativamente, porém, é um país caracterizado pela injustiça social. Os valores totais de consumo de um país pequeno, como a Holanda, serão menores em relação a grandes nações territoriais, como os Estados Unidos, porém, possuem alto IDH. A alternativa [A] é falsa: quanto maior o consumo de energia, maior é o IDH; A alternativa [B] é falsa: vários países com consumo energético (total) baixo possuem alto IDH; A alternativa [C] é falsa: na tabela não existem países com esse perfil. Estão todos abaixo de 1 TEP; A alternativa [E] é falsa, existem países com alto IDH que consomem menos de 7 TEP. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 38 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. 2. Cada uma das personagens adota uma forma diferente de designar RV�SDtVHV�³QmR�GHVHQYROYLGRV´��SRUpP��DWXDOPHQWH�WHP-se adotado a WHUPLQRORJLD�³SDtVHV�HP�GHVHQYROYLPHQWR´�SRUTXH�� a) representa melhor a ausência de desigualdades econômicas que se observa hoje entre essas nações. b) facilita as relações comerciais no mercado globalizado, ao aproximar países mais e menos desenvolvidos. c) indica que os países estão em processo de desenvolvimento, UHGX]LQGR�R�HVWLJPD�LQHUHQWH�DR�WHUPR�³VXEGHVHQYROYLGRV´��� d) demonstra o crescimento econômico desses países, que vem sendo maior ao longo dos anos, erradicando as desigualdades. e) reafirma que durante a Guerra Fria os países que eram subdesenvolvidos alcançaram estágios avançados de desenvolvimento. Resposta: [C] A dissolução do sistema internacional da guerra fria e a emergência de uma nova ordem mundial a partir da década de 1990 altera a divisão internacional do trabalho, possibilitando que os países do Sul subdesenvolvido ampliem sua participação na economia mundial. Nesse contexto e como 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 39 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. afirmado corretamente na alternativa [C], países subdesenvolvidos que apresentavam melhor alinhamento tecnológico apresentam crescimento de suas economias permitindo maior desenvolvimento. Estão incorretas as alternativas: [A], porque embora a denominação tenha se alterado, esses países ainda apresentam forte desigualdade social, a exemplo do Brasil; [B], porque a alteração da terminologia é consequência e não causa da aproximação comercial com os países desenvolvidos; [D], porque embora tenha havido crescimento econômico, não ocorreu erradicação das desigualdades; [E], porque embora tenha havido maior participação na economia mundial, esses países ainda permanecem como subdesenvolvidos. 3. Por volta de 1880, com o progresso de uma economia primária e de exportação, consolidou-se em quase toda a América Latina um novo pacto colonial que substituiu aquele imposto por Espanha e Portugal. No mesmo momento em que se afirmou o novo pacto colonial começou a se modificar em sentido favorável à metrópole. A crescente complexidade das atividades ligadas aos transportes e às trocas comerciais multiplicou a presença dessas economias metropolitanas em toda a área da América Latina: as ferrovias, as instalações frigoríficas, os silos e as usinas, em proporções diversas conforme a região, tornaram-se ilhas econômicas estrangeiras em zonas periféricas. DONGHI, T. H. História da América Latina. 2ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005 (adaptado). 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 40 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. De acordo com o texto, o pacto colonial imposto por Espanha e Portugal a quase toda a América Latina foi substituído em função a) das ilhas de desenvolvimento instaladas nas periferias das grandes cidades. b) da restauração, por volta de 1880, do pacto colonial entre a América Latina e as antigas metrópoles. c) do domínio, em novos termos, do capital estrangeiro sobre a economia periférica, a América Latina. d) das ferrovias, frigoríficos, silos e usinas instaladas em benefício do desenvolvimento integrado e homogêneo da América Latina. e) do comércio e da implantação de redes de transporte, que são instrumentos de fortalecimento do capital nacional frente ao estrangeiro. Resposta: [C] A América Latina passa a executar seu papel de fornecedora de matérias primas na Divisão Internacional do Trabalho para atender a demanda do capital das economias centrais da Europa Setentrional recebendo setores de produção em busca de custos mais baixos, que parecem ilhas de excelência de produção me áreas de economia primária. A alternativa [A] é falsa, as áreas de desenvolvimento situam-se nas grandes cidades. A alternativa [B] é falsa, houve reestruturação do pacto colonial em 1880 com as novas metrópoles. A alternativa [D] é falsa, a infraestrutura tinha por tarefa atender ao capital externo apenas. A alternativa [E] é falsa, as redes de transportefortalecem o capital externo. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 41 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. 4. Entre as promessas contidas na ideologia do processo de globalização da economia estava a dispersão da produção do conhecimento na esfera global, expectativa que não se vem concretizando. Nesse cenário, os tecnopolos aparecem como um centro de pesquisa e desenvolvimento de alta tecnologia que conta com mão de obra altamente qualificada. Os impactos desse processo na inserção dos países na economia global deram--se de forma hierarquizada e assimétrica. Mesmo no grupo em que se engendrou a reestruturação produtiva, houve difusão desigual da mudança de paradigma tecnológico e organizacional. O peso da assimetria projetou- se mais fortemente entre os países mais desenvolvidos e aqueles em desenvolvimento. BARROS, F. A. F. Concentração técnico-científica: uma tendência em expansão no mundo contemporâneo? Campinas: Inovação Uniemp, v. 3, nº 1, jan./fev. 2007 (adaptado). Diante das transformações ocorridas, é reconhecido que a) a inovação tecnológica tem alcançado a cidade e o campo, incorporando a agricultura, a indústria e os serviços, com maior destaque nos países desenvolvidos. b) os fluxos de informações, capitais, mercadorias e pessoas têm desacelerado, obedecendo ao novo modelo fundamentado em capacidade tecnológica. c) as novas tecnologias se difundem com equidade no espaço geográfico e entre as populações que as incorporam em seu dia. d) os tecnopolos, em tempos de globalização, ocupam os antigos centros de industrialização, concentrados em alguns países emergentes. e) o crescimento econômico dos países em desenvolvimento, decorrente da dispersão da produção do conhecimento na esfera global, equipara-se ao dos países desenvolvidos. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 42 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Resposta: [A] O período após a Segunda Guerra Mundial mostrou um avanço firme das democracias, da urbanização e da industrialização. Acontece que o processo não se deu de forma regular ou homogênea. Os que se industrializaram ao longo da década de 1950 em diante são conhecidos como países de industrialização tardia que mostram algum nível de dependência seja tecnológica ou econômica e acabam mostrando deficits sociais e de desenvolvimento e pesquisa, em assimetria com relação aos países mais adiantados. A alternativa [B] é falsa, os fluxos de capital, mercadorias e pessoal encontra-se em expansão. A alternativa [C] é falsa, a difusão tecnológica é iníqua. A alternativa [D] é falsa, os tecnopolos são caracterizados por autonomia locacional em relação à área industriais tradicionais. A alternativa [E] é falsa, o crescimento econômico dos países em desenvolvimento ainda não está equiparado aos países desenvolvidos. 5. Com a perspectiva do desaparecimento das geleiras no Polo Norte, grandes reservas de petróleo e minérios, hoje inacessíveis, poderão ser exploradas. E já atiçam a cobiça das potências. KOPP, D. Guerra Fria sobre o Ártico. Le monde diplomatique Brasil. Setembro, n. 2, 2007 (adaptado). 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 43 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. No cenário de que trata o texto, a exploração de jazidas de petróleo, bem como de minérios ± diamante, ouro, prata, cobre, chumbo, zinco ± torna-se atraente não só em função de seu formidável potencial, mas também por a) situar-se em uma zona geopolítica mais estável que o Oriente Médio. b) possibilitar o povoamento de uma região pouco habitada, além de promover seu desenvolvimento econômico. c) garantir, aos países em desenvolvimento, acesso a matérias- primas e energia, necessárias ao crescimento econômico. d) contribuir para a redução da poluição em áreas ambientalmente já degradadas devido ao grande volume da produção industrial, como ocorreu na Europa. e) promover a participação dos combustíveis fósseis na matriz energética mundial, dominada, majoritariamente, pelas fontes renováveis, de maior custo. Resposta: [A] O segundo choque do petróleo no final dos anos 1970 provocou uma corrida mundial em busca de novas fontes de petróleo. A quase totalidade, incluindo áreas subpolares, fora do Oriente Médio como alternativa às questões geopolíticas regionais. A alternativa [B] é falsa, é quase impossível sua ocupação populacional em função de seus rigores climáticos. A alternativa [C] é falsa, não há garantias de que isso possa acontecer, pois os recursos energéticos como qualquer outro tipo de commmodity é um produto de mercado. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 44 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. A alternativa [D] é falsa, é pouco provável que as áreas subpolares sejam fortemente industrializadas. A alternativa [E] é falsa, os combustíveis alternativos crescem em demanda e projeção para substituir os combustíveis fósseis, mais poluentes. 6. No presente, observa-se crescente atenção aos efeitos da atividade humana, em diferentes áreas, sobre o meio ambiente, sendo constante, nos fóruns internacionais e nas instâncias nacionais, a referência à sustentabilidade como princípio orientador de ações e propostas que deles emanam. A sustentabilidade explica-se pela a) incapacidade de se manter uma atividade econômica ao longo do tempo sem causar danos ao meio ambiente. b) incompatibilidade entre crescimento econômico acelerado e preservação de recursos naturais e de fontes não renováveis de energia. c) interação de todas as dimensões do bem-estar humano com o crescimento econômico, sem a preocupação com a conservação dos recursos naturais que estivera presente desde a Antiguidade. d) proteção da biodiversidade em face das ameaças de destruição que sofrem as florestas tropicais devido ao avanço de atividades como a mineração, a monocultura, o tráfico de madeira e de espécies selvagens. e) necessidade de se satisfazer as demandas atuais colocadas pelo desenvolvimento sem comprometer a capacidade de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades nos campos econômico, social e ambiental. Resposta: [E] 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 45 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. O desenvolvimento sustentável é uma forma de promover o atendimento das demandas atuais de modo racional e equilibrado de maneira a não comprometer as gerações futuras quanto a suas necessidades econômicas sociais e ambientais. A alternativa [A] é falsa, o desenvolvimento sustentável deve ser capaz de manter atividades econômicas sem causar danos ao meio ambiente. A alternativa [B] é falsa, na sustentabilidade o desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente devem ser compatíveis. A alternativa [C] é falsa, a sustentabilidade deve preservar os recursos naturais em qualquer tempo. A alternativa [D] é falsa, a sustentabilidade não se limita a preservação de biomas,mas é uma nova forma de pensamento e ação. 7. Quanto mais desenvolvida é uma nação, mais lixo cada um de seus habitantes produz. Além de o progresso elevar o volume de lixo, ele também modifica a qualidade do material despejado. Quando a sociedade progride, ela troca a televisão, o computador, compra mais brinquedos e aparelhos eletrônicos. Calcula-se que 700 milhões de aparelhos celulares já foram jogados fora em todo o mundo. O novo lixo contém mais mercúrio, chumbo, alumínio e bário. Abandonado nos lixões, esse material se deteriora e vaza. As substâncias liberadas infiltram-se no solo e podem chegar aos lençóis freáticos ou a rios próximos, espalhando-se pela água. "Anuário Gestão Ambiental" 2007, p. 47-8 (com adaptações). A respeito da produção de lixo e de sua relação com o ambiente, é correto afirmar que 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 46 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. a) as substâncias químicas encontradas no lixo levam, frequentemente, ao aumento da diversidade de espécies e, portanto, ao aumento da produtividade agrícola do solo. b) o tipo e a quantidade de lixo produzido pela sociedade independem de políticas de educação que proponham mudanças no padrão de consumo. c) a produção de lixo é inversamente proporcional ao nível de desenvolvimento econômico das sociedades. d) o desenvolvimento sustentável requer controle e monitoramento dos efeitos do lixo sobre espécies existentes em cursos d'água, solo e vegetação. e) o desenvolvimento tecnológico tem elevado a criação de produtos descartáveis, o que evita a geração de lixo e resíduos químicos. Resposta: [D] O desenvolvimento tecnológico de um país capitalista implica em uma sociedade de consumo, capaz de gerar lixo em grandes quantidades e ampla diversidade. Com a popularização de produtos domésticos eletrônicos é cada vez maior a geração de lixo tecnológico (baterias, pilhas, microprocessadores, entre outros) capazes de comprometer o meio ambiente nos recursos hídricos, no solo e no ar, principalmente nos países subdesenvolvidos, cada vez mais capazes de adquirir esses produtos. São aspectos que comprometem o desenvolvimento sustentável, em geral, e nos países mais pobres, em especial, devido a sua baixa capacidade de implantar e fiscalizar políticas sustentáveis de meio ambiente. 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 47 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. A alternativa A é falsa: as substâncias químicas, incorretamente manuseadas e depositadas na natureza, revelam natureza tóxica, capaz de contaminar o solo; Em B, as políticas públicas educacionais são fundamentais na tarefa de incentivar o desenvolvimento sustentável; Na alternativa C, a produção de lixo é diretamente proporcional ao nível de desenvolvimento econômico das sociedades; Em E, o aumento dos produtos descartáveis, ao contrário do que diz a alternativa, incrementa a geração de lixo e resíduos. 8. O Protocolo de Kyoto - uma convenção das Nações Unidas que é marco sobre mudanças climáticas, - estabelece que os países mais industrializados devem reduzir até 2012 a emissão dos gases causadores do efeito estufa em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990. Essa meta estabelece valores superiores ao exigido para países em desenvolvimento. Até 2001, mais de 120 países, incluindo nações industrializadas da Europa e da Ásia, já haviam ratificado o protocolo. No entanto, nos EUA, o presidente George W. Bush anunciou que o país não ratificaria "Kyoto", com os argumentos de que os custos prejudicariam a economia americana e que o acordo era pouco rigoroso com os países em desenvolvimento. Adaptado do Jornal do Brasil, 11/04/2001. Na tabela encontram-se dados sobre a emissão de CO2. Países Emissões de CO2 desde 1950 (bilhões de Emissões anuais de CO2 per capita 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 48 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. toneladas) Estados Unidos 186,1 16 a 36 União Europeia 127,8 7 a 16 Rússia 68,4 7 a 16 China 57,6 2,5 a 7 Japão 31,2 7 a 16 Índia 15,5 0,8 a 2,5 Polônia 14,4 7 a 16 África do Sul 8,5 7 a 16 México 7,8 2,5 a 7 Brasil 6,6 0,8 a 2,5 Word Resources 2000/2001. Considerando os dados da tabela, assinale a alternativa que representa um argumento que se contrapõe à justificativa dos EUA de que o acordo de Kyoto foi pouco rigoroso com países em desenvolvimento. a) A emissão acumulada da União Europeia está próxima à dos EUA. b) Nos países em desenvolvimento as emissões são equivalentes às dos EUA. c) A emissão per capita da Rússia assemelha-se à da União Europeia. d) As emissões de CO2 nos países em desenvolvimento citados são muito baixas. e) A África do Sul apresenta uma emissão anual per capita relativamente alta. Resposta: [D] 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 49 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. Segundo vários cientistas e centros de pesquisa, o mundo corre contra o relógio na tentativa de diminuir emissões de gás carbônico, visto que podem aumentar as temperaturas médias do planeta capazes de promover mudanças climáticas catastróficas. A alternativa [A] é falsa: EUA e União Europeia são localidades desenvolvidas; A alternativa [B] é falsa: as emissões são inferiores às dos EUA; A alternativa [C] é falsa: a emissão da Rússia é inferior (metade) da União Europeia; A alternativa [E] é falsa: não se relaciona ao fato de que os EUA acham que o protocolo foi pouco rigoroso com os países emergentes. 9. (G1 - cftmg 2016) Observe o mapa a seguir: São características das regiões cartografadas, EXCETO: 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 50 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. a) predomínio de baixos Índices de Desenvolvimento Humano Municipal. b) concentração de habitantes em áreas de vulnerabilidade social. c) carência de investimentos infraestruturais. d) limite espacial com as cidades globais. Resposta: [D] O mapa corresponde aos bolsões de pobreza no Brasil com IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) mais baixo. Áreas com maior ocorrência de subnutrição, problemas educacionais e infraestrutura mais precária. Todas estas áreas não fazem limite com as cidades globais brasileiras como São Paulo e Rio de Janeiro. 10. Normalidade II ± Quino 05031995670 - Tatiana Ferreira Ruas Distribuição de renda, mundo de trabalho, gênero e etnia. Prof. Sérgio Henrique. Página 51 de 177 WWW.ESTRATEGIACONCURSOS.COM.BR | Prof. Sérgio Henrique. ³(X�QmR�YRX�PDLV�SUHFLVDU�GH�PXLWD� IRUoD��YRX�XVDU� WRGDV�DV�TXH� WHQKR� DJRUD´� ± ele pensou. E ele se lembrou das moscas que rebentam suas perninhas ao tentarem escapar do mata-moscas. KAFKA, Franz. O processo. Porto Alegre: L & PM Pocket, 2007. p. 258. (Fragmento). O Controle Social pode ser tomado como um conjunto de penalidades e
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