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 Prisão Temporária II
DIREITO PROCESSUAL PENAL
PRISÃO TEMPORÁRIA II
PRISÃO PREVENTIVA
CPP
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva 
decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do 
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
• Durante o processo, o juiz poderá decretar: de ofício, a requerimento ou por repre-
sentação. Dessa forma, o juiz não pode decretar a prisão preventiva de ofício na fase 
do inquérito. Isso ocorre porque, durante o inquérito policial, como ainda não há ação 
penal, o juiz ainda não tem contato com os fatos.
• Em alguns lugares, o inquérito policial nem tramita perante o juiz, ocorrendo a chamada 
tramitação direta do inquérito policial entre a polícia e o MP.
• Todavia, apesar de todas essas possibilidades, apenas o juiz tem poder de decretar a 
prisão preventiva.
• O juiz pode decretar a prisão preventiva de ofício apenas no curso da ação penal.
• A prisão preventiva é cabível durante a investigação ou processo, já a temporária, 
apenas no inquérito.
*GOP (GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA) – RISCO DE REITERAÇÃO DELITIVA
CPP
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem eco-
nômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando 
houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de 
qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4º)
GOE (GARANTIA DA ORDEM ECONÔMICA)
CIC (conveniência da instrução criminal) – ameaça a testemunhas, destruição de provas etc.
ALP – RISCO DE FUGA
Caso o réu apresente possíveis provas concretas indicando uma fuga (compra de passa-
gens, emissão de passaporte etc), haverá uma autorização, mediante análise prévia do juiz, 
para a prisão preventiva.
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 Prisão Temporária II
DIREITO PROCESSUAL PENAL
• Cabimento:
 – Crimes dolosos punidos com PPL (pena privativa de liberdade) superior a 4 anos.
 – Réu condenado por crime doloso com sentença transitada em julgado.
 – Crime envolver violência doméstica e familiar, para garantir a eficácia das medidas 
protetivas de urgência.
CPP
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva:
I – nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos;
II – se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado 
o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Có-
digo Penal;
III – se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, 
enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência;
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identida-
de civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o 
preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese reco-
mendar a manutenção da medida.
As duas situações apresentadas pelo parágrafo único do art. 313 também estão presentes na Lei n. 
7.960, mas são apenas cabíveis dentro do rol do inciso III e durante o inquérito policial. 
DIRETO DO CONCURSO
1. (FGV/2018/TJ-SC/TÉCNICO JUDICIÁRIO) O princípio da presunção de inocência estabe-
lece que ninguém pode ser considerado culpado antes do trânsito em julgado da sentença 
condenatória. Em consequência, a manutenção da prisão após o flagrante somente se 
justifica em situações excepcionais. Sobre o tema, é correto afirmar que:
a. o Código não admite a decretação de prisão preventiva quando ao crime doloso impu-
tado for cominada pena inferior a 4 anos, ainda que o agente seja reincidente na prática 
de crime da mesma natureza;
b. o flagrante é válido quando o agente, apesar de não ser preso cometendo a infração ou 
quando acaba de cometê-la, é encontrado, logo depois, com objeto que faça presumir 
ser o autor da infração;.
c. a prisão em flagrante somente poderá ser realizada por agente público no exercício de 
função, sob pena de ilegalidade;
d. o descumprimento de medida protetiva de urgência não é fundamento idôneo para jus-
tificar eventual decretação da prisão preventiva;
e. as medidas cautelares alternativas não podem ser decretadas de ofício no curso da 
ação penal.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
COMENTÁRIO
�Ob..:� toda vez que houver uma afirmação antes do enunciado de uma questão, essa afirma-
ção será um dado e não parte da questão que deve ser questionada. No caso da afir-
mação da questão acima, trata-se do direito constitucional fundamental da liberdade e 
a possibilidade de sua eventual restrição por meio de medidas cautelares.
a) O art. 313, II, CPP autoriza a prisão preventiva do agente em casos de reincidência criminal.
b) Art. 302, IV: flagrante presumido.
c) A prisão em flagrante também pode ser realizada facultativamente por qualquer do 
povo – flagrante facultativo.
d) O descumprimento de medida protetiva é sim fundamento idôneo para justificar eventual 
decretação da prisão preventiva.
e) É exatamente no curso da ação penal que as medidas cautelares podem ser decretadas 
de ofício.
GABARITO
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���������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Geilza Diniz. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura 
exclusiva deste material.

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