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1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Prisão Temporária II DIREITO PROCESSUAL PENAL PRISÃO TEMPORÁRIA II PRISÃO PREVENTIVA CPP Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. • Durante o processo, o juiz poderá decretar: de ofício, a requerimento ou por repre- sentação. Dessa forma, o juiz não pode decretar a prisão preventiva de ofício na fase do inquérito. Isso ocorre porque, durante o inquérito policial, como ainda não há ação penal, o juiz ainda não tem contato com os fatos. • Em alguns lugares, o inquérito policial nem tramita perante o juiz, ocorrendo a chamada tramitação direta do inquérito policial entre a polícia e o MP. • Todavia, apesar de todas essas possibilidades, apenas o juiz tem poder de decretar a prisão preventiva. • O juiz pode decretar a prisão preventiva de ofício apenas no curso da ação penal. • A prisão preventiva é cabível durante a investigação ou processo, já a temporária, apenas no inquérito. *GOP (GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA) – RISCO DE REITERAÇÃO DELITIVA CPP Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem eco- nômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4º) GOE (GARANTIA DA ORDEM ECONÔMICA) CIC (conveniência da instrução criminal) – ameaça a testemunhas, destruição de provas etc. ALP – RISCO DE FUGA Caso o réu apresente possíveis provas concretas indicando uma fuga (compra de passa- gens, emissão de passaporte etc), haverá uma autorização, mediante análise prévia do juiz, para a prisão preventiva. 5m 10m 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ ES Prisão Temporária II DIREITO PROCESSUAL PENAL • Cabimento: – Crimes dolosos punidos com PPL (pena privativa de liberdade) superior a 4 anos. – Réu condenado por crime doloso com sentença transitada em julgado. – Crime envolver violência doméstica e familiar, para garantir a eficácia das medidas protetivas de urgência. CPP Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: I – nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; II – se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Có- digo Penal; III – se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identida- de civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese reco- mendar a manutenção da medida. As duas situações apresentadas pelo parágrafo único do art. 313 também estão presentes na Lei n. 7.960, mas são apenas cabíveis dentro do rol do inciso III e durante o inquérito policial. DIRETO DO CONCURSO 1. (FGV/2018/TJ-SC/TÉCNICO JUDICIÁRIO) O princípio da presunção de inocência estabe- lece que ninguém pode ser considerado culpado antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. Em consequência, a manutenção da prisão após o flagrante somente se justifica em situações excepcionais. Sobre o tema, é correto afirmar que: a. o Código não admite a decretação de prisão preventiva quando ao crime doloso impu- tado for cominada pena inferior a 4 anos, ainda que o agente seja reincidente na prática de crime da mesma natureza; b. o flagrante é válido quando o agente, apesar de não ser preso cometendo a infração ou quando acaba de cometê-la, é encontrado, logo depois, com objeto que faça presumir ser o autor da infração;. c. a prisão em flagrante somente poderá ser realizada por agente público no exercício de função, sob pena de ilegalidade; d. o descumprimento de medida protetiva de urgência não é fundamento idôneo para jus- tificar eventual decretação da prisão preventiva; e. as medidas cautelares alternativas não podem ser decretadas de ofício no curso da ação penal. 15m 20m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ ES Prisão Temporária II DIREITO PROCESSUAL PENAL COMENTÁRIO �Ob..:� toda vez que houver uma afirmação antes do enunciado de uma questão, essa afirma- ção será um dado e não parte da questão que deve ser questionada. No caso da afir- mação da questão acima, trata-se do direito constitucional fundamental da liberdade e a possibilidade de sua eventual restrição por meio de medidas cautelares. a) O art. 313, II, CPP autoriza a prisão preventiva do agente em casos de reincidência criminal. b) Art. 302, IV: flagrante presumido. c) A prisão em flagrante também pode ser realizada facultativamente por qualquer do povo – flagrante facultativo. d) O descumprimento de medida protetiva é sim fundamento idôneo para justificar eventual decretação da prisão preventiva. e) É exatamente no curso da ação penal que as medidas cautelares podem ser decretadas de ofício. GABARITO 1. b ���������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Geilza Diniz. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclusiva deste material.
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