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AS 7 DISPENSAÇÕES E AS ALIANÇAS DE DEUS

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AS SETE DISPENSAÇÕES E AS ALIANÇAS DE DEUS 
  
                            
História Bíblica Dispensacional 
Apostila FAETEL 2000 
  
AS SETE DISPENSAÇÕES 
  
1. DISPENSAÇÃO DA INOCÊNCIA 
ALIANÇA EDÊNICA 
  
Em Gn l .28, começa a "Primeira Dispensação". Uma Dispensação é um período de tempo em que o homem é provado com respeito à sua obediência e alguma revelação específica da vontade divina. 
O homem foi colocado em um ambiente perfeito, sujeito a uma lei simples e advertido das conseqüências da desobediência. A mulher caiu pelo orgulho; o homem deliberadamente, Ef l. 10; I Tm 2.14. Deus restaurou as suas criaturas pecaminosas, mas a Dispensação da inocência terminou com o julgamento e a expulsão do casal, Gn 3.24. Nesta Dispensação o homem tinha uma perfeita comunhão com Deus, pois notamos que o Senhor andava no jardim na viração do dia, Gn 3.8.0 homem foi dotado de inteligência perfeita e capacidade para poder administrar o mundo. Foi-lhe dado o direito de dar os nomes aos animais, orientado por uma intuição dos propósitos divinos a seu respeito. 
O homem possuía por intuição, e não por um processo didático, uma perfeição física, mental e moral. A mulher foi feita não da cabeça do homem, para não governá-lo; nem de seus pés, para não ser pisoteada por ele; mas de seu lado, para ser amparada; e de perto do coração, para ser amada. 
Em Gn l .28, temos também a primeira das oito grandes Alianças da Bíblia - A Edênica, que determina a vida e a salvação do homem. 
  
Esta aliança tem seis elementos, onde o homem e a mulher haviam de: 
1. Encher a Terra de uma nova ordem - a humana; 
2. Subjugar a Terra, para o proveito humano; 
3. Ter domínio sobre a criação animal; 
4. Zelar do jardim; 
5. Comer ervas e frutas; 
6. Abster-se de comer da árvore da ciência do bem e do mal. 
A penalidade pela desobediência desta última ordenação era a morte. 
O Elemento Estranho 
Satanás, cujo único desejo era introduzir confusão no ambiente de paz. O ardil usado foi a "Dúvida" que conseguiu introduzir na mente da mulher, por meio de insinuação muito disfarçada. 
Em Gn 2.16,17: Deus disse: "... mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela mo comerás". O homem, com seu livre-arbítrio, estava sendo testado. 
  
Verifique os passos que o homem deu para sua queda: 
l°)ver; 
2°) cobiçar; 
3°) tomar; 
4°) esconder; 
5°) transmitir; 
6°) morrer. 
  
As Conseqüências da Queda do Homem 
1°) Conhecimento do mal; 
2°) A perda da comunhão com Deus; 
3°) Separou-se de Cristo; 
4°) O espírito do homem ficou em estado de morte; 
5°) A perversão da natureza moral; 
6°) Tornou-se escravo do pecado e de Satanás, e 
7°) Perdeu muito de sua inteligência (além de outros resultados 
funestos). 
As três conseqüências más sobre a mulher, uma maldição tríplice: 
1°) A concepção multiplicada; 
2°) O aumento de dores durante a maternidade, e 3°) Sujeição ao domínio do homem. 
Vedado o Caminho da Árvore da Vida, Gn 3.24. 
Foi por misericórdia que Deus expulsou Adão e Eva do Jardim e proibiu a sua aproximação da árvore da vida, pois se tivessem comido dessa árvore amargariam uma existência eterna, no triste estado em que se encontravam. Era preferível estarem sujeitos a morte física, pois a mesma serve para conduzir o homem a Cristo. 
Em Gn 3.15, encontramos a Primeira Promessa do Redentor. 
  
2. DISPENSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA, Gn 3. l 
Aliança Adâmica (Não deixe de Ver este estudo Aliança) 
  
Enquanto a Primeira Dispensação não teve uma duração muito certa, a Segunda Dispensação, de "Adão ao Dilúvio", teve uma duração de 1656 anos, ^ quando deu-se a Tentação e a queda do homem até Gn 2. 
Temos visto muitas coisas boas; porém em Gn 3, a cena muda e o mal aparece. O tentador, com o aspecto de uma serpente, tenta a mulher e ela comete o pecado da desobediência, acompanhando-a Adão. Se a serpente era simplesmente influenciada pelo maligno ou se era uma positiva materialização dele, não sabemos; 
não resta dúvida porém que Satanás foi a causa original da tentação, Ap 12.9; 20.2. Ao menos, é evidente que a serpente foi possuída por Satanás e chegou a ser identificada com ele e o mesmo falou por ela, Gn 3.1,4: "...Diz que a Serpente falou". \ 
Por que Deus fez o homem com a capacidade de pecar? Podia haver criatura moral sem capacidade de escolher? A Liberdade é um dom de Deus ao homem: liberdade de pensar, liberdade de escolher, liberdade de consciência e sendo assim, ainda usa essa liberdade para rejeitar e desobedecer a seu Deus. j 
Deus não sabia que o homem haveria de pecar? Sim. E Ele previu as terríveis conseqüências disso, e também previu seu resultado final. Sofremos e tomamos a sofrer, e indagamos sem atinarmos porque Deus fez o mundo assim, um dia, porém, depois tudo tiver chegado à plena realização, nosso sofrimento acabará } e todos enigmas se deslizarão,  
  
E assim, desobedecendo, pecaram e trocaram sua inocência por uma consciência acusadora; sua ignorância por um conhecimento do bem que tinham desprezado e do mal que não podiam remediar. Tinham agora seus olhos abertos para descobrir o que teria sido mais feliz ignorar; e, impelidos por um sentimento de vergonha, trabalharam (inutilmente) para cobrir a sua nudez. 
Notamos que Adão e Eva podiam estar tranqüilos com os aventais de folhas que fizeram, enquanto lhes parecia que Deus estava longe. Mas, em vindo o Senhor, logo se esconderam, sentindo-se, aos olhos divinos, descobertos e envergonhados. 
Temos no pecado de Eva, os seguintes resultados: 
  
a) A Concupiscência do Comer: "...boa para comer"; 
b) A Concupiscência dos Olhos: "...agradável aos olhos", e 
c) A Soberba da Vida: "...desejável para entendimento ". 
Notamos que a primeira conseqüência do pecado foi a vergonha que eles tiveram, ao encontrar-se com Deus, ao ponto de "fazerem aventais", Gn 3.7. O Todo Poderoso então fez túnicas de pele de animal, para vesti-los, Gn 3.21. 
  
Aliança Adâmica 
A Aliança Adâmica determina a vida do homem decaído, e marca condições que prevalecerão até a época do reino eterno. 
"A própria criatura será liberada do cativeiro da correção para a Uberdade da glória dos filhos de Deus '\ Rm 8.21. 
  
Os Elementos da Aliança Adâmica, são os seguintes: 
  
1°)A Serpente, instrumento de Satanás, amaldiçoada; 
2°) A primeira promessa de um redentor, Gn 3.15; 
3°) A condição da Mulher mudada em três sentidos, Gn 3.16: concepção multiplicada; maternidade ligada com sofrimento; sujeição ao homem, Gn 1.26,27. 
4°) A Terra Amaldiçoada por causa do homem, Gn 3.17; 
5°) O inevitável cansaço da vida, Gn 3.17; 
6°) O leve trabalho do Éden, Gn 2.15; mudado para o serviço laborioso, Gn 3.18,19,e 
7°) A morte física, Gn 3.19; Rm 5.12,2; para a Morte Espiritual. 
"Deus dá uma demonstração que sua atitude para com o Homem é sempre com o intuito de fazê-lo compreender sua pequenez e dependência, mas jamais deixa de prover". 
  
Aqui, duas Ofertas Diferentes: 
  
1a) Abel oferece sangue. Ele mostrou penitência e desejo de aproximar-se de Deus. O sacrifício foi feito pela Fé nos atributos que ele via em Deus, I Jo 3.12. Devemos observar que havia uma grande diferença na conduta de Caim e Abel, que era um homem de fé e obediente ao Senhor, Gn 4.4; Hb 11.4 e Caim, ofereceu dos frutos do campo que cultivava, demonstrando um espírito de alta confiança, onde temos uma "Oferta Sem Fé", movida pela rebelião e pelo desprezo ao Redentor. Deus recebe a oferta de Abel e Caim revolta-se e mata seu irmão: 
"É bom notar que a "primeira contenda" entre irmãos resultou em ódio, separação e morte ". 
2a) Caim. Foi o primeiro a construir cidades e o primeiro a glorificar o nome do homem, Gn 4.17.Edificou uma cidade e pôs o nome de seu filho, Enoque. 
  
Sua Linhagem Ímpia: 
Lameque, Gn 4.19. Foi o "primeiro polígamo", isto é, possuiu mais de uma mulher, Gn 4.23,24. Brigou com um rapaz, saiu ferido e o matou. 
Jabal, um dos filhos de Lameque. Distingue-se como o "primeiro homem a ocupar-se da pecuária e a adotar uma vida nômade", habitando em tendas. Talvez em desafio ao mandamento. 
Jubal, outro filho de Lameque. Foi o "Inventor de Instrumentos Musicais". A música é do Senhor e haverá maravilhosa harmonia no Céu. 
Tubal-Caim era "fabricante de Artefatos de Ferro e Cobre". Possivelmente, foi o primeiro homem a forjar armas bélicas^ Por causa desses materiais, Gn 6.13, é "pois a terra está cheia de violência dos homens". Isso indica a orgia de crimes, homicídios e obras iníquas. 
Esses homens: Jabal, Jubal e Tubal-Caim eram ímpios, Gn 4.26. 
Depreendemos de Gn 4.25, que o assassinato de Abel teve lugar pouco antes do nascimento de Sete, isto é, uns 130 anos depois da criação do homem. Por isso não devemos pensar que Abel e Caim fossem os únicos filhos de Adão e Eva. Em Gênesis 3.20, lemos: Eva, mãe de todos os viventes; e Gn 5.4, registra que Adão e Eva tiveram filhos e filhas. A tradição diz que foram 33 filhos e 27 filhas. Esses naturalmente tiveram descendências. Por isso quando Abel morreu, provavelmente havia muito mais gente no mundo do que se pensa. Deus coloca um sinal em Caim, Gn 4.15. Na V.B. lê-se: "Jeová deu um Sinal a Caim'9. Não devemos entender que ele fosse marcado, mas que Deus, de alguma maneira, assinalou a pretensão divina. 
  
Uma pergunta freqüente é esta: "Com quem casou Caim? ". A resposta, por uma suposição, é esta: com uma irmã dele. 
Você talvez vai ignorar este casamento, mas não deve esquecer que a proibição de casamento com parente próximo, veio só 2.500 anos depois, Lv 18.6. Sabemos que "tais uniões", ilícitas para os Israelitas, eram praticadas por outros povos, Lv 18.24. Não podemos continuar nesta história, pois é muito longa. 
  
Ao chegarmos a Terceira Dispensação é necessário que conheçamos: 
  
A Genealogia de Adão a Noé e suas idades relacionadas: Adão, 930 anos; Sete, 912 anos; Enos, 905 anos; Cainã, 910 anos; Maalelel, 895 anos; Jerede, 962 anos; 
Enoque, 365 anos; Metusalém, 969 anos; Lameque, 777 anos; Noé, 950 anos. 
Temos aí uma influência do pecado na raça humana. O homem perdendo vida, saúde e alegria; e hoje o salmista afirma: "que os nossos dias são de 70 anos e se alguns chegarão aos 80 anos pela sua robustez". SI 90.9,10. 
No começo da Dispensarão, colocamos sua duração de 1656 anos. Vamos dividi-la: Adão viveu 930 anos e Noé, 950 anos; entre a morte de Adão e o nascimento de Noé, temos 126 anos. Do Dilúvio a Abraão, 427 anos e Noé viveu 600 anos antes do castigo divino e 350 anos após. 
No final da Dispensação da Consciência, os homens estavam em um estado de iniqüidade desenfreada, soltando as rédeas às práticas carnais, isto com exemplos vividos pela geração passada, resultando em costumes e corrupção do povo antediluviano. O seu cálice de iniqüidade encheu-se; porém o Justo Noé, passou a avisar seus compatriotas do que poderia acontecer. Foram 720 anos de pregação. Então o Senhor disse: "Arrependo-me de ter feito o homem na terra e isso pesou no coração". Disse o Senhor: "Farei desaparecer da face da terra o homem que criei", Gn 6.6,7. Um período longo de 1656 anos onde a raça humana havia aumentado muito e o Senhor destruiu com o Dilúvio, o qual durou l ano e 10 dias. Noé entra na arca no dia 17 do segundo mês, quando tinha 600 Anos, e continuou até o dia 27 do segundo mês, no ano seguinte, Gn 7.11; SI 1.22. 
O que significa a Arca ? Era uma simples e clara figura de Cristo, e um meio de salvação pelo qual uma geração passou pelas águas da morte, e saiu salva do juízo divino. Os refugiados na arca escaparam da sorte dos ímpios. Assim Cristo. nos salva, por sua morte e ressurreição, se somos achados mortos nele. Para quem está nele não há condenação, Rm 8.1. 
Noé não esperou o pronunciamento de um juízo. O que ele queria é que sua família fosse salva por meio da arca, não importando com quem não cria em sua pregação. Seu dever foi cumprido. 
O incidente do Dilúvio é, sem dúvida, o exemplo clássico de Juízo Divino e, por isso, deve ser aceito como o tipo e ensino do Espírito Santo sobre o assunto. Lemos que juízo é uma obra estranha de Deus, Is 28.21. Significa que é diferente de falar que Deus é amor, paz, alegria, prazer e misericordioso. 
  
O juízo tem cinco aspectos diferentes: 
  
1°) É para a Glória de Deus; 
2°) É para Instruir as Nações, Is 26.9; 
3°) É para Purificar, Gn 15.16; 
4°) É, conseqüentemente, uma Libertação do Mal, e 
5°) É Profético, Lei 7.26,27. 
  
O desfecho da Dispensação da Consciência não significa que Deus deixou de usar a consciência como um meio de falar ao homem. A consciência é conhecida como "a voz. de Deus dentro da alma ". Noé e sua família haviam presenciado tanto o bem como o mal e eram responsáveis, junto com a sua posteridade, pela obediência à voz da consciência e a escolher o bem. O Dilúvio marcou o término de um período de Intervenção Divina, na história do homem e um novo começo com Noé e seus filhos. 
O aluno deve localizar esta Dispensação da Consciência no mapa das Dispensações. 
  
Questionário das Dispensações: Inocência e Consciência 
1) Qual a função de uma aliança durante uma Dispensação? 
2) Em que sentido o homem morreu, quando pecou? 
3) Por que foi rejeitada a oferta de Caim? 
4) Qual foi a promessa que a Aliança Adâmica trouxe para a humanidade? 
5) Quem construiu a primeira cidade? 
6) De quem o homem se tornou escravo? 
7) Qual foi o primeiro resultado da queda do homem? 
8) Quem foi o primeiro polígamo? 
9) Mencionar dois nomes da linhagem ímpia. 
10) Qual a duração da Dispensação da consciência? 
11) Como se define uma Dispensação? 
  
3. DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO, Gn 8 15 11.19. 
ALIANÇA NOÉTICA 
  
Esta Dispensação durou 427 anos, desde o tempo do Dilúvio até a Dispersão do homem sobre a superfície da Terra, Gn 10.35; 11. l O-19. 
O homem fracassou inteiramente e o julgamento do Dilúvio marca o fim da Segunda Dispensação e o começo da Terceira. A declaração da aliança com Noé sujeita a humanidade a uma prova: "o homem é essencialmente responsável pelo governo do mundo, de acordo com a vontade de Deus". Essa responsabilidade pesou sobre os judeus e gentios, até que o fracasso de Israel sobre a Aliança da Palestina, Dt 28-30.1-10, resultou no julgamento dos cativos quando começaram "os tempos dos gentios", Lc 21.24. O governo do mundo passou definitivamente para os gentios, Dn 2.3 6-45; At 15.14-17, e Israel, como os Gentios, tem governado para si e não para Deus. 
Neste trecho de Noé e seus descendentes, contém alguns pontos que pedem a nossa atenção: a bênção e a promessa de Deus', o pacto que fez com Noé e com toda a alma vivente. O arco-íris, Gn 9.12,17. Alguns pensam que antes do Dilúvio, nunca houve chuva, Gn 2.6. Ezequiel teve uma visão, Ez l .28: "Como o aspecto do arco que aparece no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor. Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e, vendo isto, caí sobre o meu rosto, e ouvi a voz de quem falava". 
Em Gn 9.21, lemos sobre a embriaguez, de Noé que nos faz ver que até um homem ricamente abençoado por Deus pode ser vencido por pecados carnais. 
De passagem, notamos o procedimento correio de Sem e Jafé, que em tempos remotos tiveram um sentimento moral tão desenvolvido como o dos mais ilustrados de hoje. 
Notamos também, como a maldição caiu sobre Canaã, o filho mais moço de Cão, e não sobre seu pai, e desde então os Cananitas foram adversários do povo de Deus, até serem totalmente extintos da Terra, Is 17.18. 
Se a Bíblia não tivesse registrado: a embriaguez de Noé; o adultério de Davi e a mentira de Pedro, estaríamos imaginando que oshomens piedosos do passado eram diferentes de nós mesmos, pois temos tido nossos lapsos na senda da retidão. Verificamos que tal falha não nos autoriza cairmos no mesmo delito, porque deles já temos a história e o aviso: "Olha, Não Caia)>. 
Quatro Raças originaram-se dos quatro filhos de Cão. Essas por sua vez subdividiram depois, povoaram as terras da África, da Arábia Oriental, da Costa Oriental do Mar Mediterrâneo e do grande Vale dos rios Tigre e Eufrates. 
  
Descendentes de Noé: 
  
a) Jafé: zona Norte das nações e as proximidades dos mares Negro e Cáspio: as raças caucásicas da Europa e Ásia. 
b) Cão: zona Sul das nações, a Arábia Meridional e Central, o Egito, a costa oriental do Mediterrâneo e a costa oriental da África. (Canaã, filho de Cão). 
c)Sem: zona central das nações. Os semitas incluíam os judeus, assírios e sírios, na parte Norte do vale do Eufrates. A Aliança com Noé, Gn 9.1-17: 
1) Confirmação de que o homem seria relacionado à terra, conforme a Aliança Adâmica,Gn8.21; 
2) Confirmação da ordem da natureza, Gn 8.22; 
3) Estabelecimento do governo humano, Gn 9. l -6; 
4) Garantia de que a Terra não sofreria outro Dilúvio, Gn 8.21; 9.11; 
5) Declaração profética de que procederia de Cão uma posteridade inferior e serviçal, Gn9.24.25; 
6) Declaração profética de que haveria uma relação especial entre Jeová e Sem, Gn9.26.27, e 
7) Declaração profética de que de JAFÉ procederiam as "raças dilatadas ", Gn 9.27. Os governos, as ciências e as artes têm provido, geralmente, de descendentes de Jafé; assim a História tem confirmado o exato cumprimento dessas declarações. 
  
A Torre de Babel, Gn 11 
Neste capítulo do Gênesis encontramos o começo da confederação e do engrandecimento humano. E Deus desaprovou essa confederação: impediu o projeto de se fazer uma alta torre que tocasse no "céu". É interessante confrontar com este começo o desenvolvimento de confederações humanas de hoje e a multiplicação de nomes partidários. 
A Descendência de Sem. 
Vemos que a posteridade abençoada por Deus nem sempre seguiu pela linha do primogênito. Arpachade era o terceiro filho de Sem, Gn 10.22, e não o primeiro. 
Em Gn 5, vemos que as idades dos patriarcas vão quase sempre diminuindo. Porventura seria licito entender que os anos eram, no princípio, mais curtos do que atualmente7 Somente assim poderemos compreender o caso de um homem esperar uns 100 anos antes de nascer-lhe um filho. 
A Chamada de Abraão, Gn 12. 
A chamada de Abraão e as promessas que Deus lhe fez. 
  
Podemos estudar neste capítulo: 
a) A escolha divina. Deus escolheu Abraão e isto importa conhecimento, aprovação, confiança, preparação para o fim destinado; 
b) O plano de (mediante o escolhido de Deus) abençoar muitos povos; 
c) A proteção divina - "amaldiçoarei os que te amaldiçoarem "; 
d) A chamada divina - uma chamada positiva, individual, imperativa; 
e) A Revelação Divina - "apareceu o Senhor a Abraão "; 
f) A Promessa Divina - "à tua descendência darei esta terra". 
A chamada é descrita em At 7.2,3, a resposta, em Hb 11.8. 
Abraão desce ao Egito, Gn 12.10. 
Isto nos parece um desvio da senda da fé, pois aí Abraão perde a sua confiança na proteção de Deus e pretende valer-se de um subterfúgio para evitar o ciúme do rei da terra. Contudo, Deus o protegeu sem que ele esperasse. 
  
Sete coisas neste desvio de Abraão, notemos: 
  
1) Agiu sem consultar a Deus, Gn 12.10; 
2) Escolheu seu destino, confiando na própria inteligência, Gn 12.10; 
3) Valeu-se da duplicidade, para conseguir seu propósito, Gn 12.13; 
4) Perdeu de vista a perspectiva e o plano de sua vida, Gn 12.2,12; 
5) Sua astúcia parecia alcançar bom êxito, Gn 12.14,15; 
6) Achou-se mais tarde enlaçado na trama que ele mesmo fizera, Gn 12.18, 
7) Foi censurado por um rei pagão, e mandado para sua própria terra, Gn 12.18-20. 
  
4. A QUARTA DISPENSAÇÃO, Gn 12.1-Êx 18 27. 
ALIANÇA ABRAÃMICA 
  
Começa aqui a História da Redenção. Dela surge uma idéia vaga pelo tempo, Gn 3.15. Agora, 1963 anos após a criação e a queda do homem, ou seja 427 anos após o Dilúvio, num mundo que desenfreadamente aderiu-se a idolatria e a maldade. Foi aí que houve por objetivo a recuperação e a redenção do gênero humano. 
A duração desta Dispensação foi de 430 anos, considerada a Dispensação da Promessa, que terminou quando Israel tão facilmente aceitou a Lei, Êx 19.8. A Graça tinha oferecido um Libertador (Moisés), um sacrifício para o culpado, e, por divino poder, libertado Israel da escravidão, Êx 19.17, mas no final trocaram a Graça pela Lei. 
Separação Para Deus 
Agora Abraão volta do Egito e vira o rosto para a Terra Prometida. Sua vida de peregrinação é caracterizada por Três Coisas: a Tenda; o Altar e o Poço. Nada lemos sobre altar no Egito. 
As riquezas que Abraão e Ló acumularam no Egito, foram a causa de contenda e separação', porém Abraão tinha uma confiança em seu Deus. Por isso, deixou que Ló escolhesse primeiro para onde iria. A confiança na proteção Divina faz. com que o homem fique desprovido de qualquer dúvida. 
  
Em Gn 14, é mencionado pela primeira vez. o termo Reis. Dois reis encontram- se com Abraão em sua volta vitoriosa: o de Sodoma e Melquisedeque (Tudo que sabemos que está neste capítulo, no SI 110 e Hb 5,6 e 7). Ele é também o primeiro Sacerdote mencionado na Bíblia: um Sacerdote Real e por isso uma figura do Senhor Jesus Cristo. Também aqui pela primeira vez, lemos sobre "O Deus Altíssimo ". 
Depois da divina bênção, pronunciada por Melquisedeque, vem a tentação material por parte do rei de Sodoma. 
Há um ditado, que diz: "Cada homem tem seu preço", porém um homem como Abraão não pode ser comprado por um rei mundano, como este de Sodoma. 
E na volta de Abraão da matança dos reis que a misteriosa figura de Melquisedeque aparece. Ele vem ter com Abraão, traz-lhe p ao, vinho e o abençoa; 
Abraão dá-lhe o dízimo de tudo. 
Tanto se fala deste incidente no NT, que devemos estudá-lo. 
  
Vamos notar os seguintes pontos, como seguem: 
  
1) Por ser ele o Primeiro Sacerdote mencionado na Bíblia, tem sido escolhido pelo Espírito Santo como tipo de Cristo, um Sacerdote maior que Aarão; 
2) Ele era Rei e também Sacerdote. Rei de Salém (da paz) e seu nome significa "Rei da Justiçai Cl 6.12,13; Hb 7.2; 
3) Assim, no SI 110.4 está escrito de Cristo: "Tu és Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque "; 
4) Não há alguma menção de seu pai ou de sua mãe, do seu nascimento ou morte; por isso é tomado em Hb 7.3, como um tipo de Cristo: O Sacerdote Eterno. 
Para estudar o assunto mais detalhadamente, é preciso ler com cuidado Hb 5.7. 
Promessa de uma Posteridade 
Em Gn 15.6 , pela primeira vez, a Fé é mencionada, e lemos "E creu ele no Senhor, e foi-lhe imputado isto por justiça"; cf. Rm 4.3; Tg 2.23. 
Abraão nasceu quando seu pai Terá tinha 26 anos, Gn 11.25. Abraão tinha 75 anos quando foi convidado por Deus a deixar sua parentela e partir para uma terra desconhecida (Canaã). Contava com 80 anos quando encontrou-se com Melquisedeque e foi abençoado por ele. Tinha 86 anos quando nasceu Ismael, fruto de uma fragilidade em sua vida. Persuadido pela esposa, lança mão de outro meio, sugerido pela sua desconfiança quanto a conseguir as promessas de Deus. Toma a serva egípcia de sua mulher e por ela tem seu filho Ismael. Depois desse incidente sua fé foi provada mais 13 anos. 
Em Gn 17, seu nome foi mudado. 
Um quadro interessante foi as três vezes que Deus apareceu a Abraão: 
1a) u Apareceu o Senhor a Abraão, e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra. Ali edificou Abrão um altar ao Senhor, que lhe aparecera '\ Gn 12.7; 
2a) "Quando atingiu Abraão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-poderoso: anda na minha presença e sê perfeito", Gn 17.1, 
3a) "Apareceu o Senhor a Abraão nos carvalhais de Manre, quandoele estava assentado à entrada da tenda, no maior calor do dia", Gn 18.1. 
Abraão tinha 90 anos quando Sodoma foi destruída. Contava com 100 anos quando nasceu Isaque e tinha 137 anos quando Sara morreu. Em seguida, casou-se com Quetura, com quem teve seis filhos; morre com 175 anos de idade. 
Em Gn 18, deparamos com o aparecimento de três visitantes celestiais que falaram com Abraão com aparência de seres humanos: "três varões e dos três um era o Senhor", Gn 18.1-3; Mc 16.5; Jo 5.13. Um acontecimento interessante é quando dois anjos seguem para Sodoma, e Abraão começa a fazer sua célebre intercessão ao terceiro. Esta é a primeira grande oração intercessória registrada na Bíblia. 
  
Verificamos como a oração de um justo pode mudar os rumos das coisas: 
1) A base da oração é dupla: Primeiro, o reconhecimento de Deus e da liberdade que tinha para falar com Ele. Segundo, o concerto de Deus, Gn 17.19. Abraão tinha sido chamado por Deus a fim de interessar-se por Ele e seus propósitos, referentes ao mundo, e por isso sente liberdade em falar-lhe. 
2) Características da oração de Abraão: 
Discriminação, Gn 18.24,25, entre os justos e os ímpios, e o interesse pêlos dois grupos; 
Confiança na justiça de Deus, Gn 18.23,25; na Graça de Deus, Gn 18.24, e no Poder de Deus, Gn 18.25; 
Precisão, Gn 18.28-32. Lembremo-nos que petições em termos gerais não terão respostas precisas; 
Importunidade. Seis vezes Abraão pede que Sodoma seja poupada e cada vez reforça seu pedido; 
Humildade, Gn 19.27. Ele jamais se esquece de que fala com Deus; 
3)0 êxito da oração de Abraão. Não obteve tudo o que desejava, mas alcançou tudo o que Sodoma tomou possível, (leia Jr 5. l.) 
Salvação de Ló e a Destruição de Sodoma 
Notamos que os varões, em Gn 18.2, são anjos. Em Gn 19.1, Ló parece ser tão hospitaleiro quanto Abraão. 
Veja algumas considerações sobre o nosso amigo Ló: 
  
a) Parece ser o tipo do "meio-crente"'. convencido mas não convertido: 
b) Uma pessoa costuma ser contenciosa; 
c) Resultado: uma inutilidade ou uma catástrofe. SODOMA: figura o mundo e sua sensualidade; 
EGITO: simboliza o mundo e sua comunidade (Êx 16.3); 
  
BABILÔNIA: simboliza o mundo e sua grandeza (Js 7.21). 
A história de Ló ensina que embora o cristão mundano possa conseguir para si a salvação, pode contudo perder a família, filhos e filhas, pois, criados no meio da devassidão, podem ser corrompidos. A mulher que olha saudosa para a vaidade do mundo, em pouco tempo não poderá mais trilhar a senda da salvação. "A não observância da Palavra de Deus pode ser funesta para a nossa vida espiritual". 
Isaque nasce - Ismael é despedido 
Afinal, nasce Isaque, depois de muitos anos de fé alternada com incredulidade da parte de seus pais, Abraão e Sara. Em Gl 4, o apóstolo encontra um sentido simbólico em cada um dos dois filhos. Na alegoria que Paulo percebe na história de ambos, Hagar representa o monte Sinai e tudo que a lei pode produzir, enquanto que Isaque é o fruto da fé, e mostra o que Deus faz para o crente. 
Vemos que Ismael, o filho "nascido segundo a carne ", Gl 4.29, persegue o filho da promessa, e é despedido, porque não pode herdar com este. Os que são das obras da Lei, Gl 3.10, não herdarão as promessas dadas a Abraão, mas sim aqueles que têm fé em Cristo, Gl 3.12-14. Uma religião carnal é sempre inimiga da religião espiritual. 
O altar sobre o monte 
Este incidente é talvez o mais misterioso e sublime na história de Abraão. Somente após longos anos de preparo espiritual poderia Deus submetê-lo a tal provação de sua fé, com a certeza de que havia de sair triunfante. Era sem dúvida um experiência penosa à vista do mundo cruel. Mas o resultado final havia de ser um notável engrandecimento da vida espiritual de Abraão, e o conhecimento, mediante a sua própria experiência, de verdades bem importantes. 
  
Notemos, os seguintes pontos: 
  
1°) Certeza da Palavra Divina. Para agirmos em algum sentido contrário ao sentimento natural, ao procedimento comum, aquilo que nossas convicções e as dos vizinhos aprovam, precisamos ter uma palavra de Deus mui positiva, que não admita dúvidas; 
2°) Falta de Explicação. O mandado divino não trouxe consigo um porquê"; 
contudo, havia um raio de luz nas palavras "a quem amas", revelando que Deus não estava esquecido da forte afeição natural de Abraão para com Isaque; 
3°) A Completa Confiança de Abraão. Isto nos faz pensar nas palavras de Jó: 
"Ainda que me mate, nele esperarei",Jó 13.15. A explicação dada em Hb 11.18, é que Abraão "considerou que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar (a Isaque)"; 
4°) O Conhecimento de Deus. Fruto de longos anos de experiência da divina proteção e bondade, progrediu até que, afinal, Abraão podia obedecer a Deus cegamente; 
5°) A Submissão de Isaque a Vontade do Pai. Um belo tipo da obediência de Cristo até a morte; 
6°) A Palavra Profética De Abraão. Disse Abraão: "Deus proverá para si o cordeiro ". Também havia um sentido profético no nome que Abraão deu ao lugar:  Jeová-Jireh: "ü Senhor proverá". Em Jo 8.56, permite pensar que ele tinha alguma vaga previsão do "Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo"; 
7°) A Lição da Substituição. O carneiro "travado pelas suas pontas num mato ", y j veio a ser o substituto do moço; e quantos seres humanos desde o tempo de p; 
Isaque têm dado graças a Deus por Ele ter "fornecido um substituto " \ 
8°) A maneira maravilhosa como Deus operou em Abraão, uma semelhança a si ^ mesmo. Num dia futuro Deus havia de ceder seu Filho, em sacrifício pelo pecado, Mas então não haveria outro cordeiro para tomar o lugar dele: "Nem mesmo a seu próprio filho poupou, antes o entregou por todos nós", Rm 8.32. 
A obediência de Abraão era agradável aos olhos de Deus; por isso o mandamento foi dado. A morte de Isaque não teria sido agradável a Deus, visto que o ato da matança foi impedido". ^No Monte do Senhor se Proverá". 
  
Os três significados dos nomes desta História 
Abraão lembrou-se de que já era tempo de o filho contrair matrimônio. Ele marcou duas condições: a noiva havia de ser da mesma parentela, e Isaque não havia de sair da Terra Prometida em procura de esposa. Felizmente, Abraão tinha um empregado fiel e competente para tratar desse negócio. 
Abraão receava que Isaque se casasse com uma moça de Canaã, ou voltasse para a terra de onde tinha sido chamado. Ainda hoje, às vezes, os pais sabem melhor do que os próprios moços que tipo de casamento será bom para seus filhos. Entre os chineses são os pais que escolhem as noivas para seus filhos, e parece que todos acham essa maneira mais proveitosa. 
  
Notemos, em relação ao empregado Eliézer, Gn 15.2, os seguintes pontos: 
  
1. Era um homem de idade e pessoa de confiança. É bem possível que Abraão não tivesse outro a quem pudesse confiar uma tarefa tão delicada; 
2. Era um homem prevenido. Levou consigo tudo o que era necessário para o bom êxito de sua missão; 
3. Era um homem cauteloso. Pediu um sinal, uma coisa que nem sempre é preciso, e que o Deus misericordioso às vezes fornece; 
4. Era um homem piedoso. Orou a Deus pelo serviço que havia de fazer; 
5. Era um homem eloqüente. Quando precisava falar do seu Senhor; 
6. Era um homem pontual. E não quis perder tempo, Gn 25.54. 
Eliézer é o servo Modelo'. 
1. Não vai sem ser mandado, Gn 24.2-9; 
2. Vai para onde o mandam, Gn 24.4,10; 
3. Não se preocupa com outra coisa; 
4. Ora e dá graças, Gn 24.12,14,26,27; 
5. É sábio para persuadir, Gn 24.17,18,21; 
6. Fala, não de si, mas das riquezas do amo, e da herança do filho, Gn 22.34-36; 
At l.8;7. Apresenta o caso sem equívoco e requer uma decisão positiva, Gn 24.49. 
Eliézer enfeita a noiva com as jóias da casa paterna, mesmo antes dela iniciar a viagem. O Espírito Santo procura enfeitar a Igreja com as lindas regalias da casa do Pai, antes dela ser arrebatada, Gn 24.53. 
Isaque saiu a orar(meditar sobre o falecimento de sua mãe no campo), Gn 24.63; 
talvez por falta de sossego necessário na tenda, ali mesmo levanta os olhos e vê chegando Eliézer vindo de regresso. 
Na oração solitária podemos ver coisas maravilhosas. 
  
Vamos agora considerar Rebeca: 
  
1. Era formosa, Gn 24.16; 
2. Trabalhadeira, Gn 24.19; 
3. Hospitaleira, corajosa, decidida, Gn 24.58, 
4. Modesta.Gn24.65. 
Significado dos Nomes: 
1. Isaque (hb - riso) representa Cristo. 
2. Rebeca (hb - corda com laço) representa a Igreja. 
3. Eliézer (hb - meu Deus é auxílio) representa o Espírito Santo. 
Caro Aluno, aqui citarei alguns personagens da História e que fazem parte desta Dispensação: Esaú e Jacó; Jacó e seu Tio Labão e José do Egito.  
  
QUESTIONÁRIO: TERCEIRA E QUARTA DISPENSAÇÃO 
1) Por quanto tempo durou a Dispensação do governo humano? 
2) Com quantos anos morreu Abraão? 
3) O que significa Sodoma? 
4) Qual o significado do nome Isaque? 
5) Com quantos anos Abraão estava quando nasceu Isaque? 
6) O que simboliza o Egito? 
7) Quantos filhos Abraão teve com Quetura? 
8) Com quantos anos morreu Sara? 
9) Qual o significado representativo de Rebeca? 
10) Quanto tempo durou a Dispensação Patriarcal? 
11) Qual foi a duração da Dispensação do Governo Humano? 
  
5. A QUINTA DISPENSAÇÃO 
ALIANÇA MOSAICA 
  
A Dispensação da Lei teve uma duração de 1.430 anos: do "Êxodo do Egito" até a "Crucificação de Cristo". 
Para estudarmos este livro, onde começa a Quinta Dispensação, vamos verificar de!, importantes revelações de Deus, a saber: 
  
1) O "Eu Sou ", na sarça ardente - Um Deus que mantém aliança; 
2) As pragas - Um Deus de punição; 
3) A Páscoa - Um Deus de redenção; 
4) A travessia do Mar Vermelho - Um Deus de poder; 
5) A jornada até o Sinai - Um Deus de provisão; 
6) A Lei - Um Deus de santidade; 
7) Tabernáculo, sacerdote, ofertas - Um Deus de comunhão; 
8) A punição devida do bezerro de ouro - Um Deus de disciplina; 
9) A Renovação da Aliança - Um Deus de graça; 
10) A vinda da glória - Um Deus de glória. 
"Porque a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e verdade vieram por Jesus Cristo '\ Jo l. 17. 
É bom lembrar que esta Dispensação pode ser chamada de Dispensarão dos Israelitas. 
Devemos lembrar que o cenário histórico data de 1440 a.C. aproximadamente. Sabemos que a data do Êxodo foi por volta de 1445 a.C. Além desta outra data, também é defendida pêlos estudiosos do AT, a de 1290 a.C. O tema do livro: 
"Redenção e organização de Israel como povo da Aliança". 
Em Gn 19.3 começa a Quinta Dispensação, quando a Lei foi colocada em ênfase dos princípios de Deus. 
Israel chega ao monte Sinai depois de 3 meses de uma longa viagem. 
  
Neste momento. Deus chama-o a um Concerto mais sério, e passa-lhe uma no vá lição: 
  
1. Mediante ao mandamento aprendeu a Santidade de Deus; 
2. Mediante ao seu próprio erro, aprendeu a sua fraqueza pecaminosa; 
3. Mediante a provisão do sacerdócio e do sacrifício, aprendeu a Bondade de Deus. 
Em Gl 3.6-25, aprendemos a relação da Lei para com a Aliança Abraãmica: 
1. A Lei não pode anular esta aliança; 
2. Foi "acrescentada " para convencer do pecado; 
3. Servia de pedagoga até a vinda de Cristo; 
4. Era uma disciplina preparatória "até que viesse a semente ". A trajetória de Israel no deserto e em Canaã é uma longa história de violação da Lei. A prova terminou no julgamento dos cativeiros, mas a Dispensação propriamente dita só terminou na Cruz. Podemos considerar: 
  
1) O estado do homem no começo da jornada, Êx 19.1-3; 
2) Sua responsabilidade, Êx 19.5,6; Rm 10.5; 
3) Seu fracasso, II Rs 17.7-17; At2.22.23, 
4) O julgamento, II Rs 17.1-6,20; 25.1-11; Lc 21.20-24. 
Notemos neste capítulo o cuidado que Deus tem de desenvolver em Israel uma compreensão de sua santidade. No Egito tinham se acostumado com as imundas divindades do paganismo, e agora precisam aprender que Jeová é um Deus santíssimo e temível. 
  
A Lei foi dada de três maneiras: 
1°) Verbalmente, Êx 20.1-17. Isto era lei pura, sem nenhuma provisão de sacerdócio ou sacrifício, e foi acompanhada das "Ordenanças", Ex 21.1-23.13, relativas às relações de hebreus com hebreus; a isto foram acrescentadas, Ex 23.14- 49, direções diferentes às três festas anuais, Êx 23.30-33, e inscrições sobre a conquista de Canaã. Estas palavras Moisés comunicou ao povo, Êx 24.3-8. Imediatamente, na pessoa dos seus anciões, foram admitidos na presença de Deus, ÊX24.9-11. 
2°) Moisés foi então chamado ao monte para receber as tábuas de pedra, Êx 24.12-18. A história então se divide. Moisés no monte recebe instruções referentes ao Tabernáculo, ao sacerdócio e aos sacrifícios, Êx 25-31. No entanto, o povo, Êx 32, chefiado por Aarão, transgride o primeiro mandamento. Moisés, voltando, quebra as tábuas escritas pelo dedo de Deus, Êx 31.18; 32.16-19. 
3°) As segundas tábuas são feitas e a Lei escrita novamente (por Moisés?) na presença de Jeová, Êx 34.1,28,29. 
  
Os Dez Mandamentos 
  
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A Aliança Mosaica foi dada a Israel com três divisões, cada uma ligada às outras, e, conjuntamente, formando a Aliança Mosaica. 
Os Dez Mandamentos, expressão da vontade de Deus para seu povo, Ex 20.1- 26; Os Juízos, governo da vida social de Israel, Êx21.1 - 24.11; e as Ordenanças, governando a vida religiosa de Israel, Êx 24.12 - 31.18. Estes três elementos formam a "LEI" como essa palavra se emprega no NT, Mt 5.17,18. Os Mandamentos e Ordenanças formam um só sistema religioso. 
Os mandamentos foram um "Ministério de Condenação) e de "Morte)), II Co 3.7-9. 
Os Dez Mandamentos são: 
1) Não terás outros deuses diante de mim; 
2) Não farás para ti imagem de escultura; 
3) Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; 
4) Lembra-te do dia de sábado para o santificar; 
5) Honra a teu pai e a tua mãe; 
6) Não matarás; 
7) Não adulterarás; 
8) Não furtarás; 
9) Não dirás falso testemunho; 
10) Não cobiçarás. 
  
TABERNÁCULO 
  
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Passaremos à história do Tabernáculo, considerado a grande Tipologia do Plano da Salvação, uma ordenança de Deus a Moisés para proteção e orientação do povo de Deus. 
  
Vejamos alguns significados: 
1. Tenda provisória onde Deus falava ao seu povo, Êx 33.3-10; 
2. Construção portátil em forma de tenda, Êx 25.8,9; 
3. Recebeu o nome de habitação, Êx 25.9; 
4. Onde estava depositada a tábua da lei; 
5. O tabernáculo do testemunho; 
6. Denominado casa do Senhor, Êx 34.26; 
7. Sua planta foi dada pelo Senhor a Moisés, Êx 25.22. 
  
Verifique Sua Planta: 
PERDÃO 
Pelo sacrifício do sangue 
PURIFICAÇÃO 
Pela limpeza 
PODER DE DEUS 
Pela participação, percepção e oração 
PRESENÇA DE DEUS 
Pelo Sangue aspergido e Obediência 
  
Nota: 
1. O Tabernáculo simboliza: Israel aproximando-se de Deus; 
2. Tipificou a obra redentora de Cristo para trazer os pecadores a Deus. 
  
6. A SEXTA DISPENSAÇÃO 
A Nova Aliança, A AliANÇA DA GRAÇA 
  
Chamada Dispensação Eclesiástica. 
A palavra-chave é: Graça. Sua duração começa com a crucificação de Cristo até a sua segunda vinda, tempo determinado pelo Senhor: "Aquele dia e hora ninguém sabe, unicamente meu pai que está nos céus". Hoje, já contamos com quase 2000 anos em que o véu do Templo foi rasgado e esta Dispensação findará com o toque da trombeta, quando acontecerá a segunda etapa da vinda de Cristo convocando os fiéis ao Arrebatamento. 
Na Dispensação da Graça, Deus fez uma aliança com o homem, uma aliança superior às outras, ou seja, o próprio Filho enviado por Deus à humanidade: 
1°. Mt 19.28 
2°. Hb 2.7 3°. Lc 2.27 4°. Mt 13.55-57 5°. Lc 4.2-8 6°. Is 53.1-6 7°. G13.13 
A Nova Aliança 
Tal qual Moisés foi mediador da aliança mosaica, assim Cristo é o Mediador da Nova Aliança, Hb 8.6; 9.15; 12.24. Com o aparecimentode Cristo, a Antiga Aliança terminou, como Paulo afirma em Rm 10.4; Gl 3.19. Novamente apareceu Ele celebrando a Ceia com os discípulos, conforme registra Lc 22.20 e I Co 11.25. "Ele disse: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue", Mc 14.24. 
A Graça não dispensa ordenação pois há l .050 mandamentos no NT; mas, ao contrário da Lei, ela dá poder ao homem para cumpri-los. A palavra Graça aparece 166 vezes na Bíblia e tem um valor inestimável. 
Verifique 10 citações da palavra Graça, com referências: Ef 2.8,9; At. 4.33; 
18.27; Tt3.7;Rm5.20; 15.15; I Co 15.10; Gl 1.15; Cl 3.16; IITm2.1. 
Verificamos três aspectos da revelação de Deus nessa Dispensação: 
1. Os Evangelhos, um tratado da revelação de Jesus Cristo, um Deus introduzido no meio dos homens: "Emanuel, Deus Conosco". 
2. Revelação através do Espírito Santo: o Guia; o Orientador; o Consolador; o Intercessor; o Fortificador; o Ornamentador da Igreja. "Todos que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus". 
3. Revelação pela Palavra Escrita - A Bíblia Sagrada. Nela está a revelação perfeita da vontade de Deus. 
Esta mesma Graça atua na formação da Igreja desde a fundação do mundo e já existia na mente de Deus: 
1. Eleita por Deus desde a fundação do Mundo, Ef 1.4,5; 
2. No AT, os Profetas falaram dela; 
3. Personagens que simbolizaram a vida e a ação da Igreja (Enoque, Rebeca, Azenate, etc.); 
4. Organização espiritual da Igreja, Mt 16.16; 
5. Data de inauguração: Dia de Pentecostes, At 2; 
A Igreja, uma representação do Corpo de Cristo aqui na Terra. Suas funções, seu trabalho e suas obrigações'. 
1. Em relação a ela mesma "Comunhão", At 2.42; 
2. Em relação ao mundo "Evangelização", Mc 16.15; 
3. Em relação a Deus "Adoração". 
Toda e qualquer tarefa da Igreja depende exclusivamente da Graça. Ela é quem nos encoraja no sentido de cumprirmos nossa tarefa como Igreja que também é um Luzeiro no Mundo e Sal da Terra. 
Tenho me preocupado muito com a expressão: "Se o sal se tomar insípido para mais nada presta, a não ser para ser pisado pêlos homens". 
Que Deus proteja a Igreja! 
Seu compromisso para o futuro é o desfecho final do cumprimento das profecias, do fim dos tempos e a Dispensação da Igreja. 
Verifique alguns acontecimentos que surgirão : 
1. Ressurreição dos crentes; 
2. Transformação dos crentes vivos na vinda do Senhor; 
3. Arrebatamento; 
4. Tribunal de Cristo (compensação); 
5. Casamento da Igreja (bodas do Cordeiro); 
6. Glorificação da Igreja; 
7. E nos fez Reis e Sacerdotes para Deus seu Pai. 
  
QUESTIONÁRIO: QUINTA E SEXTA DISPENSAÇÕES 
1) Qual a duração da quinta Dispensação? 
2) O que Deus representa quando institui a Páscoa?  
3) Qual a representação de Deus na Lei?  
4) Qual o tema do livro de Êxodo?  
5) Onde Moisés recebeu as tábuas de pedra?  
6) Qual a missão da Igreja frente ao mundo?  
7) Qual a duração desta Dispensação (Igreja)?  
8) Quando termina esta Dispensação? 
9) Como se chama o Tribunal em que os crentes hão de comparecer?  
10) Apresente dois aspectos do futuro da Igreja.  
  
7. A SÉTIMA DISPENSAÇÃO (MILÊNIO) 
ALIANÇA MILÊNICA 
  
O plano redentor de Deus para com o homem termina com o cumprimento dos mil anos de paz sobre a Terra, que serão seguidos do Juízo Final e a volta à eternidade. Jesus Cristo descerá pessoalmente a terra e será REI. Ele denominou esta Dispensação de "Regeneração", Mt 19.28; é também chamada de "Tempo de_ Restauração", At 3.20,21. 
A juntura destes "Séculos", presente e vindouro, forma um nítido exemplo de sobreposição das Dispensações, isto é, às vezes, a um tempo transitório entre um tempo e outro. 
Sua duração, o próprio título indica, terá mil anos', seu início se dará com a manifestação (Parousia) de Cristo na segunda etapa de sua segunda vinda a terra, Ap 19.11-21, e findará com a instalação do grande Trono Branco, Ap 20.11-15. 
O próprio Cristo voltará literalmente a terra, onde Ele esteve durante 33 anos e pessoalmente reinará sobre a mesma por um espaço de 1.000 anos, e terá ao seu lado a SUA IGREJA. Ela voltará dos céus para onde foi levada no Arrebatamento. 
O Plano de Deus para com o mundo é fazer "Convergir" nele (em Cristo), na Dispensação e na plenitude dos tempos, Ef 1.10. 
Havendo efetuado a redenção dos homens pelo seu sangue derramado na cruz, e Deus no século vindouro mostrará a suprema riqueza de sua graça. 
A dupla revelação do Milênio será feita: 
l. Pela presença pessoal de Jesus Cristo, que se sentará no trono de Davi, Lc 1.32,33; 
2. O Sermão do Monte, pregado por Jesus no início de seu ministério terreno, Mt 5.6,7, é uma legislação que se tomará plena como plataforma do reino milenial. Ela será a Pedra Angular das atividades do Rei durante o Milênio. O Governo será um regime teocrático, isto é. Governo Pessoal de Deus, Is 52.7; Lc l .33; Dn 7.13. 
A SEDE DO GOVERNO 
A capital do mundo não será Washington, Londres, Tóquio e nem Paris, mas, sim, Jerusalém, a desprezada cidade tantas vezes pisada pêlos exércitos invasores. Ela será totalmente restaurada, vindo a realizar-se a visão do salmista que disse: 
"Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus. Seu santo monte, belo e sobranceiro, é a alegria de toda a terra; o monte de Sião, para os lados do Norte, a cidade do grande Rei. Nos palácios dela. Deus se faz conhecer como alto refúgio '\ SI 48.1-3; Is 2.2-4. 
  
A BÍBLIA NO SEU TRANSCURSO MILENIAL 
1. Será um reino literal e universal, Dn 2.34,35; 
2. Jerusalém será a capital do reino, Jr 3.27; Is 24.23; Ez 48; 
3. Os animais serão dóceis. Is 11.6-9; 65.25; Os 2.18; 
4. Época de justiça e paz. Is 9.6,7; 11.4; Zc 9.10; SI 96.13; 
5. A terra ficará mais fértil, Is 35. l; Am 9.3,6; 
6. O prolongamento da vida humana. Is 65.20,22; Zc 8.4,5; 
7. Satanás será amarrado, Ap 20.20,22,23. 
  
Haverá duas classes de pessoas: 
1. Glorificados e 
2. Não-glorifícados. 
Os glorificados são os crentes do AT e NT e os do período da Grande Tribulação e as não-glorificados são os judeus sobreviventes da Grande Tribulação, gentios remanescentes das nações e os nascidos no Milênio. 
A cena final e a justificação do grande Trono Branco, quando comparecerão diante do Cordeiro e Rei todos os mortos de todas as épocas, ainda não ressuscitados. Esta é a Segunda Ressurreição. 
  
O julgamento iniciará por ocasião da abertura dos livros de Deus, Ap 20.12: 
7. Cada pessoa serei julgada', 
2. Os inimigos do Rei serão punidos', 
3. Os inimigos espirituais do Rei serão julgados: Satanás; o Anticristo; o Falso Profeta; os demônios; o Inferno e a morte. 
Cristo colocará sob seus pés todos os seus inimigos, I Co 15.24,25. A Ele, toda honra, glória e louvor para sempre. Amém! 
Caro Aluno, gostaria de ter tempo suficiente para estudarmos juntos, pois este é um assunto de grande importância para nossa vida espiritual! 
  
8 - BIBLIOGRAFIA: 
OLSON, Nelson Lourenço. Plano Divino Através dos Séculos. 
McNAIR, S. E. A Bíblia Explicada. 
HALLEY, Henry H. Manual Bíblico. São Paulo: Vida Nova. 
TOLEDO, Alcino Lopes. Apostilas das Sete Dispensações, Faetel, São Paulo. 
Autor: Pr. Alcino Lopes de Toledo 
www.faetel.com.br 
  
  
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 Escatologia Bíblica 
Autor: José Marcílio da Silva 
Membro da Assembléia de Deus de  
Araguatins-TO, na função de Presbítero 
e Superintendente Geral da Escola Dominical 
Introdução
   
“ENTRETANTO, o Espírito Santo nos diz claramente que nos últimos tempos alguns na igreja se desviarão de Cristo e se tornarão seguidores de mestre com idéias de inspiração diabólica” 1Tm. 4.1. Alguns falsos ensinadores têm introduzido no meio do povo de Deus ensinos deturpantes sobre as coisas que ainda hão de acontecer. Ëde se lamentar que essas heresias têm desviado muitos cristão que por sua vez perdem o gosto pelo verdadeiro ensino, contido nas Sagradas Escrituras, concernente ao futuro. 
  
O estudo da Escatologia requer muita atenção e cuidado para não entrar na classe dos falsos mestres que Paulo enfatizou que, no últimos tempos surgiriam. 
  
Não é difícil o estudo sobre Escatologia, desde que o estudante dedicado busque a orientação de Deus que por sua vez iluminará a mente do seu discípulo. Uma coisa é certa: o Espírito Santo é o único e verdadeiro intérprete que merece toda a nossa confiança, no que tange a todo o conteúdo plausível da Bíblia Sagrada, o Livro de Deus. 
 O autor. 
  
   
I – DEFININDO O TERMO ESCATOLOGIA.
  
O termo escatologia deriva de duas palavras gregas: escathos e logos, que se traduzem por “últimas coisas” e “estudo” ou “tratado”. É o estudo ou doutrina das últimas coisas. É chamada bíblica, no nosso caso, porque ela pode ser extrabíblica. 
  
No estudo da escatologia bíblica, é de caráter fundamental, Ter o cuidado em não apresentar falsas interpretações, evitando, com isso, questionamento e especulações. Deus nos adverte dizendo que devemos “manejar bem a Palavra da verdade.”(2 Tm.2.15). “Porque a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará e não mentirá; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará”.(Hc.2.3). 
  
  
II – ENTENDENDO O CAMPO DA ESCATOLOGIA BÍBLICA.
  
Littera scripta manet – “a palavra escrita permanece”, disse Horácio na Roma Antiga de quase 2.000 anos atrás. O que caracteriza o vislumbre do cumprimento das profecia no palco da escatologia, é a maneira de como Deus trabalha para mostrar a sua vontade, revelada na palavra escrita. Este trabalho consiste em ampliar a revelação divina, nos dando a entender que a palavra escrita continua em pé, revigorada pela forte atuação e inspiração do Espírito Santo de Deus. A ordem que o profeta Jeremias recebeu do Senhor foi esta: “escreve num livro todas as palavras que eu te disse”, Jr. 30.2. 
  
Não podemos duvidar nem admitir falha na palavra de Deus. Ela é inspirada pelo Espírito Santo; 2Tm. 3.16. A inerrância das escrituras tem sua base na infabilidade da Palavra do Senhor. 
  
Com isso podemos ir mais além do que Horácio afirmou. “a palavra escrita ‘não’ apenas permanece – ela floresce como trepadeira nas fronteiras do nosso entendimento”. Ela alcança o mais profundo dos recônditos da nossa alma. Para entender o campo da escatologia, precisamos saber de 3 (três) verdades básicas. 
 
1 – A IGREJA – ALVO DA REVELAÇÃO DIVINA. 
  
Toda a revelação aponta para o futuro. O futuro consiste num plano traçado por Deus para que a Igreja caminhe neste mundo “pela fé a esta graça, na qual estando firme, gloria-se na esperança da glória de Deus”, Rm. 5.2 
  
Argumentando o fato de nós sermos alvo da revelação divina, o apóstolo Paulo escreveu aos Efésios dizendo que Deus “nos elegeu antes da fundação do mundo , para sermos santos e irrepreensíveis diante dele. Em amor nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade”, Ef. 1.4,5. Somente aqueles que são santos e filhos de Deus é que têm o privilégio de ter a revelação das coisas que em breve hão de acontecer. 
  
Em contraste, o mundo pagão, que não tem a revelação de Deus, se fecha num ciclo de falsas expectativas em relação ao futuro. 
  
No consenso filosófico da humanidade a maior parte da população do mundo vê com grande otimismo a era que está por vir. Pressentindo um fantástico progresso material e científico, vivendo na era da velocidade e vendo a aquisição do conhecimento e acelerar, muitos poderão se tornar otimistas demais. Contudo o apóstolo Paulo nos adverte: “quando andarem dizendo: paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição”, 1Tm. 5.3. 
  
Aos olhos dos franceses do final do século XIX, o novo século parecia uma espécie de Idade de Ouro. Mas o entusiasmo durou até 1914, quando a 1ª Guerra Mundial pôs fim ao sonho dourado. 
  
Outra parte da humanidade certamente adentrará o 3º milênio cheia de superstições, medo, insegurança e pessimismo; preocupada com desgraças, desemprego, violência e caos social. 
  
A história registra que, na passagem do ano 999 para 1.000, a maior parte da Europa não conseguiu comemorar a data, pois esperava o “Apocalipse”. Segundo o historiador Frederick H. Martins, um sentimento de terror dominou a multidão amontoada na imensa Basílica de São Pedro, em Roma, na noite de 31 de dezembro de 999. Inclusive o Papa Silvestre II parecia aterrado. 
  
Isso aconteceu porque o povo não tinha acesso à Bíblia. Quem conhece a revelação sabe que o mundo irá de mal a pior, mas não se desespera. E o Senhor Jesus profetiza: “homens desmaiarão de terror, na expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo... e quando estas coisas começarem a acontecer, fiquem firmes e levantem a cabeça, pois a vossa redenção está próxima, Lc. 21.26,28. 
  
  
2 – OS QUATRO TIPOS DE ESCATOLOGIA. 
  
Além de ser um dos capítulos da dogmática cristã, ou seja, o estudo sistemático e lógico das doutrinas concernentes às últimas coisas, há quatro outros tipos de escatologia, segundo nos apresenta o Dicionário Teológico (CPAD).
  
a)      Escatologia consistente. 
Termo nascido com Alberto Schweitzer, segundo o qual a ações e a doutrina de Cristo, tinha um caráter essencialmente escatológico. Não resta dúvida, pois de que o Senhor Jesus haja se preocupado em ensinar aos discípulos as doutrinas das últimas coisas. Todavia, sua preocupação básica era a salvação do ser humano. Ele Jamais deixou de se referir à vida prática e sofrida do homem.
  
b)      Escatologia idealista. 
Corrente doutrinária que relaciona a escatologia bíblica às verdades infinitas. Os que defendem tal posicionamento, alegam que a doutrina das últimas coisas não terá qualquer efeito sobre a história da humanidade. Relegam-na, pois, à condição de mera utopia, ou seja, projeto irrealizável, fantasia.
  
Mas, o que dirão elas, por exemplo, acerca das profecias já cumpridas? Será que estas não referendam as que estão por se cumprirem? Não esqueçamos, pois, ser a profecia a essência da Bíblia. Se descremos daquela, não podemos crer nesta. 
c) Escatologia individual. 
Estudo das últimas coisas que dizem respeito exclusivamente ao indivíduo, tratando de sua morte, estado intermediário, ressurreição e destino eterno. Neste contexto, nenhuma abordagem é feita, quer a Israel, quer a Igreja.
d)      Escatologia realizada. 
Ponto de vista defendida por C.H. Dodd, segundo o qual as previsões escatológicas das Sagradas Escrituras foram cumpridas nos tempos bíblicos. Atualmente, portanto, não nos resta nenhuma expectativa profética de acordo com o ensino de Dodd. 
  
Gostaríamos, porém que ele nos respondesse as seguintes perguntas: 
·      A 2ª vinda de Cristo já foi realizada? 
·      A grande Tribulação já é história? 
·      O julgamento final já foi consumado? 
 
3 – AS SETE DISPENSAÇÕES. 
  
Para melhor compreender o campo da escatologia bíblica, faz-se necessário um resumido estudo sobre as sete dispensações, sabendo que, a última dispensação é para o futuro.
  
Segundo o Pr. Severino Pedro da Silva, em seu livro “Escatologia”, uma dispensação “é um período em que o homem é experimentado em relação à sua obediência a alguma revelação especial da vontade tanto permissiva como diretiva de Deus”.
  
A palavra dispensação deriva do termo grego “oikonimia” que por sua vez significa economia que é a “boa ordem na administração na despesa de uma casa”.
  
As sete dispensações são: 
  
3.1 – Dispensação da Inocência 
Seu início deu-se na criação e findou-se na queda de Adão. O tempo não é revelado.
  
3.2 – Dispensação da Consciência 
Esta dispensação começou em Gn_____. e durou cerca de 1656 anos: de zero (0 ) a 1656 a.C., abrangendo o período desde a queda do homem até o dilúvio; Gn. 7.21,22.
  
3.3 – Dispensação do GovernoHumano 
Esta dispensação começou em Gn. 8.20 e perdurou cerca de 427 anos. Desde o tempo do Dilúvio até a dispersão dos homens sobre a superfície da terra, sendo consolidada com a chamada de Abraão; Gn. 10.15; 11.10-19;12.1.
  
3.4 – Dispensação Patriarcal 
Teve início com a Aliança de Deus com Abraão, cerca de 1963 a.C., ou seja, 427 anos depois do dilúvio. Sua duração foi de 430 anos; Gl. 3.17; Hb. 11.9,13. A palavra chave é PROMESSA. Por meio desta dispensação, Abraão e seus descendentes vieram a ser herdeiros da promessa.
  
3.5 – Dispensação da Lei 
Ela teve início em Êx. 19.8, quando o povo de Israel proclamou dizendo que “tudo que o Senhor falou, faremos.” Sua extensão é de 1430 anos. Do Sinai ao Calvário; do Êxodo à cruz.
3.6 – Dispensação da graça 
Esta dispensação começou com a morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo e terminará em plenitude com o arrebatamento da Igreja; porém, oficialmente falando, seus efeitos continuarão até Apocalipse 8.1-4.
3.7 – Dispensação do Reino 
Esta dispensação terá, de acordo com a própria escritura, a duração de 1.000 anos; Ap. 20.1-6. É também chamada de a dispensação do Governo Divino.
  
Esta dispensação é algo para o futuro, logo após o julgamento das nações descrito em Mt. 25.31-46, e antes do Juízo do Grande Trono Branco (GTB).
  
É neste ponto, é que se encontra a essência do entendimento do campo da escatologia bíblica, ou seja, compreender o que Deus traçou para o futuro da Igreja, Israel e dos gentios.
  
Esta última dispensação, que é a juntura do presente século e do vindouro, fornece um nítido exemplo de sobreposição das dispensações, isto é, que às vezes há um período transitório entre uma e outra.
  
III – MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO DA ESCATOLOGIA. 
  
Nesta seção aprenderemos os métodos utilizados na interpretação de porções bíblicas que concerne ao futuro. Lembrando que, na história da Igreja tem sido adotados vários métodos de interpretação no que tange às escrituras proféticas. No entanto, faz-se necessário o bom conhecimento e a maneira correta de se aplicar dois métodos de interpretação que devem merecer nossa atenção.
  
1 – Método alegórico ou figurado 
  
O termo alegoria é definido, por alguns teólogos, como qualquer declaração de fatos supostos que admite a interpretação literal, mas que requer, também, uma interpretação moral ou figurada. Se não atentarmos para o sentido real, figurado ou literal, de um profecia bíblica, negamos o seu valor histórico, dando um interpretação de somemos importância, e assim corremos o risco de anular a revelação de Deus naquela profecia.
  
Portanto, o método alegórico deve ser utilizado de maneira correta. Leia Gl. 4.21-31 e observe que Paulo tomou figuras ilustradas no texto com focos literais da antiga dispensação, mas apresentou-os como sobras de eventos futuros.
  
2 – Método literal ou textual 
  
Este método se preocupa em dar um sentido literal às palavras da profecia, interpretando-as conforme o significado ordinário, de uso normal. A preocupação básica é interpretar o texto sagrado consoante a natureza da inspiração da profecia.
  
Ambos os métodos são válidos. Há uma perfeita ralação entre as verdades literais e a linguagem figurada. Por exemplo, no texto de Jo.1.6 diz: “Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. E em Jo. 1.29 nos fala: “Eis aí o Cordeiro de Deus.” Palavras pronunciadas pelo próprio João Batista ao ver a Jesus.
Agora vejamos os métodos de interpretação aplicado em ambos os textos. O 1º está falando literalmente de um homem, cujo nome, de fato, era João. No 2º texto João Batista usou a forma figurada para denotar a pessoa de Jesus.
  
Em se tratando do livro de Apocalipse, que em sua parte, é um livro escatológico, têm surgido diversas classes de intérpretes, as quais devem ser conhecidas pelos pastores e por aqueles que exercem o Ministério da Palavra. Por quê?
  
Porque os crentes pentecostais, em sua maioria, não sabem em que classe de intérpretes do Apocalipse, eles se encaixam, e por conseguinte deixam ser levados por ensinos deturpantes que contradizem a Palavra de Deus. Por exemplo, os Adventistas do 7º Dia, vêem a vinda de Cristo, a este mundo, como em uma única vez, sem ser dividida em duas fases distintas, e assim não dão espaço para o período da Grande Tribulação e a restauração de Israel.
  
Vejamos os principais intérpretes com seus respectivos ensinos. 
  
1º - Os Preteristas. Esta classe crê que a maior parte do Apocalipse já foi cumprida, a muito tempo atrás. Eles relegam tudo ao passado. O relacionamento que eles fazem entre o texto e o evento é muito subjetivo e precário.
  
2º - Os Historicistas. Os intérpretes que assumem esta posição procuram encaixar todos os acontecimentos previstos no Apocalipse em várias épocas da história humana. Interpretam o Apocalipse como um estudo progressivo dos destinos da Igreja desde o seu início até a consumação. Estes asseveram que as profecias estão cumpridas em parte e em parte estão por cumprir e algumas estão sendo cumpridas diante de nós.
  
3º - Os futuristas. Estes interpretes dividem-se em dois grupos:
a)      Futuristas extremos – acham que todo o Apocalipse refere-se à vinda do Senhor Jesus Cristo.
b)      Futuristas simples – Aceitam que os 3 primeiros caps. do livro como já cumpridos; tudo o que se segue refere-se à aparição vindoura de Cristo. A maioria dos Pentecostais Fundamentalistas têm uma visão futurista do livro. Sob esta perspectiva tudo, ou quase tudo que é narrado após o cap. 4, será cumprido num curto espaço de tempo (sete anos) após o término da Dispensação da Igreja.
  
Os intérpretes do Apocalipse estão também divididos na forma COMO ABORDAM O MILÊNIO. (Os mil anos mencionados no cap. 20). A maneira como se encara o Milênio afeta a interpretação do Apocalipse com um todo. É necessário levantarmos, aqui, alguns pontos.
  
1º - Amilenistas. Ensinam que não haverá nenhum Milênio, pelo menos não na terra. Alguns simplesmente dizem que, como o Apocalipse é simbólico, não há sentido algum em se falar em Milênio Literal. Outros interpretam os mil anos como algo que ocorrerá no céu. Pegam o número mil como um algarismo ideal, um período indefinido. Assim, esperam que este período da Igreja termine com a ressurreição e julgamento geral, tanto do justo como do ímpio, seguindo-se imediatamente o reinado eterno no novo céu e na nova terra. A maioria dos amilenistas consideram Agostinho (o bispo de Hipona, no Norte da África 396 – 430 d.C.) um dos principais promotores do amilenismo.
  
2º - Pós-Milenista. Começou a espalhar-se a partir do século XVIII. Seus adeptos interpretam os mil anos do Milênio, como um extensão do período atual da Igreja. Ensinam que o poder do Evangelho ganhará todo o mundo para Cristo, e a Igreja assumirá o controle dos reinos seculares. Após haverá a ressurreição e o julgamento geral tanto do justo como do ímpio, seguido pelo reinado eterno no novo céu e na nova terra. O pós-milenismo também espiritualiza irritadamente as profecias da Bíblia, não dando espaço à restauração de Israel ou reinado literal de Cristo sobre a terra durante o Milênio.
  
3º - Pré-Milenista. Acreditam que, o retorno de Cristo, a ressurreição dos salvos e o tribunal de Cristo, será antes do Milênio. No final deste, Satanás será solto, engana as nações, mas há de ser prontamente derrotado para todo o sempre. Segue-se o julgamento do GTB, que sentenciará o restante dos mortos. Aí sim, teremos o reino eterno no novo céu e na nova terra.
  
A perspectiva Pré-Milenista e futurista simples, juntas, encaixam-se melhor nas orientações de Jesus. É essa classe de intérpretes do Apocalipse que a maioria dos Pentecostais pertence.
  
IV – VIAGEM AO FUTURO. 
  
Tomaremos agora uma carruagem para fazer um pequena viagem no tempo e no espaço, para se ter uma visão panorâmica das coisas que em breve hão de acontecer, e com isso, teremos um compreensão melhor da conjuntura dos fatos ordenados por Deus na sua Palavra. Esta seção, constituidos temas que a Escatologia bíblica estuda. Senhores passageiros, apertem os cintos pois já estamos decolando.
  
1 – ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS.
Para se ter uma seqüência lógica deste fato, vamos fazer uma revisão sobre a doutrina da Morte.
  
O QUE É MORTE?
É o resultado do pecado de nossos pais.
A morte caracteriza-se de duas maneiras: 1º, morte como estado; e morte do agente, Ap.6.8.
Como estado a Bíblia fala de 3 tipos de morte: Física, espiritual e eterna.
  
a)   Morte física. O seu significado é: dissolução vital do organismo.
O que acontece na morte física? 
Resposta: alma e espírito separam-se do corpo.
Mas para melhor entender o que é alma, a Bíblia nos revela 4 designações para a alma, a saber:
Primeiro – alma como indivíduo, como cidadão; Rm.13.1.
Segundo – alma no sentido biológico, isto é, o sangue; Lv. 17.11.
Terceiro – como sentimento do homem; Mt. 26.38.
Quarto – alma como parte imortal do homem. Jesus disse: Não temeis o que mata o corpo e não mata a alma.
  
Quando a Bíblia fala do sono da alma, refere-se ao corpo físico. Jacó falou: Irei e dormirei com os meus pais.
No sentido espiritual e eterno, alma não dorme; Ap. 6.9.
  
b)   Morte espiritual. É o estado do pecador separado de Deus. É a separação da comunhão com Deus; Ef. 2.1
Existe solução para a morte espiritual?
Sim, desde que o pecador aproxima-se de Deus com um coração arrependido.
  
c) Morte eterna. É a eterna separação da presença de Deus – a impossibilidade de arrependimento e perdão. Portanto não há solução para esse tipo de morte. É chamada a 2ª morte, porque a primeira é física. É identificada como punição do pecado; Rm. 6.23. Os ímpios, depois de julgados, receberão a punição da rejeição que fizerem à graça de Deus e, serão lançados no Geena (Lago de Fogo); Ap. 20.14,15. Esse tipo de morte tem sido alvo de falsas teorias que rejeitam o ensino real da Bíblia.
  
O que é estado Intermediário?
E um modo de existir entre a morte física e a ressurreição final do corpo sepultado. No A.T., esse lugar é identificado como sheol (no hebraico), e no N.T. como Hades (no grego). Os dois termos dizem respeito ao reino da morte.
  
A)    OS MORTOS – JUSTOS. Todos os justos, de Adão até à ressurreição de Cristo, ao morrerem, suas almas (com possível exceção de Enoque e Elias), desciam ao Paraíso, que naquele tempo constituía um compartimento do Sheol ; cf. Gn. 37.35.
B)    OS MORTOS – ÍMPIOS. Desde o tempo de Adão até o julgamento do GTB, as almas dos ímpios seguem para o mundo invisível, ou seja, o Sheol ou Hades aguardando o julgamento final quando serão lançados no Lago de Fogo; cf. Nu.16.30,33.
  
CORRIGINDO UM GRAVE ERRO
Infelizmente, estes nomes Sheol e Hades têm sido traduzidos incorretamente em certos casos em algumas versões das Escrituras, por exemplo, como inferno, sepultura, e abismo. Por exemplo, Gn. 37.35, Jacó expressou-se: “...na verdade com choro hei de descer ao meu filho à sepultura”. (grifo nosso). Este termo sepultura não é a cova, propriamente dito, que no original hebraico é traduzido por Queber. E sim o Mundo Invisível dos mortos traduzido por Sheol. A Bíblia, Edição revista e Corrigida, traduz de maneira correta este termo em Jó 17.15,16: “Onde estaria então agora a minha esperança? Sim, a minha esperança, quem a poderá ver? Ela descerá até aos ferrolhos (portas) do Sheol”.
  
Observe agora o contraste entre as palavras Sheol (mundo invisível) e Queber (sepultura, cova, túmulo) no A.T.
  
	QUEBER 
	SHEOL 
	- usada no plural; 
	- usada na forma singular; Jó 17.15,16
	- existe muitas queberes
	- existe apenas um Sheol
	- abriga ou recebe cadáveres
	- jamais recebe cadáveres
	- localizada na superfície da terra
	- localizado abaixo (no centro) da terra
	- há uma para cada indivíduo
	- lugar onde há muita gente
	- o homem coloca corpos na queber
	- somente Deus envia o homem ao Sheol; Lc.16.22,23.
  
Concluímos, então, que o uso da palavra queber prova que ela significa sepultura, túmulo, que acolhe o cadáver, enquanto o Sheol acolhe o espírito do homem.
  
O Sheol-Hades, antes e depois do Calvário. 
  
Antes do Calvário, o Sheol-Hades dividia-se em 3 partes distintas. A primeira parte é o lugar dos justos, chamada Paraíso, Seio de Abraão, Lugar de consolo; Lc. 16.22,25. A Segunda é a parte dos ímpios, e é denominada lugar de tormento; Lc.16.23. A terceira fica entre a dos justos e a dos ímpios, e é identificada como lugar de trevas, Lugar de prisões eternas, Abismo. Lc. 16.22; 2Pe. 2.4; Jd. v. 6. É aí onde Satanás será preso durante o Milênio, e onde se encontra aprisionada uma classe de anjos caídos, a qual não sai desse abismo, senão quando Deus permitir nos dias da Grande Tribulação.
  
Depois do Calvário, houve uma mudança dentro do mundo dos mortos. Depois da sua morte Jesus esteve 3 dias no coração da Terra, isto é, no Paraíso, do qual Ele havia dito ao malfeitor. Por esta ocasião, Cristo aproveitou a oportunidade e “pregou aos espíritos em prisão, os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé”; 1 Pe. 3.18-20. Depois disso efetuou a grande mudança no Sheol-Hades “subindo ao alto levou cativo o cativeiro”; Ef. 4.8, isto é, trasladou o Paraíso para o 3º céu, na presença de Deus, debaixo do seu altar; Ap. 6.9, separando completamente das partes inferiores onde continuam os ímpios mortos. E isto foi o cumprimento cabal de sua promessa, quando esteve ainda na terra: e as portas do inferno (Hades) não prevalecerão contra a minha Igreja.
  
Somente os justos gozam dessa mudança em esperança pelo dia final quando esse estado temporário se acabará, e viverão para sempre com o Senhor, num corpo espiritual ressurreto.
  
  
2 – O ARREBATAMENTO DA IGREJA. 
  
Uma característica singular que identifica a Igreja fiel é o sentimento de constante expectativa que a domina no tocante ao retorno de Cristo. E ela sabe que não ficará neste vale de lágrimas. Os crentes sabem que o arrebatamento é uma realidade que lhe diz respeito.
  
A definição da 2ª vinda de Cristo é bastante ampla; é vista pelo menos de 2 maneiras diferentes. E localizada, às vezes, para indicar o drama dos tempos do fim, abrangendo tanto o arrebatamento da Igreja quanto a revelação de Cristo em glória no Monte das Oliveiras; Zc. 14.4. Outras vezes, é enfocada especificamente para diferenciar a revelação de Cristo do arrebatamento da Igreja que a antecederá.
  
2.1 – Palavras usadas para descrever o arrebatamento 
  
Existem usualmente três palavras que todos nós usamos para explicar tão maravilhoso fenômeno.
a)   Arrebatamento; 1 Ts. 4.17. 
b)   Trasladação; Na carta aos hebreus vemos Enoque, um símbolo da Igreja. 
c)    Rapto. Palavra latina, RAPERE; significa transportar de um lugar para outro. Eqüivale ao grego: ARPAZO, usado em Jo. 10.28,29; At.8.39, etc. 
  
2.2 – Propósitos do Arrebatamento
  
a)   Livrar os embaixadores do Rei do perigo iminente; 2Co. 5.20; Ap.3.10
b)   Recompensar a Igreja de Cristo, mediante a outorga de galardões, no soleníssimo Tribunal de Cristo; 2 Co. 5.10.
c)    Conduzir a Igreja à Bodas do Cordeiro, que se dará em seguida ao Tribunal e, enquanto na Terra ocorrerá a Grande Tribulação.
d)   Introduzir a Igreja no Reino da Glória e imortalidade, conforme o desejo expresso por Jesus; Jo. 14.3
  
2.3 – A trombeta do arrebatamento 
  
O toque da trombeta no dia do arrebatamento se relaciona com o alarido e a voz do arcanjo. O alarido significa originalmente uma expressão militar, uma voz de comando. Nesse dia ouvir-se-á a voz do ARCANJO. Como se sabe, a palavra ARCANJO significa, chefe de anjos. Certamente a voz do ARCANJO será para comandar os anjos, que se oporão às hostes demoníacas instaladas nos ares, abrindo caminho para o povo de Deus que estará sendo arrebatado.
  
Visto que, em Mt. 24.30,31, encontramos os anjos a recolher os eleitos, logo após ser proferida a lamentação por todas as nações, alguns serão levados a pensar que a Igreja não será arrebatadaaté Cristo haver destruído os exércitos do anticristo. Ora, devemos considerar, porém, que o cap. 24 de Mateus não apresenta os eventos em ordem cronológica. Jesus não tinha qualquer intenção em revelar o dia ou a hora de sua vinda. A palavra então, no início de Mt. 24.30, traduz um vocábulo grego de sentido muito geral (tote), dando a entender que os acontecimentos ocorrerão todos dentro do mesmo período de tempo, mas não necessariamente na ordem apresentada.
  
2.4 – Fatos ligados ao arrebatamento 
  
Quando Cristo vier para buscar a Igreja, ocorrerá duas coisas na terra, por ocasião desse evento:
a)   Ressurreição dos mortos crentes. Em 1 Ts. 4.14, diz que Cristo trará em sua companhia os espíritos daqueles que dormem no Senhor, e Ele ficará parado nas nuvens, enquanto os espíritos continuam descendo a procura de seus corpos e serem ressuscitados em um corpo glorioso. ALELUIA!!! cf. 1 Ts. 4.16.
b)   Transformação dos vivos. Após a ressurreição do mortos crentes, segue-se a transformação dos vivos que estiverem preparados para aquele momento; 1 Co. 15.52.
  
“Vai pois, povo meu, entra nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti”. Is. 26.20a
  
3 – A GRANDE TRIBULAÇÃO.
  
Logo após o arrebatamento da Igreja e antes da manifestação pessoal de Jesus a este mundo, terá lugar uma série de eventos terríveis em sua magnitude e alcance. É um tempo de tribulação e angústia predito pelos profetas do Antigo Testamento Daniel refere-se a uma tribulação jamais dantes experimentada; Dn. 12.1. Jeremias descreve-a como o tempo de angústia para Jacó; Jr. 30.7. confira também as palavras de Jesus em Mc. 13.19. O ponto culminante deste tempo de angústia será de tal forma que se “o Senhor não abreviasse aqueles dias, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos que escolheu, abreviou aqueles dias; Mc. 13.20.
  
Deve ficar bem claro que uma das condições para o desencadeamento da Grande Tribulação será, precisamente, o rapto da Igreja. O rapto assinalará o fechamento do longo parêntese que definiu a Dispensação da Graça. Após, é que o Rei Jesus voltará a tratar diretamente com Israel e com o mundo gentílico.
  
 3.1 - Quanto tempo durará a Grande Tribulação?
A Grande Tribulação durará uma semana de anos, Dn. 9. 27. Será a Septuagésima semana de Daniel. Uma semana de anos corresponde a sete anos; a semana será dividida em duas etapas de 3 anos e meio. A última etapa da 70ª semana é assim designada: tempo, tempos e metade de um tempo.
  
3.2 – Desvendando um mistério.
O anjo disse a Daniel sobre estas setenta semanas de anos que estão determinadas sobre o povo de Israel. As primeiras sessenta e nove terminaram com a crucificação do Messias; Dn. 9.26. Muitos acreditam num interlúdio entre a 69ª e a 70ª semana, como se esta estivesse indefinidamente adiada. Essa interlúdio é a era da graça. Quando a influência restringidora da operação do Espírito Santo em, e através da Igreja, for removida, por ocasião do arrebatamento, então iniciará a última e terrível semana.
  
3.3 – Quem dominará o mundo naqueles dias?
O líder terreno durante a G.T. será o arquiinimigo do Senhor Jesus: o anticristo. A palavra anti tem este sentido básico no grego: em lugar de e não contra. Ele não dirá ser o anticristo. Antes reivindicará ser o verdadeiro Cristo.
  
O anticristo aparecerá no cenário mundial. Fará um concerto por sete anos com o povo de Israel. Já que o mundo está em suas mãos, três espíritos imundos semelhantes a rãs saem da boca da trindade satânica para congregar todas as nações para a peleja contra Israel, isto é, para a Grande Batalha do Armagedom. Esta Batalha culminará no triunfo de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quanto ao anticristo e aos seus aliados, serão lançados no Lago de Fogo. Israel, é claro, será restaurado e purificado; Is. 2.5-22; 16.1-5; 24.1-15; 26.20,21. E as nações serão julgadas; Mt. 25.31-46.
  
3.4 – A Igreja passará pela Grande Tribulação?
Mui freqüentemente, os que afirmam que a Igreja passará pela G.T., salientam: Deus não prometeu que a Igreja escapará da tribulação e do sofrimento. O que eles não sabem é que a Bíblia usa a palavra tribulação (no grego, thlipsis) de duas maneiras diferentes. Algumas vezes, ela refere-se à aflição, à perseguição, à pressão e à angústia que nos são causadas por um mundo ímpio. Ela também é traduzida por aflições quando Paulo fala de nossas tribulações diárias que, se comparadas à eternidade, duram apenas um momento; 2 Co. 4.17. Mas os julgamentos da tribulação, referidos em Apocalipse, não pertencem à mesma classe; representam ante a ira de Deus. Mas não estamos esperando a ira; quer vivamos ou morramos, aguardamos o arrebatamento para estarmos para sempre com o Senhor; 1 Ts. 5.10.
  
“Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei ‘da hora da tentação’ que há de vir sobre o mundo, para tentar os que habitam na terra”; Ap. 3.10. A passagem em foco indica, que a Igreja jamais passará pela G.T. Aqueles que advogam que a Igreja passará por este sombrio período, fazem sua defesa no significado da preposição “EK”.
  
Esta preposição “ek” leva os intérpretes a uma interpretação literal de sair de dentro. Para emergir de dentro da hora da tentação, deve (segundo este conceito) ter estado presente durante aquela hora. Mas essa forma de interpretação, não combina com a tese e argumento principal da natureza do pensamento das Escrituras, por vários motivos:
  
a)   Ora, usando a preposição gramatical de: “ek” e “apo” (fora de) reforça o conceito geral das demais escritura. À referência direta deste versículo, qualquer estudioso sabe que se refere à hora da G.T., que de um certo modo envolverá todo o mundo, e, na sua fase final, terá como alvo a cidade de Jerusalém e a Terra Santa.
b)   A palavra da significa para fora de e em si traz a idéia de ser guardado da Tribulação (não meramente conservado através dela, como alguns asseveram). Ora, se a Igreja estivesse destinada a passar pela G.T., uma coisa seria certa; em lugar de ler-se: “...eu te guardarei ‘da’ hora da tentação”. Ler-se-ia: “eu te guardarei ‘na’ hora da tentação”. Convictos, desta verdade podemos afirmar: A IGREJA NÃO PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO. 
  
 4 – O MILÊNIO 
  
“...e reinarão com Cristo durante mil anos”; Ap. 20.4b. O milênio será, de acordo com as escrituras, um tempo de restauração para todas as coisas. Ao invés do pecado, a justiça encherá a Terra.
  
Será verdadeiramente a Idade Áurea da Terra, acerca do qual os poetas têm entoado, e pela qual este mundo triste e sofrido tem esperado através de todos os séculos, desde que o seu Rei foi crucificado e assim o Senhor da Glória foi rejeitado pelos que lhe pertenciam e por cuja razão, o reino foi adiado.
  
Haverá profundas mudanças na Terra, durante o Milênio. A maldição que Deus pronunciou devido ao pecado, será removida e assim a benção de Deus mover-se-á sobre a Terra.
  
Vejamos agora alguns itens a serem considerados sobre o Milênio.
  
4.1 – A forma de Governo 
TEOCRÁTICO, isto é, o próprio Deus regerá o mundo na pessoa do Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo; Dn. 7.4.
  
4.2 – A Sede do Governo
Jerusalém, será a capital do mundo. A desprezada cidade tantas vezes pisada pelos exércitos invasores.
  
4.3 – Condições espirituais 
As condições espirituais em evidência durante o Milênio contrastarão fortemente com as prevalecentes nos dias atuais. Então terá sua total realização a profecia de Joel 2.28,29, em que, o Espírito Santo será derramado sobre Israel e as demais nações.
  
4.4 – O conhecimento do Senhor será universal durante o Milênio; Is. 11.9; Jr. 31.34. Tal qual hoje o mal prevalece e muitas nações jazem nas trevas da idolatria, naquele tempo a justiça de Deus prevalecerá e todas as nações conhecerão o nome do Senhor Jeová Rafá.
  
4.5 – Satanás será amarrado durante o Milênio. Esse inimigo, tanto de Deus como do homem, será algemado e lançado no abismo, de maneira que ele ficará impossibilitado de exercer o seu nefasto programa de engano entre os homens;

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