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Movimentos Sociais nos Processos de Inclusão Social

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1º Semestre - Movimentos Sociais nos Processos de Inclusão Social.
Atualmente a sociedade vive em uma enorme gama de diferenças coexistente diariamente, onde os indivíduos que integram nossa sociedade possuem necessidades de serem inseridas em realidades diferentes. Essas necessidades precisam ser representadas em nosso contexto político para que sejam atendidas.
Contudo, não é sempre que os interesses e necessidades de um determinado grupo são atendidas devidamente pelo Estado ou pelos representantes políticos, gerando um conflito de interesses, surgindo os movimentos sociais.
Movimentos Sociais se refere a uma ação coletiva de um determinado grupo organizado que tem como objetivo alcançar uma mudança que sociais por meio do embate político, conforme seus valores e ideais dentro de um contexto específico de uma determinada sociedade. Fazem parte dos movimentos sociais, os movimentos populares, sindicais e a organizações não governamentais (ONGs).
Historicamente a ideia de luta por direitos começa com uma nova concepção de conceitos como o homem no centro das transformações, e não mais o divino como centro, essa concepção vem com os iluministas que pregam a razão, que começa num período compreendido entre os anos de 1650 e 1700.
Essas ideias influenciam a Revolução Francesa de 1789, a burguesia percebe que essas ideias seriam favoráveis à tomada do poder na França e a partir daí usam um slogan que ficaria para a história, Liberdade, Igualdade e Fraternidade derrubando a bastilha e toma o poder na França.
As massas trabalhadoras vendem sua mão de obra para a burguesia que detém os meios de produção nesse momento para Marx aparecem duas classes distintas a burguesia detentora dos meios de produção o proletariado que vende sua mão de obra para essa burguesia.
Surgem duas classes que permeia a discussão de Marx que se torna o grande analisador e critico do capitalismo, ele vivencia as transformações que o mundo passa, ele cria uma grande obra que contribui para os movimentos sociais.
Para Marx o capitalismo tem um fim quando ele esgotar ele chegara ao fim, e ai aparecera uma nova forma de sociedade que seria o socialismo e por fim o comunismo o ultimo estagio.
As ideias Marxistas contribuem significativamente para a as revoltas na Europa, pois quando a alta burguesia chega ao poder na França o proletariado e a baixa burguesia é deixada de lado e excluída do processo política, ao longo do século XVIII e XIX as revoltas vão aumentando significativamente.
As ideias iluministas e Marxistas dominam o mundo movimentos de independência buscam a fonte para a ideologia da independência, enquanto na Europa no século XIX o congresso de Viena procura restaurar as monarquias, a partir daí de 1830 a 1848, a Europa enfrentou um complexo conjunto de fatores socioeconômicos negativos: queda de colheitas situação de miséria do operariado, ausência de garantias e direitos fundamentais para o trabalhador e repressão à liberdade de expressão.
Essa situação de crise e insatisfação possibilitou a aliança temporária entre setores da pequena e média burguesia com o operariado, cada vez mais consciente da exploração social de que era vitima. Dessa aliança instável nasceram diversos movimentos revolucionários de contestação às estruturas de poder vigentes em grande parte da Europa. Mistura ideias nacionalistas, liberais e socialistas esses movimentos explodem em diversos lugares como: França, Itália, Áustria, Irlanda, Alemanha, Suíça, Hungria etc.
O século de mudanças foi sem duvida o século XIX mudanças no campo social, e econômico e político o mundo deixou de ser desconhecido ouve avanços tecnológicos apareceram novas teorias políticas, a luta na Europa avança movimentos de unificação na Itália e na Alemanha.
Na América do norte os Estados unidos cria uma política que vai da expropriação de terras indígenas compra de terras povoamento através da imigração europeia ate guerras entre o norte o sul do país, o rápido avanço dos Estados Unidos deixa ele pronto para participar da segunda revolução industrial o capitalismo ganha força por todo o mundo, o avanço do capitalismo como forma econômica ganha cada vez mais espaço, os estados unidos adotam ele uma política claramente liberal, nacionalista o mundo tem uma nova forma de colonização, conhecida agora como neocolonialismo.
Neste processo a Rússia se torna um país atrasado industrialmente não conseguindo acompanhar o avanço tecnológico capitalista do século XIX no começo do século XX a grande guerra começa e faz a Rússia sair da guerra, pois a sua população organiza contra o império do czar, a população vivia em situação de estrema miséria nessa luta o movimento dos Bolcheviques chegam ao poder e criam a ditadura do proletariado para fazer a Rússia avançar.
Movimentos políticos organizam e crescem no século XX entre os quais podemos destacar os Fascistas e Nazistas com suas ideologias completamente racistas chegam ao poder, percebe que a população menos esclarecida e mais miserável são as primeiras a aderir ao discurso dos movimentos altamente racista. 
 A segunda guerra abala a economia da Europa os Estados Unidos se tornam senhores do mundo juntamente com a União Soviética surge uma guerra conhecida como guerra fria, uma nova concepção política aparece à disputa entre o capitalismo liberal versus o socialismo.
Na segunda metade do século XX a guerra fria vai ate o final da década de 80 e chega ao fim na década 90, o capitalismo ganha o mundo surge o conceito de globalização, mas mesmo ganhando o capitalismo como forma econômica os movimentos sociais se espalham pelo o mundo temos o movimento do rock, do reggae o movimento dos negros nos Estados Unidos, o movimento das mulheres que vinha desde o começo do século também a luta pelos direitos humanos o século XX, o século dos movimentos sociais e na luta contra diversas formas de opressão e na busca de direitos.
Não podemos deixar de lado o movimento dos homossexuais que surgiu em são Francisco nos estados unidos e ganhou o mundo hoje este presente com força por toda a parte do globo e pode ser considerado um dos movimentos mais fortes que existe na atualidade.
No século XXI surgem novos movimentos, no campo da política na busca por independência da opressão imposta no Egito jovens se organizam para tirar do poder o ditador Mubarak o oriente médio se levanta contra a dominação imposta por ditadores há décadas podemos citar também a Líbia que derrubou o ditador Muamar Kadafi, na Espanha e na Grécia os jovens se organizam contra a forma de governo em que impõe altos impostos e cortes de orçamento na área social, essa política desagradou à população que foram à rua e exigiram outra saída para a crise econômica, nos estados unidos recentemente temos jovens que se organizaram pacificamente e foram à frente do centro financeiro de Wall Streete onde sofreram forte opressão da policia.
No Brasil, sempre teve movimentos sociais, desde movimentos que buscavam a independência do país ate movimentos que luta pela não violência de animais. 
•	A Proclamação da República
Este movimento desencadeou a libertação do Brasil das mãos dos monarquistas, que governavam o Brasil através da monarquia constitucional parlamentarista. Esse movimento foi marcado por um público mais elitizado, que se uniu a Marechal Deodoro da Fonseca, e após um levante militar, instaurou a República em 15 de novembro de 1889. 
•	Ditadura Militar
O regime militar brasileiro que durou de 1964 a 1985 levou milhares de pessoas as ruas. No dia 26 de junho de 1968 uma manifestação com mais de 100 mil pessoas no Rio de Janeiro, levaram as ruas jovens que pediam pelo fim do regime autoritário, na época o então presidente Arthur Costa e Silva, negou as solicitações e ainda aprovou um ato que proibia os movimentos sociais, chamado de Ato Institucional N° 5 (AI-5).
•	Diretas Já!
O movimento das diretas já, contou com grande participação e apelo da população, que lutava para estabelecer eleições diretas para presidenteno Brasil. Com o aumento crescente da inflação, a crise fez com que o sistema até então governando pelos militares diminuísse cada vez mais. 
A emenda constitucional foi votada em 25 de abril de 1984, porem ela não foi aprovado, devido a artimanhas de políticos ligados ao regime militar. Porem em 1989 ocorre à primeira eleição direta para presidente, após ser estabelecida na constituição de 1988.
•	Geração caras-pintadas – Impeachment 1992
Após as eleições diretas para presidente em 1989, elegendo o então presidente Fernando Collor de Mello, a população começou a se manifestar por conta das falhas que seu governo estava apresentando. Os jovens que ficaram conhecidos com caras-pintadas descobriram uma nova forma de protestar exigindo democracia. No dia 29 de setembro de 1992, Fernando Collor, é impedido como presidente do Brasil.
•	Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, também conhecido pela sigla MST, é um movimento social brasileiro de inspiração marxista cujo objetivo é a implantação da reforma agrária no Brasil. Teve origem na aglutinação de movimentos que faziam oposição ou estavam desgostosos com o modelo de reforma agrária imposto pelo regime militar, principalmente na década de 1970, o qual priorizava a colonização de terras devolutas em regiões remotas, com objetivo de exportação de excedentes populacionais e integração estratégica. Contrariamente a este modelo, o MST declara buscar a redistribuição das terras improdutivas.
 Apesar dos movimentos organizados de massa pela reforma agrária no Brasil remontarem apenas às ligas camponesas, associações de agricultores que existiam durante as décadas de 1950 e 1960, o MST proclama-se como herdeiro ideológico de todos os movimentos de base social camponesa ocorridos desde que os portugueses entraram no Brasil, quando a terra foi dividida em sesmarias favor real, de acordo com o direito feudal português, fato este que excluiu em princípio grande parte da população do acesso direto a terra.
 Uma das atividades do grupo consiste na ocupação de terras improdutivas como forma de pressão pela reforma agrária, mas também há reivindicação quanto a empréstimos e ajuda para que realmente possam produzir nessas terras. Para o MST, é muito importante que as famílias possam ter escolas próximas ao assentamento, de maneira que as crianças não precisem ir à cidade e, desta forma, fixar as famílias no campo.
A organização não tem registro legal por ser um movimento social e, portanto, não é obrigada a prestar contas a nenhum órgão de governo, como qualquer movimento social ou associação de moradores.
 O movimento recebe apoio de organizações não governamentais e religiosas, do país e do exterior, interessadas em estimular a reforma agrária e a distribuição de renda em países em desenvolvimento. Sua principal fonte de financiamento é a própria base de camponeses já assentados, que contribuem para a continuidade do movimento.
 Dados coletados em diversas pesquisas demonstram que os agricultores organizados pelo movimento têm conseguido usufruir de melhor qualidade de vida que os agricultores não organizados.
 O MST reivindica representar uma continuidade na luta histórica dos camponeses brasileiros pela reforma agrária. Os atuais governantes do Brasil tem origens comuns nas lutas sindicais e populares, e, portanto compartilham em maior ou menor grau das reivindicações históricas deste movimento. Segundo outros autores, o MST é um movimento legítimo que usa a única arma que dispõe para pressionar a sociedade para a questão da reforma agrária, a ocupação de terras e a mobilização de grande massa humana.
•	Movimento dos Trabalhadores Sem Teto - MTST
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) surgiu em 1997 da necessidade de organizar a reforma urbana e garantir moradia e a todos os cidadãos. Está organizado nos municípios do Rio de Janeiro, Campinas e São Paulo. É um movimento de caráter social, político e sindical. Em 1997, o MST fez uma avaliação interna em que reconheceu que seria necessária uma atuação na cidade além de sua atuação no campo. Dessa constatação, duas opções de luta se abriram: trabalho e moradia.
 Estão em quase todas as metrópoles do País. São desdobramentos urbanos do MST, com um comando descentralizado. As formas de atuação variam de um movimento para outro. Em geral, as ocupações não têm motivação política, apenas apoio informal de filiados a partidos de esquerda. O objetivo das ocupações é pressionar o poder público a criar programas de moradia e dar à população de baixa renda acesso a financiamentos para a compra de imóveis.
 Atualmente, o MTST é autônomo em relação ao MST, mas tem uma aliança estratégica com esse.
•	Fórum Social Mundial - FSM
O Fórum Social Mundial (FSM) é um evento altermundialista organizado por movimentos sociais de diversos continentes, com objetivo de elaborar alternativas para uma transformação social global. Seu slogan é “Outro mundo é possível”.
É um espaço internacional para a reflexão e organização de todos os que se contrapõem à globalização neoliberal e estão construindo alternativas para favorecer o desenvolvimento humano e buscar a superação da dominação dos mercados em cada país e nas relações internacionais.
 A luta por um mundo sem excluídos, uma das bandeiras do I Fórum Social Mundial, tem suas raízes fixadas na resistência histórica dos povos contra todo o gênero de opressão em todos os tempos, resistência que culmina em nossos dias com o movimento irmanando milhões de cidadãos e não cidadãos do mundo inteiro contra as consequências da mundialização do capital, patrocinada por organismos multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial (BM) e a Organização Mundial do Comércio (OMC), entre outros.
 O Fórum Social Mundial (FSM) se reuniu pela primeira vez na cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, Brasil, entre 25 e 30 de janeiro de 2001, com o objetivo de se contrapor ao Fórum Econômico Mundial de Davos. Esse Fórum Econômico tem cumprido, desde 1971, papel estratégico na formulação do pensamento dos que promovem e defendem as políticas neoliberais em todo mundo. Sua base organizacional é uma fundação suíça que funciona como consultora da ONU e é financiada por mais de 1.000 empresas multinacionais.
•	Movimento Hippie
Os "hippies" (no singular, hippie) eram parte do que se convencionou chamar movimento de contracultura dos anos 60 tendo relativa queda de popularidade nos anos 70 nos EUA, embora o movimento tenha tido muita força em países como o Brasil somente na década de 70. Uma das frases idiomáticas associada a este movimento foi a célebre máxima "Paz e Amor" (em inglês "Peace and Love") que precedeu á expressão "Ban the Bomb”, a qual criticava o uso de armas nucleares. 
 As questões ambientais, a prática de nudismo, e a emancipação sexual eram ideias respeitadas recorrentemente por estas comunidades.
 Adotavam um modo de vida comunitário, tendendo a uma espécie de socialismo-anarquista ou estilo de vida nômade e à vida em comunhão com a natureza, negavam o nacionalismo e a Guerra do Vietnã, bem como todas as guerras, abraçavam aspectos de religiões como o budismo, hinduísmo, e/ou as religiões das culturas nativas norte-americanas e estavam em desacordo com valores tradicionais da classe média americana e das economias capitalistas e totalitárias. Eles enxergavam o patriarcalismo, o militarismo, o poder governamental, as corporações industriais, a massificação, o capitalismo, o autoritarismo e os valores sociais tradicionais como parte de uma "instituição" única, e que não tinha legitimidade.
 Nos anos 60, muitos jovens passaram a contestar a sociedade e a pôr em causa os valores tradicionais e o poder militar e econômico. Esses movimentos de contestação iniciaram-se nos EUA, impulsionados por músicos e artistas em geral. Os hippies defendiam oamor livre e a não violência. Como grupo, os hippies tendem a viver em comunidades coletivistas ou de forma nômade, vivendo e produzindo independentemente dos mercados formais, usam cabelos e barbas mais compridos do que era considerado "elegante" na época do seu surgimento. Muita gente não associada à contracultura considerava os cabelos compridos uma ofensa, em parte por causa da atitude iconoclasta dos hippies, às vezes por acharem "anti-higiênicos" ou os considerarem "coisa de mulher".
 Foi quando a peça musical Hair saiu do circuito chamado off-Broadway para um grande teatro da Broadway em 1968, que a contracultura hippie já estava se diversificando e saindo dos centros urbanos tradicionais.
Os Hippies não pararam de fazer protestos contra a Guerra do Vietnã, cujo propósito era acabar com a guerra. A massa dos hippies eram soldados que voltaram depois de ter contato com os Indianos e a cultura oriental que, a partir desse contato, se inspiraram na religião e no jeito de viver para protestarem. Seu principal símbolo era o Mandala (Figura circular com três intervalos iguais).
•	Movimento Feminista
 O Feminismo é um discurso intelectual, filosófico e político que tem como meta os direitos iguais e a proteção legal às mulheres. Envolve diversos movimentos, teorias e filosofias, todas preocupadas com as questões relacionadas às diferenças entre os gêneros, e advogam a igualdade para homens e mulheres e a campanha pelos direitos das mulheres e seus interesses. De acordo com Maggie Humm e Rebecca Walker, a história do feminismo pode ser dividida em três "ondas". A primeira teria ocorrido no século XIX e início do século XX, a segunda nas décadas de 1960 e 1970, e a terceira teria ido da década de 1990 até a atualidade. A teoria feminista surgiu destes movimentos femininos, e se manifesta em diversas disciplinas como a geografia feminista, a história feminista e a crítica literária feminista.
 O feminismo alterou principalmente as perspectivas predominantes em diversas áreas da sociedade ocidental, que vão da cultura ao direito. As ativistas femininas fizeram campanhas pelos direitos legais das mulheres (direitos de contrato, direitos de propriedade, direitos ao voto), pelo direito da mulher à sua autonomia e à integridade de seu corpo, pelos direitos ao aborto e pelos direitos reprodutivos (incluindo o acesso à contracepção e a cuidados pré-natais de qualidade), pela proteção de mulheres e garotas contra a violência doméstica, o assédio sexual e o estupro, pelos direitos trabalhistas, incluindo a licença-maternidade e salários iguais, e todas as outras formas de discriminação.
 Durante a maior parte de sua história, a maior parte dos movimentos e teorias feministas tiveram líderes que eram principalmente mulheres brancas de classe média, da Europa Ocidental e da América do Norte. No entanto, desde pelo menos o discurso Sojourner Truth, feito em 1851 às feministas dos Estados Unidos, mulheres de outras raças propuseram formas alternativas de feminismo. Esta tendência foi acelerada na década de 1960, com o movimento pelos direitos civis que surgiu nos Estados Unidos, e o colapso do colonialismo europeu na África, no Caribe e em partes da América Latina e do Sudeste Asiático. Desde então as mulheres nas antigas colônias europeias e no Terceiro Mundo propuseram feminismos "pós-coloniais" - nas quais algumas postulantes, como Chandra Talpade Mohanty, criticam o feminismo tradicional ocidental como sendo etnocêntrico. Feministas negras, como Angela Davis e Alice Walker, compartilham este ponto de vista.
 Desde a década de 1980, as feministas standpoint argumentaram que o feminismo deveria examinar como a experiência da mulher com a desigualdade se relaciona ao racismo, à homofobia, ao classismo e à colonização. No fim da década e início da década seguinte as feministas ditas pós-modernas argumentaram que os papeis sociais dos gêneros seriam construídos socialmente, e que seria impossível generalizar as experiências das mulheres por todas as suas culturas e histórias.
•	Movimento Estudantil
 O movimento estudantil, embora não seja considerado um movimento popular, dada a origem dos sujeitos envolvidos, que, nos primórdios desse movimento, pertenciam, em sua maioria, a chamada classe pequeno burguesa, é um movimento de caráter social e de massa. É a expressão política das tensões que permeiam o sistema dependente como um todo e não apenas a expressão ideológica de uma classe ou visão de mundo. Em 1967, no Brasil, sob a conjuntura da ditadura militar, esse movimento inicia um processo de reorganização, como a única força não institucionalizada de oposição política. A história mostra como esse movimento constitui força auxiliar do processo de transformação social ao polarizar as tensões que se desencadearam no núcleo do sistema dependente. O movimento estudantil é o produto social e a expressão política das tensões latentes e difusas na sociedade. Sua ação histórica e sociológica tem sido a de absorver e radicalizar tais tensões. Sua grande capacidade de organização e arregimentação foi capaz de colocar cem mil pessoas na rua, quando da passeata dos cem mil, em 1968. Ademais, a histórica resistência da União Nacional dos Estudantes (UNE), como entidade representativa dos estudantes, é exemplar.
 
 O movimento estudantil é um movimento social da área da educação, no qual os sujeitos são os próprios estudantes. Caracteriza-se por ser um movimento poli classista e constantemente renovado - já que o corpo discente se renova periodicamente nas instituições de ensino.
 Podem-se encontrar traços de movimentos estudantis pelo menos desde o século XV, quando, na Universidade de Paris, uma das mais antigas universidades da Europa, registraram-se vários movimentos grevistas importantes. A universidade esteve em greve durante três meses, em 1443, e por seis meses, entre setembro de 1444 e março de 1445, em defesa de suas isenções fiscais. Em 1446, quando Carlos VII submeteu a universidade à jurisdição do Parlamento de Paris, eclodiram revoltas estudantis - das quais participou, entre outros, o poeta François Villon - contra a supressão da autonomia universitária em matéria penal e a submissão da universidade ao Parlamento. Frequentemente, estudantes eram detidos pelo preboste do rei e, nesses casos, o reitor dirigia-se ao Châtelet, sede do prebostado, para pedir que o estudante fosse julgado pelas instâncias da universidade. Se o preboste do rei indeferia o pedido, a universidade entrava em greve. Em 1453, um estudante, Raymond de Mauregart, foi morto pelas forças do Châtelet e a universidade entrou novamente em greve por vários meses.
 Contemporaneamente, destacam-se os movimentos estudantis da década de 1960, dentre os quais os de maio de 1968, na França. No mesmo ano, também se registraram movimentos em vários outros países da Europa Ocidental, nos Estados Unidos e na América Latina. No Brasil, o movimento teve papel importante na luta contra o regime militar que se instalou no país a partir de 1964.
Atualmente, o cientista politico Gianfranco Pasquino em sua contribuição ao Dicionário de Política de 2004 organizado em conjunto com Norberto Bobbio e Nicolau Mateucci, afirma que os movimentos sociais constituem tentativas, pautadas em valores comuns àqueles que compõem o grupo, de definir formas de ação social para se alcançar determinados resultados.
Por outro lado, conforme aponta Alain Touraine, Em defesa da Sociologia (1976), para se compreender os movimentos sociais, mais do que pensar em valores e crenças comuns para a ação social coletiva, seria necessário considerar as estruturas sociais nas quais os movimentos se manifestam. Cada sociedade ou estrutura social teria como cenário um contexto histórico (ou historicidades) no qual, assim como também apontava Karl Marx, estaria posto um conflito, entre classes, terreno das relações sociais, a depender dos modelos culturais, político e social. Assim,os movimentos sociais fariam explodir os conflitos já postos pela estrutura social geradora por si só da contradição entre as classes, sendo uma ferramenta fundamental para a ação com fins de intervenção e mudança daquela mesma estrutura.
Além disso, os movimentos sociais estão diretamente ligados à resolução de problemas sociais, e não à reivindicação de posses materiais. No entanto, eles não se resumem apenas à reivindicação de direitos ou à demanda pela representação de um grupo, pois um movimento pode surgir como agente construtor de uma proposta de reorganização social para mudar um ou outro aspecto de uma sociedade. 
Há uma grande importância na organização desses grupos, a forca da ação coletiva só é efetiva quando direcionada. Dessa forma, ocorre o surgimento de líderes que representam diretamente as demandas do grupo e a organização em nome das exigências e ideais comuns.
Ainda, para que haja um movimento social efetivo, é preciso a conjugação de alguns fatores:
•	O primeiro deles é o projeto, o qual abarca toda proposta e objetivos do movimento em questão.
•	A ideologia é a responsável por articular a união entre os grupos sociais em prol do movimento.
•	Os movimentos sociais estabelecem uma disposição hierárquica. Essa hierarquização pode ser descentralizada ou não, numa estrutura deliberada para possuir líderes e outros integrantes.
O pesquisador Dílson Ferreira define os movimentos sociais a partir das ações de grupos organizados que objetivam determinados fins, ou seja, os movimentos sociais se definem por uma ação coletiva de um grupo organizado e que objetiva alcançar mudanças sociais por meio da luta política, em função de valores ideológicos compartilhados questionando uma determinada realidade que se caracteriza por algo impeditivo da realização dos anseios de tal movimento.
 Com a luta dos movimentos sociais ampliou-se o leque de atores sociais e surgiram novas facetas à cidadania com ênfase na responsabilidade dos cidadãos na elaboração de Políticas Públicas, com espaços criados institucionalmente para esta parceria entre Estado e sociedade civil, como é o caso, por exemplo, dos conselhos gestores de políticas públicas (para aprofundar o debate sobre o papel dos Movimentos Sociais nos Conselhos Gestores de Políticas Públicas veja o artigo nesta mesma seção). “Novos e antigos atores sociais fixarão suas metas na conquista de espaços na sociedade política, especialmente nas parcerias que se abrem entre governo e sociedade civil organizada, por meio de Políticas Públicas” (GOHN, 2014, p. 58). E como afirma Antônio Lambertucci – então secretário executivo da Secretária-geral da Presidência da República na época do governo Lula: “[...] as contribuições dos movimentos e organizações sociais impactam as políticas públicas e são garantias de execução [...] Isto significa uma mudança na relação com a sociedade civil e um autêntico reconhecimento do papel das entidades” (2009, p. 72). 
No mais, o subsecretário de Trabalho e Emprego, Antônio Lambertucci chama atenção ainda para o fato de como tais organizações e movimentos sociais constituem espaços de participação em uma grande rede entre indivíduos sendo através destas redes que “[...] os atores sociais formam opinião, se expressam, fazem sua vontade ganhar poder coletivo e, assim, interferem nos destinos do país” (2009, p. 82).
Em termos de classificação podemos dividir os movimentos sociais em:
•	Movimentos reivindicatórios, os quais focam sua ação em exigências de questões imediatas. Utilizam-se da pressão pública para pressionar instituições que possam modificar os dispositivos legais que possam lhes favorecer.
•	Movimentos políticos, os quais buscam influenciar a população na participação política direta enquanto garantia para transformações estruturais na sociedade.
•	Movimentos de classe, os quais buscam subverter a ordem social e, consequentemente, alterar as relações entre distintos fatores na conjuntura nacional.
Já a inclusão social é o termo utilizado para designar toda e qualquer política de inserção de pessoas ou grupos excluídos na sociedade. Portanto, falar de inclusão social é remeter ao seu inverso, a exclusão social.
Nesse sentido, para estabelecer uma ação de inclusão social, primeiramente é necessário observar e identificar quais seriam aqueles que estariam sistematicamente excluídos da sociedade, ou seja, que não gozam dos seus benefícios e direitos básicos, como saúde, educação, emprego, renda, lazer, cultura, entre outros.
De certo modo, é muito difícil que alguém ou algum grupo social esteja totalmente excluído de toda a sociedade. Geralmente, isso ocorre sobre uma parte dela. Assim, falar de inclusão é falar de democratizar os diferentes espaços para aqueles que não possuem acesso direto a eles.
Por exemplo: as cotas raciais seriam uma medida de inclusão dos negros na universidade, no sentido de que esse grupo de pessoas, por razões históricas, possui estatisticamente maiores limitações materiais para alcançar o nível superior. Outro caso seria a adoção de medidas de acessibilidade para idosos e deficientes físicos que não conseguem acessar ou se deslocar em espaços públicos das cidades.
A Secretaria Especial dos Direitos Humanos resume alguns dados que podemos considerar como exemplos de exclusão social:
125 milhões de crianças no mundo não frequentam a escola, sendo dois terços delas mulheres.
Somente 1% dos deficientes físicos frequentam a escola em países subdesenvolvidos e emergentes.
12 milhões de crianças morrem por problemas relacionados com a falta de recursos por ano.
Vale lembrar que, por exemplo, se uma pessoa é de determinada etnia, ou cor, ou se ela possui algum tipo de deficiência física ou é portadora de necessidades especiais, ela não é automaticamente uma pessoa socialmente excluída. No entanto, se a sociedade não oferece condições e faz com que qualquer uma dessas características torne-se um impeditivo à liberdade humana, então há um caso de exclusão social. Portanto, mais do que uma expressão, a exclusão social é, de certa forma, uma forma de violência ao ser ou à dignidade humana, pois impede que um indivíduo exerça a sua cidadania por razões eticamente não justificáveis.
A inclusão social, nesse contexto, transformou-se em um objetivo a ser perseguido por várias pessoas, em uma forma de luta. Assim, existem atualmente inúmeros movimentos sociais que reivindicam da sociedade geral e do poder pública a efetuação de uma real política de contrapeso às diferenças históricas e sociais constituídas no cerne da história da civilização moderna. Existem os movimentos feministas, raciais, de grupos homossexuais, de religiões africanas e outras, de portadores de necessidades especiais etc
.
Mais do que um esforço do governo em suas diferentes escalas, é preciso também uma maior ação social para a promoção de políticas de inclusão social. Isso envolve diversas áreas da sociedade, como a educação, a cultura, entre outros. Por isso, esforços coletivos e individuais que visem romper preconceitos e ações coercitivas são necessários para uma melhor vivência cotidiana.

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