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9 Bíblia de estudo arqueológica NVI 1 Samuel 46

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N O V A V E R S Ã O I N T E R N A C I O N A L
A T R A V É S D A V I D A E D O S 
T E M P O S B Í B L I C O S
A U T O R , D A T A E L U G A R D A R E D A Ç Ã O
Não sabemos quem escreveu os livros de 1 e 2Samuel, que receberam o nome do juiz e profeta que Deus usou para estabelecer a monar­
quia de Israel. Originariamente, as duas seções atualmente separadas compreendiam apenas um livro, o qual foi separado em duas partes 
pelos tradutores da Septuaginta (antiga tradução grega do AT). Baseados na história mais ampla coberta por 1 e 2Samuel — desde os 
dias de Eli (1Sm 1) até o final do reinado de Davi (2Sm 24) — , sabemos que um único escritor ou compilador não poderia ter vivido tempo 
suficiente para registrar todas as informações do livro como testemunha ocular.
Algumas características de 1 Samuel sugerem que em sua composição foram utilizadas algumas fontes independentes não 
editadas, inclusive registros de testemunhas oculares que às vezes reproduziam literalmente as palavras das personagens. Alguns 
estudiosos consideram a “narrativa da sucessão” (2Sm 9— 1 Rs 2) um documento de uma única fonte, mas esse ponto de vista é ques­
tionado. Os escritores/compiladores sem dúvida se basearam em registros históricos de Samuel, Saul e Davi.
O livro de 1 Samuel (assim como suas várias fontes) foi evidentemente escrito entre o final da vida de Davi e algum momento do 
reinado de Salomão. Não temos condições de precisar as datas porque os dados são insuficientes para construir uma cronologia pre­
cisa. 0 nascimento de Davi e a duração de seu reinado são determinados (cf. 2Sm 5.4,5), porém a maioria das outras datas, entre elas 
a ascensão de Saul ao trono e o final de seu reinado, não são informadas. Além desses desafios cronológicos, acrescente-se a ausência 
de datas para o nascimento e a morte de Samuel. Para complicar a situação, os editores/compiladores de 1 Samuel nem sempre orga­
nizaram seu material na seqüência cronológica exata. As datas sugeridas a seguir podem fornecer uma estrutura útil:
• Nascimento de Samuel, cerca de 1105 a.C.
• Nascimento de Saul, cerca de 1080 a.C.
• Nascimento de Davi, 1040 a.C.
• Davi é ungido sucessor de Saul, cerca de 1025 a.C.
• Final do reinado de Davi, 970 a.C.
D E S T I N A T Á R I O
Os leitores originais de 1 Samuel foram os israelitas que viveram durante os reinados de Davi e Salomão, bem como as gerações subse­
quentes. As histórias deste livro são dirigidas aos israelitas que viveram enquanto a monarquia estava em fase de consolidação, particular­
mente à luz do fato de que a narrativa atesta a escolha divina de Davi (16.13).
F A T O S C U L T U R A I S E D E S T A Q U E S
Durante o período englobado pelo livro (ca. século XI a.C.), nenhuma superpotência eclipsava a região hoje conhecida como Palestina. 
Por isso, Israel, liderado por Davi, aproveitou todas as oportunidades para subjugar as outras nações de Canaã. Os filisteus, porém, que 
viviam nas áreas costeiras junto ao mar Mediterrâneo, provaram ser um inimigo resiliente. 0 livro apresenta Samuel e em seguida explora 
a tensão entre a lealdade pactuai para com Deus e a monarquia humana. 0 rei Saul foi, de modo geral, foi desobediente a Deus, por isso o 
Senhor pôs em execução seu plano de fazer de Davi o rei seguinte de Israel.
L I N H A D O T E M P O
1400 A.C. 1300 1200 1100 1000 900 800 700 600 500 400
Os israelitas entram em Canaã (ca. 1406 a.C.) 1
Os juizes começam a governar (ca. 1375 a.C.) 1
Saul é nomeado rei (1050 a.C.)
1
Davi mata Golias (ca. 1025 a.C.)
1
Morte de Saul; Davi é nomeado rei (1010 a.C.)
1
Reinado de Salomão (970-930 a.C.)
Divisão do reino (930 a.C.)
1
Redação do livro de 1 Samuel (ca. 925 a.C.)
3 9 6 I N T R O D U Ç Ã O A 1 S A M U E L
E N Q U A N T O V O C Ê LÊ
Visualize o desenrolar dos acontecimentos quando Deus responde à oração da devota Ana e então usa seu filho, Samuel, para facilitar a tran­
sição de Israel do governo direto de Deus por meio da aliança, para um sistema político liderado por um rei humano no papel de representante 
divino. Observe o intercâmbio entre Deus e o povo, que insistia em ter um rei, como as outras nações. Samuel, o líder, profeta, sacerdote 
e juiz divinamente constituído, desempenhou um importante papel no estabelecimento da monarquia, a despeito de seus avisos sobre as 
inevitáveis conseqüências negativas daquela escolha. Mentalize o quadro em que esse inflexível servo de Deus conclama o povo a continuar 
cumprindo as obrigações da aliança e o rei Saul, assim como todos os futuros reis, a submeter-se à autoridade direta de Deus e de sua lei.
Acompanhe a longa, tortuosa e difícil Jornada de Davi até o trono. Atente para sua resoluta lealdade a Deus, a Saul, o rei ungido 
de Israel, e ao filho de Saul, Jônatas, seu melhor amigo e provável sucessor no trono.
V O C Ê S A B I A ?
• Os gregos dos tempos antigos, com quem aparentemente estavam relacionados os filisteus, às vezes decidiam confrontos militares 
por meio de campeões escolhidos para duelar entre os exércitos em linha de batalha. Esse “julgamento pela prova da batalha” estava 
baseado na crença de que os deuses de cada exército é que lutariam e decidiriam a batalha (17.4).
• O uso das convenções normais da poesia hebraica, segundo as quais “dez mil” era em geral usado como paralelo para ”mil”, a frase: 
“Davi [matou] seus dez milhares” foi uma forma que as mulheres encontraram para dizer: “Saul e Davi mataram milhares” (18.7).
• Os sacerdotes e adivinhos eram às vezes obrigados, sob pena de morte, a fazer juramento de lealdade ao rei, comprometendo-se a 
servi-los como informantes (22.9-18).
• Agarrar a borda do manto simbolizava lealdade, porém cortar um pedaço da túnica de alguém significava deslealdade e rebelião 
(24.4,5).
T E M A S
0 livro de 1 Samuel inclui os seguintes temas:
1. Monarquia. Para Israel, a monarquia significava uma grande promessa, mas também um enorme perigo. 0 tipo errado de rei poderia 
sobrecarregar o mesmo povo que supostamente deveria apoiar, proteger e socorrer (8.10-18). Pior ainda, poderia desviar o coração do 
povo para longe do relacionamento de aliança com Deus (8.7). 1 Samuel demonstra que os líderes humanos não são a força mais poderosa 
do Universo. Deus, o Rei soberano, pode remover seus representantes humanos para garantir o bem-estar de seu povo, como se vê no 
declínio de Saul e na ascensão de Davi.
2. Obediência. Para Israel, o rei não tinha autonomia em termos de autoridade e poder: era um instrumento do governo de Deus (12.14,15; 
15.11,20). 0 livro de 1 Samuel enfatiza que é a obediência que agrada a Deus, não o ritual ou a tradição (15.22). Os líderes são imperfeitos, 
porém a devoção total ao Senhor é uma característica essencial do líder piedoso (13.14).
3. Amizade e lealdade. Davi e Jônatas mantiveram uma amizade que resistiu a incríveis forças de oposição. Jônatas seria o próximo rei, não 
fosse Saul rejeitado por Deus, por causa da desobediência. Davi, naturalmente, seria o rival de Jônatas. Contudo, a despeito da campanha 
de terror empreendida por Saul contra Davi, Jônatas permaneceu fiel à sua amizade com Davi, protegendo-o da ira e das repetidas tramas de 
seu pai contra a vida dele (18.1-4; 19.1-10; 20.1-42). Davi, em troca, permaneceu leal não apenas a Jônatas, mas também ao rei Saul, 
recusando-se a tomar o trono antes que o Senhor o tivesse entregado (24.1 -22; 26.1 -25).
S U M Á R I O
I. Situação que levou ao estabelecimento da monarquia em Israel (1— 7)
II. Estabelecimento da monarquia em Israel (8— 12)
III. Saul fracassa como rei (13— 15)
IV. Ascensão de Davi ao trono e o conflito com Saul (16— 30)
V. Morte de Saul (31)
1 S A M U E L 1 . 2 8 3 9 7
1.1 aJs 17.17,18; 
*»1 Cr 6.27,34
1.2 cDt 21.15-17;
Lc 2.36
1.3 iv. 21; 
Êx 23.14; 34.23; 
Lc 2.41; eDt 12.5- 
7; fJs 18.1 
1.4 9Dt 12.17,18 
1.5 hGn 16.1; 30.2 
1.6Uó 24.21
1.9 k1 Sm 3.3
1.10'Jó 7.11
1.11 mGn 8.1; 
28.20; 29.32; 
nNm 6.1-21; 
Jz 13.5
1.15 °SI 42.4; 
62.8; Lm 2.19
1.17 PJz 18.6; 
1Sm 25.35;
2Rs 5.19; Mc 5.34; 
QSI 20.3-5
1.18 H t 2.13; 
sEc 9.7; Rm 15.13
1.19 tGn 4.1;
30.22
1.20 uGn 41.51,52; 
Êx 2.10,22; 
Mt 1.21
O Nascimento de Samuel
1 Havia certo homem de Ramataim, zufita", dos montes3 de Efraim, chamado Elcana,b filho de Jeroão, neto de Eliú e bisneto de Toú, filho do efraimita Zufe.2 Ele tinha duas mulheres:c uma se 
chamava Ana e a outra Penina. Penina tinha filhos; Ana, porém, não tinha.
3 Todos os anosd esse homem subia de sua cidade a Silóe para adorarf e sacrificar ao S e n h o r dos 
Exércitos. Lá, Hofhi e Fineias, os dois filhos de Eli, eram sacerdotes do S e n h o r . 4 N o dia em que Elcana 
oferecia sacrifícios,9 dava porções à sua mulher Penina e a todos os filhos e filhas dela. 5 Mas a Ana 
dava uma porção dupla, porque a amava, apesar de o S e n h o r tê-la deixado estéril.h 6 E porque o S e ­
n h o r a tinha deixado estéril, sua rival a provocava continuamente, a fim de irritá-la.17 Isso acontecia 
ano após ano. Sempre que Ana subia à casa do S e n h o r , sua rival a provocava, e ela chorava e não 
comia.8 Elcana, seu marido, lhe perguntava: “Ana, por que você está chorando? Por que não come? 
Por que está triste? Será que eu não sou melhor para você do que dez filhos?J”
9 Certa vez quando terminou de comer e beber em Siló, estando o sacerdote Eli sentado numa 
cadeira junto à entrada do santuário do S e n h o r ,k Ana se levantou 10 e, com a alma amargurada,1 
chorou muito e orou ao S e n h o r . 11E fez um voto, dizendo: “Ó S e n h o r dos Exércitos, se tu deres 
atenção à humilhação de tua serva, te lembraresm de mim e não te esqueceres de tua serva, mas lhe 
deres um filho, então eu o dedicarei ao S e n h o r por todos os dias de sua vida, e o seu cabelo e a sua 
barba nunca serão cortados11”.
12 Enquanto ela continuava a orar diante do S e n h o r , Eli observava sua boca.13 Como Ana orava 
silenciosamente, seus lábios se mexiam, mas não se ouvia sua voz. Então Eli pensou que ela estivesse 
embriagada14 e lhe disse: “Até quando você continuará embriagada? Abandone o vinho!”
15 Ana respondeu: “Não se trata disso, meu senhor. Sou uma mulher muito angustiada. Não bebi vi­
nho nem bebida fermentada; eu estava derramando0 minha alma diante do S e n h o r . 16 Não julgues tua 
serva uma mulher vadia; estou orando aqui até agora por causa de minha grande angústia e tristeza”.
17 Eli respondeu: “Vá em paz,P e que o Deus de Israel conceda a você o que pediu1!”.
18 Ela disse: “Espero que sejas benevolenter para com tua serva!” Então ela seguiu seu caminho, 
comeu, e seu rosto já não estava mais abatido.s
19 Na manhã seguinte, eles se levantaram e adoraram o S e n h o r ; então voltaram para casa, em 
Ramá. Elcana teve relações com sua mulher Ana, e o S e n h o r se lembrou1 dela.20 Assim Ana engra­
vidou e, no devido tempo, deu à luz um filho. E deu-lhe o nomeu de Samuel^ dizendo: “Eu o pedi 
ao S e n h o r ” .
1.21 vv. 3; 
«Dt 12.11 
1 .2 2 xv. 11 ,28 ; 
Lc 2 .22
1.23 W. 17; 
Nm 3 0 .7
1.24 ^ Nm 15.8-10; 
Dt 12.5; Js 18.1
1.27 av.11 -13 ; 
SI 6 6 .1 9 ,2 0
1.28 ty. 11,22; 
Gn 2 4 .2 6 ,5 2
Ana Consagra Samuel
21 Quando no ano seguinte Elcana subiu com toda a família para oferecer o sacrifício anualv ao 
S e n h o r e para cumprir o seu voto,w 22 Ana não foi e disse a seu marido: “Depois que o menino for 
desmamado, eu o levarei e o apresentareix ao S e n h o r , e ele morará ali para sempre”.
23 Disse Elcana, seu marido: “Faça o que parecer melhor a você. Fique aqui até desmamá-lo; que 
o S e n h o r apenas confirmev a palavrac dele!” Então ela ficou em casa e criou seu filho até que o des- 
mamou.
24 Depois de desmamá-lo, levou o menino, ainda pequeno, à casa do S e n h o r , em Siló, com um 
novilho de três anos de idade,^ uma arroba6 de farinha e uma vasilha de couro cheia de vinho.25 Eles 
sacrificaram o novilho e levaram o menino a Eli,26 e ela lhe disse: “Meu senhor, juro por tua vida que 
eu sou a mulher que esteve aqui a teu lado, orando ao S e n h o r . 27 Era este menino que eu pedia,3 e o 
S e n h o r concedeu-me o pedido.28 Por isso, agora, eu o dedico ao S e n h o r . Por toda a sua vidab será 
dedicado ao S e n h o r ”. E ali adorou o S e n h o r .
a 1.1 Ou de Ramataim-Zofim .
b 1.20 Sam uel assemelha-se à palavra hebraica para ouvido p o r Deus.
c 1.23 Os manuscritos do m ar Morto, a Septuaginta e a Versão Siríaca dizem a palavra que você disse. 
d 1 .24 Conforme os manuscritos d o m a r Morto, a Septuaginta e a Versão Siríaca. O Texto M assorético diz com três novilhos. 
e 1 .24 Hebraico: 1 efa. O efa era uma medida de capacidade para secos. As estimativas variam entre 20 e 40 litros.
1.3 O tabernáculo foi montado em Siló, fazendo desse lugar o centro 
religioso de Israel por mais de trezentos anos (Js 18.1; ver “O tabernáculo 
em Siló”, em ISm 3). Siló deixou de existir depois de ser destruída pelos 
filisteus, no início do século X I a.Ç. (ver “A destruição de Siló”, em Jr 7).
1.17 Sobre as saudações na Bíblia, ver nota em Rt 2.4.
1.22 Era costume no antigo Oriente Médio amamentar-se a criança 
por três anos ou mais (2Macabeus 7.27, livro apócrifo) já que não havia 
forma de manter o leite fresco.
3 98 1 S A M U E L 1 . 2 8
Santuários israelitas e a adoração antes do templo de Salomão
1SAMUEL 1 No período que se seguiu à 
conquista,' o culto israelita era centralizado 
no tabernáculo, em Siló2 (mapa 4), em cum­
primento às leis do santuário (Dt 12.5,13,14). 
Entretanto, nos livros de Josué a 1 Crônicas 
são mencionados pelo menos 20 santuá­
rios, altares ou lugares altos como locais de 
adoração anteriores à época de 
Salomão, e pelo menos um terço 
deles aparece em 1 Samuel.3 Às 
vezes, os israelitas seguiam as 
práticas dos cananeus,4 adoran­
do os baalins e as Aserás locais 
(cf. Jz 3.7).s 0 culto cananeu nos 
altares locais envolviam o levan­
tamento de pilares sagrados, que 
representavam suas deidades, 
o plantio de árvores sagradas, o 
envolvimento com o sacrifício, as 
festas e a prostituição ritual (cf.
Gn 38.21; IRs 14.24)6 e a partici­
pação nas peregrinações aos lo­
cais sagrados. 0 sacrifício humano 
também era praticado.7 Será que 
a adoração israelita nos lugares 
altos era diferente? Em geral sim, 
e é importante observar que nem 
todos os altares espalhados pela 
terra eram ilícitos ou pagãos.
Depois da aparente destruição 
de Siló,8 os israelitas retornaram aos 
costumes tradicionais, cultuando a 
Deus em altares locais e ao ar livre, 
como faziam os patriarcas (cf. e.g., Gn 12.6- 
8; 26.23-25; 28.10-22). Os baalins e as aserás 
foram removidos. Só Deus era adorado (ISm 
7.3,4), e a maioria das características do culto 
pagão estavam ausentes. 0 culto israelita in­
cluía a peregrinação, a oferta de sacrifícios e 
libações, as festas (cf. 9.12-24), o louvor mu­
sical (cf. 10.5), a oração e o jejum (cf. 7.5,6). 
Os locais de adoração provavelmente eram 
escolhidos com base em sua associação com 
os patriarcas ou com os grandes momentos 
da história de Israel ou por serem locais em 
que o Senhor havia aparecido. A presença da 
arca da aliança conferia santidade a esses
lugares (cf. 2Sm 6.12ss.), como acontecia com
o tabernáculo (cf. 1Sm 21.4-6; 1Cr 16.39; 
21.29).9 0 altar era o elemento comum em 
todos os lugares altos israelitas, ainda que 
alguns locais sagrados possuíssem também 
outras estruturas associadas (cf. 1 Sm 9.22).10 
Antes da construção do templo, em Jerusa-
não eram sacerdotes oficiais como sacerdo­
tes (e.g., Nm 18.1-7,21-24). Por outro lado, 
alguns textos parecem indicar que todos 
os levitas tinham autoridade sacerdotal 
(Jz 17.13).
A solução está no fato de que havia em 
Israel um altar central, o lugar da residênciaO altar de Hazor (ca. séc. XIV a.C.), mostrando um suporte com a figura 
de um leão, esteias, uma estátua e uma mesa de ofertas
Preseving Bible Times; © dr. James C. Martin; usado com permissão do Museu de Israel
lém, a adoração nos altares locais era uma 
prática comum entre os israelitas.
A multiplicidade de altares no antigo 
Israel ajuda-nos a compreender a aparente 
contradição entre as regras que encontra­
mos nas leis relativas ao culto. Por um lado, 
encontramos diversas referências ao santuá­
rio central como "o lugar que o Senhor, o 
seu Deus, escolher como habitação do seu 
Nome" (e.g., Dt 12.11). Encontramos tam­
bém claras indicações de que a linhagem 
sacerdotal de Arão era a única legítima: to­
dos os outros levitas estavam subordinados 
aos que tinham o encargo do santuário, mas
da arca da aliança, no qual os sacerdotes da 
linhagem de Arão atuavam. Esse altar foi esta­
belecido primeiramente em Siló e mais tarde 
em Jerusalém. Contudo, a maioria do povo 
não tinha condição de fazer sucessivas viagens 
até esse lugar, por isso existiam por todo o 
Israel vários locais em que o povo podia pres­
tar seu culto normal. Qualquer levita — e 
talvez não apenas os levitas — podia atuar 
como sacerdote nesses altares mais remotos. 
Entretanto, se o levita fosse ao santuário cen­
tral, exerceria apenas tarefas menores (não 
poderia usar as vestes sacerdotais nem assu­
mir os deveres dos sacerdotes aarônicos).11
'Ver “ A conquista de Canaã” , em Js 5. 2Ver “ 0 tabernáculo em Siló", em 1Sm 3. 3Ver "O lugar alto em Dã", em 1 Rs 12, e "Os lugares altos", em Ez 6. 4Ver o Glossário 
na p. 2080 para as definições das palavras em negrito. 5Ver "Baal e os cultos de fertilidade", em Os 2; "0 texto ugarítico do m ito de Baal", em S1104; "Devoção a Aserá na 
inscrição de Khirbet El-Qom", em 2Cr 15; "As inscrições de Kuntillet Ajrüd: a Aserá do Senhor?", em Jr 17. 6Ver "Prostituição no mundo antigo", em Dt 23.
7Ver "Sacrifício humano no antigo Oriente Médio", em Lv 20. 8Ver "A destruição de Siló", em Jr 7. 9Ver "O tabernáculo e a arca", em êx 40. ,0Ver “ Altares antigos", 
em Ex 20. "V e r "Os levitas e os sacerdotes", em 2Cr 24.
1 S A M U E L 2 . 7 3 9
2.1 =Lc 1.46-55; 
"SI 9.14; 13.5; 
•SI 89.17,24; 
92.10; Is 12.2,3
2 .2 'Êx 15.11;
Lv 19.2; 
sDt 32.30,31; 
2Sm 22.2,32
2.3 "Pv 8.13; 
'1 Sm 16.7; 
1Rs 8.39; IPv 16.2; 
24.11,12
2.4 ^Sl 37.15
2.5 «S1113.9; 
Jr 15.9
2.6 mDt 32.39; 
"Is 26.19
2.7 «Dt 8.18; 
PJÓ 5.11; SI 75.7
A Oração de Ana
^ Então Ana orou assim:0
^ “Meu coração exultad no S e n h o r ;
no S e n h o r minha força136 é exaltada.
Minha boca se exalta 
sobre os meus inimigos, 
pois me alegro em tua libertação.
2 “Não há ninguém santo*’*
como 0 S e n h o r ; 
não há outro além de ti; 
não há rochafl alguma 
como o nosso Deus.
3 “Não falem tão orgulhosamente,
nem saia de sua boca tal arrogância,11 
pois 0 S e n h o r é Deus sábio; 
é ele quem julga' os atosi dos homens.
4 “O arco dos fortes é quebrado,k
mas os fracos são revestidos de força.
5 Os que tinham muito
agora trabalham por comida, 
mas os que estavam famintos 
agora não passam fome.
A que era estéril1 deu à luz sete filhos, 
mas a que tinha muitos filhos 
ficou sem vigor.
6 “O S e n h o r mata e preserva a vida;"1
ele faz descer à sepulturac e dela resgata."
7 O S e n h o r é q u e m d á
pobreza e riqueza;0 
ele humilha e exalta.P
0 2.1 Hebraico: meu chifre; também no versículo 10.
6 2 .2 Ou N ão h á nenhum Santo.
c 2 .6 Hebraico: Sheol. Essa palavra também pode ser traduzida por profundezas, p ó ou morte.
2 .6 A “sepultura” era chamada Sheol, que, segundo se pensava, era Tártaro: imagens do inferno”, em SI 139).
o obscuro mundo dos mortos (ver “Sheol, Hades, Geena, Abismo e
O colete sacerdotal
1 SAMUEL 2 0 colete sacerdotal era uma ves­
timenta sagrada, talvez um simples uniforme
de linho usado por todos os sacerdotes no 
serviço do Senhor (1Sm 2.28) ou o vestuário 
mais elaborado do sumo sacerdote ( êx 28.6). 
0 colete dos sacerdotes comum era feito de 
linho branco (ISm 22.18), o material preferido 
de todos os sacerdotes do mundo antigo, por 
causa de sua associação com a pureza ritual.1 
A ordenação do sacerdote israelita do AT en­
volvia o vestuário (a cerimônia de ordenação 
de uma pessoa ao ofício sacerdotal quase sem­
pre incluía a entrega de roupas especiais; ver
Lv 8.30; Nm 20.26). Assim, o privilégio de usar 
o colete conferido aos levitas era carregado de 
significado especial (1Sm 2.28). Quando Davi 
usou o colete para trazer a arca a Jerusalém, 
ele ofez apenas para enfatizar seu papel sacer­
dotal diante do Senhor (2Sm 6.14).
0 colete do sumo sacerdote era um man­
to sem mangas, semelhante a um avental, 
segurado pelos ombros e amarrado às costas 
por um cinto. 0 tecido era uma combinação 
intrincada de linhas nas cores dourada, azul, 
púrpura e escarlate. Lâminas de ouro fundi­
do foram cortadas para obter os cordões que
seriam trabalhados em cada filamento colo­
rido, de modo que o ouro era o material pre­
dominante na fabricação do colete ( êx 30.3). 
Contudo, era a natureza reveladora desse 
manto que fazia dele a peça mais impor­
tante no vestuário sacerdotal. Suspenso no 
colete, ficava o peitoral que continha o Urim 
e o Tumim, pedras oraculares pelas quais o 
sumo sacerdote podia conhecer a vontade de 
Deus.2 Exatamente por causa da esperança 
de se obter um oráculo da parte do Senhor, 
o colete era levado para o campo de batalha 
(1 Sm 23.9; 30.7,8).
'Ver "Pureza ritual em Israel e no antigo Oriente Médio", em Lv 10. 2Ver "Urim e Tumim", em Êx 28.
4 0 0 1 S A M U E L 2 . 8
8 Levanta ^do pó o necessitado
e do monte de cinzas ergue o pobre; 
ele os faz sentar-se com príncipes 
e lhes dá lugar de honra/
“Pois os alicercess da terra 
são do S e n h o r ; 
sobre eles estabeleceu o mundo.
9 Ele guardará os pés* dos seus santos,
mas os ímpios
serão silenciados nas trevas,u 
pois não é pela força" 
que o homem prevalece.
10 Aqueles que se opõem ao S e n h o r
serão despedaçados.™
Ele trovejará* do céu contra eles; 
o S e n h o r julgaráv 
até os confins da terra.
“Ele dará poder2 a seu rei 
e exaltará a força3 do seu ungido”.
11 Então Elcana voltou para casa em Ramá, mas o menino começou a servirb o S e n h o r sob a 
direção do sacerdote Eli.
2.81S1113.7,8;
'JÓ 36.7; «Jó 38.4
2.9 «191.12; 
"Mt8.12;
«SI 33.16,17
2.10 "SI 2.9; 
«118.13;
«SI 96.13; «121.1; 
■SI 89.24
2.11 »v. 18; 
1Sm3.1
A Maldade dos Filhos de Eli
12 Os filhos de Eli eram ímpios; não se importavam0 com o S e n h o r 13 nem cumpriam os deveres 
de sacerdotes para com o povo; sempre que alguém oferecia um sacrifício, o auxiliar do sacerdote 
vinha com um garfo de três dentes,14 e, enquanto a carned estava cozinhando, ele enfiava o garfo na 
panela, ou travessa, ou caldeirão, ou caçarola, e o sacerdote pegava para si tudo o que vinha no garfo. 
Assim faziam com todos os israelitas que iam a Siló.15 Mas, antes mesmo de queimarem a gordura, 
vinha o auxiliar do sacerdote e dizia ao homem que estava oferecendo o sacrifício: “Dê um pedaço 
desta carne para o sacerdote assar; ele não aceitará de você carne cozida, somente crua”.
16 Se o homem lhe dissesse: “Deixe primeiro a gordura se queimar e então pegue o que quiser”, o 
auxiliar respondia: “Não. Entregue a carne agora. Se não, eu a tomarei à força”.
17 O pecado desses jovens era muito grande à vista do S e n h o r , pois eles estavam tratando com 
desprezo6 a oferta do S e n h o r .
18 Samuel, contudo, ainda menino, ministravaf perante o S e n h o r , vestindo uma túnica de linho.9
19 Todos os anos sua mãe fazia uma pequena túnica e a levava para ele, quando subia a Siló com o 
marido para oferecer o sacrifício anual.h 20 Eli abençoava Elcana e sua mulher, dizendo: “O S e nh o r 
dê a você filhos desta mulher no lugar daquele por quem ela pediu' e dedicou ao S e n h o r ”. Então 
voltavam para casa.210 S e n h o r foi bondoso com Ana;i ela engravidou e deu à luz três filhos e duas 
filhas. Enquanto isso, o menino Samuel cresciak na presença do S e n h o r .
22 Eli, já bem idoso, ficou sabendo de tudo o que seus filhos faziam a todo o Israel e que eles se deitavam 
com as mulheres1 que serviam junto à entrada da Tenda do Encontro.23 Por isso lhes perguntou: “Por que 
vocês fazem estas coisas? De todo o povo ouço a respeito do mal que vocês fazem. 24 Não, meus filhos; 
não é bom o que escuto se espalhando no meio do povo do S e n h o r . 25 Se um homem pecar contra outro 
homem, os juizes poderão0 intervir em seu favor; mas, se pecar contra o S e n h o r , quemm intercederá" por 
ele?” Seus filhos, contudo, não deram atenção à repreensão de seu pai, pois o S e n h o r queria matá-los.
26 E o menino Samuel continuava a crescer,0 sendo cada vez mais estimado pelo S e n h o r e pelo povo.
Profecia contra a Família de Eli
27 E veio um homem de DeusP a Eli e lhe disse: “Assim diz o S è n h o r : ‘Acaso não me revelei 
claramente à família de seu pai, quando eles estavam no Egito, sob o domínio do faraó?
0 2.25 Ou Deus poderá.
2.12 ‘ Jr 2.8; 9.6 
2.13 «Lv 7.29-34
2.18 V. 11;
1Sm 3.1; ov. 28
2.19 hSm 1.3 
2.20 '1 Sm 
1.11,27,28; 
LC2.34
2.21 iGn 21.1;
*v. 26; Jz 13.24; 
1Sm 3.19; Lc 2.40
2.22'Êx 38.8
2.25 mNm 15.30; 
Js 11.20; nDt 
1.17; 1 Sm 3.14; 
Hb 10.26
2^ 6 °v. 21; 
LC2.52
2 .2 7 pÉx 4 .1 4 -1 6 ; 
1 Rs 3.1
2.9 As viagens no antigo Israel geralmente eram feitas à pé, sobre perigo­
sas trilhas de pedra (ver SI 91.11,12; 121.3).
2 .12-17 Aparentemente, a porção do sacerdote na oferta de comunhão 
era determinada pela introdução de um garfo a esmo depois de queima­
da a gordura (a porção do Senhor; Lv 3.16; 4.10,26,31,35; 7.28,30,31), 
enquanto a carne estava sendo fervida (Nm 6.19,20). A arrogância dos 
filhos de Eli violava de forma agressiva a prescrição da Lei.
2 .13 Garfos de três pontas feitos de bronze foram encontrados nas es­
cavações de Gezer (ver “Gezer”, em lC r 6).
2 .18 A túnica de linho (ver “O colete sacerdotal”, em lSm 2) era a peça 
principal do vestuário dos que serviam diante do Senhor em seu san­
tuário (ver 22.18; 2Sm 6.14). Era uma espécie de pulôver fechado, justo 
e sem mangas, geralmente chegando até a altura dos quadris, diferente 
do colete especial usado pelo sumo sacerdote.
1 S A M U E L 3 . 1 6 4 0 1
2.28 PÊx 28.1; 
l v 8.7,8
2.29 sv.12 17; 
'Dt 12.5; Mt 10.37
2.30 uÊx 29.9; 
vSI 50.23; 91.15; 
"M l 2.9
2.31x1 Sm 4.11- 
18; 22.16-20 
2.32 v1 Rs 2.26,27;
Zc8.4
2.34 Z1 Sm 4.11;
®1 Rs 13.3
2.35 »1 Sm 12.3;
1 Rs 2.35; 
IS m 16.13; 
2Sm 7.11,27;
1 Rs 11.38 
2.36 d1 Rs 2.27
3.1 eiSm 2.11; 
«SI 74.9; flAm 8.11
3.2h1Sm 4.15 
3.3 l v 24.1-4 
3.4 Üs 6.8
3.11 '2RS21.12;
Jr 19.3
3.12 m1 Sm 2.27-
36
3.13 "1 Sm 2.12, 
17,22,29-31
3.14 "Lv 15.30,31 
;1Sm 2.25; 
Is 22.14
28 Escolhi^ seu pai dentre todas as tribos de Israel para ser o meu sacerdote, subir ao meu altar, quei­
mar incenso e usar um colete sacerdotalr na minha presença. Também dei à família de seu pai todas as 
ofertas preparadas no fogo pelos israelitas.29 Por que vocês zombam de meu sacrifício e da ofertas que 
determinei para a minha habitação?1 Por que você honra seus filhos mais do que a mim, deixando-os 
engordar com as melhores partes de todas as ofertas feitas por Israel, o meu povo?’
30 “Portanto, o S e n h o r , o Deus de Israel, declara: ‘Prometi à sua família e à linhagem de seu pai 
que ministrariam diante de mim para sempre11’. Mas agora o S e n h o r declara: ‘Longe de mim tal coisa! 
Honrareiv aqueles que me honram, mas aqueles que me desprezamw serão tratados com desprezo. 
31É chegada a hora em que eliminarei a sua força e a força da família0 de seu pai, e não haverá mais 
nenhum idoso na sua família,x 32 e você verá aflição na minha habitação. Embora Israel prospere, na 
sua família ninguém alcançará idade avançada.v33 E todo descendente seu que eu não eliminar de meu 
altar será poupado apenas para consumir os seus olhos com lágrimas1’ e para entristecer o seu coração, 
e todos os seus descendentes morrerão no vigor da vida.
3 4 ‘E o que acontecer a seus dois filhos, Hofni e Fineias, será um sinal para você: os dois morrerão2 no 
mesmo dia.a 35 Levantarei para mim um sacerdote fiel,b que agirá de acordo como meu coração e o meu 
pensamento. Edificarei firmemente a família dele, e ele ministrará sempre perante o meu rei ungido.0 
36 Então todo o que restar da sua família virá e se prostrará perante ele, para obter uma moeda de prata e 
um pedaço de pão. E lhe implorará que o ponha em alguma função sacerdotal, para ter o que comer^ ”.
O Chamado de Samuel
30 menino Samuel ministravae perante o S e n h o r , sob a direção de Eli; naqueles dias raramentef o S e n h o r falava, e as visõesa não eram freqüentes.
2 Certa noite, Eli, cujos olhosh estavam ficando tão fracos que já não conseguia mais enxergar, estava 
deitado em seu lugar de costume.3 A lâmpada' de Deus ainda não havia se apagado, e Samuel estava deitado 
no santuário do S e n h o r , onde se encontrava a arca de Deus.4 Então o S e n h o r chamou Samuel.
Samuel respondeu: “Estou aquii”. 5 E correu até Eli e disse: “Estou aqui; o senhor me chamou?”
Eli, porém, disse: “Não o chamei; volte e deite-se”. Então, ele foi e se deitou.
6 De novo o S e n h o r chamou: “Samuel!” E Samuel se levantou e foi até Eli e disse: “Estou aqui; 
o senhor me chamou?”
Disse Eli: “Meu filho, não o chamei; volte e deite-se”.
7 Ora, Samuel ainda não conhecia o S e n h o r . A palavra do S e n h o r ainda não lhe havia sido revelada.k
8 O S e n h o r chamou Samuel pela terceira vez. Ele se levantou, foi até Eli e disse: “Estou aqui; 
o senhor me chamou?”
Eli percebeu que o S e n h o r estava chamando o menino 9 e lhe disse: “Vá e deite-se; se ele chamá-lo, 
diga: ‘Fala, S e n h o r , pois o teu servo está ouvindo’ ”. Então Samuel foi deitar-se.
10 O S e n h o r voltou a chamá-lo como nas outras vezes: “Samuel, Samuel!”
Samuel disse: “Fala, pois o teu servo está ouvindo”.
11E o S e n h o r disse a Samuel: “Vou realizar em Israel algo que fará tinir1 os ouvidos de todos os que 
ficarem sabendo.12 Nessa ocasião executarei contra Eli tudom o que falei contra sua família, do começo 
ao fim.13 Pois eu lhe disse que julgaria sua família para sempre, por causa do pecado dos seus filhos, 
do qual ele tinha consciência; seus filhos se fizeram desprezíveisc, e ele não os puniu.n 14 Por isso jurei 
à família de Eli: ‘Jamais se fará propiciação0 pela culpa da família de Eli mediante sacrifício ou oferta’ ”.
15 Samuel ficou deitado até de manhã e então abriu as portas da casa do S e n h o r . Ele teve medo de 
contar a visão a Eli,16 mas este o chamou e disse: “Samuel, meu filho”.
“Estou aqui”, respondeu Samuel.
0 2 .31 Hebraico: cortarei o seu braço e o braço da casa. 
b 2 .33 Ou cegar os olhos; ou ainda consumir os olhos d e inveja.
c 3 .1 3 Uma antiga tradição dos escribas hebreus e a Septuaginta dizem f ilh os blasfem aram contra Deus.
2 .30-36 A profecia daaniquilação da linhagem familiar de Eli começou 
a ser cumprida na morte de seus filhos (4.11), depois no massacre de seus 
descendentes, levado a efeito por Saul em Nobe (22.18,19), e por fim na 
remoção de Abiatar de seu ofício sacerdotal (IRs 2.26,27).
3 .1 Samuel não era mais uma criança (ver 2.21,26). Embora o histo­
riador judeu Flávio Josefo registre que Samuel tinha 20 anos, é bem 
provável que ele fosse mais velho.
3 .4 Alguns intérpretes comparam a experiência de Samuel com o ritual 
de incubação encontrado em alguns textos do antigo Oriente Médio, 
segundo os quais alguém dorme num templo e ali recebe a mensagemde 
um deus (ver “Os cilindros de Gudeia”, em IRs 3). No mundo greco- 
-romano, os doentes dormiam no templo de Asclépio, na esperança de 
receber um sonho da parte desse deus e assim serem curados. Deve-se 
ressaltar, porém, que Samuel dormia no altar por causa de seus deveres: 
ele não estava à espera de um sinal.
4 0 2 1 S A M U E L 3 . 1 7
17 Eli perguntou: “O que o S e n h o r disse a você? Não esconda de mim. Deus o castigue, e o faça 
com muita severidade,p se você esconder de mim qualquer coisa que ele falou”. 18 Então, Samuel lhe 
contou tudo e nada escondeu. Então Eli disse: “Ele é o S e n h o r ; que faça o que lhe parecer melhor”.1)
19 Enquanto Samuel crescia/ o S e n h o r estava com eles e fazia com que todas as suas palavras1 se 
cumprissem. 20Todo o Israel, desde Dã até Berseba,u reconhecia que Samuel estava confirmado como 
profeta do S e n h o r . 2 1 0 S e n h o r continuou aparecendo em Siló, onde havia se reveladov a Samuel 
por meio de sua palavra.
^ E a palavra de Samuel espalhou-se por todo o Israel.
Os Filisteus Tomam a Arca
Nessa época os israelitas saíram à guerra contra os filisteus. Eles acamparam em Ebenézer" e os fi­
listeus em Afeque.x 2 Os filisteus dispuseram suas forças em linha para enfrentar Israel, e, intensifican­
do-se o combate, Israel foi derrotado pelos filisteus, que mataram cerca de quatro mil deles no campo 
de batalha. 3 Quando os soldados voltaram ao acampamento, as autoridades de Israel perguntaram: 
“Por quev o S e n h o r deixou que os filisteus nos derrotassem?” E acrescentaram: “Vamos a Siló buscar 
a arca2 da aliança do S e n h o r , para que ele vá conosco e nos salve das mãos de nossos inimigos”.
4 Então mandaram trazer de Siló a arca da aliança do S e n h o r dos Exércitos, que tem o seu trono 
entre os querubins.3 E os dois filhos de Eli, Hofhi e Fineias, acompanharam a arca da aliança de Deus.
5 Quando a arca da aliança do S e n h o r entrou no acampamento, todos os israelitas gritaramb tão 
alto que o chão estremeceu. 6 Os filisteus, ouvindo os gritos, perguntaram: “O que significam todos 
esses gritos no acampamento dos hebreus?”
3.17 PRt 1.17; 
2Sm 3.35
3.18 ‘Uó 2.10;
3.19 'Gn 21.22; 
39.2; S1 Sm 2.21; 
<1Sm 9.6
3.20 «Jz 20.1
3.21 >v. 10
4.1 »1 Sm 7.12; 
«Js 12.18;
1 Sm 29.1
4.3 ^ Js 7.7;
‘ Nm 10.35; Js 6.7
4.4 »Êx 25.22; 
2Sm 6.2
4.1 Para mais informações sobre os filisteus, ver “O período dos juizes”, 
em Jz 1; “Arqueologia da Filístia”, em Jz 13; “O termo akhayus na 
inscrição de Ecrom”, em ISm 21.
4 .18 O portão da cidade era o local em que os líderes locais se encon­
travam para julgar. Também era local do mercado, e ali aconteciam as 
transações comerciais (ver “A porta da cidade”, em Rt 4).
S Í T I O S A R Q J J E O L Ó G I C O S
O T A B E R N Á C U L O EM S I L Ó
1SAMUEL3 É possível identificar Siló a par­
tir da descrição em Juizes 21.19 e pelo nome 
preservado na forma árabe em Khirbet 
Seilun, 29 quilômetros ao norte de Jeru­
salém. Nesse local, foi estabelecido o altar 
israelita (Js 18.1).1 Nos festivais anuais, as 
virgens dançavam ali (Jz 21.19-21). Elcana e 
sua família visitavam Siló anualmente, e ali 
Ana deixou o menino Samuel aos cuidados 
do sacerdote Eli (ISm 1— 3). Parece que os 
filisteus destruíram Siló depois de capturar 
a arca da aliança na batalha de Ebenézer 
(4.1— 7.2). As únicas menções à cidade 
na história bíblica posterior fazem dela 
a residência do profeta Aías durante o 
reinado de Jeroboão I (IRs 14.4) e um exem­
plo do julgamento de Deus sobre seu san­
tuário (SI 78.60; Jr 7.12-14; 26.6).2
As descobertas arqueológicas corres­
pondem muito bem ao relato bíblico.
0 trabalho de alguns exploradores dinamar­
queses (1926-1932) e da Universidade de 
Bar llan (1981 em diante) demonstrou que 
Siló foi um centro de culto para os ocupantes 
pré-israelitas, durante a Idade do Bronze 
Médio.3 As evidências sugerem que seu uso 
como santuário continuou até a Idade do 
Bronze Tardio, o que sugere certa conti­
nuidade entre o uso pré-israelita e israelita: 
o local que já era considerado sagrado antes 
da chegada dos israelitas se tornaria o lugar 
em que se ergueria o tabernáculo.
A arqueologia não pode nos dizer coisa 
alguma sobre o culto em Siló, pois não fo­
ram encontrados vestígios do tabernáculo 
original. Tudo que podemos fazer é inferir 
o tipo de adoração praticada naquele local, 
com base nas informações encontradas no 
texto bíblico, especialmente em 1 Samuel 1. 
0 versículo 3 desse capítulo sugere que era
esperado dos israelitas piedosos pelo menos 
uma peregrinação anual até o santuário em 
Siló, e o versículo 11 demonstra que eles se 
dirigiam a esse local muitas vezes para fazer 
votos. No mesmo capítulo, há indicação de 
que o povo leigo, até mesmo as mulheres, 
podiam se aproximar consideravelmente do 
santuário principal (v. 9,12). Os sacerdotes e 
outros que ministravam ali aparentemente 
residiam nas proximidades, e alguns até 
dormiam nas dependências do santuário 
(3.1-3). As mulheres também trabalhavam 
ali, mas tragicamente alguns sacerdotes 
tiravam vantagens de sua autoridade e co­
metiam atos imorais com elas (2.22).
1Ver "Santuários israelitas e a adoração antes do templo de Salomão", em 1 Sm 1. 2Ver "A destruição de Siló", em Jr 7. 3Ver 'Tabela dos períodos arqueológicos" na
p. xxii, no início desta Bíblia.
1 S A M U E L 4 . 1 9
4.7=6x15.14
4.9 ajz 13.1; 
1C016.13
4.10 *v. 2; 
Dt 28.25; 
2Sm 18.17; 
2Rs 14.12 
4.11 f1 Sm 2.34; 
SI 78.61,64
4.12 «Js 7.6; 
2Sm 1.2; 15.32; 
Ne 9.1; Jó 2.12 
4.13 «v. 18; 
1Sm 1.9
4.15 '1 Sm 3.2
Quando souberam que a arca do S e n h o r viera para 0 acampamento, 7 os filisteus ficaram com 
medoc e disseram: “Deuses chegaram ao acampamento. Ai de nós! Nunca nos aconteceu uma coisa 
dessas! 8 Ai de nós! Quem nos livrará das mãos desses deuses poderosos? São os deuses que feriram 
os egípcios com toda espécie de pragas, no deserto.9 Sejam fortes, filisteus! Sejam homens, ou vocês 
se tomarão escravos dos hebreus, assim como eles foram escravosd de vocês. Sejam homens e lutem!”
10 Então os filisteus lutaram, e Israel foi derrotado;e cada homem fugiu para a sua tenda. O mas­
sacre foi muito grande: Israel perdeu trinta mil homens de infantaria.11A arca de Deus foi tomada, e 
os dois filhos de Eli, Hofini e Fineias, morreram.*
A Morte de Eli
12 Naquele mesmo dia um benjamita correu da linha de batalha até Siló, com as roupas rasgadas e 
terras na cabeça.13 Quando ele chegou, Elih estava sentado em sua cadeira, ao lado da estrada. Estava 
preocupado, pois em seu coração temia pela arca de Deus. O homem entrou na cidade, contou 0 que 
havia acontecido, e a cidade começou a gritar.
14 Eli ouviu os gritos e perguntou: “O que significa esse tumulto?”
O homem correu para contar tudo a E li.15 Eli tinha noventa e oito anos de idade e seus olhos' 
estavam imóveis; ele já não conseguia enxergar.16 O homem lhe disse: “Acabei de chegar da linha de 
batalha; fugi de lá hoje mesmo”.
Eli perguntou: “O que aconteceu, meu filho?”
17 O mensageiro respondeu: “Israel fugiu dos filisteus, e houve uma grande matança entre os 
soldados. Também os seus dois filhos, Hofhi e Fineias, estão mortos, e a arca de Deus foi tomada”.
18 Quando ele mencionou a arca de Deus, Eli caiu da cadeira para trás, ao lado do portão, quebrou
0 pescoço e morreu, pois era velho e pesado. Ele lideroui Israel durante quarenta anos.
19 Sua nora, a mulher de Fineias, estava grávida e perto de dar à luz. Quando ouviu a notícia de que 
a arca de Deus havia sido tomada e que seu sogro e seu marido estavam mortos, entrou em trabalho de
5.1-4 Os filisteus colocaram a arca perto da imagem de Dagom (ver 
“Dagom”, em lSm 5), a fim de demonstrar a superioridade de Dagom sobre
o Deus de Israel, porém o simbolismo foi revertido quando eles encontraramDagom tombado em posiçáo de reverência diante da arca do Senhor.
T E X T O S E A R T E F A T O S A N T I G O S
O óstraco de Izbet Sarta
1 SAMUEL 4 Em 1 Samuel 4, Israel está 
acampado em Ebenézer com o propósito 
de enfrentar os filisteus em Afeque (mapa 
4), cerca de 3 quilômetros a oeste. Embora 
a extensão do território de Ebenézer seja 
debatida, alguns arqueólogos acreditam 
tratar-se de uma colina chamada Izbet Sarta.
Em 1977, o arqueólogo chefe de Izbet 
Sarta, Moshe Kochavi, publicou um óstraco 
(fragmento de cerâmica inscrito) que lançou 
nova luz sobre o desenvolvimento da escrita 
protocananeia, usada pelos antigos israe­
litas. 0 óstraco foi desenterrado num poço 
de armazenagem na camada II, um nível de
vida curta — cerca de vinte anos — de 
Izbet Sarta, provavelmente destruído por 
uma invasão filisteia. A inscrição parece 
ser um texto de exercícios, utilizada para 
o aprendizado do alfabeto. Nem todas as 
letras estão presentes, e as que estão não 
aparecem na ordem padronizada. Compara­
do com outras inscrições do mesmo período 
e com o formato e o desenho das letras, o 
óstraco foi datado do início do século XII 
a.C., aproximadamente a época em que 
Israel estava em guerra com os filisteus na 
mesma região. Se Izbet Sarta for realmente
o sítio moderno da Ebenézer bíblica, o óstra­
co pode ter sido obra de um israelita. Se for 
assim, esse fragmento de cerâmica oferece 
um pequeno, porém intrigante vislumbre 
arqueológico da vida de Israel no século XII 
a.C. Descobertas como o óstraco de Izbet 
Sarta poderão um dia indicar a capacidade 
de ler e escrever dos israelitas da Idade do 
Bronze Tardio.1
1Ver 'Tabela dos períodos arqueológicos" na p. xxii, no início desta Bíblia.
4 1 S A M U E L 4 . 2 0
parto e deu à luz, mas não resistiu às dores do parto.20 Enquanto morria, as mulheres que a ajudavam 
disseram: “Não se desespere; você teve um menino”. Mas ela não respondeu nem deu atenção.
21 Ela deu ao menino o nome de Icabodea,k e disse: “A glória1 se foi de Israel”, porque a arca fora 
tomada e porque o sogro e o marido haviam morrido.22 E ainda acrescentou: “A glória se foi de Israel, 
pois a arca de Deus foi tomada”.
4.21 KGn 35.18;
'SI 26.8; Jr 2.11
A Arca em Asdode e Ecrom
5 Depois que os filisteus tomaram a arca de Deus, eles a levaram de Ebenézerm para Asdode"2 e a colocaram dentro do templo de Dagom,0 ao lado de sua estátua. 3 Quando o povo de Asdode 
se levantou na madrugada do dia seguinte, lá estava Dagom caídoP com o rosto em terra, diante 
da arca do S e n h o r ! Eles levantaram Dagom e o colocaram de volta em seu lugar.4 Mas, na manhã 
seguinte, quando se levantaram de madrugada, lá estava Dagom caído com o rosto em terra, diante 
da arca do S e n h o r ! Sua cabeça e mãos tinham sido quebradas1! e estavam sobre a soleira; só o seu 
corpo ficou no lugar. 5 Por isso, até hoje, os sacerdotes de Dagom e todos os que entram em 
seu templo, em Asdode, não pisam na soleira/
6 Depois disso a mão do S e n h o r s pesou sobre o povo de Asdode e dos arredores, trazendo devas­
tação1 sobre eles e afligindo-os com tumores.*11 7 Quando os homens de Asdode viram o que estava 
acontecendo, disseram: “A arca do deus de Israel não deve ficar aqui conosco, pois a mão dele pesa 
sobre nós e sobre nosso deus Dagom”. 8 Então reuniram todos os governantes dos filisteus e lhes 
perguntaram: “O que faremos com a arca do deus de Israel?”
Eles responderam: “Levem a arca do deus de Israel para Gatev”. E então levaram a arca do Deus 
de Israel.
9 Mas, quando a arca chegou, a mão do S e n h o r castigou aquela cidade e lhe trouxe grande 
pânico." Ele afligiu o povo da cidade, jovens e velhos, com uma epidemia de tumoresc. 10 Então en­
viaram a arca de Deus para Ecrom.
a 4 .21 Icabode significa glória nenhuma.
b 5 .6 A Septuaginta e a Vulgata acrescentam E ratos surgiram na região, e a morte e a destruição estavam p o r toda a cidade. 
c 5 .9 Ou com tumores na virilha.
5.1 "1 Sm 4.1; 
7.12; "Js 13.3
5.2 °Jz 16.23
5.3 Pis 19.1; 46.7
5.4 € z 6.6; Mq1.7
5.6 sv. 7; Êx 9.3;
SI 32.4; At 13.11; 
«v. 11; SI 78.66;
“Dt 28.27; 1 Sm 6.5
5.8 ty. 11
5.9 «v. 6,11;
Dt 2.15; 1Sm 7.13; 
SI 78.66
5.1 Asdode estava situada cerca de 4 quilômetros do mar Mediterrâneo, 
a oeste de Jerusalém. Foi ocupada desde a Idade do Bronze Médio até o 
período dos filisteus, sendo o centro de poder filisteu durante boa parte 
da história israelita.
6 .7 -9 As vacas ainda não haviam sido treinadas para puxar carroças e não 
estavam dispostas a deixar seus bezerros que ainda mamavam.
6 .12 Bete-Semes era uma cidade israelita próxima da fronteira com os 
filisteus (ver “Bete-Semes”, em ISm 6).
IP®S*KsM 'tr
N O T A S H I S T Ó R I C A S E C U L T U R A I S
1SAMUEL 5 Dagom era uma das deidades 
mais cultuadas do antigo Oriente Médio.
* f Sargão, o Grande (III milênio a.C.), passou 
a adorar Dagom depois de suas vitórias mili­
tares na Mesopotâmia.
❖ As cidades de Mari (mapa 1), Tuttul e 
Teqra possuíam templos dedicados a Dagom, 
e o templo de Mari, pelo menos, é bem atesta­
do nos arquivos dessa cidade1 (II milênio a.C.).
❖ Embora Dagom esteja quase ausente na 
mitologia de Ugarite (mapa 1), é provável 
que essa cidade possuísse um templo, já que
Dagom
é mencionado em muitas listas de ofertas de 
Ugarite.2
•5* Na Terra Santa, Dagom aparece como
o principal deus dos filisteus, com templos 
em Gaza (Jz 16.23), Bete-Seã (ICr 10.10) e 
Asdode (mapa 4), na qual provavelmente seu 
templo foi identificado pelos arqueólogos.3
❖ Infelizmente, o culto a Dagom influenciou 
Israel (Js 15.41 menciona Bete-Dagom).
Lamentavelmente, o significado do 
nome de Dagom e sua função não estão 
claros. Alguns ligam seu nome aos termos
"trigo", "peixe" ou "nebuloso", em razão das 
similaridades entre seu nome e essas pala­
vras nas línguas semíticas. Dagom também é 
às vezes associado com o poderio militar. Em
1 Samuel 5, os filisteus creditam a Dagom sua 
vitória sobre o exército de Israel (e, portanto, 
sobre Yahweh). Ironicamente, Dagom foi 
mais tarde forçado a se submeter diante da 
arca de Yahweh. 0 culto a Dagom desapare­
ceu durante o período in tertestam enta l 
(um templo a Dagom é mencionado em
1 Macabeus 10.84)4.
1Ver "Mari", em Gn 31. 2Ver "Os tabletes de Ugarite e a religião cananeia", em Js 1. 3Ver "Sansão e o templo de Dagom", em Jz 16. 4Para mais informações sobre 
esse período, ver "0 período intertestamental", em Ml 3 .0 livro de 1 Macabeus é apócrifo, ou seja, não é aceito no cânon oficial protestante.
1 S A M U E L 6 . 7 40
Quando a arca de Deus estava entrando na cidade de Ecrom, o povo começou a gritar: “Eles trou- 
5.11 «v. 6,8,9 xeram a arca do deus de Israel para cá a fim de matar a nós e a nosso povo”. 11 Então reuniram todos 
os governantes* dos filisteus e disseram: “Levem embora a arca do deus de Israel; que ela volte ao seu 
lugar; caso contrário ela“ matará a nós e a nosso povo”. Pois havia pânico mortal em toda a cidade; a 
mão de Deus pesava muito sobre ela.12 Aqueles que não morreram foram afligidos com tumores, e o 
clamor da cidade subiu até o céu.
6.2 vGn 41.8; 
Êx 7.11; Is 2.6
6.3 zÊx 23.15; 
Dt 16.16; H-V 5.15;
»v.9
6.4 "V. 17,18; 
Js 13.3; Jz 3.3
6.5 "1 Sm 5.6-11; 
«Js 7.19; Is 42.12; 
Jo 9.24; Ap 14.7
6 .6 'Êx 7.13; 
8.15; 9.34; 14.17; 
OÊX 12.31,33
6.7 h2Sm 6.3; 
'Nm19.2
O Retorno da Arca a Israel
6 Quando já fazia sete meses que a arca do S e n h o r estava em território filisteu, 2 os filisteus chamaram os sacerdotes e adivinhosv e disseram: “ O que faremos com a arca do S e n h o r ? 
Digam-nos com o que devemos mandá-la de volta a seu lugar”.
3 Eles responderam: “Se vocês devolverem a arca do deus de Israel, não mandem de volta só a arca,z 
mas enviem também uma oferta pela culpa.3 Então vocês serão curados e saberão porque a sua mãob 
não tem se afastado de vocês”.
4 Os filisteus perguntaram: “Que oferta pela culpa devemos enviar-lhe?”
Eles responderam: “Cinco tumores de ouro e cinco ratos de ouro, de acordo com o número0 de 
governantes filisteus, porquanto a mesma praga atingiu vocês e todos os seus governantes. 5 Façam 
imagens dos tumoresd e dos ratos que estão assolando o país e deem glóriae ao deus de Israel. Talvez 
ele alivie a mão de sobre vocês, seus deuses e sua terra. 6 Por que ter o coração obstinadof como os 
egípcios e o faraó? Só quando esse deus* os tratou severamente, eles deixarams os israelitas seguirem
o seu caminho.
7 “Agora, então, preparem uma carroçah nova, com duas vacas que deram cria e sobre as 
quais nunca foi colocado jugo.' Amarrem-nas à carroça, mas afastem delas os seus bezerros e
a 5 .1 1 O u ele. 
b 6 .6 Is to é, D eus.
S Í T I O S A R Q U E O L Ó G I C O S
B E T E - S E M E S J
1 SAMUEL 6 A cidade para a qual os filisteus
devolveram a arca da aliança, Bete-Semes' 
(mapa 4), era importante e ficava perto da 
fronteira da Sefelá com Israel. Localizado 
na moderna vila de Ain Shemesh (que ain­
da preserva o antigo nome), o sítio conta 
com seis níveis maiores de ocupação. 
0 mais antigo (a camada VI) é também o 
mais escasso e data da Idade do Bronze 
Antigo.2 A camada V é um assentamento 
cananeu fortificado da Idade do Bronze 
Médio II que foi completamente destruído 
em algum momento durante a segunda 
metade do século XVI a.C. Nos séculos que se 
seguiram à conquista da terra3 por parte de 
Israel, a localização de Bete-Semes, próxima 
à principal rota e à planície filisteia, tornou- 
-a vulnerável a ataques. A camada IV foi 
datada por volta dos séculos XV a XIII a.C. e 
pode ter sido a cidade designada para Judá 
e escolhida como uma das cidades dos levi­
tas (Js 15.10; 21 .16).4 Nesse sítio, foram
encontradas algumas inscrições em cunei- 
forme ugarítico e certa quantidade de joias. 
Essa cidade foi completamente destruída. 
A camada III, que vem em seguida, mostra 
uma vila maior e mal planejada, datando da 
Idade do Ferro I (o final do período dos 
juizes), que também foi violentamente 
destruída, talvez pelos filisteus.
A camada II sobreviveu durante todo 
o período monárquico até a queda de 
Judá, em 586 a.C., embora a cidade pareça 
ter sofrido uma invasão liderada pelo faraó 
Sheshonq (o bíblico Sisaque; 1 Rs 14.25)5 no 
final do século X a.C. A ddade sofreu uma 
destruição maior durante a campanha de 
Senaqueribe, em 701 a.C.,6 e pouca coisa so­
breviveu até que a cidade foi destruída em 
definitivo por Nabucodonosor, em 586 a.C.7
Escavações recentes na camada II 
revelaram uma porta, uma cidade qua­
drada e um grande edifício público. Foi 
escavado também um rústico reservatório
subterrâneo dentro da cidade, com capacida­
de suficiente para abastecê-la por um perío­
do de três meses de cerco. Em cerca de 800 
a.C, Bete-Semes foi o cenário da batalha en­
tre os exércitos de Israel e Judá, quando o rei 
Jeoás, de Israel, fez prisioneiro o rei Amazias 
(2Rs 14.11 -13; 2Cr 25.21 -23). Nos dias do rei 
Acaz, a fraqueza da tribo de Judá permitiu 
que os filisteus capturassem temporaria­
mente a cidade (2Cr 28.18). Um grande nú­
mero de sinetes do rei Ezequias indica que 
Bete-Semes foi um importante centro de 
suprimento durante esse período. 0 retrato 
de Bete-Semes em 1 Samuel 6 se encaixa 
muito bem nesses achados arqueológicos. 
A cidade na época fazia fronteira com a po­
derosa população filisteia, porém ela mes­
ma era israelita. As escavações na camada
III, por exemplo, revelam uma cidade cana­
neia, mas que utilizava a cerâmica bicromá- 
tica (decorada em duas cores) dos filisteus, 
atestando a influência de seus vizinhos.
'Ver "0 tabernáculo e a arca", em êx 40. ;Ver "Tabela dos períodos arqueológicos” na p. xxíi, no início desta Bíblia. 3Ver “ A conquista de Canaã", em Js 5. 4Ver 
“ Cidades dos levitas"em Js 21. sVer "A campanha de Sisaque", em 2Cr 12. 6Ver "0 prisma de Senaqueribe", em 2Cr 32. 7Ver "Nabucodonosor", em 2Rs 24.
4 0 6 1 S A M U E L 6 . 8
ponham-nos no curral.8 Coloquem a arca do S e n h o r sobre a carroça e ponham numa caixa ao lado 
os objetos de ouro que vocês estão lhe enviando como oferta pela culpa. Enviem a carroça 9 e fiquem 
observando. Se ela for para o seu próprio território, na direção de Bete-Semesj então foi o S e n h o r 
quem trouxe essa grande desgraça sobre nós. Mas, se ela não for, então saberemos que não foi a sua 
mão que nos atingiu e que isso aconteceu conosco por acaso”.
10 E assim fizeram. Pegaram duas vacas com cria, amarraram-nas a uma carroça e prenderam seus 
bezerros no curral.11 Colocaram a arca do S e n h o r na carroça e junto dela a caixa com os ratos de 
ouro e as imagens dos tumores.12 Então as vacas foram diretamente para Bete-Semes, mantendo-se 
na estrada e mugindo por todo o caminho; não se desviaram nem para a direita nem para a esquerda. 
Os governantes dos filisteus as seguiram até a fronteira de Bete-Semes.
13 Ora, o povo de Bete-Semes estava colhendo trigo no vale e, quando viu a arca, alegrou-se muito.
14 A carroça chegou ao campo de Josué, de Bete-Semes, e ali parou ao lado de uma grande rocha. 
Então cortaram a madeira da carroça e ofereceram as vacas como holocaustoflk ao S e n h o r . 15 Os levitas1 
tinham descido a arca do S e n h o r e a caixa com os objetos de ouro e as tinham colocado sobre a grande 
rocha. Naquele dia, o povo de Bete-Semes ofereceu holocaustos e sacrifícios ao S e n h o r . 16 Os cinco 
governantes dos filisteus viram tudo isso e voltaram naquele mesmo dia a Ecrom.
17 Os filisteus enviaram ao S e n h o r como oferta pela culpa estes tumores de ouro: um por01 
Asdode, outro por Gaza, outro por Ascalom, outro por Gate e outro por Ecrom.18 O número dos ratos 
de ouro foi conforme o número das cidades filisteias que pertenciam aos cinco governantes; tanto as 
cidades fortificadas como os povoados do campo. A grande rocha, sobre a qual puseram*7 a arca do 
S e n h o r , é até hoje uma testemunha no campo de Josué, de Bete-Semes.
19 O S e n h o r , contudo, feriun alguns dos homens de Bete-Semes, matando setentac deles, por 
terem olhado0 para dentro da arca do S e n h o r . O povo chorou por causa da grande matança que o 
S e n h o r fizera,20 e os homens de Bete-Semes perguntaram: “Quem pode permanecerP na presença do 
S e n h o r , esse Deus santo?** A quem enviaremos a arca, para que ele se afaste de nós?”
21 Então enviaram mensageiros ao povo de Quiriate-Jearim/ dizendo: “Os filisteus devolveram a 
arca do S e n h o r . Venham e levem-na para vocês”.
7Os homens de Quiriate-Jearim vieram para levar a arca do S e n h o r . Eles a levaram para a casa de Abinadabe,s na colina, e consagraram seu filho Eleazar para guardar a arca do S e n h o r .
Samuel Subjuga os Filisteus em Mispá
2 A arca permaneceu em Quiriate-Jearim muito tempo; foram vinte anos. E todo o povo de Israel bus­
cava o S e n h o r com súplicas .^3 E Samuel disse a toda a nação de Israel: “Se vocês querem voltar-se1 para 
o S e n h o r de todo o coração, livrem-seu então dos deuses estrangeiros e das imagens de Astarote,v consa- 
grem-sew ao S e n h o r e prestem culto somente a ele,x e ele os libertará das mãos dos filisteus”. 4 Assim, os 
israelitas se livraram dos baalins e dos postes sagrados e começaram a prestar culto somente ao S e n h o r .
5 E Samuel prosseguiu: “Reúnam todo o Israel em Mispá,v e eu intercederei ao S e n h o r a 
favor de vocês”. 6 Quando eles se reuniram em Mispá, tiraram água e a derramaram2 perante o 
S e n h o r . Naquele dia jejuaram e ali disseram: “Temos pecado contra o S e n h o r ” . E foi em Mispá que 
Samuel liderou3 os israelitas como juiz.
7 Quando os filisteus souberam que os israelitas estavam reunidos em Mispá, os governantes dos 
filisteus saíram para atacá-los. Quando os israelitassouberam disso, ficaram com medo.b 8 E disseram 
a Samuel: “Não pares de clamar0 por nós ao S e n h o r , o nosso Deus, para que nos salve das mãos dos 
filisteus”. 9 Então Samueld pegou um cordeiro ainda não desmamado e o ofereceu inteiro como holo­
causto ao S e n h o r . Ele clamou ao S e n h o r em favor de Israel, e o S e n h o r lhe respondeu.e
6.9 iv. 3; Js 15.10;
21.16
6.14 «<2Sm 24.22; 
1 Rs 19.21 
6.15 'Js 3.3
6.19 "2Sm 6.7; 
°êx 19.21;
Nm 4.5,15,20
6.20 P2Sm 6.9; 
Ml 3.2; Ap 6.17; 
l v 11.45
6.21 Os 9.17; 
15.9,60;
1 Cr 13.5,6
7 .3 'Dt 30.10;
Is 55.7; 0s 6.1; 
uGn 35.2;
Js 24.14; 
vJz 2.12,13;
1Sm 31.10;
"J l 2.12; *Dt 6.13; 
Mt 4.10; Lc4.8
7.5 yJz 20.1
7.6 ZSI 62.8;
Lm 2.19;
aJz 10.10; Ne 9.1;
51106.6
7 .7 1 Sm 17.11
7.8 «1 Sm 12.19, 
23; Is 37.4;
Jr 15.1
7.9 «SI 99.6; 
eJr 15.1
a 6 .1 4 Isto é, sacrifício totalmente queimado; também em todo o livro de 1 Samuel.
b 6 .1 8 Conforme alguns manuscritos do Texto Massorético. A maioria dos manuscritos do Texto M assorético diz povoados do 
cam po até Abel Maior, onde puseram. 
c 6 .1 9 Conforme alguns manuscritos do Texto Massorético. A maioria dos manuscritos do Texto M assorético e a Septuaginta 
dizem 50.070. 
d 7 .2 Hebraico: lam entava-se após o Senhor.
7 .3 Astarote, a deusa do amor, da fertilidade e da guerra, era cultuada 
sob várias formas por muitos povos do antigo Oriente Médio, entre eles 
os cananeus (ver nota em Jz 2.13). Os cultos a Astarote e a Baal eram 
geralmente combinados (ver Jz 2.13; 3.7; 10.6; ISm 7.4; ver também
“As inscrições de Kuntillet Ajrüd: a Aserá do Senhor?”, em Jr 17) por 
causa da prática de associar deidades masculinas e femininas, comum 
nos cultos de fertilidade.
7 .6 Para saber mais sobre o ascetismo no AT, ver nota em Lv 10.9.
1 S A M U E L 8 . 1 0 40
7.10f1Sm 2.10; 
2Sm 22.14,15; 
aJs 10.10
7.12 «Gn 35.14;
JS4.9
7.13 Uz 13.1,5; 
1Sm13.5
7.15ÍV.6; 
1Sm 12.11 
7.17“1Sm 1.19; 
8 .4 ;'Jz 21.4
10 Enquanto Samuel oferecia o holocausto, os filisteus se aproximaram para combater Israel. Na­
quele dia, porém, o S e n h o r trovejou* com fortíssimo estrondo contra os filisteus e os colocou em 
pânico,9 e foram derrotados por Israel.11 Os soldados de Israel saíram de Mispá e perseguiram os 
filisteus até um lugar abaixo de Bete-Car, matando-os pelo caminho.
12 Então Samuel pegou uma pedrah e a ergueu entre Mispá e Sem; e deu-lhe o nome de Ebenézer", 
dizendo: “Até aqui o S e n h o r nos ajudou”. 13 Assim os filisteus foram dominados' e não voltaram a 
invadir o território israelita.
A mão do S e n h o r esteve contra os filisteus durante toda a vida de Samuel.14 As cidades que os 
filisteus haviam conquistado foram devolvidas a Israel, desde Ecrom até Gate. Israel libertou os terri­
tórios ao redor delas do poder dos filisteus. E houve também paz entre Israel e os amorreus.
15 Samueli continuou como juiz de Israel durante todos os dias de sua vida.16 A cada ano percorria 
Betei, Gilgal e Mispá, decidindo as questões de Israel em todos esses lugares.17 Mas sempre retornava 
a Ramá,k onde ficava sua casa; ali ele liderava Israel como juiz e naquele lugar construiu um altar1 em 
honra ao S e n h o r .
8.1 "D t 16.18,19 
8.2 "Gn 22.19; 
1 Rs 19.3; 
Am 5.4,5 
8.3 «Êx 23.8; 
Dt 16.19; S115.5 
8.4 H Sm 7.17 
8.5 nDt 17.14-20
8.7 < x 16.8; 
1Sm 10.19
8.9 V. 11-18; 
1Sm 10.25
Israel Pede um Rei
8 Quando envelheceu, Samuel nomeoum seus filhos como líderes de Israel. 2 Seu filho mais velho chamava-se Joel; o segundo, Abias. Eles eram líderes em Berseba."3 Mas os filhos dele não anda­
ram em seus caminhos. Eles se tornaram gananciosos, aceitavam suborno0 e pervertiam a justiça.
4 Por isso todas as autoridades de Israel reuniram-se e foram falar com Samuel, em Ramá.P5 E 
disseram-lhe: “Tu já estás idoso, e teus filhos não andam em teus caminhos; escolhe agora um reW 
para que nos lidere, à semelhança das outras nações”.
6 Quando, porém, disseram: “Dá-nos um rei para que nos lidere”, isso desagradour a Samuel; então ele 
orou ao S e n h o r . 7 E o S e n h o r lhe respondeu: “Atenda a tudo o que o povo está pedindo; não foi a você 
que rejeitaram; foi a mim que rejeitaram como rei.s 8 Assim como fizeram comigo desde o dia em que 
os tirei do Egito até hoje, abandonando-me e prestando culto a outros deuses, também estão fazendo 
com você.9 Agora atenda-os; mas advirta-os solenemente' e diga-lhes quais direitos reivindicará o rei que 
os governará”.
’ 7 .1 2 Ebenèzer s ig n if ic a pedra de ajuda.
8.5 Para mais informações sobre a teocracia em Israel (o sistema de 
governo no qual o próprio Deus é o governador), ver nota em Êx 15.13.
S Í T I O S A R Q J J E O L Ó G I C O S
Q U I R I A T E - J E A R I M
1SAMUEL 7 Originariamente, Quiriate- 
-Jearim (mapa 4) era chamada Baalá (Js 
15.9) ou Quiriate-Baal, o que provavelmen­
te indica seu significado religioso na época 
em que pertencia aos cananeus adoradores 
de Baal.1 Depois que os israelitas entra­
ram em Canaã, sob a liderança de Josué, 
a cidade, que ficava próxima à fronteira com 
Benjamim ao sul, foi designada para a tribo 
de Judá (Js 18.14). Quiriate-Jearim, que 
significa "cidade das florestas", estava es­
trategicamente situada junto à importante 
rota que ia da planície costeira até o planalto 
benjamita e dali para Jerusalém.
Depois da captura da arca da aliança 
pelos filisteus e do subsequente retorno 
dela a Bete-Semes2 (mapa 4), os homens 
de Quiriate-Jearim recuperaram a arca e a 
trouxeram para a casa de Abinadabe. A arca 
permaneceu vinte anos em Quiriate-Jearim 
(1Sm 7.2), até o arrependimento da nação 
em Mispá. Durante seu reinado, Davi trans­
portou a arca da casa de Abinadabe para 
Jerusalém (2Sm 6.2-4; 2Cr 1.4), e Salomão 
fortificou o local (ver IRs 9.18), embora se 
acredite que o faraó Sisaque o tenha des­
truído.3 As últimas referências a Quiriate- 
-Jearim no registro bíblico fazem dela a
cidade natal do profeta Urias (Jr 26.20) e o 
destino de alguns dos judeus que retorna­
ram do exílio (Ne 7.29). Quiriate-Jearim foi 
identificada como Deir el-Azhar, o cume de 
um monte que provavelmente preservan 
nome de Eleazar, filho de Abinadabe, o qual 
foi consagrado como guardião da arca. Uma 
inscrição encontrada no local indica que a X 
Legião romana mais tarde se alojou ali, e as 
escavações do início do século XX revelaram 
uma igreja bizantina construída no século
V d.C.4
/
t
1Ver "Os tabletes de Ugarite e a religião cananeia", em Js 1, e "Baal e os cultos de fertilidade", em Os 2. 2Ver "Bete-Semes", em 1Sm 6. 3Ver "A campanha de
Sisaque", em 2Cr 12. 4Para mais informações sobre a arca, ver "0 tabernáculo e a arca", em Êx 40.
DIFERENÇAS TEOLÓGICAS FUNDAMENTAIS ENTRE ISRAEL E SEUS VIZINHOS
1 S A M U E L 8 . 1 0
Tema Ideal israelita Politeismo pagão
Supremacia da deidade Vahweh é o poder máximo do Universo. 
Não deve satisfações a ninguém e não há 
limites para sua jurisdição
Os deuses têm programas de trabalho 
conflitantes e jurisdição limitada. Mesmo como 
corporação ou como um todo, não exercem a 
soberania máxima.
Manifestação da deidade Yahweh não pode ser representado 
pela forma material nem pela forma de 
qualquer fenômeno natural.
As deidades são representadas iconicamente, 
antropomorficamente ou por fenômenos naturais.
Disposição da deidade Yahweh é consistente em caráter e se 
autodetermina por seus atributos.
0 deus não se orienta por nenhum código de conduta. 
É inconsistente, imprevisível e responsável apenas 
períferícamente em relação à assembleia divina.
Autonomia da deidade Yahweh não depende de que nenhum 
povo satisfaça suas necessidades.
Cumpre ao povo providenciar alimento e habitação 
para a deidade (sacrifícios e templos).
Exigências da deidade Tornadas conhecidas em detalhes pela 
outorga da Lei.
Não reveladas:podem ser apenas inferidas com base 
no destino de uma pessoa.
Resposta à deidade Yahweh espera conformidade com a Lei e 
também com sua santidade e justiça.
É ritualista, ainda que a manutenção de uma 
sociedade ordenada fosse importante.
Criação do cosmo Yahweh empreendeu e de forma soberana 
executou um plano coerente para a 
Criação.
Realizada por meio da procriação dos deuses, sem 
influência direta. Organizada e estabelecida pelo 
conflito entre os deuses.
Dignidade humana Derivada do fato de o homem ser criado à 
imagem de Deus e estabelecido acima da 
criação. Yahweh criou o mundo para o ser 
humano e tendo o ser humano em mente.
Uma vez que os seres humanos são um 
aborrecimento e uma ideia posterior, criados como 
escravos, a dignidade deriva da crença de que eles 
existem para suprir as necessidades dos deuses.
Revelação A vontade de Yahweh, seus propósitos 
e sua natureza são matéria de 
conhecimento público, providenciado pelo 
próprio Yahweh,
A vontade, os propósitos e a natureza da deidade 
somente podem ser inferidos.
Eleição Israel via-se como o povo eleito de Deus. Ocasionalmente, um rei ou uma dinastia eram 
considerados eleitos, mas não havia uma doutrina 
que sustentasse tal eleição.
Historiografia A história é registrada como uma forma 
de revelação de Yahweh e, portanto, é 
didática.
A história é registrada como um meio de propaganda 
que justifique e autentique o regime vigente.
Intervenção divina Foca no objetivo estabelecido e 
consistente de manter o acordo com 
a intenção de Yahweh de revelar a si 
mesmo e seus atributos.
Foca na manutenção do statusquo ou o retorno a um 
status quo anterior e é primariamente adiire.
Presságios A visão de mundo de Israel rejeitava a 
mentalidade do presságio.
Eram vistos como indicativos das circunstâncias 
que seriam causadas pelos deuses, 
favoráveis ou não.
Feitiçaria A visão de mundo de Israel rejeitava a 
manipulação da deidade por meio da 
feitiçaria.
A feitiçaria era utilizada como forma sobrenatural de 
coerção à deidade, para que a resposta seguisse o 
caminho desejado.
Chronological and Background Charts ofthe Old Testament, p. 84
1 S A M U E L 9 . 1 7 4 0 9
8.11 "1Sm 10.25;
14.52; <Ot 17.16;
2Sm 15.1
8.14 *Ez 46.18; 
>1 Rs 21.7,15
8.18 "Pv 1.28; 
Is 1.15; Mq 3.4 
8.19*ls66.4; 
Jr 44.16 
8.20 "v. 5 
8.21 cJz 11.11 
8.22 °v. 7
9.1 "1 Sm 14.51;
1 Cr 8.33; 9.39 
9 .2 '1 Sm 10.24; 
•1 Sm 10.23
9.4 «Js 24.33; 
■2Rs 4.42
9.511 Sm 1.1; 
h1Sm 10.2
9 .6 'Dt 33.1; 
1Rs 13.1; 
” 1 Sm 3.19
9.7 "1 Rs 14.3; 
2Rs 5.5,15; 8.8
9.9 °2Sm 24.11;
2Rs 17.13; 
1 Cr 9.22; 26.28; 
29.29; Is 30.10; 
Am 7.12
9.11 nGn 24.11,13
9.12 iNm 28.11- 
15; 1Sm 7.17; 
'Gn 31.54; Is 10.5; 
1 Rs 3.2
9.16*1 Sm 10.1; 
■Êx 3.7-9
9.17"1Sm16.12
10 Samuel transmitiu todas as palavras do Se n h o r ao povo, que estava lhe pedindo um rei,
11 dizendo: “O rei que reinará sobre vocês reivindicará como seu direito o seguinte: ele tomaráu os 
filhos de vocês para servi-lo em seus carros de guerra e em sua cavalaria e para correr à frente dos seus 
carros de guerra/ 12 Colocará alguns como comandantesw de mil e outros como comandantes de cin­
qüenta. Ele os fará arar as terras dele, fazer a colheita e fabricar armas de guerra e equipamentos para 
os seus carros de guerra.13 Tomará as filhas de vocês para serem perfumistas, cozinheiras e padeiras.
14 Tomará de vocês o melhor das plantações/ das vinhas'' e dos olivais e o dará aos criados dele.
15 Tomará um décimo dos cereais e da colheita das uvas e o dará a seus oficiais e a seus criados.
16 Também tomará de vocês para seu uso particular os servos e as servas, e o melhor do gado0 e dos 
jumentos.17 E tomará de vocês um décimo dos rebanhos, e vocês mesmos se tornarão escravos dele.
18 Naquele dia, vocês clamarão por causa do rei que vocês mesmos escolheram, e o Se n h o r não os ouvirá2”.
19 Todavia, o povo recusou-se3 a ouvir Samuel e disse: “Não! Queremos ter um rei.20 Seremos como 
todas as outras nações;6 um rei nos governará, e sairá à nossa frente para combater em nossas batalhas”.
21 Depois de ter ouvido tudo o que o povo disse, Samuel o repetiu0 perante o S e n h o r . 22 E o 
S e n h o r respondeu: “Atenda-osd e dê-lhes um rei”.
Então Samuel disse aos homens de Israel: “Volte cada um para a sua cidade”.
O Encontro entre Saul e Samuel
9Havia um homem de Benjamim, rico e influente, chamado Quis,e filho de Abiel, neto de Zeror, bisneto de Becorate e trineto de Afia.2 Ele tinha um filho chamado Saul, jovem de boa aparência, 
sem igual* entre os israelitas; os mais altosS batiam nos seus ombros.
3 E aconteceu que as jumentas de Quis, pai de Saul, extraviaram-se. E ele disse a Saul: “Chame um 
dos servos e vá procurar as jumentas”. 4 Eles atravessaram os montesh de Efraim e a região de Salisa,' 
mas não as encontraram. Prosseguindo, entraram no distrito de Saalim, mas as jumentas não estavam 
lá. Então atravessaram o território de Benjamim e mesmo assim não as encontraram.
5 Chegando ao distrito de Zufej disse Saul ao seu servo: “Vamos voltar, ou meu pai deixará de 
pensar nas jumentas para começar a preocupar-sek conosco”.
6 O servo, contudo, respondeu: “Nesta cidade mora um homem de Deus1 que é muito respeitado. 
Tudom o que ele diz acontece. Vamos falar com ele. Talvez ele nos aponte o caminho a seguir”.
7 Saul disse a seu servo: “Se formos, o que lhe poderemos dar? A comida de nossos sacos de viagem 
acabou. Não temos nenhum presente" para levar ao homem de Deus. O que temos para oferecer?”
8 O servo lhe respondeu: “Tenho três gramas6 de prata. Darei isto ao homem de Deus para que ele 
nos aponte o caminho a seguir”. 9 (Antigamente em Israel, quando alguém ia consultar a Deus, dizia: 
“Vamos ao vidente”, pois o profeta de hoje era chamado vidente.)0
10 E Saul concordou: “Muito bem, vamos!” Assim, foram em direção à cidade onde estava o ho­
mem de Deus.
11 Ao subirem a colina para chegar à cidade, encontraram algumas jovens que estavam saindo para 
buscarP água e perguntaram a elas: “O vidente está na cidade?”
12 Elas responderam: “Sim. Ele está ali adiante. Apressem-se; ele chegou hoje à nossa cidade, por­
que o povo vai oferecer um sacrifício'! no altarr que há no monte.13 Assim que entrarem na cidade, 
vocês o encontrarão antes que suba ao altar do monte para comer. O povo não começará a comer antes 
que ele chegue, pois ele deve abençoar o sacrifício; depois disso, os convidados irão comer. Subam 
agora e vocês logo o encontrarão”.
14 Eles foram à cidade e, ao entrarem, Samuel vinha na direção deles a caminho do altar do monte.
15 No dia anterior à chegada de Saul, o Se n h o r havia revelado isto a Samuel:16 “Amanhã, por 
volta desta hora, enviarei a você um homem da terra de Benjamim. Unja-os como líder sobre Israel, 
o meu povo; ele libertará* o meu povo das mãos dos filisteus. Atentei para o meu povo, pois o seu 
clamor chegou a mim”.
17 Quando Samuel viu Saul, o Se n h o r lhe disse: “Esteu é o homem de quem falei; ele governará
o meu povo”.
“ 8. 16 Conforme a Septuaginta. O Texto Massorético diz jovens. 
b 9 .8 Hebraico: 1/4 de siclo. Um siclo eqüivalia a 12 gramas.
9 .12 Depois de entrar na terra prometida, os israelitas muitas vezes 
seguiram a prática cananeia de erigir altares sobre colinas (ver “San­
tuários israelitas e a adoração antes do templo de Salomão”, em lSm 1). 
Nessa época, o santuário central não estava em funcionamento, porque 
a arca de Deus estava afastada do tabernáculo, Siló fora destruída (ver
“A destruição de Siló”, em Jr 7) e a família sacerdotal aparentemente 
continuava inativa desde a morte de Eli. O culto nos “lugares altos” foi 
mais tarde condenado, porque permitia a infiltração de práticas pagãs 
nas observâncias religiosas de Israel (ver “Os lugares altos”, em Ez 6).
o 1 S A M U E L 9 . 18
18 Saul aproximou-se de Samuel na entrada da cidade e lhe perguntou: “Por favor, pode me dizer 
onde é a casa do vidente?”
19 Respondeu Samuel: “Eu sou o vidente. Vá na minha frente para o altar, pois hoje você comerá 
comigo. Amanhã cedo eu contarei a você tudo o que quer saber e o deixarei ir.20 Quanto às jumentasv 
que você perdeu há três dias, não se preocupe com elas; já foram encontradas. E a quem pertencerá 
tudo o que é precioso™ em Israel, senão a você e a toda a família de seu pai?”
21 Saul respondeu: “Acaso não sou eu um benjamita, da menor das tribos* de Israel, e não é o meu 
clã o mais insignificante de todos os clãs da tribo de Benjamim?y Por que estás me dizendo tudo isso?”
22 Então Samuel levou Saul e seu servo para a sala e lhes deu o lugar de honra entre os convidados, 
cerca de trinta pessoas. 23 E disse ao cozinheiro: “Traga-me a porção de carne que entreguei a você e 
mandei reservar".
24 O cozinheiro pegou a coxa2 do animal com o que estava sobre ela e colocou tudo diante de 
Saul. E disse Samuel: “Aqui está o que foi reservado para você. Coma, pois desde o momento em que 
eu disse: Tenho convidados, essa parte foi separada para você para esta ocasião”. E Saul comeu com 
Samuel naquele dia.
25 Depois que desceu do altar do monte para a cidade, Samuel conversou com Saul no terraço3 
de sua casa. 26 Ao romper do dia, quando se levantaram, Samuel chamou Saul no terraço e disse: 
“Levante-se, e eu o acompanharei, e depois você seguirá viagem”. Saul se levantou e saiu com Samuel.
27 Enquanto desciam para a saída da cidade, Samuel disse a Saul: “Diga ao servo que vá na frente”.
O servo foi e Samuel prosseguiu: “Fique você aqui um instante, para que eu dê a você uma mensagem 
da parte de Deus”.
9.20 «V. 3;
*1 Sm 8.5; 12.13
9.21 <1 Sm 15.17; 
Uz 20.35,46
9.24 4.V 7 .3 2 -3 4 ; 
Nm 18.18
9.25 aDt 22.8; 
At 10.9
9.25 As casas do antigo Oriente Médio tinham o teto plano com acesso da noite. Às vezes, um pequeno quarto era construído sobre o teto (ver
por escadas externas. O terraço era um local bem conveniente para o “A cidade e o lar israelitas”, em Jr 9).
descanso, a privacidade e um bom lugar para receber a refrescante brisa
Samuel e Saul
1 SAMUEL 9 Samuel e Saul foram líderes de 
uma transição na história de Israel, por volta 
de 1070 a 1000 a.C., entre a época dos juizes 
e a m onarquia unida. "Naqueles dias ra­
ramente o Senhor falava" (ISm 3.1), mas a 
concepção miraculosa de Samuel pela estéril 
Ana (cap. 1) e o singular chamado profético 
de Samuel (3.4-14) indicam uma obra espe­
cial de Deus a favor de seu povo. Ao que pare­
ce, não era de linhagem sacerdotal (1 Cr 6.49- 
53; cf. 1Sm 1.1), embora seu pai fosse levita 
(1 Cr 6.25,26). Samuel cresceu em Siló (mapa 
4), o primeiro centro de culto de Israel,1 onde 
foi treinado sob a supervisão do sumo sacer­
dote Eli (1.27,28; 2.11; 3.1). 0 ministério de 
Samuel, porém, não foi de sacerdote, mas 
de profeta (3.20— 4.1a; 9.6-11). Ele defendeu 
os interesses de Deus e conclamou a nação 
ao arrependimento (7.3; 8.10-18; 12.6-25;
13.13,14; 15.1,2,17-23). Samuel ungiu reis 
terrenos (10.1,24; 16.12,13) e também os 
denunciou (13.13,14; 15.22,23; 28.17-19), 
além de reforçar a aliança entre Deus e Israel 
(7.15-17).
Saul foi uma expressão trágica dos des­
vios de Israel. Sob a opressão dos filisteus, os 
israelitas começaram a questionar a presen­
ça e o poder de Deus entre eles (cf. 4.21,22) 
e a imaginar que somente um rei guerreiro 
lhes poderia trazer libertação (8.20). Ao agir 
desse modo, rejeitaram a Deus como seu 
rei (8.7). Saul era alto, forte e corajoso (9.2;
11.6-11), e o povo o escolheu como rei sem 
hesitar (8.18; 9.16; 10.24; 12.13). Na verda­
de, ele incorporava o ideal humano de um 
rei.2 Deus comissionou Saul para lutar contra 
os filisteus (9.17; 10.7; 17.11) e contra os 
amalequitas (15.2,3), mas o primeiro rei de
Israel falhou muitas vezes em seguir as dire­
trizes de Deus (e.g., 13.13; 15.17-19; cf. Dt 
17.14-20). Três confrontações com Samuel 
deixaram claro o veredicto de Yahweh:
o reinado de Saul fora rejeitado, e ele seria 
substituído por um homem escolhido a dedo 
por Deus (13.14; 15.28; 28.17). Os anos res­
tantes do reinado de Saul foram marcados 
por medo, traição e ira, enquanto Davi ga­
nhava notoriedade em Israel.3 A morte de 
Saul, pelas mãos dos filisteus, pôs fim ao seu 
reinado (31.1-4).
'Ver "0 tabernáculo em Siló” , em ISm 3. ! Ver "0 rei no antigo Oriente Médio", em SI 45. JVer “ Davi", em 2Sm 1.
1 S A M U E L 1 0 . 1 4
10.1 b1 Sm 16.13;
2Rs9.1,3,6; 
<512.12; dDt 32.9; 
SI 78.62,71 
10.2 eGn 35.20; 
IS m 9.4; 
91 Sm 9.5
10.3 iGn 28.22; 
35.7,8
10.5 IS m 13.3; 
i1Sm 9.12; 
k2Rs3.15; 
'1 Sm 19.20;
1 Co 14.1 
10.6 "v. 10; 
Nm 11.25; 
1 Sm 19.23,24 
10.7 "Ec 9.10; 
°Js1.5; Jz 6.12; 
Hb 13.5 
10.8 PlSm 11.14, 
15
10.9 ov. 6
10.10 -V. 5,6; 
1 Sm 19.20 
10.11 m 13.54; 
Jo 7.15; 
*1 Sm 19.24
10.14 U1 Sm 14.50
Saul é Ungido Rei
1 í\ Samuel apanhou um jarrob de óleo, derramou-o sobre a cabeça de Saul e o beijou, dizendo: 
X \ J “O S e n h o r o ungiu0 como líder da herança dele.“d 2 Hoje, quando você partir, encontrará dois 
homens perto do túmulo de Raquel,e em Zelza, na fronteira de Benjamim. Eles dirão: ‘As jumentasf 
que você foi procurar já foram encontradas. Agora seu pai deixou de se importar com elas e está 
preocupados com vocês. Ele está perguntando: “Como encontrarei meu filho?” ’
3 “Então, dali, você prosseguirá para o carvalho de Tabor. Três homens virão subindo ao santuário 
de Deus, em Betei,h e encontrarão você ali. Um estará levando três cabritos, outro três pães e outro 
uma vasilha de couro cheia de vinho.4 Eles o cumprimentarão e oferecerão a você dois pães, que você 
deve aceitar.
5 “Depois você irá a Gibeá de Deus, onde há um destacamento filisteu.1 Ao chegar à cidade, você 
encontrará um grupo de profetas que virão descendo do altar do montei tocando liras, tamborins, 
flautas e harpas;k e eles estarão profetizando.16 O Espíritom do S e n h o r se apossará de você, e com eles 
você profetizará6 e será um novo homem. 7 Assim que esses sinais se cumprirem, faça o que achar 
melhor,11 pois Deus está com0 você.
8 “Vá na minha frente até Gilgal.P Depois eu irei também, para oferecer holocaustos e sacrifícios de 
comunhão^ mas você deve esperar sete dias, até que eu chegue e diga a você o que fazer”.
9 Quando se virou para afastar-se de Samuel, Deus mudou1! o coração de Saul, e todos aqueles 
sinais se cumpriram naquele dia. 10 Chegando a Gibeá, um grupo veio em sua direção; o Espírito 
de Deus se apossou dele, e ele profetizour no meio deles.11 Quando os que já o conheciam viram-no 
profetizando com os profetas, perguntaram uns aos outros: “O que aconteceus ao filho de Quis? 
Saul também está entre os profetas?”'
12 Um homem daquele lugar respondeu: “E quem é o pai deles?” De modo que isto se tornou um 
ditado: “Saul também está entre os profetas?” 13 Depois que Saul parou de profetizar, foi para o altar 
do monte.
14 Então o tio de Saulu perguntou a ele e ao seu servo: “Aonde vocês foram?”
0 1 0 .1 A Septuaginta e a Vulgata d iz e m líder de Israel, o seu povo. Você reinará sobre o povo do S e n h o r e o salvará do poder 
de seus inimigos ao redor. E isto lhe será um sinal de que o Se n h o r o ungiu como líder sobre a herança dele. 
b 1 0 .6 O u você estará em transe-, ta m b é m n o v e rs íc u lo 10 e e m 19.24. V e ja 18.10. 
c 1 0 .8 O u de paz.
s í t i o s a r q u e o l o g i c o s
O T Ú M U L O DE R A Q U E L
1SAMUEL 10 Raquel morreu perto de 
Efrata, que é o outro nome da vila de Belém 
(Gn 35.19; 48.7)1. A tradição convencionou 
que o local de seu túmulo é um edifício me­
dieval nas imediações da cidade, embora
1 Samuel 10.2 indique que estava localizado 
no território de Benjamim. Jeremias 31.15 
diz

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