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27 iara pereira araujo diabetes mellitus TIPOS 1 e 2 A PREVENÇÃO, CONTROLE E O TRATAMENTO NA SAÚDE PÚBLICA Brasília-DF 2018 iara pereira araujo diabete mellitus TIPOS 1 e 2 A PREVENÇÃO, CONTROLE E O TRATAMENTO NA SAÚDE PÚBLICA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à faculdade anhanguera de Brasília, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Biomedicina. Orientador: Msc. Giovanna Crippa Brasília-DF 2018 iara pereira araujo diabetes mellitus Comment by Giovanna Vaz Crippa: COMPLETE O TITULO. a PREVENÇAO, controle e o tratamento na saÚde pública Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à faculdade Anhanguera de Brasília, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em biomedicina. BANCA EXAMINADORA Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Cidade, dia de mês de ano (Fonte Arial 12) Substitua as palavras em vermelho conforme o local e data de aprovação. Dedico este trabalho em primeiro lugar à minha família que sempre me ajudaram e incentivaram a concretizar meus sonhos e que me guiarão pelos caminhos corretos. Aos amigos que me acompanharam nessa trajetória na qual passamos por algumas dificuldades juntos. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por me dar a oportunidade de concluir mais essa etapa de minha vida. Agradeço aos meus pais, Antônio e Raimunda, por sempre acreditarem em mim. A minha irmã Antônia pelo incentivo e por sempre está comigo nos momentos, mas difíceis da minha vida. Ao meu cunhado ítalo por todo apoio no inicio desse processo. Agradeço ao meu namorado Breno, que jamais me negou apoio e carinho. As minhas amigas, Yasmim, Mariane, Laiane e Jullyane, que apesar das dificuldades sempre estiveram ao meu lado. Gostaria de agradecer as minhas orientadoras Giovanna Crippa e Anna Maly por toda paciência e apoio durante o processo deste trabalho. E de uma forma geral, agradeço aos professores que fizeram parte desta formação, em especial Krain, Juliana e Geraldo. ARAUJO, Iara Pereira. Diabetes Mellitus: Prevenção e controle e o tratamento na saúde publica. 2018. 27 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina) – Faculdade Anhanguera de Brasília, Brasília-DF, 2018. RESUMO Atualmente o sedentarismo e a mudança na alimentação têm sido uma grande preocupação para as equipes especializadas em diabetes, visto que esses dois fatores contribuir diretamente para essa patologia. Um dos maiores problemas que a população passar hoje é a demora em um diagnostico da Diabetes mellitus na rede publica, que pode atrapalhar diretamente no resultado de tratamento eficaz. Por este motivo foi pesquisado como um diagnóstico correto em curto prazo pode beneficiar um tratamento com resultado positivo. Como objetivo foi descrita algumas intervenções em busca de melhorar o controle e aumentar a eficácia no tratamento do diabetes mellitus. A construção desse trabalho objetivou em uma pesquisa bibliográfica, onde os principais autores pesquisados apresentam vasto conhecimento sobre Diabetes mellitus. Após uma analise detectou-se que na atenção básica há projetos governamentais voltados para a importância da educação nutricional para travar o aumento do excesso de peso e obesidade, destinados também à população diabética, com o objetivo de diminuir o alto índice da doença Diabetes mellitus. . Parabéns! Ótimo resumo, apenas corrija o espaçamento entre as linhas, deve ser simples (1,0 cm). Palavras-chave: Diabete Mellitus; Diagnóstico; Tratamento. ARAUJO, Iara Pereira. Diabetes Mellitus: Prevention and control and treatment in public health. 2018. 27 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina) – Faculdade Anhanguera de Brasília, Brasília-DF, 2018. ABSTRACT Currently, sedentary lifestyle and food changes have been a major concern for diabetes teams, since these two factors contribute directly to this pathology. One of the biggest problems facing the population today is the delay in a diagnosis of Diabetes mellitus in the public network, which can directly hamper the outcome of effective treatment. For this reason was searched as a correct diagnosis in the short term can benefit a treatment with positive result. The objective was to describe some interventions in order to improve the control and increase the efficacy in the treatment of diabetes mellitus. The construction of this work objectified in a bibliographical research, where the main authors researched present vast knowledge on Diabetes mellitus. After an analysis, it was detected that in the basic attention there are governmental projects focused on the importance of nutritional education to curb the increase of excess weight and obesity, destined also to the diabetic population, in order to reduce the high rate of Diabetes mellitus disease. Key-words: Diabete Mellitus; Diagnosis; Treatment. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Estágios de desenvolvimento do DM1 15 Figura 2 – Evolução do Diabetes Mellitus 2 16 Figura 3 – Tratamento do diabetes tipo 2. Passo a passo com base na meta da HbA1c.........................................................................................................................20 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Critérios para o diagnóstico de diabetes mellitus e pré-diabetes 17 Tabela 2 – Relação dos 10 países com maior número de pessoas com diabetes 21 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Composição nutricional do plano alimentar indicado para portadores de diabetes mellitus ........................................................................................................14 Quadro 2 - Proporção de pessoas de 18 anos ou mais de idade que referem diagnóstico médico de diabetes, com indicação do intervalo de confiança de 95%, segundo as grandes regiões -2013...........................................................................22 . LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS BVSMS Biblioteca virtual em saúde ministério da saúde DM Diabetes Mellitus DM1 Diabetes mellitus tipo 1 DM2 Diabetes mellitus tipo 2 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística SBD Sociedade Brasileira de Diabetes 4 SUMÁRIO INTRODUÇÃO Atualmente o Diabetes Mellitus (DM) é uma doença que tem despertado o interesse de profissionais da saúde e da população, pois é uma patologia crônica de grande escala, e que no proceder dos anos tornou-se motivo de preocupação para a saúde pública. Essa patologia e decorrente da ausência ou da incapacidade da insulina em cumprir de modo correto sua função. O domínio impróprio da síndrome causa riscos para a saúde do portador, em virtude do disfuncionamento na circulação levando ao dano ou falência de diversos órgãos (SBD, 2017-2018). A justificativa para a escolha deste tema está relacionada ao fato que o Diabetes mellitus está entre uma das principais causas de morbimortalidade dentro da saúde pública na atualidade, é caracterizada pelo aumento da hiperglicemia crônica com comprometimento no metabolismo dos lipídios carboidratos e proteínas. O aumento da glicose no sangue ocorre por causa da diminuição da produção da insulina ou devido à deficiência da ação do hormônio O diabetes mellitus nos últimos anos aumentou em nossa sociedade de forma não controlada, por isso há a necessidade de acompanhamento consecutivo pelas equipes de saúde pública, até mesmo por que a doença não diferencia a quem vai atingir. Devido isto surge a seguinte questão: Qual a importância do diagnóstico e tratamento corretono diabetes mellitus? O objetivo geral desse trabalho foi: demonstrar as principais intervenções no controle e tratamento do diabetes mellitus. Os objetivos específicos são: demonstrar teoricamente sobre o diabetes mellitus tipos 1 e 2, apontar os critérios aplicados para o diagnostico e o tratamento da doença e estudar as intervenções para melhorar no atendimento das pessoas com diabetes mellitus 1 e 2 na saúde pública. A metodologia utilizada para o desenvolvimento foi a pesquisa bibliográfica. Os dados coletados foram através de informações publicadas em livros bibliográficos Google acadêmico, artigos científicos extraídos da internet publicados entre os anos de 2006 e 2018. Assim, utilizou-se o estudo bibliográfico que tem uma função integradora e facilita o acúmulo de conhecimentos aos leitores, dando uma maior compreensão sobre o tema, onde foram descobertos novos conhecimentos. DIABETES MELLITUS: CONCEITO E OS TIPOS 1 E 2 Diabetes mellitus (DM) consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos, ocasionando complicações em longo prazo. A hiperglicemia persistente está associada a complicações crônicas micro e microvasculares aumentam de morbidade, redução da qualidade de vida e elevação da taxa de mortalidade (SBD, 2017-2018). Em determinadas situações, a diferenciação entre o diabetes tipo 1 e o tipo 2 pode não ser simples. Em casos de dúvida, podem ser solicitados níveis de anticorpos anti-GAD e avaliação da reserva de insulina pancreática por meio da medida de peptídeo-C plasmático. Anticorpos positivos e peptídeo C abaixo de 0,9 ng/ml sugerem o diagnóstico de diabetes tipo 1, enquanto que anticorpos negativos e peptídeo C elevado sugerem diabetes tipo 2 (MARASCHIN et al., 2010). Os sintomas mais comuns são, além da hiperglicemia, a hipoglicemia, a polidipsia, a poliúria, a polifagia, o emagrecimento ou o ganho de peso intenso. Entre as complicações crônicas relativas à doença, estão o infarto agudo do miocárdio, as complicações renais, a retinopatia e neuropatia. No diabetes tipo I não há produção de insulina pelo pâncreas, enquanto no diabetes tipo 2, que representa cerca de 90% dos casos da síndrome, há a secreção, porém há uma dificuldade na captação e na correta ação desse hormônio (PONTIERI, 2010). Consequentemente, o diabetes é descoberto através de resultados de exames anormais de sangue ou de urina de rotina, ou da presença de uma complicação. Como o diabetes pode ser aparente apenas intermitentemente, por exemplo, com intolerância à glicose. Em alguns indivíduos, a possibilidade de desenvolver diabetes pode ser reconhecida mesmo antes que algumas anormalidades de tolerância à glicose (KAHN et al., 2009). No DM1, há uma deficiência insulínica por destruição das células beta autoimune, que ocorre frequentemente em jovens, com instalação rápida dos sintomas clínicos, propensão à Cetose e presença de autoanticorpos circulantes – tipo 1A. Em outros casos, o processo etiopatogênico é desconhecido e não há evidências de autoimunidade – tipo 1B (BANDEIRA, 2018). Para Guyton e Arthur (2006) o diabetes mellitus do tipo 1 pode desenvolver-se de maneira de forma repentina, em um curto período, três sequelas principais: Glicose sanguínea aumentada, um acréscimo no uso dos lipídios sendo fonte de energia e para formação de colesterol pelo fígado e Depleção das proteínas do organismo. Comment by Giovanna Vaz Crippa: Todas as figuras, tabelas e quadros devem ser mencionados no texto. Figura 1 - Estágios de desenvolvimento do DM1 Fonte: Milech et al. (2014, p. 67) Estima-se que mais de 30 mil brasileiros sejam portadores de DM1 e que o Brasil ocupe o terceiro lugar em prevalência de DM1 no mundo, segundo a International Diabetes Federation. 1 Embora a prevalência de DM1 esteja aumentando, corresponde a apenas 5 a 10% de todos os casos de DM (SBD, 2017-2018). O DM2 é caracteriza-se por defeitos na ação e secreção da insulina e na regulação da produção hepática de glicose. A resistência à insulina e o defeito na função das células beta ficam presentes na fase pré-clínica. É ocasionada por fatores genéticos e ambientais. Nas últimas décadas, foi possível identificar vários fatores genéticos associados a DM2, mesmo assim há uma grande proporção da herdabilidade inexplicada. Os fatores ambientais são o sedentarismo, dietas ricas em gorduras e envelhecimento (SBD, 2015-2016). O DM tipo 2 costuma ter início insidioso e sintomas mais brandos. Manifesta-se, em geral, em adultos com longa história de excesso de peso e com história familiar de DM tipo 2. No entanto, com a epidemia de obesidade atingindo crianças, observa-se um aumento na incidência de diabetes em jovens, até mesmo em crianças e adolescentes (BVSMS, 2013) O termo tipo 2 é frequentemente utilizado para designar uma deficiência relativa de insulina, isto é, há um estado de resistência à ação da insulina, relacionado a um defeito na sua secreção, o qual é menos intenso do que o observado no diabetes tipo 1. Após o diagnóstico, o DM tipo 2 pode progredir por muitos anos antes de requerer insulina para controle. Seu uso, nesse caso, não visa evitar a cetoacidose, mas alcançar o controle do quadro hiperglicêmico (BVSMS, 2013) Figura 2 – Evolução do Diabetes Mellitus 2 Comment by Giovanna Vaz Crippa: Todas as figuras, tabelas e quadros devem ser mencionados no texto. Fonte: Medcurso (2017, p. 08) Geralmente seu desenvolvimento é lento, principalmente nas fases iniciais da doença, o que faz com que essa forma de diabetes permaneça por muitos anos sem diagnóstico, devido ao desenvolvimento gradativo da hiperglicemia e a ausência de sintomas característicos. Isso potencializa as chances de agravamento da doença, uma vez que o diagnóstico geralmente é tardio (GUIMARÃES; TAKAYANAGUI, 2002). Diagnostico e tratamento da diabete mellitus 1 e 2 O diagnóstico do diabetes mellitus pode ser realizado por meio de glicemia em jejum, glicemia 2 horas após teste oral de tolerância à glicose (TOTG) e hemoglobina glicada HbA1c. A necessidade de realizar o diagnóstico de DM com esses testes devém de sua validação clínica por meio de desfechos clínicos (SBD, 2017-2018). Para Lamounier (2016), a medida de glicemia em qualquer horário do dia, independentemente de sua relação com a refeição, é definida como glicemia casual. Os sintomas clássicos incluem poliúria, polidipsia ou perda de peso inexplicável, porém qualquer um desses métodos deve ser confirmado posteriormente, exceto quando há glicemia aleatória acima de 200 mg/dℓ, na presença de sintomas clínicos, o que caracteriza o diagnóstico de diabetes. Permite avaliação da glicemia após sobrecarga, que pode ser a única alteração detectável no início do DM, refletindo a perda de primeira fase da secreção de insulina; Hemoglobina glicada (HbA1c): oferece vantagens ao refletir níveis glicêmicos dos últimos 3 a 4 meses e ao sofrer menor variabilidade dia a dia e independer do estado de jejum para sua determinação (SBD, 2017-2018). Tabela 1– Critérios para o diagnóstico de diabetes mellitus e pré-diabetes. Comment by Giovanna Vaz Crippa: Todas as figuras, tabelas e quadros devem ser mencionados no texto. Fonte: Mazza (2014). Para Milech et al. (2014) no DM tipo 2 (DM2), cerca de 50% dos pacientes são assintomáticos e desconhecem ter a doença, já podendo apresentar complicações crônicas ou sintomas inespecíficos, como tonturas, dificuldade visual, astenia ou cãibras. Outros sintomas também podem alertar para um possível diagnóstico, como as vulvovaginites de repetição, a disfunção erétil e a turvação visual. Milech et al. (2014) informam que para o tratamento de um paciente com diabetes, se deve ter como objetivo principal o controle glicêmico. Porem é de grande importância uma análise por completa do paciente, entre eles estão o diagnóstico com o tipo de diabetes, otempo do desenvolvimento da doença e se a presença de algumas complicações. Assim o controle da hiperglicemia no diabetes tem a finalidade de prevenir o surgimento de complicações agudas e crônicas, também alivia os sintomas ocasionados pelo aumento da glicemia, como poliúria e polidipsia. O diabetes é uma doença de manejo complexo, pois sua abordagem terapêutica envolve, além do uso de medicamentos, modificações comportamentais que devem se integrar na rotina do paciente com diabetes, ao longo de toda a sua vida. Vários estudos clínicos já mostraram que pacientes com diabetes dificilmente seguem o tratamento proposto, sendo que as taxas de não adesão costumam variar entre 40% e 90%. Para que o paciente diabético possa obter os benefícios esperados do seu tratamento, é necessário que os profissionais de saúde apresentem estratégias terapêuticas individualizadas e realistas, baseadas em claras evidências científicas (MILECH et al., 2014) Para o tratamento do Diabetes Mellitus dispor- se a manutenção do controle metabólico e incluir, basicamente, terapias não medicamentosa e medicamentosa, estando incluída às alterações de comportamento relacionada à alimentação saudável e à atividade física. No uso de medicamentos têm duas alternativas de tratamento: os antidiabéticos orais e também a insulinoterapia. Segundo Bertonhi e Dias (2009 apud DURCO, 2018, p.5) diz ser […] Insulinoterapia é a aplicação intramuscular de insulina exógena diária para manutenção dos níveis glicêmicos. Pode ser receitado tanto para indivíduos com DMT1 ou com DMT2 que tem resistência insulínica ou comprometimento nas células beta. E usada em mulheres grávidas ou em outras ocasiões em que não há regularização da glicemia, intercorrências assim como cirurgias, infecções entre outras. Existem diversos tipos de insulina exógena que è classificadas a partir de sua origem (bovina, suína ou mista) e seu período de ação. A prescrição da insulina ao paciente se dá em unidades de insulina (UI) por mililitro e cada UI equivale a 36 ug de insulina. Bertonhi e Dias (2013 apud SOUZA; SILVESTRE, 2018,p .5) ressalta que […] os antidiabéticos orais são medicamentos que têm por finalidade diminuir a glicemia plasmática e mantê-la em níveis normais. Esta terapia é indicada para pessoas com DMT2 quando a dieta e a atividade física não forem capazes de obter o controle adequado da glicemia. Associado ao tratamento medicamentoso há a necessidade de seguimento de dieta e a atividade física, que são fatores que contribuem significativamente para o controle da doença, principalmente no DM tipo 2. O objetivo desta mudança de estilo de vida é auxiliar o indivíduo a ter melhores escolhas alimentares para que associada à prática de atividades físicas obter um melhor controle metabólico da doença e consequentemente ter uma boa qualidade de vida. Lamounier (2016) descreve que a principal meta da terapia glicêmica é obter o menor valor de HbA1c aceitável na ausência de hipoglicemias, assim impede as complicações microvasculares e neuropáticas. Figura 3 - Tratamento do diabetes tipo 2. Passo a passo com base na meta da HbA1c. Comment by Giovanna Vaz Crippa: Todas as figuras, tabelas e quadros devem ser mencionados no texto. Fonte: Lamounier (2016, p.10). Evidências científicas demonstram que a intervenção nutricional tem impacto significativo na redução da hemoglobina glicada (HbA1c) no diabetes mellitus tipo 1 (DM1) e no diabetes mellitus tipo 2 (DM2), após 3 a 6 meses de seguimento com profissional especialista, independentemente do tempo de diagnóstico da doença. Além disso, quando associado a outros componentes do cuidado em DM, o acompanhamento nutricional pode favorecer ainda mais os parâmetros clínicos e metabólicos decorrentes de uma melhor aderência ao plano alimentar prescrito (SBD, 2017-2018). Quadro 2 – Composição nutricional do plano alimentar indicado para portadores de diabetes mellitus Comment by Giovanna Vaz Crippa: Todas as figuras, tabelas e quadros devem ser mencionados no texto. Fonte: Diretrizes SBD (2012-2013) Conforme o quadro acima as gestão dieticas recomendadas semelhantes àquelas definidas para população geral, considerando todas as faixas etárias. A partir de concentrações adequadas de macronutrientes e micronutrientes, prescritos de forma individualizada, deve se basear nos objetivos do tratamento. EpidemologiA O número de pessoas com diabetes está aumentando devido ao crescimento e ao envelhecimento populacional, à maior prevalência de obesidade e sedentarismo, bem como à maior sobrevida dos indivíduos com diabetes. Pelo fato de o diabetes estar associado a maiores taxas de hospitalizações, maiores necessidades de cuidados médicos, maior incidência de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, cegueira, insuficiência renal e amputações não traumáticas de membros inferiores, pode-se prever a carga que isso representará nos próximos anos para os sistemas de saúde dos países em desenvolvimento, a grande maioria ainda com dificuldades no controle de doenças infecciosas ( MILECH et al.,2014) Nos países desenvolvidos, o aumento da prevalência acontecerá principalmente pela contribuição de pessoas com diabetes nas faixas etárias mais avançadas, em decorrência do aumento da expectativa de vida e do crescimento da população, já nos países em desenvolvimento, indivíduos de todas as faixas etárias serão abrangidos, com ênfase para a faixa etária de 20 a 44 anos, em que a prevalência necessitará duplicar (SBD, 2017-2018). Tabela 2 - Relação dos 10 países com maior número de pessoas com diabetes Comment by Giovanna Vaz Crippa: Todas as figuras, tabelas e quadros devem ser mencionados no texto. Fonte: SBD (2017-2018) O diabetes é uma enfermidade que afeta milhões de indivíduos no mundo sendo que mais de 80% das mortes acontecem nos países de classe baixa e média. O Diabetes há elevada existência no povo brasileiro, revelando como um problema de grande importância social para saúde pública do nosso país. No Brasil, na da década de 1980, avaliar-se a predominância do DM nos indivíduos adulta em 7,6%; informações mais atuais apontam para taxas mais elevadas, como 13,5% em São Carlos-SP e de 15% em Ribeirão Preto-SP. No ano de 2013, avaliar-se que haveriam 11.933.580 pessoas, na faixa etária de 20 a 79 anos, com diabetes no Brasil. (SBD, 2014-2015). Segunda a Pesquisa Nacional de Saúde - PNS avaliou que no Brasil 6,2% da população de 18 anos ou mais de idade referiram diagnóstico médico de diabetes, o equivalente a um contingente de 9,1 milhões de pessoas. A Região Norte e Nordeste foram as que proporcionaram as menores proporções deste indicador, obtendo 4,3% e 5,4% da sua população de 18 anos ou mais de idade, respectivamente. Considerando a situação do domicílio, na área urbana 6,5% da população de 18 anos ou mais de idade referiu diagnóstico médico de diabetes, enquanto que na área rural a proporção foi de 4,6% (IBGE ,2013) Gráfico 2 – Proporção de pessoas de 18 anos ou mais de idade que referem diagnóstico médico de diabetes, com indicação do intervalo de confiança de 95%, segundo as Grandes Regiões – 2013. Comment by Giovanna Vaz Crippa: Todas as figuras, tabelas e quadros devem ser mencionados no texto. Fonte: IBGE (2013) O Ministério da Saúde (2017) alerta à população sobre o aumento da doença no país. Essa doença aumentou 61,8% em 10 anos, segundo dados da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde. As mulheres comandam o ranking: 9,9% da população feminina afirmou possuir a doença contra 7,8% dos homens. O Ministério da Saúde (2017) adotou internacionalmente metas para travar o aumento do excesso de peso e obesidade. Durante o Encontro Regional para Enfrentamento da Obesidade Infantil, efetivado em março em Brasília, o país adquiriu como compromisso deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019, por meio de políticas intersetoriaisde saúde e segurança alimentar e nutricional; diminuir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta, até 2019; e ampliar em no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019. Outra ação para a promoção da alimentação saudável foi a publicação do Guia Alimentar para a População Brasileira. Reconhecida mundialmente pela abordagem integral da promoção à nutrição adequada, a publicação orienta a população com recomendações sobre alimentação saudável e para fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação. O diabetes está associado a morbidades, estudo utilizando os dados da PNS de 2013 mostrou que, dentre os indivíduos que declararam apresentar diabetes, 26,6% tinham relato de outra morbidade associada; 23,2%, de outras duas; e 32,0%, de outras três ou mais morbidades associadas (SBD, 2017-2018). Dados brasileiros revelar-se que as taxas de mortalidade por DM são de 33,7 para a população geral, 27,2 nos homens e 32,9 em mulheres, com acentuado acréscimo com o progredir da idade, que modifica de 0,50 para a faixa etária de 0 a 29 anos a 223,8 para a de 60 anos ou mais, ou seja, um gradiente de 448 vezes. Na maior parte dos países desenvolvidos, verifica-se que o DM figura entre a quarta e a oitava posição entre as principais causas de falecimento. Estudos brasileiros sobre mortalidade por DM, na análise das causas múltiplas de morte, ou seja, quando se menciona DM na declaração de óbito, mostram que a taxa de mortalidade por essa enfermidade aumenta até 6,4 vezes (SBD, 2015-2016). De acordo com o Ministério da Saúde (2017) para os pacientes que já têm diagnóstico de diabetes mellitus 1 e 2 , o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuito, já na atenção básica - porta de entrada do SUS, atenção integral e gratuita, desenvolvera ações de prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentoso, ate com insulinas. Para monitoramento do índice glicêmico, que fica disponível nas unidades de Atenção Básica de Saúde, reagentes e seringas. O programa Aqui Tem Farmácia Popular, companhia do Ministério da Saúde com mais de 34 mil farmácias privadas em todo o país, também distribui medicamentos gratuitos, entre eles o cloridrato de metformina, glibenclamida e insulinas. CONsiderações finais Remover espaço extra entre os parágrafos (0 pt antes e depois). O diabetes Mellitus é uma enfermidade metabólica mundial caracterizada por hiperglicemia e relacionada a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, entre eles cérebro, olhos, nervos, rins, coração e vasos sanguíneos. Por esse motivo conclui o quanto da importância desde a prevenção e promoção de saúde, e não somente com a finalidade diagnóstica ou de tratamento, por fim, uma alimentação saudável, mudança do estilo de vida, realização exercícios, entre outras diversas táticas que possam ocasionar nas melhorias de condições de vida para os portadores do diabetes. Foi observado que existem vários critérios para o diagnóstico da doença, nos grupos da diabetes mellitus tipo 1 e 2 aqui estudado. Relatado também sobre os riscos causados pela doença quando não diagnosticada corretamente, que ocasiona diretamente um tratamento precoce. Lembramos que as intervenções deve sempre procurar respeitar as singularidades, e particularidades sociais, econômicas e culturais de cada individuo. Foi ressaltado que os planos de intervenções governamentais voltados para diabete mellitus faz toda diferença para a população em geral, onde busca também melhorias diárias no atendimento, além disso, foi demostrado que há uma preocupação das políticas intersetoriais de saúde referente a segurança alimentar e nutricional no país, onde elas adquiriram como compromisso deter o crescimento da obesidade na população adulta. REFERÊNCIAS BANDEIRA, Francisco. Protocolos clínicos em endocrinologia e diabetes. 2. ed. Reimpr. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. BERTONHI, L. 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