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Miíase - Copia

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DEFINIÇÃO 
Afecções causadas pela presença de larvas de moscas 
em órgãos ou tecidos do homem ou de outros animais 
vertebrados, onde elas se nutrem e evoluem como 
parasitos. 
Tipos de Miíase 
1. Miíases específicas, primárias ou obrigatórias 
(larvas Biontófagas): capazes de invadir 
tecidos normais e iniciar um processo 
patológico, sendo Dermatobia hominis e 
Cochliomyia hominivorax, os agentes 
específicos mais importantes no novo mundo. 
 
2. Miíase semiespecifícas, secundárias ou 
facultativas (nécrobiontófagas): são invasoras 
secundária de lesões anatomopatológicas 
preexistentes. São moscas que habitualmente 
se devolvem no lixo, esterco ou em cadáveres 
de animais, mais eventualmente depositam 
seus ovos tecido do homem. Como exemplo 
podemos citar Cochliomyia macellaria e as 
moscas da família Sarcophagidae. 
 
 
 
3. Miíases acidentais (algumas 
necrobiontófagas): causada por larvas raras, 
geralmente ocorrem no tubo digestivo ou em 
outros órgãos cavitários (bexiga, uretra, etc), 
mas também em feridas necrosadas. Espécies 
dos gêneros Musca, Muscina, Fannia, 
Sarcophaga, Stomoxyx, etc.. são incriminadas. 
 
TIPOS DE MIÍASE 
Também pode ser classificada no ponto de 
vista clínico de acordo com a sua localização. 
 
MIÍASE CUTÂNEA 
As larvas localizem-se exclusivamente na pele, 
podendo apresentar um aspecto furuncular, 
rampante (galeria subcutâneas) ou ulceroso; 
MIÍASE CAVITÁRIA 
As larvas se desenvolvem no interior das 
cavidades naturais da cabeça, como ouvidos, 
olhos, nasofaringe e seios frontais; 
MIÍASE ORGÂNICA 
As larvas se localizam no aparelho urogenital 
ou no aparelho digestivo, do estômago ao 
ânus. 
 EPIDEMIOLOGIA – MIÍASE PRIMÁRIA: 
São aquelas que apresentam maior interesse 
médico, uma vez que levam ao maior número 
de intervenções médicas. As moscas 
causadoras das miíases primárias mais 
importantes são: 1. Cochliomyia hominivorax. 
 2. Dermatobia hominis. 
 
1. Cochliomyia hominivorax: 
Indivíduos que frequentemente apresentam 
problemas com higiene pessoal por falta de 
autocuidado ou devido a distúrbios mentais, 
são mais suscetíveis a infestações graves, uma 
vez que os odores de secreções decompostas 
são fatores de atração e estimuladores da 
ovipostura das fêmeas. 
 - Transmissão: Entre as lesões que atraem a 
ovipostura estão assaduras, fissuras, frieiras, 
ulcerações de origem infecciosa, como 
leishmaniose, ferimentos cirúrgicos externos, 
extração dentária ou tipo de trauma com 
formação de continuidade decorrente da 
atividade do paciente. Nessa situações, a 
fêmea realiza a ovipostura na borda do 
ferimento, que será invadida pelas larvas de 
1º estágio após 8 a 20 horas de 
embrionamento. 
O desenvolvimento larval pode variar de 4 a 
10 dias quando deixam o ferimento e caem no 
solo, onde se enterram para empuparem. A 
fêmea realiza a ovipostura de 100 a 300 anos. 
 
PATOGENIA 
Na miíase causadas pelas larvas desse inseto, 
a lesão se apresenta ulcerosa e profunda, 
sendo possível notar grandes números de 
larvas. A medida que aumenta a lesão, a 
sensação de dor também, assim como a perda 
de sangue. 
O deslocamento das larvas da C. hominivorax 
para o interior, ocorre em virtude dos muitos 
dias de infestação na pele dessas regiões e da 
região perianal e genital, com consequências 
graves e até fatais. 
 
DIAGNÓSTICO 
A presença de um grande numero de larvas 
em lesão aberta, queixa de desconforto, dor e 
liberação de serossanguinolenta mal-cheirosa, 
é bastante sugestiva da infestação por larvas. 
 
PROFILAXIA 
Cuidado adequado com qualquer tipo de 
lesão aberta na pede e mucosas é essencial; 
os curativos devem ser trocados diariamente, 
pois o cheiro e o sangue secam e isso é um 
forte atrativo para as fêmeas; nas instituições 
de atendimento é importante o cuidado para 
evitar a formação de escaras crônicas, e a 
higiene deve receber atenção especial, uma 
vez que assaduras provocadas pela urina e 
fezes atraem moscas. 
 
2. Dermatobia hominis; 
A mosca berneira, ou do berne, é habitante 
das áreas tropicais, do sul do México a 
Argentina, sua distribuição é predominante 
em planícies e planaltos florestados. 
Não necessita de lesão prévia para se instalar 
na pele ou mucosas. 
TRANSMISSÃO 
A larva do berne se desenvolve após penetrar 
na pele ou nas mucosas integras. A infecção 
dos tecidos do homem se dá de forma 
indireta, por meio de um mecanismo 
denominado foresia, na qual não há 
participação direta de D.hominis. 
Na foresia, a femea captura um inseto alado e 
sobre o corpo deste, deposita seus ovos. 
 
O embrionamento ocorre num período de 5 a 
10 dias. As larvas só deixam os ovos ao serem 
estimuladas por fatores como temperatura e 
CO2 e quando o inseto forético pousa sobre o 
hospedeiro. 
Ao deixar o ovo, a larva procura penetrar no 
local das picadas, no folículo piloso, em 
dobradura natural da pele ou mucosas. 
O desenvolvimento larval é lento, de 5 a 10 
semanas. 
Após essa fase o inseto abandona o ferimento 
e se desloca para o solo, onde se enterra e 
empupa por um período de 15 a 30 dias. 
PATOGENIA 
Lesão caracterizada pelo aspecto furuncular 
com uma abertura para o inseto respirar; 
Apresenta sensação de prurido e de picada, 
no local onde a larva se desenvolve. A larva 
cresce, e a reação inflamatória promove o 
aumento do sitio de desenvolvimento. 
Um liquido seroso flui escasso pela abertura 
da lesão. 
Só a formação de pus no caso de morte da 
larva no interior da derme. 
DIAGNÓSTICO 
Presença de lesão com caráter furuncular; 
 
TRATAMENTO 
Intervenção cirúrgica, com anestesia local e 
terapia medicamentosa. 
A apresentação furuncular, é pelo fato de 
existir apenas uma larva por lesão, e uma 
obstrução do orifício respiratório é o 
suficiente para promover a morte ou a 
expulsão da larva, facilitando sua remoção.

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