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Instituto de Ensino Superior Franciscano – IESF Aluna: Lya Raquel Gomes Oliveira Serviço Social 6º período Política Social III Estudo Dirigido do texto I Identifique no texto: Características dos modelos bismarckiano e beveredgiano de proteção social O modelo bismarckiano se originou na Alemanha pelo governo do chanceler Otton Von Bismarck cedendo às greves e pressões dos trabalhadores. Ele se baseia na lógica do seguro privado, onde as vantagens cobrem na maioria das vezes somente o trabalhador que tiver contribuído anteriormente e isso vai de acordo com o valor investido previamente. Eram organizados em Caixas sendo administradas pelo Estado com participação dos contribuintes, empregadores e empregados. A forma de modelo beveredgiano foi desenvolvido na Inglaterra propondo a instauração do welfare state e de certo modo criticando o bismarckiano. Nesse sistema, os direitos já possuem uma lógica universalizada que cada cidadão pode acessar sem uma contribuição prévia com a visão de garantir os mínimos sociais quando necessário. Dessa maneira o financiamento é executado por meio dos impostos fiscais sendo gerenciados pelo poder público, estatal. Diferença entre os dois modelos À medida em que os privilégios ofertados pelo modelo bismarckiano se disponibilizam para manter a renda do trabalhador em época de risco social consequentes da ausência de emprego, o modelo beveridgiano tem como principal foco a luta contra a pobreza e princípios de unificação e uniformização dos benefícios. Quais as características do modelo brasileiro de seguridade social Foi a partir da Constituição de 1988 que a previdência, saúde e assistência foram reestruturadas com novos princípios para compor o modelo de seguridade social brasileiro. A seguridade no Brasil caracterizou-se como um sistema híbrido onde os direitos dependem de outro determinante, pois o acesso à previdência se dará através do trabalho, a assistência se determinada como política seletiva e focalizada e a saúde com direitos de caráter universal. A ideia de seguridade social homogênea, integrada e articulada como constatado na Constituição não se concretizou. De que maneira se dá o desmonte da seguridade social no Brasil? O desmonte da seguridade social no Brasil se dá de forma gradual, primeiramente, pela alteração dos direitos previstos na Constituição, no qual não foram universalizados e nem uniformizados. Várias contrarreformas como a da previdência nos anos de 1998, 2002 e 2003, restringiram direitos, reforçaram a lógica do seguro, reduzindo valores de benéficos, abriram as portas para a privatização e expansão dos planos privados, aumentaram o tempo de trabalho e de contribuição para obter a aposentadoria, essas mudanças aconteceram no Governo de Fernando Henrique Cardoso e depois no Governo Lula. O Segundo caminho para o desmonte é a fragilização dos espaços de participação e controle democrático, como os Conselhos e Conferências, pois não estão sendo consolidados. Já tivemos extinção do Conselho Nacional de Seguridade Social, e também dos Conselhos locais de Previdência Social o que mostra a intenção de centralização do Conselho Nacional de Previdência Social. E para além disso, se tem a terceira forma do desmonte que é a mais destrutiva, a via do orçamento onde as fontes de recursos não foram diversificadas, confrontando a norma constitucional, e mantem a arrecadação sobre a folha de salários. O que leva a uma usurpação de 20% dos recursos da seguridade social para o pagamento da dívida pública através da Desvinculação da Receita da União. Logo, conclui-se que a seguridade social tem caráter regressivo. Até porque se tratando de orçamento para que se tenha uma compreensão desse processo de desmonte se faz necessário conhecer o destino, para onde vai esses recursos.