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Resumo legislação Agrária prof Hailton UFRRJ

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1. Introdução ao estudo do direito.
1.1. Considerações iniciais sobre a definição da norma jurídica.
LEI - regra, prescrição escrita que emana da autoridade soberana de uma dada sociedade e impõe a todos os indivíduos a obrigação de submeter-se a ela sob pena de sanções.
A) Quando empregada a expressão para designar um juízo indicativo (juízo de realidade):
- S é P; se F é C.
B) Quando empregada a expressão para designar um juízo imperativo (juízo de valor):
- S deve ser P; se F é, C deve ser.
- A comparação entre as leis naturais e as morais permite deduzir o primeiro elemento da norma jurídica:
* Imperatividade
- Como identificar a “lei” que pertence especificamente ao campo jurídico?
* Autorizamento (Constituição Federal de 88 acima de tudo).
- Dentre outras possíveis abordagens nossa caracterização inicias do que seja direito será estabelecida a partir da definição de norma jurídica entendendo-se esta como norma dotada de imperatividade (ou seja: capaz de produzir efeitos de modo obrigatório por encontrar fundamento de validade em uma norma superior até a chamada norma fundamental que é a constituição federal). Tal definição nos permite ir além do senso como que identifica o direito à lei por que o que, como vimos a categoria lei também pode ser empregada para referir-se a algo que não é direito, e como veremos nem toda norma jurídica está estabelecida em uma lei em sentido estrito, havendo outras fontes do direito.
1.2. Fontes do direito: Todos os processos ou meios em virtude dos quais uma regra adquire legitima força obrigatória recompondo-se ao coordenamento jurídico, e fazendo-se então, normas jurídicas.
A) Processo legislativo
Lei: Conjunto de atos que tem poder legislativo, com função de elaborar leis, em sentido escrito.
B) Processo institucional
Jurisprudência: conjunto das decisões e interpretações das leis feitas pelos tribunais superiores, adaptando as normas às situações de fato. 
INST - juiz 
INST - desembargador 
STJ
STF 
É a forma de revelação do direito que se verifica pela atuação dos tribunais, consolidando entendimento sobre determinados temas no processo de resolução de conflitos
C) Costumes jurídicos: Práticas estabelecidas pela prática da sociedade como válidas para quais o direito reconhece apenas a validade em razão desse assentimento geral (ex: cheque pré datado) (tradição jurídica).
B) Ato negocial: Expressão que designa um conjunto de normas jurídicas produzidas nos âmbitos jurídicos, ou seja, nos contratos.
E) Princípios gerais do direito: São enunciações normativas de caráter abstrato que se estabelecem como base de fundamento de determinados ramos do direito mesmo que por vezes não estejam expressamente previstas na lei.
F) Analogia: É um recurso interpretativo que da ao julgador a possibilidade de, julgando a situação singular pra qual não existe lei própria, a moldar lei existente a necessidade desse novo caso concreto.
G) Doutrina: Corresponde ao conjunto de teses elaboradas por aqueles que se dedicam ao estudo dos diferentes ramos do direito através das quais propõem solução para controvérsias relativas a aplicação da lei. Para alguns autores a doutrina não é fonte do direito pois lhe falta a força das demais fontes. 
2. Introdução ao direito agrário.
2.1. Definição preliminar. CF. Estatuto da Terra (Art. 1)
2.2. A dicetomia direito publico x direito privado e o direito agrário.
- Conforme o prof. Miguel Peale, a distinção deve considerar:
CONTEÚDO: - Quando prevalece o interesse individua (Dir. privado);
- Quando prevalece o interesse publico (Dir. publico).
FORMA: - Coordenação (Dir. privado);
	 - Subordinação (Dir. publico).
- Logo Dir. agrário é: O dir. agrário estabelece direito e obrigações incidentes sobre os imoveis rurais tendo em conta dois fundamentos que são: a reforma agrária (conjunto de medidas tendentes a democratizar o regime de terra rural) e politica agrária (conjunto de medidas que visam a promoção da atividade agropecuária).
2.3. Principais fontes do direito agrário:
2.3.1. Do processo legislativo:
a) CF/88 - Art 184 a 191
b) Estatuto da terra - Lei 4504/64 e seus regulamentos
c) Lei de terras de 1850 - Lei 601/1850.
2.3.3 Princípios do direito agrário.
A) Principio da função socioambiental da propriedade ou posse agraria: Principio da função socioambiental ou posse agraria estabelece que o exercício do direito propriedade ou posse sobre o imóvel rural, deve condicionar-se ao cumprimento de uam função socioambiental, que confirme o estatuto da terra e a Cf será satisfeita quando presente simultaneamente os seguintes requisitos;
- Favorecer o bem-estar dos trabalhadores, proprietários e família;
- Manutenção de níveis satisfatórios de propriedades;
- Conservação dos recursos naturais;
- Observância da legislação que regula os direitos do trabalhador.
- Posse (fato. Ex: Segura uma cadeira) e Propriedade (Adquire/ tem registro em cartório. Ex: empresta a cadeira);
- Função;
- Historicamente, instituto de direito privado;
- Tomás de Aquino;
- constituição mexicana (1917) e Weimar (1919);
- Estatuto da Terra, Art. 182, inciso segundo (URB) e 186, Capot (RUR);
- Penalidades.
a) desapropriação para interesse social da reforma agrária: relativamente a dívida deve-se absorver o artigo 185 da CF/88 que limitou a desapropriação para fins de reforma agrária aos imoveis grandes e improdutivos.
b) Indenização paga através de títulos da dívida agraria.
B) Princípio da proteção especial à pequena gleba rural.
- Pequena Gleba: Pedaço de terra no meio rural para fins de aplicação deste princípio, devem entender a exploração pequena gleba como indicadora das pequenas e médias propriedades pois são estas que recebem da legislação avidas proteções como a vedação da desapropriedade.
- Vantagens: Imunidade do ITR (imposto territorial rural); Penhoridade.
C) Princípio de acesso e distribuição de terra ao cultivador direto: subsidios para aquisição.
- Mecanismos
D) Princípio do rigor especial para a propriedade improdutiva.
- Sanções: O estado propões sanções para compelir a tera produtiva em uma propriedade improdutiva; Vedação de financiação de direito publico; Progenividade do ITR.
E) Princípio da conservação da biodiversidade: Formações vegetais.
- Dentre outros dispositivos, observar Lei 12651/12: Lei código florestal - APP (Área da preservação permanente) consiste que 20% do imóvel deve ser preservado. (Amazônia – 80%; Cerrado – 35%; Campos gerais – 20%).
3. Conceitos Fundamentais do Direito agrário.
3.1. Módulo rural/ Módulo fiscal.
A) Definição de Módulo rural: Categoria criada pelo estatuto da terra (Lei 4504/64), exprime a tentativa de estabelecimento de uma unidade de medida aplicável aos imoveis rurais que consideram não apenas sua extensão em hectares mas sua situação geográfica, geológica, climática, e o tipo de produção dos imoveis rurais (Minifúndios, Propriedade familiar, latifúndios, ou empresa rural)
B) Características do Modulo rural:
1 – É uma medida de área;
2 – Suficiente para suprir a mão de obra do proprietário e sua família;
3 – Variável conforme região; 
4 – Variável conforme o tipo de exploração da terra;
5 – Deve possibilitar renda mínima ao proprietário;
6 – Deve possibilitar progresso social.
C) Quantidade do módulo rural: Os valores de módulo rural são estabelecidos pelo INCRA tendo em conta a divisão do território em 242 regiões e sub-regiões, havendo para cada uma delas 5 categorias de exploração da terra (consequentemente 5 valores de modulo rural):
1 – Hortigranjeira;
2 – Lavoura temporária;
3 – Lavoura permanente;
4 – Pecuária;
5 – Exploração florestal.
D) Definição de módulo fiscal: Categoria criada pela Lei 6746/79, visava inicialmente servir ao calculo de cobrança do ITR, com a promulgação da CF/88 e da lei 8629/93, o módulo fiscal passou a substituir o módulo rural como categoria de mensuração do imóvel rural, sendo estabelecida pelo INCRA, por município
e não mais por região e tipo de exploração.
OBS: Após a Lei 8847/94 o cálculo do ITR deixou de ser feito por modulo fiscal e voltou a ser feito por hectares.
E) Quantidade do módulo fiscal: Ao contrário do módulo rural, o modulo fiscal é definido por município; a classificação do imóvel rural se da pela divisão da sua área total em hectares (considerando inclusive áreas práticas existentes) pelo valor do módulo diferente para município (Configuração instrucional normativa do INCRA).
EX: ALTA FLOR PETRÓPOLIS 
Mod. Fiscal = 100 ha (VF) Mod. Fiscal = 10 ha (VF)
480 ha em Petrópolis = 48 Mod. Fiscais (grande)
480 ha em Alta Flor = 4,8 Mod. Fiscais (médio)
3.2. Imóvel Rural
ET: Art. 4 (Lei Ordinária), 1 Imóvel rural: prédio rústico de área continua (qualquer destinação).
CTN: Art. 29 (lei complementar 5172/66) → ITR (locação).
CRT: Hierárquico → CTN/ LC
Especializado → ET/ LO

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