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Aula 5: Preferências e função de utilidade Carolina Parra Martínez IEM 2019 – IMPA 18 de janeiro de 2019 Conteúdos Preferências Funções de utilidade Preferências Dado X ⊂ RL+, a relação �⊂ X ×X é dita (i) Monótona, se x, y ∈ X, x >> y ⇒ x � y. (ii) Fortemente monótona, se x, y ∈ X, x > y ⇒ x � y. (iii) Localmente não saciável em X, quando ∀ x ∈ X, ∀ε > 0, ∃ y ∈ X tal que ‖ y − x ‖< ε e y � x. Exercício: Mostre que � fortemente monótona ⇒ � monótona. Exercício: Mostre que � monótona ⇒ � localmente não saciável Preferências Dado X ⊂ RL+, a relação �⊂ X ×X é dita (i) Monótona, se x, y ∈ X, x >> y ⇒ x � y. (ii) Fortemente monótona, se x, y ∈ X, x > y ⇒ x � y. (iii) Localmente não saciável em X, quando ∀ x ∈ X, ∀ε > 0, ∃ y ∈ X tal que ‖ y − x ‖< ε e y � x. Exercício: Mostre que � fortemente monótona ⇒ � monótona. Exercício: Mostre que � monótona ⇒ � localmente não saciável Preferências Dado X ⊂ RL+, a relação �⊂ X ×X é dita (i) Monótona, se x, y ∈ X, x >> y ⇒ x � y. (ii) Fortemente monótona, se x, y ∈ X, x > y ⇒ x � y. (iii) Localmente não saciável em X, quando ∀ x ∈ X, ∀ε > 0, ∃ y ∈ X tal que ‖ y − x ‖< ε e y � x. Exercício: Mostre que � fortemente monótona ⇒ � monótona. Exercício: Mostre que � monótona ⇒ � localmente não saciável Preferências Dado X ⊂ RL+, a relação �⊂ X ×X é dita (i) Monótona, se x, y ∈ X, x >> y ⇒ x � y. (ii) Fortemente monótona, se x, y ∈ X, x > y ⇒ x � y. (iii) Localmente não saciável em X, quando ∀ x ∈ X, ∀ε > 0, ∃ y ∈ X tal que ‖ y − x ‖< ε e y � x. Exercício: Mostre que � fortemente monótona ⇒ � monótona. Exercício: Mostre que � monótona ⇒ � localmente não saciável Preferências Definimos alguns conjuntos úteis: I Ix = {y ∈ X ; y ∼ x}. Conjunto de indiferença à cesta x. I Ux = {y ∈ X ; y � x}. Conjunto de contorno superior. I Lx = {y ∈ X ; x � y}. Conjunto de contorno inferior.. Definição (i) � é convexa se ∀x ∈ X, o conjunto Ux é convexo. (ii) � é estritamente convexa se ∀x ∈ X vale y � x, z � x, y 6= z ⇒ αy + (1− α)z � x, ∀α ∈ (0, 1). Preferências Definimos alguns conjuntos úteis: I Ix = {y ∈ X ; y ∼ x}. Conjunto de indiferença à cesta x. I Ux = {y ∈ X ; y � x}. Conjunto de contorno superior. I Lx = {y ∈ X ; x � y}. Conjunto de contorno inferior.. Definição (i) � é convexa se ∀x ∈ X, o conjunto Ux é convexo. (ii) � é estritamente convexa se ∀x ∈ X vale y � x, z � x, y 6= z ⇒ αy + (1− α)z � x, ∀α ∈ (0, 1). Preferências Definimos alguns conjuntos úteis: I Ix = {y ∈ X ; y ∼ x}. Conjunto de indiferença à cesta x. I Ux = {y ∈ X ; y � x}. Conjunto de contorno superior. I Lx = {y ∈ X ; x � y}. Conjunto de contorno inferior.. Definição (i) � é convexa se ∀x ∈ X, o conjunto Ux é convexo. (ii) � é estritamente convexa se ∀x ∈ X vale y � x, z � x, y 6= z ⇒ αy + (1− α)z � x, ∀α ∈ (0, 1). Funções de utilidade Em alguns casos é possível representar as preferências de u, consumidor a través de funções reais. Definição Dizemos que a função u : X → R representa a relação �⊂ X ×X quando x � y ⇔ u(x) ≥ u(y). Dizemos que que u é função de utilidade associada às preferências � . OBS: Se u é função de utilidade associada à � e f : R→ R função crescente, então (f ◦u) também representa a preferência �. Funções de utilidade Em alguns casos é possível representar as preferências de u, consumidor a través de funções reais. Definição Dizemos que a função u : X → R representa a relação �⊂ X ×X quando x � y ⇔ u(x) ≥ u(y). Dizemos que que u é função de utilidade associada às preferências � . OBS: Se u é função de utilidade associada à � e f : R→ R função crescente, então (f ◦u) também representa a preferência �. Representação Proposição Se existe função de utilidade representando �, então a preferência � é racional. Assim, racionalidade de � é uma condição necessária para haver representação. É também suficiente? Em geral não é. Representação Proposição Se existe função de utilidade representando �, então a preferência � é racional. Assim, racionalidade de � é uma condição necessária para haver representação. É também suficiente? Em geral não é. Representação Proposição Se existe função de utilidade representando �, então a preferência � é racional. Assim, racionalidade de � é uma condição necessária para haver representação. É também suficiente? Em geral não é. Representação Exemplo: Preferências Lexicográficas. Seja X = R2, a PL é definida como (x1, x2) �L (y1, y2) ⇔ x1 > y1 ou [x1 = y1 e x2 ≥ y2]. I �L é racional (prove!) I Não existe função de utilidade que represente �L Representação Exemplo: Preferências Lexicográficas. Seja X = R2, a PL é definida como (x1, x2) �L (y1, y2) ⇔ x1 > y1 ou [x1 = y1 e x2 ≥ y2]. I �L é racional (prove!) I Não existe função de utilidade que represente �L Caso finito Teorema Seja X é um conjunto finito. �⊂ X ×X racional ⇔ ∃ função de utilidade associada a � . Demonstração. Defina u(x) = ]{z ∈ X; x � z} o número (finito) de elementos piores ou indiferentes. Devemos provar que representa a preferência. ... Caso finito Teorema Seja X é um conjunto finito. �⊂ X ×X racional ⇔ ∃ função de utilidade associada a � . Demonstração. Defina u(x) = ]{z ∈ X; x � z} o número (finito) de elementos piores ou indiferentes. Devemos provar que representa a preferência. ... É possível generalizar o teorema anterior para um X enumerável. Proposição Seja X é um conjunto enumerável. �⊂ X ×X racional ⇔ ∃ função de utilidade associada a � . Exercício: Dica: Defina u(x) = ∑ {j;x�xj} 1 2j para uma enumeração de X, X = {x1, . . . , xk, . . .} . É possível generalizar o teorema anterior para um X enumerável. Proposição Seja X é um conjunto enumerável. �⊂ X ×X racional ⇔ ∃ função de utilidade associada a � . Exercício: Dica: Defina u(x) = ∑ {j;x�xj} 1 2j para uma enumeração de X, X = {x1, . . . , xk, . . .} . É possível generalizar o teorema anterior para um X enumerável. Proposição Seja X é um conjunto enumerável. �⊂ X ×X racional ⇔ ∃ função de utilidade associada a � . Exercício: Dica: Defina u(x) = ∑ {j;x�xj} 1 2j para uma enumeração de X, X = {x1, . . . , xk, . . .} . Continuidade das preferências Definição Dizemos que � é contínua quando Ux e Lx são fechados para todo x ∈ X. Exercício A preferência �⊂ RL+ × RL+ é contínua ⇔ {(xn, yn)}n tal que xn � yn, ∀n com xn → x e yn → y ⇒ x � y. Exercício Mostre que na preferência lexicográfica Ux não é fechado para algum x ∈ X Continuidade das preferências Definição Dizemos que � é contínua quando Ux e Lx são fechados para todo x ∈ X. Exercício A preferência �⊂ RL+ × RL+ é contínua ⇔ {(xn, yn)}n tal que xn � yn, ∀n com xn → x e yn → y ⇒ x � y. Exercício Mostre que na preferência lexicográfica Ux não é fechado para algum x ∈ X Continuidade das preferências Definição Dizemos que � é contínua quando Ux e Lx são fechados para todo x ∈ X. Exercício A preferência �⊂ RL+ × RL+ é contínua ⇔ {(xn, yn)}n tal que xn � yn, ∀n com xn → x e yn → y ⇒ x � y. Exercício Mostre que na preferência lexicográfica Ux não é fechado para algum x ∈ X Caso não enumerável Proposição Se X contém um subconjunto denso enumerável Y e se � é racional, contínua e localmente não saciável. Então, existe função de utilidade u : X → R que representa � . Demonstração. Ver no livro de Castro e Faro. Vamos estudar um caso particular em que X = RL+ e as preferências são fortemente monótonas. Caso não enumerável Proposição Se X contém um subconjunto denso enumerável Y e se � é racional, contínua e localmente não saciável. Então, existe função de utilidade u : X → R que representa � . Demonstração. Ver no livro de Castro e Faro. Vamos estudar um caso particular em que X = RL+ e as preferênciassão fortemente monótonas. Teorema de representação Teorema Seja X = RL+ e � uma preferência racional, contínua e fortemente monótona sobre X. Então, existe função de utilidade (contínua) u : X → R que representa � . Representação de Debreu Teorema Se X é um espaço topológico com base de abertos enumerável e �⊂ X ×X racional e continua (na topologia de X) ⇒ ∃ função de utilidade contínua associada a � . Demonstração. Ver no livro de Castro e Faro. Representação de Debreu Teorema Se X é um espaço topológico com base de abertos enumerável e �⊂ X ×X racional e continua (na topologia de X) ⇒ ∃ função de utilidade contínua associada a � . Demonstração. Ver no livro de Castro e Faro. Preferências Funções de utilidade