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APELAÇÂO - MUNICIPIO ALFA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA .... VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA 
COMARCA DO MUNICÍPIO ALFA. 
 
Mandado de Segurança nº 
 
 
 
MARIA, já devidamente qualificada nos autos do processo acima, vem interpor 
RECURSO DE APELAÇÃO em face da sentença proferida nos autos, pelos fatos e 
fundamentos a seguir: 
 
Com base nos artigos 1.009 a 1.014, ambos do Novo Código de Processo Civil, 
requerendo, na oportunidade, que o apelado seja intimado para, querendo, ofereça as 
contrarrazões e, ato contínuo, sejam os autos, com as razões anexas, remetidos ao 
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado. 
 
 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
 
 
 Data e local 
 
 
 
 
Advogado/OAB número 
 
 
 
 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO 
 
Apelante: Maria 
Apelado: Município Alfa 
Vara de Origem: 
Processo nº: 
 
Ínclitos Desembargadores 
 Colenda Câmara Julgadora 
 Eméritos Desembargadores 
 
RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO 
 
Em que pese o ilibado saber jurídico do Meritíssimo Juiz de primeiro grau, impõe-
se a reforma da respeitável sentença que denegou segurança para benefício de aluguel 
social, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos. 
 
DOS FATOS 
 
A apelante foi surpreendida ao infortúnio de ter sua única residência destruída por 
eventos climáticos na região. 
Tendo em vista que sua situação econômica não é estável e não há outro local para se 
morar, requereu o benefício do “aluguel social” criado pelo Município Alfa justamente para 
atender as vítimas destes acontecimentos na região. 
A apelante preencheu todos os requisitos exigidos em lei, e, ao contrário de outras 
pessoas que estavam na mesma situação, teve indeferido o seu pedido pela autoridade 
competente. Em razão disso, impetrou Mandado de Segurança perante o Juízo de 1º grau, sob 
o fundamente de violação de seu direito líquido e certo sobre o benefício denominado “aluguel 
social”. 
Todavia, a sentença do juízo a quo indeferiu sob o fundamento de que a concessão do 
benefício está no âmbito da discricionariedade da Administração Pública e que seu mérito não 
pode ser invadido pelo poder judiciário. 
Contudo, tal decisão não merece reconhecimento de acordo com os fatos expostos a 
seguir: 
 
 
 
DO MÉRITO 
Primeiramente, de acordo com o Princípio da Legalidade Administrativa consiste em 
garantir que ninguém está obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da 
lei. Logo, no Artigo 37, caput da Constituição Federal, faz refletir os princípios da Administração 
Pública. 
 Somente a lei pode criar deveres e obrigações, ou seja, a Administração não pode, por 
simples ato administrativo extinguir direitos que a Apelante havia preenchido legalmente de 
acordo com que havia sido requerido pelo Município Alfa. 
Em comparação, mesmo a Autora tendo observando os requisitos para a concessão do 
benefício, teve seu pedido negado, ao contrário de outras pessoas na mesma situação que 
conseguiram com êxito o “aluguel social”. 
Como regra, toda ação administrativa dever dispensar tratamento a todos os 
administrados, não podendo a Administração Pública, estabelecer tratamentos diferenciados 
para determinadas classes de pessoas. 
Portanto, é clara a violação do princípio da impessoalidade que visa atender inúmeros 
casos concretos com a mesma situação afim de garantir também a segurança jurídica em nosso 
ordenamento legal. 
Outrossim, foi sustentado em sentença, que a cessão do benefício se submete a 
discricionariedade da Administração, porém, se a lei elenca requisitos sem qualquer margem de 
escolha para a Administração, não há o que se falar em atos de manifestação livre pelo 
Administrador, pois, trata-se de ato vinculado entre a norma e particular. 
 Verifica-se que o Apelado alega que o mérito não pode ser invadido pelo Poder 
Judiciário, sob pena do princípio da separação dos Poderes. Ora, de acordo com artigo 5º, inciso 
XXXV, da CRFB/88, consagra o princípio da inafastabilidade de jurisdição. 
Tal princípio visa assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a 
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de 
uma sociedade inserida da democracia. 
Por fim, para segurar uma vida com dignidade ao cidadão, o artigo 6° da Constituição 
Federal de 1988 prevê direito à moradia, conforme sua redação: 
“São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, 
o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição”. 
 
Logo, o Poder Judiciário não poderá evadir-se da apreciação da ameaça ao direito da 
Apelante. 
 
DOS REQUERIMENTOS 
 
Em face do exposto, requer em seu favor, como medida de inteira justiça: 
a) A admissibilidade deste recurso; 
b) Que seja dado provimento ao presente recurso afim de reformar a sentença 
para conceder o benefício do “aluguel social”, pleiteada pela Apelante. 
 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
 
Data e local 
 
 
Advogado/OAB número

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