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Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 1 Amigo e amiga concursando! Esta é a nossa quarta aula! Chegamos quase na metade do curso! Ânimo e muita força de vontade! Só os fortes vencem! Tenha a certeza de que se você fez sua parte os resultados aparecerão normalmente. As nossas notas de aula são suficientes para que você realize uma excelente prova. Tudo depende de seu esforço, dedicação, persistência, coragem, comprometimento etc. Estamos sempre torcendo enormemente pelo seu sucesso. Certamente chegará esse momento, façamos votos para que seja neste concurso. Que sua mente esteja sempre ILUMINADA! Estamos entrando na ceara dos balanços e demonstrações contábeis aplicadas ao setor público. Para fins de concursos fique tranquilo porque o assunto é tranquilo. Reflexão! Cada homem ou mulher é do tamanho do seu desejo, do seu sonho, e quase que invariavelmente recebe o justo pagamento pelo seu esforço ou pela falta dele. Nossa tarefa é descobrir qual é o nosso trabalho, para que existimos e nos dedicarmos de alma e coração. Lembre-se que o preço pela busca da perfeição é a dedicação constante, e que segundo Gandhi “O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não” Fábio Luciano Violin Sumário Conteúdo Página 1. Introdução 02 2. Disposições gerais 03 3. Balanço orçamentário 04 4. Balanço financeiro 40 5. Questões de concursos públicos 61 5.1. Questões da FCC (23 questões) 60 5.2. Lista das questões 81 5.3. Gabarito 90 5.4. Questões do CESPE (23 questões) 90 5.5. Lista das questões 102 5.6. Gabarito 106 5.7. Questões da ESAF (5 questões) 106 5.8. Lista das questões 112 5.9. Gabarito 115 AULA 04 – Demonstrações contábeis – Balanços orçamentário e financeiro PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 2 Segundo as regras do Ponto, para os cursos de Teoria e Exercícios, deve-se inserir no mínimo 20 questões da banca organizadora do concurso. Assim, incluímos 30 questões do CESPE e mais questões da FCC e ESAF (“plus” para você). Priorize a resolução de questões do CESPE! Bons estudos! 1. Introdução O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos usuários informações fidedignas, tempestivas e compreensíveis sobre os resultados de gestão alcançados, bem como os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão, para a adequada prestação de contas e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social. Nesse sentido, o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP, Parte V – Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público, 6ª edição, 2014, estabelece: A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios de Contabilidade e as normas contábeis direcionadas ao controle patrimonial das entidades do setor público. Tem como objetivo fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público, em apoio ao processo de tomada de decisão, à adequada prestação de contas e ao necessário suporte para a instrumentalização do controle social. As demonstrações contábeis são de fundamental importância por representarem as saídas de informações geradas pela Contabilidade Pública, promovendo transparência dos resultados orçamentário, financeiro, econômico e patrimonial do setor público. A Lei nº 4.320/64, art. 101, não deixa dúvida quando estabelece que “os resultados gerais do exercício serão demonstrados no Balanço Orçamentário, no Balanço Financeiro, no Balanço Patrimonial, na Demonstração das Variações Patrimoniais”, além de outros quadros demonstrativos. Em síntese, as demonstrações contábeis são exatamente a materialização do objetivo das Ciências Contábeis: elas reúnem informações de natureza orçamentária, econômica, financeira e física PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 3 do patrimônio público, bem como também das mutações ocorridas em determinado período. Considerando a variedade de informações que podem (e devem) ser produzidas, a contabilidade utiliza-se de diversos demonstrativos, cada qual com uma função de prestar informações específicas sobre determinado aspecto. 2. Disposições Gerais A Lei nº 4.320/64 previu originalmente quatro demonstrativos obrigatórios: Balanços Orçamentário, Financeiro, Patrimonial e Demonstração das Variações Patrimoniais (cujos modelos constam anexos na referida norma). Qual é a finalidade da elaboração dos demonstrativos contábeis? Entendemos que possui dupla finalidade: 1ª. Atender à legislação, em especial, a Lei nº 4.320/64. Esta norma estabelece em seu art. 101 da seguinte forma: “Art. 101. Os resultados gerais do exercício serão demonstrados no Balanço Orçamentário, no Balanço Financeiro, no Balanço Patrimonial, na Demonstração das Variações Patrimoniais...”. 2ª. Atender o princípio constitucional da publicidade dos atos públicos. No caso das demonstrações contábeis, evidenciam-se os atos de gestão de todo e qualquer administrador público. É exatamente por isso que a contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados. E qual é o objetivo da elaboração dos demonstrativos contábeis? O objetivo é evidenciar quantitativa e qualitativamente os atos relacionados à receita, despesa, bens, direitos, obrigações, bem como prestar informações a toda a sociedade, de modo a possibilitar o exercício da cidadania no processo de fiscalização dos atos públicos, e ainda, o efetivo controle social sobre as contas dos Governos Federal, Estadual, Distrital e Municipal. Mesmo porque a autonomia patrimonial tem origem na destinação social do patrimônio e a responsabilização pela obrigatoriedade da prestação de contas pelos agentes públicos. O que se entende por controle social? PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 4 Nada mais é do que a participação da sociedade no planejamento, na implementação, no acompanhamento e verificação das políticas públicas, avaliando objetivos, processos e resultados. DISPOSIÇÕES DA LRF A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/00), em seus artigos nº 50 e 51, informam algumas disposições específicas sobre os demonstrativos contábeis: As demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente; As receitas e despesas previdenciáriasserão apresentadas em demonstrativos financeiros e orçamentários específicos; A demonstração das variações patrimoniais dará destaque à origem e ao destino dos recursos provenientes da alienação de ativos; No caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as operações intragovernamentais. 3. Balanço orçamentário O Balanço Orçamentário é a demonstração contábil que deve ser elaborada pela administração pública na qual discrimina o saldo das contas de receitas e despesas orçamentárias, comparando os valores previstos e fixados com os efetivamente executados. O art. 102 da Lei nº 4.320/64 informa, sem especificidades, que o “Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas”. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LC. 101/00) estabelece que o Balanço Orçamentário é uma das peças que compõem o Relatório Resumido da Execução Orçamentária - RREO. LRF (LC. 101/00): Art. 52. O relatório a que se refere o § 3o do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e composto de: I - balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as: a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 5 previsão atualizada; b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada e o saldo; (grifo nosso) Comparativamente, a LRF foi mais específica do que a Lei nº 4.320/64, determinando com mais amplitude as informações que o balanço orçamentário deve evidenciar. Seguindo o que dispõe o texto da LRF, a redação original da NBC T 16.6 informa que o Balanço Orçamentário deverá discriminará as receitas por fonte e despesas por grupo de natureza. Todavia, a NBC T 16.6 foi posteriormente modificada pela Resolução CFC nº 1.268/09. Observe: NBC T 16.6: BALANÇO ORÇAMENTÁRIO 20. O Balanço Orçamentário evidencia as receitas e as despesas orçamentárias, por categoria econômica, confrontando o orçamento inicial e as suas alterações com a execução, demonstra o resultado orçamentário e discrimina: (a) as receitas por fonte; (b) as despesas por grupo de natureza. 20. O Balanço Orçamentário evidencia as receitas e as despesas orçamentárias, detalhadas em níveis relevantes de análise, confrontando o orçamento inicial e as suas alterações com a execução, demonstrando o resultado orçamentário. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.268/09) 21. O Balanço Orçamentário é acompanhado do anexo das despesas por função e subfunção e, opcionalmente, por programa. (Excluído pela Resolução CFC nº. 1.268/09) 22. O Balanço Orçamentário é estruturado de forma a evidenciar a integração entre o planejamento e a execução orçamentária. O texto original da NBC T 16.6 informava que o Balanço Orçamentário deveria evidenciar as receitas e as despesas orçamentárias, por categoria econômica, discriminando as receitas por fonte e despesas por grupo de natureza, e dessa forma é estruturado o modelo “anterior” de Balanço Orçamentário. Todavia, perceba que a nova redação da NBC T 16.6 não especifica quais informações o balanço orçamentário deve conter, mas apenas PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 6 informa que Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as executadas, “detalhadas em níveis relevantes de análise”. Observe em detalhe a regra da NBC T 16.6: O Balanço Orçamentário evidencia as receitas e as despesas orçamentárias, detalhadas em níveis relevantes de análise, confrontando o orçamento inicial e as suas alterações com a execução, demonstrando o resultado orçamentário. Dessa forma, o “novo” modelo de balanço orçamentário não deve acompanhar necessariamente o que informa a LRF. A nova redação da NBC T 16.6 deixou a cargo da STN efetuar o detalhamento “em níveis relevantes de análise”. O MCASP, Parte V(6ª Ed. 2014) informa: O Balanço Orçamentário, definido pela Lei nº 4.320/1964, demonstra as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. Em sua estrutura, deve evidenciar as receitas e as despesas orçamentárias por categoria econômica, confrontar o orçamento inicial e as suas alterações com a execução, demonstrar o resultado orçamentário e discriminar: (a) as receitas por fonte (espécie); e (b) as despesas por grupo de natureza. O Balanço Orçamentário apresentará as receitas detalhadas por categoria econômica, origem e espécie, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada e o saldo a realizar. Demonstrará também as despesas por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando a dotação inicial, a dotação atualizada para o exercício, as despesas empenhadas, as despesas liquidadas, as despesas pagas e o saldo da dotação. A identificação das receitas e despesas intraorçamentárias, quando necessária, deverá ser apresentada em notas explicativas. Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária e de outras dívidas deverão constar, destacadamente, nas receitas de operações de crédito internas e externas e, nesse mesmo nível de agregação, nas despesas com amortização da dívida de refinanciamento. No nível de detalhamento em que são apresentadas no modelo (3º nível – Espécie), as receitas deverão ser informadas pelos valores líquidos das respectivas deduções, tais como restituições, descontos, retificações, deduções para o Fundeb e repartições de receita entre os entes da Federação, quando registradas como dedução, conforme orientação na PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 7 Parte I – Procedimentos Contábeis Orçamentários. O balanço orçamentário demonstra as receitas e despesas orçamentárias: o que foi planejado e o efetivamente executado. As receitas e despesas EXTRAorçamentárias NÃO são evidenciadas no balanço orçamentário. Portanto, o objetivo do balanço orçamentário é acompanhar a execução do orçamento. Comparar as receitas e despesas orçamentárias planejadas com as receitas e despesas orçamentárias efetivamente executadas. Mas quando se consideram executadas a receita e a despesa? Para fins orçamentários, no modelo anterior de balanço orçamentário, considera-se executada/realizada a receita quando se completa a fase de arrecadação. Já a despesa é considerada executada depois de liquidada. Todavia, no encerramento do exercício a despesa apenas empenhada é considerada realizada para fins de fechamento dos balanços. Para fins de concursos as expressões executada e realizada são sinônimas. A despesa empenhada e não paga até o encerramento do exercício poderá ser inscrita em restos a pagar. Caso não seja inscrita em restos a pagar, esse empenho deverá ser anulado. Caso a despesa empenhada e não liquidada seja inscrita em restos a pagar não processados (despesa não liquidada), ela irá gerar a liquidaçãoformal da despesa. A despesa empenhada e inscrita em restos a pagar é uma despesa orçamentária e seu pagamento, no exercício posterior, despesa extraorçamentária. Portanto, para fins de acompanhamento do orçamento no modelo “anterior” de balanço orçamentário, durante a execução do PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 8 orçamento considera-se realizada a despesa na fase de liquidação. Todavia, no encerramento do exercício financeiro (31 de dezembro), a despesa empenhada e não cancelada será “considerada” como se liquidada fosse. Para fins de elaboração do Balanço Orçamentário com o modelo anterior (regra vigente na União até 2011): Receita realizada/executada = receita arrecadada. Despesa realizada/executada: Durante o exercício financeiro = despesa liquidada No encerramento do exercício (31/12) = despesa empenhada BALANÇO ORÇAMENTÁRIO (modelo anterior – resumido) RECEITAS DESPESAS Tipo Previs ão Execuç ão Difere nça Tipo Fixaçã o Execuç ão Diferen ça Receitas Correntes Receitas de Capital $ $ $ Créd. Orçamentários e Suplementares Despesas Correntes Despesas de Capital Créditos Especiais Despesas Correntes Despesas de Capital Créditos Extraordinários Despesas Correntes Despesas de Capital $ $ $ SOMA SOMA DÉFICIT XXX SUPERÁVIT XXX TOTAL TOTAL O novo modelo de balanço orçamentário detalha as três fases de execução da despesa e considera a despesa executada no empenho (e não na liquidação). O novo modelo de balanço orçamentário, utilizado pela União a partir do exercício financeiro de 2012, traz três colunas distintas para as despesas, informando detalhadamente as três fases de execução (empenho, liquidação e pagamento), possibilitando assim uma análise mais específica sobre a execução da despesa. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 9 Com o novo plano de contas e novos demonstrativos contábeis, considera-se despesa orçamentária executada a despesa que já passou pelo estágio do empenho. Para fins de acompanhamento da execução orçamentária no balanço orçamentário (regra vigente na União a partir de 2012): Receita realizada/executada = receita arrecadada. Despesa realizada/executada = despesa empenhada BALANÇO ORÇAMENTÁRIO (novo modelo – resumido) RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Previsão Inicial Previsão Atualizada (a) Receitas Realizadas (b) SALDO c = (b–a) Receitas Correntes Receitas de Capital SUBTOTAL DAS RECEITAS (I) REFINANCIAMENTO (II) Operações de Crédito Internas Operações de Crédito Externas SUBTOTAL COM REFINANC. (III) = (I + II) DÉFICIT (IV) XXX TOTAL (V) = (III + IV) SALDOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES (utilizados para créditos adicionais) Superávit Financeiro Reabertura de Créditos Adicionais DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS Dotação Inicial (d) Dotação Atualizada (e) Despesa Empenhada (f) Despesa Liquidada (g) Despesa Paga (h) Saldo da dotação (i)=(e-f) Despesas Correntes Despesas de Capital SUBTOTAL DAS DESPESAS (VI) AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA/ REFINANCIAMENTO (VII) Amortização da Dívida Interna Amortização da Dívida Externa SUBTOTAL COM REFINANC. (VIII) = (VI + VII) SUPERÁVIT (IX) XXX TOTAL (X) = (VIII + IX) Em virtude das novas regras emanadas para a contabilidade pública, bem como pelas novas interpretações alcançadas para o art. 35 da PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 10 Lei nº 4.320/64, a STN passou a considerar como executada/realizada a despesa que tenha sido empenhada. Lei nº 4.320/64: Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: I - as receitas nele arrecadadas; II - as despesas nele legalmente empenhadas. Pode-se dizer que o art. 35 da Lei nº 4.320/64 determina o regime “orçamentário” misto: caixa para as receitas e competência para as despesas. Para fins de estudo do seu objeto (o patrimônio público), a contabilidade pública utiliza-se do regime “patrimonial” da competência, tanto para as receitas como para as despesas. O novo modelo de balanço orçamentário informa as três fases de execução da despesa (empenho, liquidação e pagamento), possibilitando melhor análise da execução do orçamento. A despesa pelo enfoque orçamentário ocorre com o empenho da despesa, momento em que o recurso orçamentário é utilizado. Relativamente à receita, não há dúvida de que, para fins orçamentários e por uma questão de austeridade fiscal, somente deve ser considerada a receita efetivamente arrecadada. O balanço orçamentário objetiva informar o desempenho do orçamento público, sendo imprescindível, portanto, para que se possa efetuar a análise, estabelecer o que se considera como receitas realizadas e despesas executadas. ANÁLISE DO BALANÇO ORÇAMENTÁRIO O balanço orçamentário presta informações sobre o orçamento público, sendo possível assim a elaboração de indicadores para que se possa analisar o desempenho da gestão orçamentária. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 11 O balanço orçamentário demonstra apenas as receitas e despesas orçamentárias: o que foi planejado e o efetivamente executado. As receitas e despesas EXTRAorçamentárias NÃO são evidenciadas no balanço orçamentário. A avaliação da execução do orçamento público é extremamente importante para a formulação, avaliação e condução da política fiscal: formulam-se opiniões a respeito de que grau a gestão orçamentária promove o equilíbrio fiscal e contribui para que o endividamento público esteja em níveis aceitáveis. Todavia, o resultado orçamentário não é um indicador de responsabilidade fiscal, pois pode ocorrer, por exemplo, déficit ou equilíbrio orçamentário concomitante com um superávit primário ou nominal, ou o oposto. Isso pode ocorrer porque se utilizam nos cálculos do resultado orçamentário, superávit primário e nominal dados diferentes, ou seja, cada um leva em consideração determinados tipos de receitas/despesas. O balanço orçamentário é o demonstrativo utilizado para análise do cumprimento da Regra de Ouro. Regra de Ouro: é vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta (art. 167, III, CF). O objetivo da denominada “regra de ouro” é inibir a contratação de empréstimos para financiar gastos correntes, evitando que o ente público tome emprestado de terceiros para pagar despesas de pessoal,juros ou custeio. Podem ser visualizadas as seguintes situações com o balanço orçamentário: A. Desempenho da realização de receitas: PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 12 Para análise do orçamento, considera-se realizada a receita orçamentária que tenha sido arrecadada. As fases de execução da receita orçamentária são: lançamento, arrecadação e recolhimento. Para fins de análise do orçamento, considera-se realizada a receita que tenha percorrido a fase de arrecadação. Não é necessário aguardar o seu recolhimento ao caixa único do Tesouro Nacional. A arrecadação é o momento em que o contribuinte/devedor efetua o pagamento junto ao agente arrecadador (normalmente bancos). Recolhimento é o momento em que o agente arrecadador transfere o recurso financeiro para a conta única do ente. Análise do desempenho da realização de receitas: RECEITA PREVISTA > RECEITA REALIZADA = DÉFICIT DE ARRECADAÇÃO RECEITA PREVISTA < RECEITA REALIZADA = SUPERÁVIT DE ARRECADAÇÃO RECEITA PREVISTA = RECEITA REALIZADA = RESULTADO NULO O Déficit de arrecadação (também denominado de insuficiência de arrecadação ou arrecadação negativa) resulta de uma arrecadação abaixo da prevista, podendo ser oriundo dos seguintes motivos: previsão de receitas erroneamente superestimadas, desaceleração da economia de mercado, falhas na fiscalização, dentre outros. O Superávit de arrecadação (também denominado de excesso de arrecadação ou arrecadação positiva) resulta de uma arrecadação acima da prevista, podendo ser oriundo dos seguintes motivos: previsão de receitas erroneamente subestimadas, aquecimento da economia, fiscalização competente, dentre outros. No novo modelo de balanço orçamentário, o valor negativo constante na coluna “Saldo” informa que houve déficit de arrecadação e o valor positivo informa que houve superávit de arrecadação. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 13 Exemplo 1– Balanço Orçamentário (novo modelo) - RECEITAS: Previsão Atualizada (a) Receitas Realizadas (b) SALDO c = (b – a) 100 130 30 Perceba que houve excesso de arrecadação de $30. Em realidade, o SALDO representa o montante de receita orçamentária que superou o montante da previsão atualizada. É obtido pela diferença entre as receitas realizadas e a previsão atualizada. Observe que no exemplo acima apresentado houve superávit de arrecadação de $30. Caso haja déficit, o saldo aparecerá entre parênteses. Exemplo 2: Balanço Orçamentário (novo modelo) - RECEITAS: Previsão Atualizada (a) Receitas Realizadas (b) SALDO c = (b – a) 100 80 (20) Observe que neste caso a arrecadação está ocorrendo de forma negativa, abaixo do planejado/esperado. B. Desempenho da execução de despesas: Conforme já mencionado e para que não se esqueça, as disposições da Portaria STN nº 664/2010, que trata sobre o novo plano de contas e as novas demonstrações contábeis aplicadas ao Setor Público, deverão ser adotadas pelos entes de forma facultativa a partir de 2011, e de forma obrigatória a partir de 2012 pela União, pelos Estados e Distrito Federal e de 2013 pelos Municípios. Não se esqueça! Despesa realizada/executada = despesa empenhada (durante o exercício financeiro e no seu encerramento) Existem três fases de execução da despesa: empenho, liquidação e pagamento. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 14 Análise do desempenho da execução de despesas: DESPESA FIXADA > DESPESA REALIZADA = ECONOMIA DE DESPESA DESPESA FIXADA < DESPESA REALIZADA = EXCESSO DE DESPESA DESPESA FIXADA = DESPESA REALIZADA = RESULTADO NULO A economia de despesa (também denominada de economia orçamentária) resulta de uma execução de despesa abaixo da fixada. Tal economia não necessariamente informa algo positivo, pois, a priori, demonstra que o Estado não prestou serviços ou não efetuou os investimentos necessários autorizados pelo Legislativo, ou seja, as demandas da população podem estar sendo frustradas. O excesso de despesa resulta de uma execução de despesa acima da fixada pelo Poder Legislativo, portanto, trata-se de uma situação de inconsistência, vedada pela legislação. C. Análise do planejamento orçamentário: O planejamento ideal deve igualar o total das receitas previstas com o total das despesas fixadas. Todavia, poderá também ser aprovado o orçamento com as receitas previstas superiores às despesas fixadas, conforme informa no texto constitucional. Constituição Federal (CF/88): Art. 166, § 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. Assim, percebe-se que, durante a tramitação do projeto de lei do orçamento anual, poderão ser procedidas modificações de forma que resulte na aprovação da LOA com recursos sem despesas correspondentes, ou seja, o total das receitas previstas superior ao total das despesas fixadas. Durante a execução do orçamento, tais recursos que “sobraram” poderão ser utilizados mediante a abertura de créditos especiais, suplementares ou mesmo extraordinários. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 15 O texto constitucional não menciona os créditos extraordinários apenas porque eles podem ser abertos sem a indicação de recursos. Análise do planejamento orçamentário RECEITA PREVISTA > DESPESA FIXADA = DESEQUILÍBRIO POSITIVO RECEITA PREVISTA < DESPESA FIXADA = DESEQUILÍBRIO NEGATIVO RECEITA PREVISTA = DESPESA FIXADA = EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO O desequilíbrio positivo na previsão orçamentária é possível em virtude da previsão constitucional (CF, art. 166, § 8º), podendo a Lei Orçamentária Anual ser aprovada com tal desequilíbrio. Para o ente da Federação, o desequilíbrio negativo na previsão orçamentária é uma situação possível apenas previamente à aprovação do orçamento, ou seja, durante a sua discussão. Portanto, a Lei Orçamentária Anual da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, não pode ser aprovada com o valor das despesas superior ao das receitas, ou seja, autorizar a execução de despesas sem os correspondentes recursos necessários para saná- las. Todavia, os Balanços Orçamentários não consolidados (de órgãos e entidades, por exemplo), poderão apresentar desequilíbrio orçamentário negativo (planejamento orçamentário) e déficit orçamentário (execução orçamentária), pois muitos deles não são agentesarrecadadores, ou arrecadam muito pouco, e executam despesas orçamentárias para prestação de serviços públicos e realização de investimentos, sendo deficitários e dependentes de recursos do Tesouro. Esse fato não representa irregularidade, devendo ser evidenciado complementarmente por nota explicativa que demonstre o montante da movimentação financeira (transferências financeiras recebidas e concedidas) relacionadas à execução do orçamento do exercício. Exemplo – balanço orçamentário da Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal no Estado do Espírito Santo: PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 16 Essa Unidade Gestora arrecada algumas taxas, como, por exemplo, pela emissão de passaportes. Entretanto, suas receitas arrecadadas, além de serem inferiores ao total de despesas executadas, ainda serão depositadas/recolhidas ao caixa único do tesouro nacional. Assim sendo, essa unidade gestora depende de recursos do Tesouro. No balanço orçamentário consolidado de todo o órgão (DPF) esse desequilíbrio negativo poderá desaparecer. Para fins de resolução de questões de concurso, principalmente as que envolvem cálculos, considere o orçamento com equilíbrio orçamentário (receita prevista = despesa fixada), pois essa é a situação ideal, salvo se a questão informar claramente outra situação. D. Resultado orçamentário (desempenho orçamentário): O resultado orçamentário demonstra o efetivo desempenho do orçamento, ou seja, compara as receitas realizadas com as despesas executadas: RECEITA ARRECADADA > DESPESA EXECUTADA = SUPERÁVIT ORÇAMENTÁRIO RECEITA ARRECADADA < DESPESA EXECUTADA = DÉFICIT ORÇAMENTÁRIO RECEITA ARRECADADA = DESPESA EXECUTADA = EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO O superávit orçamentário (também denominado de resultado positivo do orçamento) demonstra que houve sobra de recursos orçamentários, que pode ter sido produzido por dois motivos: Excesso de arrecadação; ou Economia de despesa (economia orçamentária). O déficit orçamentário (também denominado de resultado negativo do orçamento) demonstra, a priori, que houve falta de recursos orçamentários: executou-se mais despesas do que receitas arrecadadas. Entretanto, é possível que o superávit financeiro do exercício anterior tenha sido utilizado no exercício em curso para abertura de créditos PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 17 adicionais, fato este que produzirá uma execução de despesas orçamentárias acima da arrecadação de receitas orçamentárias. O superávit financeiro do exercício anterior não aparece no balanço orçamentário do exercício atual como receita arrecadada, pois, de fato, esse recurso foi arrecadado no exercício anterior. Como o crédito adicional faz com que haja execução de despesas orçamentárias (empenhadas no exercício atual) e, dado que o superávit financeiro ocorrido no exercício anterior e transferido para o atual não é receita orçamentária deste exercício, a abertura de créditos adicionais, tendo como fonte de recursos o superávit financeiro do exercício anterior, irá produzir uma execução de despesas orçamentárias acima da arrecadação de receitas orçamentárias. No modelo anterior de balanço orçamentário não era possível identificar tal situação, todavia, no novo modelo, no campo “SALDOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES”, localizado abaixo do total das receitas orçamentárias, aparecem os recursos provenientes do exercício anterior. Recomenda-se a utilização de notas explicativas para esclarecimentos a respeito da utilização do superávit financeiro e de reaberturas de créditos especiais e extraordinários, bem como suas influências no resultado orçamentário, de forma a possibilitar a correta interpretação das informações. O déficit orçamentário demonstra que ocorreram mais despesas orçamentárias do que receitas orçamentárias, o que pode ter sido provocado em virtude da utilização do superávit financeiro do exercício anterior. Entretanto, o déficit orçamentário pode ser, de fato, proveniente da execução de despesas acima das receitas realizadas, sendo necessário, portanto, que o ente da Federação adote medidas para equilibrar o orçamento, como, por exemplo, a realização de operações de crédito ou simplesmente limitação de empenhos nos montantes necessários. Os Balanços Orçamentários NÃO consolidados (de órgãos e entidades, por exemplo), poderão apresentar desequilíbrio orçamentário negativo (planejamento PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 18 orçamentário) e déficit orçamentário (execução orçamentária), pois muitos deles não são agentes arrecadadores, ou arrecadam muito pouco, e executam despesas orçamentárias para prestação de serviços públicos e realização de investimentos, sendo deficitários e dependentes de recursos do Tesouro. Esse fato não representa irregularidade, devendo ser evidenciado complementarmente por nota explicativa que demonstre o montante da movimentação financeira (transferências financeiras recebidas e concedidas) relacionadas à execução do orçamento do exercício. O superávit orçamentário (resultado positivo) é demonstrado no lado das despesas e o déficit orçamentário (resultado negativo) é demonstrado nas receitas. Para fins de fechamento do balanço, o total das receitas e despesas deve ser igual, assim, o resultado positivo é somado com as despesas e o resultado negativo com as receitas. Exemplo – balanço orçamentário em 31 de dezembro: Suponha-se que a soma das receitas realizadas foi de R$ 10 bilhões e das despesas executadas foi de R$ 9 bilhões, havendo, portanto, um resultado orçamentário positivo (superávit orçamentário) de R$ 1 bilhão. RECEITAS DESPESAS Receitas realizadas 10 Despesas executadas 9 Déficit 0 Superávit 1 TOTAL 10 TOTAL 10 No modelo anterior de balanço orçamentário, o déficit orçamentário é demonstrado na coluna de execução da receita e o superávit na coluna de execução da despesa. No novo modelo de balanço orçamentário, o déficit orçamentário é demonstrado na coluna de execução da receita (receita realizada) e o superávit na coluna de execução da despesa (despesa empenhada). Veja nos dois modelos resumidos, anteriormente apresentados, as colunas que constam “XXX”. (CESPE – Contador/DPU – 2010) PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 19 receita prevista 4.800.000 despesa fixada 4.700.000 receita executada 4.200.000 despesa executada 4.300.000 Considerando que a tabela acima apresenta certos valores, em reais, extraídos do balanço orçamentário de uma entidade governamental em determinado exercício, é correto afirmar que o resultado orçamentário do exercício foi A) superavitário em R$ 500.000,00. B) deficitário em R$ 600.000,00.C) deficitário em R$ 100.000,00. D) superavitário em R$ 100.000,00. E) superavitário em R$ 400.000,00. Resolução Resultado Orçamentário = receita realizada – despesa executada Resultado Orçamentário = 4.200.000 – 4.300.000 Resultado Orçamentário = –100.000 (negativo) Letra C. E. Resultado orçamentário por categoria econômica: O resultado orçamentário por categoria econômica demonstra o efetivo desempenho do orçamento de forma segregada, informando o resultado corrente (receita e despesas correntes) e o resultado de capital (receitas e despesas de capital). Resultado orçamentário DE CAPITAL: RECEITA ARRECADADA DE CAPITAL > DESPESA EXECUTADA DE CAPITAL = SUPERÁVIT ORÇAMENTÁRIO DE CAPITAL RECEITA ARRECADADA DE CAPITAL < DESPESA EXECUTADA DE CAPITAL = DÉFICIT ORÇAMENTÁRIO DE CAPITAL RECEITA ARRECADADA DE CAPITAL = DESPESA EXECUTADA DE CAPITAL = EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO DE CAPITAL PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 20 Resultado orçamentário CORRENTE: RECEITA ARRECADADA CORRENTE > DESPESA EXECUTADA CORRENTE = SUPERÁVIT ORÇAMENTÁRIO CORRENTE RECEITA ARRECADADA CORRENTE < DESPESA EXECUTADA CORRENTE = DÉFICIT ORÇAMENTÁRIO CORRENTE RECEITA ARRECADADA CORRENTE = DESPESA EXECUTADA CORRENTE = EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO CORRENTE O superávit no orçamento será no exercício seguinte uma receita de capital. Bastante cobrado em concursos! O superávit do orçamento corrente, apurado no final do ano, será classificado no exercício seguinte como receita de capital. Trata-se de uma fonte de recurso que não constituirá item de receita orçamentária (Lei nº 4.320/64, art. 11, §§ 2º e 3º). (CESPE - TFCE/TCU) Considerando os saldos orçamentários de determinado ente, em milhões de reais, ao final do exercício, apresentados na tabela a seguir, é correto concluir que o superávit do orçamento corrente foi de R$ 205 milhões. Receitas Despesas Receitas tributárias 350 Pessoal e encargos 75 Novos empréstimos 120 Outros custeios 70 Rolagem da dívida 60 Juros 65 Investimentos 130 Amortizações 180 Total 530 Total 520 Resolução Há apenas dois itens que poderiam suscitar dúvida no candidato: PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 21 “Rolagem da dívida”: rolar a dívida é não pagá-la efetivamente, ou seja, obter um novo empréstimo para pagar o vencendo. Como está na coluna das receitas, a “rolagem da dívida” indica o ingresso de recursos oriundos dessa operação de crédito, sendo, portanto, uma Receita de Capital – Operações de Crédito. “Juros”: essa é uma pegadinha frequente em concursos. Os juros e demais encargos pagos devem ser classificados como Despesa Corrente – Juros e Encargos da Dívida. Apenas a amortização do empréstimo e sua atualização monetária ou cambial que devem ser classificados como Despesa de Capital – Amortização da Dívida. Cálculo do resultado orçamentário CORRENTE: (1) RECEITAS CORRENTES 350 Receitas tributárias 350 (2) DESPESAS CORRENTES 210 Pessoal e encargos 75 Outros custeios 70 Juros 65 (3=1–2) RESULTADO ORÇAMENTÁRIO CORRENTE 140 Assim, o superávit do orçamento corrente NÃO foi de R$ 205 milhões, conforma afirma a questão, mas sim de R$ 140 milhões, motivo pelo qual a questão está errada. O superávit do orçamento corrente de R$ 140 milhões será no próximo exercício uma receita de capital não orçamentária (fonte extraorçamentária de recursos). ERRADO. NOVO MODELO DE BALANÇO ORÇAMENTÁRIO O Balanço Orçamentário apresentará as receitas detalhadas por categoria econômica, origem e espécie, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada e o saldo a realizar. Demonstrará também as despesas por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando a dotação inicial, a dotação atualizada para o exercício, as despesas empenhadas, liquidadas e pagas, e o saldo da dotação. Conclui-se, dessa forma, que através do Balanço Orçamentário pode- se avaliar o nível dos objetivos alcançados em relação aos fixados no orçamento e as modificações nele ocorridas durante a execução. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 22 A identificação das receitas e despesas intraorçamentárias, quando necessária, deverá ser apresentada em notas explicativas. Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária e de outras dívidas deverão constar, destacadamente, nas receitas de operações de crédito internas e externas e, nesse mesmo nível de agregação, nas despesas com amortização da dívida de refinanciamento. No nível de detalhamento em que as receitas são apresentadas no modelo (3º nível – Espécie), elas deverão ser informadas pelos valores líquidos das respectivas deduções, tais como restituições, descontos, retificações, deduções para o FUNDEB, e repartições de receita entre os entes da Federação, quando registradas como dedução. Balanço Orçamentário: PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 23 PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 24 O Balanço Orçamentário será complementado por nota explicativa detalhando as despesas executadas por tipos de créditos (inicial, suplementar, especial e extraordinário). Será informado, ainda, o montante da movimentação financeira (transferências financeiras recebidas e concedidas) relacionado à execução do orçamento do exercício, bem como os valores referente a abertura de créditos adicionais e cancelamentos de crédito de forma a evidenciar a diferença entre a dotação inicial e a atualizada. No novo modelo de balanço orçamentário aparece a informação do superávit financeiro do exercício anterior, como também dos créditos adicionais do exercício anterior reabertos no exercício atual, no item “SALDOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES”. Assim, de posse de tais informações, pode-se verificar que a eventual execução de despesas ORÇAMENTÁRIAS acima das receitas ORÇAMENTÁRIAS possui como origem a utilização do superávit financeiro do exercício anterior ou da reabertura de créditos adicionais. O que representa a rubrica “SALDOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES”? Representa o valor de recursos não utilizados em exercícios anteriores, e que poderá ser utilizado como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais. Na coluna “saldo de exercícios anteriores” deverá demonstrar os valores referentes aoscréditos adicionais autorizados nos últimos quatro meses do exercício anterior ao de referência, reabertos no exercício corrente. Apresenta valores somente nas colunas que se referem à previsão atualizada e à receita realizada e deverão corresponder ao valor da execução dos referidos créditos adicionais. Tais valores não poderão ser lançados novamente como receita orçamentária já que pertencem ao exercício financeiro no qual foram arrecadados, como também não poderão ser considerados no cálculo de déficit ou superávit orçamentário, pois representam recursos arrecadados em exercícios anteriores. Tratam-se essas de informações importantes trazidas pelo novo modelo de balanço orçamentário, pois, por vezes, são executadas PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 25 despesas ORÇAMENTÁRIAS com tais fontes EXTRAORÇAMENTÁRIAS, desequilibrando o resultado orçamentário do exercício. Repito! Os saldos de exercícios anteriores NÃO são receitas orçamentárias, motivo pelo qual constam no final do balanço (apenas para fins de informação) e NÃO entram no cálculo do resultado orçamentário. Dessa forma, o novo balanço orçamentário demonstra não apenas as receitas e despesas orçamentárias, mas também outras fontes de recursos extraorçamentárias provenientes de exercícios anteriores. O Balanço Orçamentário será elaborado utilizando-se as classes 5, grupo 2 (Orçamento aprovado: previsão da receita e fixação da despesa) e classe 6, grupo 2 (Execução do orçamento: realização da receita e execução da despesa) do novo plano de contas. Dado o nível de detalhamento das despesas, informando suas três fases de execução (empenho, liquidação e pagamento), o novo balanço orçamentário possibilita determinar os valores inscritos em restos a pagar processados e restos a pagar não processados. Forma de obtenção dos empenhos inscritos em restos a pagar no exercício: Despesas Liquidadas – Despesas Pagas = Restos a Pagar Processados Despesas Empenhadas – Despesas Liquidadas = Restos a Pagar não Processados Caso o empenho não tenha sido inscrito em restos a pagar, ele deverá ser anulado, não aparecendo, portanto, no balanço orçamentário como “despesas empenhadas”. Outra novidade! A partir da 3ª edição o MCASP inovou em relação às edições anteriores, informando que adicionalmente ao Balanço Orçamentário, devem ser incluídos dois quadros demonstrativos de execução de restos a pagar, um relativo aos restos a pagar não processados, outro relativo aos restos a pagar processados, com o mesmo detalhamento das despesas orçamentárias do balanço, de modo a propiciar uma análise da execução orçamentária do exercício em conjunto com a execução dos restos a pagar. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 26 Eis os modelos abaixo: Os restos a pagar não-processados e liquidados no exercício de referência deverão permanecer demonstrados nas respectivas colunas de RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS. Todavia, no exercício seguinte, os saldos liquidados a pagar deverão ser demonstrados na coluna RESTOS A PAGAR PROCESSADOS – Inscritos – Em Exercícios Anteriores (coluna “a” do demonstrativo abaixo), apenas para efeitos desse demonstrativo. Conceitos das informações prestadas nas colunas do novo modelo de balanço orçamentário: RECEITAS: PREVISÃO INICIAL: Identifica os valores da previsão inicial das receitas, constantes na Lei Orçamentária Anual - LOA. Os valores registrados nessa coluna permanecerão inalterados durante todo o exercício, pois refletem a posição inicial do orçamento constante da LOA. As atualizações monetárias autorizadas por lei, efetuadas até a data da publicação da LOA, deverão compor a coluna, sendo mencionadas em notas explicativas. PREVISÃO ATUALIZADA: Identifica os valores da previsão atualizada das receitas para o exercício de referência, que refletem a parcela da re- estimativa da receita utilizada para abertura de créditos adicionais, seja mediante excesso de arrecadação ou mediante operações de crédito, as novas naturezas de receita não previstas na LOA e o remanejamento entre naturezas de receita. Se não ocorrer nenhum dos eventos mencionados, a coluna da previsão atualizada deverá identificar os mesmos valores da coluna previsão inicial. As atualizações monetárias autorizadas por lei, efetuadas após a data da publicação da LOA, deverão compor a coluna, sendo mencionadas em notas explicativas. RECEITAS REALIZADAS: Identifica as receitas realizadas no período. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 27 Consideram-se realizadas as receitas arrecadadas diretamente pelo órgão, ou por meio de outras instituições como, por exemplo, a rede bancária. SALDO: Representa o montante de receita orçamentária a realizar. É obtido pela diferença entre a previsão atualizada e as receitas realizadas. SUBTOTAL DAS RECEITAS: Representa o total das receitas antes de refinanciamento. REFINANCIAMENTO: Representa o valor da receita decorrente da colocação de títulos públicos ou de empréstimos, obtidos junto a entidades estatais ou particulares internas ou externas, destinadas ao refinanciamento da dívida pública. SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO: Representa a soma da linha subtotal das receitas (I) com a linha refinanciamento (II). Isso equivale ao somatório de todas as receitas orçamentárias, incluindo as operações de créditos contratadas para refinanciar a dívida pública. DÉFICIT: Representa a eventual diferença, a menor entre as receitas realizadas e as despesas empenhadas. Isso equivale à linha SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO das receitas, menos a linha SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO das despesas. Se as receitas realizadas forem superiores às despesas empenhadas, essa diferença será lançada na linha SUPERÁVIT. Nesse caso, a linha DÉFICIT deverá ser preenchida com um traço (-), indicando valor inexistente ou nulo. DESPESAS: DOTAÇÃO INICIAL: Identifica o valor dos créditos iniciais constantes da Lei Orçamentária Anual. DOTAÇÃO ATUALIZADA: Identifica o valor da dotação inicial mais os créditos adicionais abertos ou reabertos durante o exercício, deduzidas as anulações/cancelamentos correspondentes. DESPESAS EMPENHADAS: Identifica os valores das despesas empenhadas até o encerramento do exercício, inclusive as despesas que já foram liquidadas e pagas. Considera-se despesa orçamentária executada a despesa que já passou pelo estágio do empenho. DESPESAS LIQUIDADAS: Identifica os valores das despesas liquidadas até o encerramento do exercício. Deverão ser consideradas, inclusive, as despesas que já foram pagas. DESPESAS PAGAS: Identifica os totais das despesas pagas pertencentes ao orçamento do exercício financeiro. Nesse campo não se inclui os valores referentes ao pagamento de restos a PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e ExercíciosAuditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 28 pagar. O balanço orçamentário demonstra apenas as receitas e despesas orçamentárias e o pagamento de restos a pagar gera despesa extraorçamentária. SALDO DA DOTAÇÃO: Corresponde à diferença entre a dotação atualizada e as despesas empenhadas. SALDOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES: Identifica o valor de recursos provenientes de superávit financeiro de exercícios anteriores, identificados no Balanço Patrimonial do exercício anterior ao de referência, que foi utilizado como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais no período de referência. Deverá demonstrar, também, os valores relativos aos créditos especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do exercício anterior ao de referência, reabertos no exercício corrente, no limite de seus saldos. Apresentará valores somente nas colunas que se referem à previsão atualizada e à receita realizada e deverão corresponder ao valor da execução dos referidos créditos adicionais. O superávit financeiro do exercício anterior, identificado no Balanço Patrimonial do ente, e que serviu de fonte de financiamento de abertura de créditos adicionais no exercício atual, deve ter seu valor identificado nessa linha, no lado das receitas, no montante equivalente aos créditos autorizados. No lado das despesas, o valor do superávit financeiro utilizado já está incorporado ao valor da dotação atualizada, por meio dos créditos adicionais. Resumindo a análise do BO: A comparação entre Previsão/Dotação e a Execução pode indicar as seguintes situações: 1. Receita Prevista > Receita Realizada, demonstra que houve insuficiência de arrecadação; 2. Receita Prevista < Receita Realizada, demonstra que houve excesso de arrecadação; 3. Despesa Fixada > Despesa Realizada, demonstra economia na realização de despesas; 4. Despesa Fixada < Despesa Realizada, demonstra que houve excesso de despesas (situação de inconsistência); 5. Receita Prevista > Despesa Fixada, demonstra que houve desequilíbrio positivo na previsão orçamentária4; 6. Receita Prevista < Despesa Fixada, demonstra que houve desequilíbrio negativo na previsão orçamentária5; 7. Receita Arrecadada > Despesa Realizada, demonstra que houve superávit orçamentário; 8. Receita Corrente Realizada > Despesa Corrente Realizada, demonstra que houve superávit corrente; 9. Receita de Capital Realizada > Despesa de Capital Realizada, demonstra PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 29 que houve superávit de capital; 10. Receita Corrente Realizada < Despesa Corrente Realizada, demonstra que houve déficit corrente; 11. Receita de Capital Realizada < Despesa de Capital Realizada, demonstra que houve déficit de capital; 12. Receita Realizada < Despesa Realizada, demonstra que houve déficit na execução do orçamento; e 13. Receita Realizada = Despesa realizada, demonstra o equilíbrio orçamentário na execução. Pode-se estabelecer ainda que na comparação entre as colunas “Despesas Liquidadas” e “Despesas Pagas” e a comparação entre as colunas “Despesas Empenhadas” e “Despesas Liquidadas” fornecem as seguintes informações: a) Despesas Liquidadas – Despesas Pagas = Restos a Pagar Processados inscritos no exercício; b) Despesas Empenhadas – Despesas Liquidadas = Restos a Pagar não Processados inscritos no exercício. EXEMPLOS PRÁTICOS 1. Analisando apenas as RECEITAS podem ocorrer os seguintes resultados: 1º (receita prevista > receita arrecadada) = insuficiência ou déficit na arrecadação: Receita arrecadada $ 380 (-) Receita prevista ($ 500) (=) Insuficiência na arrecadação ($ 120) Na situação apresentada a arrecadação foi menor do que a previsão contida na LOA. 2º (receita prevista < receita arrecadada) = excesso ou superávit na arrecadação: Receita arrecadada $ 520 (-) Receita prevista ($ 500) (=) Excesso de arrecadação $ 20 Na situação apresentada a arrecadação foi maior do que a previsão contida na LOA. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 30 3º (receita prevista = receita arrecadada) = equilíbrio na arrecadação: Receita arrecadada $ 500 (-) Receita prevista $ 500 (=) Resultado nulo 0 Situação bastante improvável. 2. Analisando apenas as DESPESAS podem ocorrer os seguintes resultados: 1º (despesa fixada > despesa executada) = economia de despesa: Despesa fixada $ 700 (-) Despesa executada ($ 600) (=) Economia de despesa $ 100 Na situação apresentada a despesa fixada foi maior do que a executada. Ou seja, o governo economizou, porém, menos serviços podem ter sido prestados à sociedade. 2º (despesa fixada < despesa executada) = excesso de despesa: Despesa fixada $ 700 (-) Despesa executada ($ 750) (=) Excesso de despesa ($ 50) Nessa situação, o governo gastou mais do que planejou. Pode acontecer através da abertura de créditos adicionais autorizadas pelo Poder Legislativo. 3º (despesa fixada = despesa realizada) = equilíbrio na realização da despesa ou resultado nulo: Despesa fixada $ 700 (-) Despesa executada ($ 700) = Resultado nulo 0 Situação bastante improvável. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 31 3. Comparando o desempenho entre RECEITAS e DESPESAS executadas podem ocorrer os seguintes resultados: 1º (receita arrecadada > despesa executada) = superávit orçamentário: Receita arrecadada $ 900 (-) Despesa executada (empenhada) $ (700) (=) Superávit orçamentário $ 200 O superávit orçamentário pode ser calculado a qualquer momento (bimestral, anual, etc.). Atenção! O resultado orçamentário positivo apurado no balanço orçamentário NÃO indica, necessariamente, que podem ser autorizadas novas despesas no mesmo valor. O resultado positivo do orçamento demonstra que houve sobra de recursos orçamentários, o que pode ter sido provocado por dois motivos: Excesso de arrecadação; ou Economia de despesa (economia orçamentária). Análise durante o exercício financeiro: Durante o exercício financeiro o excesso de arrecadação é uma das fontes possíveis para abertura de créditos adicionais. Assim, a parcela do resultado orçamentário positivo, apurado durante o ano, oriundo de excesso de arrecadação, poderá ser utilizada para autorização de novas despesas (através de créditos adicionais). Entretanto, a economia de despesa durante a execução orçamentária não é fonte para abertura de créditos adicionais. A despesa ainda não executada foi autorizada na LOA, portanto, ainda poderá ser empenhada até o final do exercício. Análise no encerramento do exercício financeiro (31/dez): O valor do resultado orçamentário positivo apurado no encerramento do exercício também não será exata e necessariamente transferido para o próximo ano como fonte de recurso para novas despesas. Considerando que o resultado orçamentário positivo é provenientede excesso de arrecadação e economia de despesa, e ainda, que para a PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 32 autorização de novas despesas faz-se necessária a observância da execução financeira (recebimentos e desembolsos), o resultado orçamentário positivo será processado e materializado finalmente como sendo o superávit financeiro (ativo financeiro > passivo financeiro). Observe no novo modelo de balanço orçamentário que os “saldos de exercícios anteriores” são exatamente provenientes do superávit financeiro (menos os eventuais respectivos créditos adicionais reabertos). Veja abaixo a parte final do BO: Conclusão: 1. O resultado orçamentário positivo apurado no balanço orçamentário não representa necessariamente o valor exato para autorização de novas despesas, seja durante ou no final do exercício; 2. Para autorizar novas despesas é preciso observar as fontes de recursos para abertura de créditos adicionais informadas pela legislação. Recordando! São fontes de recursos para abertura de créditos adicionais: a. Superávit financeiro; b. Excesso de arrecadação; c. Anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais; d. Operações de credito; e. Reserva de Contingência; f. Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor. 2º (receita arrecadada < despesa executada) = déficit orçamentário: Receita Arrecadada $ 800 PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 33 (-) Despesa executada (empenhada) $ (830) (=) Déficit orçamentário ($ 30) O déficit orçamentário é um péssimo sinal para as finanças públicas, pois o governo deverá realizar novos empréstimos ou utilizar outros meios para o equilíbrio das contas públicas (cortar despesas, aumentar tributos, etc.). 3º (receita arrecadada = despesa executada) = resultado nulo: Receita Arrecadada $ 1.000 (-) Despesa executada (empenhada) $ (1.000) = Déficit orçamentário 0 O resultado nulo é quase sempre improvável na prática. 4. (ESAF - ACE/TCU) Ao final do exercício, verificou-se que, do orçamento aprovado de $120, haviam sido arrecadados $140, realizadas despesas de $ 110 e pagos $ 80. Sendo assim: a) houve superávit orçamentário de $40. b) houve um acréscimo de disponibilidade de $60. c) registrou-se um excesso de arrecadação de $30. d) o orçamento aprovado apresentava um superávit de $20. e) a economia de despesa foi de $30. Resolução Organização dos dados: Receitas previstas * $120 Receitas arrecadadas $140 Despesas fixadas * $120 Despesas realizadas $110 Despesas pagas $80 PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 34 Considere sempre na resolução das questões que o orçamento tenha sido aprovado com receitas previstas exatamente iguais às despesas fixadas (salvo se a questão der informação explicitamente diferente). Como o comando da questão informa que o orçamento foi aprovado com $ 120, consideramos assim as receitas previstas e as despesas fixadas nesse mesmo valor. a) Cálculo do superávit orçamentário: Receitas arrecadadas $140 (-) Despesas realizadas ou executadas ($110) (=) Superávit orçamentário 30 O superávit orçamentário foi de $ 30. ERRADO. b) Cálculo do acréscimo das disponibilidades Receitas arrecadadas $140 (-) Despesas pagas ($80) (=) Acréscimo das disponibilidades no período $60 Houve arrecadação de receitas de $140 e desembolso de apenas $80. Assim sendo, as disponibilidades de caixa aumentaram em $60 no exercício financeiro. CERTO. c) Cálculo do excesso de arrecadação Receitas arrecadadas $140 (-) Receitas previstas ($120) (=) Excesso de arrecadação $20 De fato registrou-se um excesso de arrecadação, todavia, de apenas $20, e não de $30 conforme informa a opção. ERRADO. d) O orçamento aprovado apresentava um superávit de $20 Para que haja superávit de orçamento aprovado, o total das receitas previstas deve ser superior ao das despesas fixadas. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 35 Conforme o princípio do equilíbrio orçamentário, o total das receitas deve ser igual ou superior ao das despesas. Entretanto, a situação mais adequada sob o aspecto de planejamento orçamentário é que as despesas e receitas tenham sido correta e integralmente planejadas, ou seja, com seus valores totais iguais no orçamento. Como não foi informado o total das despesas fixadas, deve-se entender que as despesas são iguais às receitas previstas ($120). ERRADO. e) Cálculo da economia de despesa Despesas fixadas $120 (-) Despesas realizadas ($110) (=) Economia de despesa 10 De fato houve economia de despesa, entretanto, de apenas $10, e não de $30 conforme afirma a opção. ERRADO. 5. (ESAF – ACE – TCU) – Ao final de um exercício financeiro qualquer, certa unidade orçamentária apresentou, em seu balanço orçamentário, um superávit orçamentário de $ 5,00 e um déficit de capital de $ 50,00. Sabendo que as receitas correntes previstas e arrecadadas totalizaram, respectivamente, $ 150,00 e $ 175,00, e que as receitas de capital previstas e arrecadadas totalizaram, respectivamente, $ 45,00 e $ 30,00, assinale a opção que indica os valores totais das despesas correntes e de capital realizadas, nesta ordem: a) $ 120,00 e $ 80,00 b) $ 120,00 e $ 75,00 c) $ 80,00 e $ 120,00 d) $ 75,00 e $ 80,00 e) $ 75,00 e $ 120,00 Resolução Organização dos dados: (1) Superávit orçamentário 5 (2) Déficit de capital 50 PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 36 (3) Receitas correntes previstas 150 (4) Receitas correntes arrecadadas 175 (5) Receitas de capital previstas 45 (6) Receitas de capital arrecadadas 30 Precisamos saber os valores totais das despesas correntes e de capital realizadas, nesta ordem. Resultado de capital: Receitas de capital arrecadadas (6) 30 (-) Despesas de capital executadas X (=) Déficit de capital (2) (50) (30 – X = –50), portanto, X = 80. Se houve déficit de capital de 50 e as receitas de capital arrecadadas somam 30, conclui-se, portanto, que as despesas de capital executadas totalizam 80. Falta agora calcular as despesas correntes executadas. Resultado orçamentário: Superávit corrente Y (-) Déficit de capital (2) (50) (=) Superávit orçamentário (1) 5 (Y – 50 = 5), portanto, Y = 55. Se o resultado orçamentário é positivo em 5 e há déficit de capital de 50 (receitas de capital < despesas de capital), logicamente que o resultado corrente deverá ser positivo (receitascorrentes > despesas correntes) em 55. Resultado corrente: Receitas correntes arrecadadas (4) 175 (-) Despesas correntes executadas Z (=) Superávit corrente (calculado no quadro anterior) 55 PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 37 (175 – Z = 55), portanto, Z = 120. Se o superávit corrente é de 55 e as receitas correntes arrecadadas somam 175, foram executadas, portanto, 120 de despesas correntes. Despesas correntes realizadas: $120; despesas de capital realizadas: $80. Resposta correta, letra A. 6. (ESAF – APO/MPOG) Ao final do exercício, uma determinada entidade integrante do orçamento fiscal e da seguridade social apresentou balancete com os seguintes dados referentes à execução orçamentária (valores em mil): Analisando as informações, indique a opção correta em relação ao Balanço Orçamentário da entidade. a) Houve superávit de capital. b) O superávit corrente foi de 850. c) Houve superávit orçamentário de 300. d) As receitas correntes e de capital apresentaram excesso de arrecadação. e) Houve economia de despesas de capital de 400. Resolução PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 38 Conforme o art. 102 da Lei nº. 4.320/64, o Balanço Orçamentário (BO) demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. Assim, o resultado apurado no balanço orçamentário (déficit ou superávit) inclui só as receitas arrecadadas comparando-as com as despesas executadas. RECEITAS CORRENTES: de serviço; de juros. RECEITAS DE CAPITAL: de operação de crédito. DESPESAS CORRENTES: de pessoal; de juros DESPESAS DE CAPITAL: de inversão financeira; de amortização de dívida. Cálculos: a) O déficit ou superávit de capital é apurado somando-se as receitas de capital arrecadadas e subtraindo-se as despesas de capital executadas. Receitas de capital arrecadadas 700 (-) Despesas de capital executadas (1.300) = Déficit de capital (600) Houve déficit de capital. ERRADO. b) O déficit ou superávit corrente é apurado somando-se as receitas correntes arrecadadas e subtraindo-se as despesas correntes executadas. Receitas correntes arrecadadas 2.150 (-) Despesas correntes executadas (1.250) = Superávit corrente 900 Houve superávit corrente de 900 e não de 850. ERRADO. c) O superávit orçamentário é apurado somando-se todas as receitas arrecadadas e subtraindo-se das despesas executadas. Receitas arrecadadas 2.850 (-) Despesas correntes executadas (2.550) PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 39 = Superávit corrente 300 Houve superávit orçamentário de R$ 300. CERTO. d) O excesso de arrecadação é apurado utilizando-se só os dados do lado das receitas, comparando-se as receitas previstas com as receitas arrecadadas. Receitas arrecadadas 2.850 (-) Receitas previstas (3.000) = Déficit de arrecadação (150) Houve déficit de arrecadação. ERRADO. e) Apura-se a economia de despesas de capital comparando a despesa de capital fixada com a despesa de capital executada. Despesa de capital fixada 1.600 (-) Despesa de capital executada (1.300) = Economia de despesa de capital 300 Houve economia de despesa de capital de 300, e não de 400, conforme afirma esta opção. ERRADO. Portanto, opção certa: letra C. 4. Balanço financeiro O Balanço Financeiro representa a equação de equilíbrio entre entradas e saídas de recursos financeiros dos órgãos e entidades da administração pública. O art. 103 da Lei nº 4.320/64 informa que o Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. Observe o que o MCASP – 6ª Edição estabelece acerca do balanço financeiro: O Balanço Financeiro evidencia a movimentação financeira das entidades do setor público no período a que se refere, e discrimina: (a) a receita orçamentária realizada por destinação de recurso (destinação vinculada e/ou destinação ordinária); (b) a despesa orçamentária executada por destinação de recurso PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 40 (destinação vinculada e/ou destinação ordinária); (c) os recebimentos e os pagamentos extraorçamentários; (d) as transferências financeiras decorrentes, ou não, da execução orçamentária; e (e) o saldo inicial e o saldo final em espécie. Deverão ser apresentadas as destinações ordinárias e as destinações vinculadas. O detalhamento das vinculações deverá ser feito de acordo com as características específicas de cada ente, como por exemplo, as vinculações para a previdência social, transferências obrigatórias para outro ente e outras vinculações constitucionais e legais. Caso o ente resolva agrupar algumas vinculações em um grupo chamado de “Outras Vinculações”, esse não deverá ultrapassar 10% do total da Receita Orçamentária ou da Despesa Orçamentária. Conceito de balanço financeiro pela NBC T 16.6: BALANÇO FINANCEIRO O Balanço Financeiro evidencia as receitas e despesas orçamentárias, bem como os ingressos e dispêndios extraorçamentários, conjugados com os saldos de caixa do exercício anterior e os que se transferem para o início do exercício seguinte. O Balanço Financeiro objetiva demonstrar todas as entradas e saídas de recursos financeiros, sejam eles orçamentários ou extraorçamentários, bem como os saldos do início e do final do período. Observe o conceito em detalhe: O Balanço Financeiro evidencia as receitas e despesas orçamentárias, bem como os ingressos e dispêndios extraorçamentários, conjugados com os saldos de caixa do exercício anterior e os que se transferem para o início do exercício seguinte. Não confunda balanço orçamentário com balanço financeiro! O balanço orçamentário objetiva acompanhar a execução do orçamento, demonstrando apenas as receitas e despesas orçamentárias: o que foi planejado e o efetivamente executado. As receitas e despesas EXTRAorçamentárias NÃO são evidenciadas no balanço orçamentário. Já o balanço financeiro demonstra a movimentação de recursos financeiros, sejam eles orçamentários ou extraorçamentários. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 04 – Demonstrações contábeis Professor Deusvaldo Carvalho 41 Portanto, qualquer ingresso e desembolso de dinheiro será evidenciado no balanço financeiro. O Balanço Financeiro é elaborado com duas seções principais, uma contendo os Ingressos/Receitas, a qual abrange o saldo proveniente
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