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Ciclo Vital e Agentes Agressivos das Células

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DISCIPLINA DE PATOLOGIA
CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS 
CÉLULAS
CICLO VITAL DAS CÉLULAS
As células do organismo estão didaticamente divididas em três grupos
com base na sua capacidade de regeneração e sua relação com o ciclo
celular.
Células Lábeis Células Estáveis Células Permanentes
CICLO VITAL DAS CÉLULAS
1. Células Lábeis:
São as células dotadas de ciclo vital curto.
Continuamente produzidas pelo organismo, permitindo o
crescimento e a renovação constante dos tecidos ondecrescimento e a renovação constante dos tecidos onde
ocorrem.
Estão em divisão contínua, seguindo o ciclo celular de uma
mitose a outra a fim de proliferar por toda a vida, substituindo
as células que vão sendo destruídas.
CICLO VITAL DAS CÉLULAS
1. Células Lábeis:
São encontradas em epitélios como o da pele, cavidade oral, vaginal
e colo uterino; mucosas de revestimento de glândulas (salivares,
pâncreas, vias biliares); epitélio do trato gastrintestinal, útero e tubas
uterinas e epitélio do trato urinário.
CICLO VITAL DAS CÉLULAS
2. Células Estáveis:
São células de ciclo vital médio ou longo, podendo durar meses ou
anos.
São chamadas quiescentes e produzidas durante o período deSão chamadas quiescentes e produzidas durante o período de
crescimento do organismo.
Podem sofrer rápida divisão em resposta a estímulos, quando voltam
a serem formadas são capazes de reconstituir o tecido de origem.
CICLO VITAL DAS CÉLULAS
2. Células Estáveis:
São exemplos: células do fígado, rim, pâncreas, ossos, músculo liso
e células endoteliais vasculares.
CICLO VITAL DAS CÉLULAS
3. Células Permanentes:
São dotadas de ciclo vital longo e produzidas apenas no
período embrionário.
São células que não se dividem, ou seja, não realizam divisão
mitótica.
O indivíduo nasce com o “estoque” completo de células
permanentes.
CICLO VITAL DAS CÉLULAS
3. Células Permanentes:
São as células nervosas e as células musculares esqueléticas e
cardíacas.
AGENTES AGRESSIVOS OU ETIOLÓGICOS
Agente agressivo ou etiológico é qualquer agente que
determine reações anormais na célula, podendo levar à perda da
capacidade de compensação e gerar alterações bioquímicas,
fisiológicas e morfológicas.
* A lesão bioquímica precede a lesão fisiológica que precede a lesão * A lesão bioquímica precede a lesão fisiológica que precede a lesão 
morfológica.
Classificação
Intrínsecos Extrínsecos
AGENTES AGRESSIVOS OU ETIOLÓGICOS
Intrínsecos: do próprio indivíduo (interno ao organismo).
Exemplo: Modificações no genoma, na hereditariedade e na
embriogênese; Erros metabólicos; Disfunções imunológicas
(autoimunidade*; hipersensibilidade*; imunossupressão*);(autoimunidade*; hipersensibilidade*; imunossupressão*);
Distúrbios circulatórios; Distúrbios nervosos e psíquicos e
envelhecimento.
AGENTES AGRESSIVOS OU ETIOLÓGICOS
Imunossupressão é o ato de reduzir a atividade ou eficiência
do sistema imunológico. Ex: Pode ser causada por uma doença
imune ou, pelo contrário, ser intencional em um tratamento de
uma doença autoimune (Cortisol para Artrite Reumatoide).
Autoimunidade é a falha em uma divisão funcional do sistema
imunológico chamada de autotolerância, que resulta em respostas
imunes contra as células e tecidos do próprio organismo.imunes contra as células e tecidos do próprio organismo.
Ex: Diabettes mellitus tipo 1, Lúpus Eritematoso Sistêmico.
Hipersensibilidade imunológica é o termo utilizado para uma reação
exagerada do sistema imune a uma substância percebida como
estranha ao organismo.
Ex: Alergias, Rinite Alérgica.
AGENTES AGRESSIVOS OU ETIOLÓGICOS
Extrínsecos: externo ao indivíduo (de fora do organismo)
· Físicos: Temperatura; eletricidade; radiações; sons e ultrasons; 
magnetismo, gravidade e pressão.
· Químicos: Toxinas, venenos, hormônios, anticorpos.
· Infecciosos ou biológicos: vírus, bactérias; fungos; protozoários 
e artrópodes.
AGENTES AGRESSIVOS OU ETIOLÓGICOS
Extrínsecos: externo ao indivíduo (de fora do organismo)
· Físicos: Temperatura; eletricidade; radiações; sons e ultrasons; 
magnetismo, gravidade e pressão.
AGENTES AGRESSIVOS OU ETIOLÓGICOS
Extrínsecos: externo ao indivíduo (de fora do organismo)
· Químicos: Toxinas, venenos, hormônios, anticorpos.
AGENTES AGRESSIVOS OU ETIOLÓGICOS
Extrínsecos: externo ao indivíduo (de fora do organismo)
· Infecciosos ou biológicos: vírus, bactérias; fungos; protozoários 
e artrópodes.
Alterações de adaptação no crescimento e 
diferenciação celular
As células devem se adaptar constantemente, mesmo em
condições normais, às alterações em seu ambiente.
Essas adaptações fisiológicas representam respostas das
células ao estímulo normal que ocorre por hormônios
(estrógeno, progesterona, testosterona, GH, insulina, adrenalina...) ou
substâncias químicas endógenas (Oxigênio, hidrogênio, Sódio,
Potássio, Fósforo...).
Alterações de adaptação no crescimento e 
diferenciação celular
As adaptações patológicas proporcionam às células a capacidade de
modular seu ambiente e talvez escapar da lesão. Ex: Dor e movimentos
compensatórios
A adaptação patológica é um estado intermediário entre a célula
normal (não estressada) e a célula lesada (estressada).
HIPOTROFIA
É uma redução no volume e na função de uma célula ou órgão. É
resultante da resposta adaptativa da célula ao estresse persistente, que
leva a redução de suas funções, com diminuição das necessidades
energéticas e consequente diminuição do seu volume.
O estresse pode ser causado por insuficiência vascular, inflamação
crônica ou desuso.
Exemplos: Desuso ou diminuição de trabalho; Insuficiência de
nutrientes; Envelhecimento; Interrupção de sinais tróficos; Compressão
e Diminuição do suprimento sanguíneo.
ATROFIA
É a cronicidade da Hipotrofia, levando a ausência total do trofismo.
O estresse nas células envolvidas é intenso e duradouro.
Exemplos: Atrofia cerebral causada por Doença de Alzheimer.
HIPERTROFIA
É um aumento no volume e na função de uma célula ou órgão.
É resultante de maior síntese proteica, com maior produção de
componentes estruturais.
Pode ser fisiológica (musculatura esquelética de atletas e
trabalhadores braçais, por aumento da exigência de trabalho) e
patológica (musculatura do ventrículo esquerdo por esforço e pelo
aumento de trabalho específico).
HIPERPLASIA
Aumento do número de células em um órgão ou tecido.
É resultante do aumento do ritmo de divisão celular com manutenção
do seu padrão morfofuncional.
Pode ser Fisiológica (crescimento do endométrio após o período
menstrual); Compensatória (orquiectomia unilateral – o testículo
remanescente sofre hiperplasia para compensar); Patológica
(decorrente de estímulos patológicos. Exemplo: produção aumentada
de TSH provoca hiperplasia dos folículos tiroidianos comde TSH provoca hiperplasia dos folículos tiroidianos com
hipertireoidismo); Congênita (aquelas que aparecem durante a vida
intrauterina – Hiperplasia Adrenal Congênita, déficit na produção dos
hormônios cortisol e aldosterona)
METAPLASIA
É caracterizado pela modificação do tipo celular.
Uma alteração na qual uma célula adulta é substituída
por outro tipo celular adulto.
Representa uma adaptação de células mais sensíveis aoRepresenta uma adaptação de células mais sensíveis ao
estresse.
Possui maior capacidade de resistir ao meio adverso.
Ex: Doença do Refluxo gastro esofágico.
DISPLASIA
É caracterizado pelo surgimento de anomalias
durante o desenvolvimento de um órgão ou tecido
corporal.
Ocorre proliferação celular que resulta em células com
tamanho, forma e características alteradas.tamanho, forma e características alteradas.
Ex: Displasia mamária Displasia Congênita do Quadril
Lesões Celulares
A célula normal está em constanteatividade (devido a seus
programas genéticos de metabolismo, diferenciação,
especialização e limitação das células).
É capaz de responder as demandas fisiológicas, contribuindoÉ capaz de responder as demandas fisiológicas, contribuindo
para a homeostase normal. Até que os estresses se tornem muito
intensos, as células tendem a manter sua estrutura e função.
Lesões Celulares
Estresses fisiológicos um pouco mais excessivos ou estímulos
patológicos podem acarretar uma série de adaptações celulares
fisiológicas e morfológicas, em que os estados constantes e
novos, porém alterados, são alcançados, preservando a
viabilidade da célula e modulando sua função como resposta a
esses estímulos (preserva a saúde da célula apesar do estresseesses estímulos (preserva a saúde da célula apesar do estresse
contínuo).
Exemplo: as adaptações patológicas, propiciam que a célula
module o seu meio ambiente e se adapte, escapando das
agressões.
Lesões Celulares
Quando o equilíbrio homeostático das células é rompido pelo
efeito de uma agressão, as células podem se adaptar, sofrer um
processo regressivo ou morrer.
Se os limites da resposta adaptativa a um estímulo forem
ultrapassados, ou, em certos casos, quando a adaptação éultrapassados, ou, em certos casos, quando a adaptação é
impossível, ocorre uma sequência de eventos, chamada
genericamente de lesão celular.
A lesão celular é reversível até certo ponto, mas, se o estímulo
persistir ou for intenso o suficiente desde o início, a célula atinge
o “ponto sem retorno”, e sofre lesão celular irreversível ou
morte celular.
Lesões Celulares
Exemplo: se o suprimento de sangue para um segmento do
coração for interrompido por 10 a 15 minutos e depois
restaurado, as células miocárdicas sofrem lesão, mas podem
recuperar-se e funcionar normalmente. Porém, se o fluxo
sanguíneo não for restabelecido até uma hora depois, ocorre
lesão irreversível e muitas fibras miocárdicas morrem.lesão irreversível e muitas fibras miocárdicas morrem.
Lesões Celulares
A adaptação, lesão reversível, lesão irreversível e morte celular podem
ser considerados estados de intromissão progressiva na função e
estrutura normais da célula.
Exemplo: relações entre células miocárdicas normais, adaptadas,
reversivelmente lesadas e mortas. Uma fibra miocárdica submetida à
sobrecarga persistente, como ocorre na hipertensão, adapta-se através
da hipertrofia (um aumento do tamanho suficiente para bombearda hipertrofia (um aumento do tamanho suficiente para bombear
contra uma carga maior).
Lesões Celulares
A mesma fibra, submetida à isquemia (ausência de fluxo
sanguíneo) causada por oclusão da artéria coronária, pode
sofrer lesão reversível se a oclusão for incompleta e de curta
duração, ou lesão irreversível se a oclusão for completa e
prolongada.
A morte celular é o resultado final da lesão celular, e afeta
todos os tipos celulares, representando a maior consequência
de isquemia, infecção, toxinas e reações imunes. É fundamental
e é objetivo da radioterapia e quimioterapia do câncer.
Lesões Celulares
Quando uma forma específica de estresse induz a adaptação ou
causa lesão reversível ou irreversível, o padrão morfológico
resultante depende não apenas da natureza e da intensidade do
estresse, mas também de diversas variáveis relacionadas às
próprias células, como vulnerabilidade, diferenciação,
suprimento sanguíneo, nutrição e estado prévio da célula.suprimento sanguíneo, nutrição e estado prévio da célula.
Todos os estresses e influências nocivas exercem seus primeiro
efeitos ao nível molecular.
Lesões Celulares
As categorias de causas de lesão celular e adaptação incluem:
- Hipóxia
- Substâncias químicas e drogas;
- Agentes físicos;
- Agentes microbianos;- Agentes microbianos;
- Mecanismos imunes;
- Defeitos genéticos;
- Desequilíbrios nutricionais e envelhecimento.
Alterações Celulares Reversíveis
As alterações celulares reversíveis são assim
chamadas pois permitem que a célula lesada volte a ter
aspecto e função normais quando o estímulo agressor é
retirado.
Ocorrem de diversas formas, dependendo do tipo,
duração e intensidade da agressão e do tipo de célula
lesada e do seu estado metabólico.
Alterações Celulares Reversíveis
Edema Celular
O edema celular (também conhecido como tumefação turva 
e degeneração hidrópica) ocorre quando a célula agredida 
acumula água no seu citoplasma.acumula água no seu citoplasma.
Macroscopicamente o órgão acometido por este
distúrbio geralmente aumenta de peso e
tamanho, tornando-se pálido e mais túrgido
(Dilatado).
Alterações Celulares Reversíveis
Edema Celular
Microscopicamente observamos aumento de volume das células, que
se apresentam menos coradas (mais pálidas) e ocasionalmente
apresentam vacúolos nos seus citoplasmas.
O edema celular é mais frequentemente visto nas células tubulares
renais e nas células musculares cardíacas de pacientes com
distúrbios hidroeletrolíticos.
Alterações Celulares Reversíveis
Esteatose
Quando há acúmulo de gordura no citoplasma das células
parenquimatosas de um órgão, ocorre a esteatose.
Macroscopicamente o órgão apresenta-se amarelado, mole, com
volume aumentado.
Alterações Celulares Reversíveis
Esteatose
Microscopicamente observamos vacúolos não corados no interior das 
células acometidas. A esteatose é mais comum no fígado e no músculo 
cardíaco.
No fígado pode assumir o aspecto microvacuolar (quando se formam 
muitas gotículas pequenas) e macrovacuolar (quando se forma um 
vacúolo volumoso).
Continuamos na próxima aula...
Bons estudos!
Alterações Celulares Irreversíveis
A Necrose é a manifestação final de uma célula que sofreu lesões
irreversíveis.
O conceito de morte envolve os fatores relacionados às agressões,
podendo ser agrupadas em agentes físicos, químicos e biológicos.
A Necrose se caracteriza pela morte celular ou tecidual acidentalA Necrose se caracteriza pela morte celular ou tecidual acidental
em um organismo ainda vivo, ou seja, que ainda conserva suas
funções orgânicas.
Alterações Celulares Irreversíveis
Esses agentes provocam a perda da homeostase e da
morfostase celular de tal forma que a célula perde sua
vitalidade.
A Necrose abrange alterações que em algum ponto e porA Necrose abrange alterações que em algum ponto e por
algum estímulo passam a ser irreversíveis.
Instalada a irreversibilidade e a necrose propriamente dita,
inicia-se o processo de desintegração celular (autólise)
Alterações Celulares Irreversíveis
As mudanças na morfostase ocorrem principalmente nos
núcleos , os quais apresentam alterações de volume e de
coloração a microscopia óptica. Essas alterações são
denominadas de:
PICNOSE
CARIORREXE
CARIÓLISE
Alterações Celulares Irreversíveis
CARIÓLISE – Perda de coloração do núcleo que
desaparece completamente – ocorre a dissolução da
creatina
PICNOSE – Núcleo com volume reduzido, hipocorado –
condensação da cromatina
CARIORREXE – Perda dos limites nucleares
(Fragmentação nuclear) – cromatina adquire distribuição
irregular
Alterações Celulares Irreversíveis
PICNOSE
CARIORREXE
CARIÓLISECARIÓLISE
Alterações Celulares Irreversíveis
Já as modificações citoplasmáticas observadas ao
microscópio óptico (essas modificações são secundárias às
nucleares, sendo visíveis mais tardiamente) consistem na
presença de granulações e espaços irregulares no
citoplasma.
Este se torna opaco e pode extravasar da célula, pois a
mesma perde a integridade da membrana. Isso estimula
um processo inflamatório para retirada dos restos celulares
extravasados.
TIPOS DE NECROSE
Necrose por coagulação (isquêmica):
Causada por isquemia do local.
É frequentemente observada nos infartos isquêmicos. Há
perda da nitidez dos elementos nucleares e manutençãodo
contorno celular devido à permanência de proteínas
coaguladas no citoplasma, sem haver rompimento dacoaguladas no citoplasma, sem haver rompimento da
membrana celular.
TIPOS DE NECROSE
Necrose por liquefação:
O tecido necrótico fica limitado a uma região. É comum em
infecções bacterianas. Pode ser observada nos abscessos
e no sistema nervoso central, bem como em algumas
neoplasias malignas.neoplasias malignas.
TIPOS DE NECROSE
Necrose caseosa:
Tecido esbranquiçado, granuloso, amolecido, com
aspecto de "queijo friável".
Microscopicamente, o tecido exibe uma massa amorfa
composta predominantemente por proteínas. É comum de
ser observada na tuberculose, em neoplasias malignas e emser observada na tuberculose, em neoplasias malignas e em
alguns tipos de infarto. Na sífilis é denominada de necrose
gomosa.
Necrose Gomosa - Sífilis
TIPOS DE NECROSE
Necrose fibrinóide:
O tecido necrótico adquire uma aspecto hialino, acidofílico,
semelhante a fibrina. Pode aparecer na aterosclerose e na
úlcera péptica.úlcera péptica.
EX: vasculite leucocitoclástica
TIPOS DE NECROSE
Necrose gangrenosa:
Provocada por isquemia ou por ação de microrganismo. 
Pode ser úmida ou seca, dependendo da quantidade de 
água presente. 
A úmida frequentemente envolve a participação de bactérias A úmida frequentemente envolve a participação de bactérias 
anaeróbias, as quais promovem uma acentuada destruição 
proteica e putrefação. 
Comum em membros inferiores e em órgãos internos que 
entraram em contato com o meio externo, como pulmões e 
intestino.
TIPOS DE NECROSE
Necrose enzimática: 
Ocorre quando há liberação de enzimas nos tecidos; a
forma mais observada é a do tipo gordurosa, principalmente
no pâncreas.
TIPOS DE NECROSE
Necrose hemorrágica:
Quando há presença de hemorragia no tecido
necrosado; essa hemorragia às vezes pode complicar a
eliminação do tecido necrótico pelo organismo.
APOPTOSE
MORTE CELULAR PROMOGRAMADA
É um tipo de autodestruição celular que ocorre de forma
ordenada e demanda energia para a sua execução
(diferente da necrose)
Está relacionada a homeostase e regulação fisiológica do
tamanho dos tecidos – Neste processo ocorre a eliminação
de células consideradas supérfluas ou “defeituosas”

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