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Fichamento Textual
Paixão, Waleska. Historia da Enfermagem 5º. Ed. Rio de Janeiro, 1979.
O livro “Historia da Enfermagem” escrito por Waleska Paixão propõe a despertar nos
profissionais um conhecimento acerca da origem e evolução da enfermagem,
propiciando a compreensão dos deveres que lhe são impostos e garantia de um
entusiasmo pela profissão.
 A enfermagem foi uma profissão que evoluiu através dos séculos e tem uma forte
relação com a história da civilização, entretanto o ritmo do progresso não se manifesta
igualitariamente com todos os setores, mesmo interligados. Atualmente, no trabalho do
profissional de enfermagem há três elementos que são considerados primordiais no dia
a dia, que são: ciência, arte e espírito de serviço, fazendo com que a enfermagem
passasse por um rápido e harmonioso progresso.
Pode-se dividir a história a história de enfermagem nas seguintes unidades:
 Primeira unidade (Período Antes de Cristo),
 Segunda unidade (Período da Unidade Cristã),
 Terceira unidade (Período Crítico da Enfermagem),
 Quarta unidade (Primeiros movimentos da reforma da enfermagem),
 Quinta unidade (Sistema Nightingale) e
 Sexta unidade (Enfermagem no Brasil).
 É considerado que a origem do cuidado com o ser humano surgiu a partir dos cuidados
maternos. No período antes de Cristo, as justificativas das doenças eram dadas como
castigo de Deus, obrigando as pessoas a recorrerem aos sacerdotes que aplicavam as
divindades por meio de sacrifíciosafim de afastar os maus espíritos. Massagens, banhos,
purgativos e substancias que causavam náuseas, eram utilizadas. Com o tempo, a partir
do conhecimento adquirido da época, os sacerdotes começaram a usar plantas
medicinais como remédios. 
 O povo do Egito entra em destaque com cuidados na área da medicina, pois eles
deixaram grandes escritos, incluindo seis livros Sagrados com informações de como era
o tratamento dos enfermos. Eles tinham grandes conhecimentos sobre saúde, inclusive
já consideravam que o coração era o centro da circulação e reconheciam que o ato
respiratório era o mais importante.
 Os indianos conheciam sobre ligamentos, vasos linfáticos, músculos, nervos e plexos.
Eles falavam que o coração era sede da consciência, com ponto de partida nos nervos.
Conheciam o processo de digestão, faziam amputações, trepanação suturas e corrigiam
fraturas. Eles também acreditavam na magia e prescreviam atos de higiene. O seu
tratamento consistia desde dietas a inalações sangrias. Eles diziam que os enfermeiros
deveriam ser inteligentes, ágeis, terem conhecimentos culinários e preparo de remédios. 
 Na Palestina, Moisés se destacou pelas suas prescrições de higiene, pois dava
Discentes: Juliana Bolsanelo, Milena de Oliveira, Naiane Brito, Paula Pedras e Sabrina 
Almeida.
Matéria: Introdução ao contexto de enfermagem. 
Doscente: Marta Coelho
instruções ao povo de precaução e profilaxia. Tinha grande conhecimento sobre a lepra,
doença da época, também determinava o isolamento de pessoas e objetos contaminados.
 Na Síria e Babilônia, se estabelecia aos médicos castigos rigorosos pelos erros
cometidos. O princípio da medicina era baseado na magia. Usavam na forma de
tratamento massagens, regime alimentar, tinham colírios adstringentes para conjuntivite.
 Na China as doenças eram classificadas como benignas, médias e graves. As doenças
benignas e médias eram tratadas com orações e as graves eram tratadas com uma terapia
rudimentar e bastante ilógica. A água era considerada fonte e era dada pra os doentes
febris. Aplicava- se água fria nas luxações e para cólica eram usadas as cinzas do papel
dourado. Conheciam a varíola, sífilis e faziam operações do lábio leporino. O
diagnostico, geralmente era feito a partir do pulso.
 No Japão, a medicina foi fetichista até o começo da era cristã. A única terapia era das
águas termais. Nela, a eutanásia era lícita.
 Na Grécia, Hipócrates era considerado o pai da medicina, pelo fato de ter separado ela
da religião, da magia e da filosofia, assim dando início a medicina científica. Tinham
grande conhecimento da anatomia, principalmente sobre ossos, músculos e articulações,
também sobre patologias, lesões, e sabiam diferenciar ferimentos superficiais e
profundos. Os tratamentos eram a fisioterapia, sedativos, faziam ataduras e tiravam
corpos estranhos. Eles proporcionavam aos pacientes: sol, água e ar puros.
 Em Roma, o indivíduo recebia cuidados com o objetivo de torná-lo um guerreiro. Eles
se destacam pelas obras de saneamento, ruas limpas, casas bem ventiladas, água pura,
banhos públicos, rede de esgoto, combate à malária. Os serviços de enfermagem eram
confiados aos escravos. 
 Já o Período Cristão, iniciado a partir do nascimento de Cristo, é dividido em
Primeiros Séculos e Idade Média. Os primeiros séculos são marcados pelo advento do
Cristianismo, com grande influência da igreja católica, que considerava a arte do cuidar
como uma sublimidade da doutrina e meio de santificação dos pecados. Os cuidados de
enfermagem eram feitos em grande parte por virgens e viúvas, que se consagravam a
Deus, dando socorro aos pobres e doentes. Em Roma, com a grande difusão do
Cristianismo, levaram muitas das damas da sociedade a levarem o serviço aos pobres. Já
entre os homens, a liberdade religiosa inspirou também muitos homens a ideia de se
reunirem em comunidade a serviço da cristandade, criando as diaconisas (casas
particulares de atenção ao enfermo). Já no Século VII, com Jerusalém tomada pelos
muçulmanos, foi proibida a peregrinação dos cristãos a Terra Santa, no túmulo de
Cristo. Pouco a pouco foi crescendo a ideia dos cristãos de libertar o túmulo. Foi assim
que, devido às grandes expedições militares, surgiram as cruzadas, onde tiveram novas
organizações de enfermagem sob regime religiosa militar. 
 Após grandes progressos, a função do cuidado ao enfermo se tornou exclusivamente da
igreja, levando a decadência da enfermagem. Diante da alimentação escassa, falta de
roupas e leitos a decadência foi se tornando quase geral. Diante deste declínio, surgiram
as Casas de Misericórdia em Portugal, que foi a primeira organização que dava
assistência aos doentes. 
 Com a Reforma Religiosa, Martinho Lutero lançou um protesto que valeu a ele e aos
seus adeptos. Imperava a falta de higiene e não havia o interesse de aliviar a dor e os
sofrimentos físicos e muito menos os morais dos pacientes. Esse período prevaleceu na
França, com a infiltração Calvinista, e conflito religioso da época, consequentemente
ocorreram divergências baseados não no cuidado direto ao enfermo, mas em
divergências religiosas. Essa fase foi marcada também por prostitutas e feiticeiras como
as novas enfermeiras, elas acreditavam que o cuidado era uma forma de purificação dos
pecados. 
 Em seu livro, Waleska também cita a enfermagem moderna e como o percussor São
Vicente se dedicou aos doentes desamparados. Ele fundou uma instituição de caridade,
elevando com isso a enfermagem em um nível jamais alcançado anteriormente. Ele
dizia que todas as Filhas da Caridade deviam saber ler e escrever e seguir um programa
de ética, além de pedir aos médicos esclarecimentos científicos às irmãs.
 Florence Nightingale foi a percussora da enfermagem moderna, vindo de família rica,
teve uma boa educação em relação às outras moças da época. Sua tendência para tratar
enfermos se manifestou desde a infância, porém, aos 24 anos quis praticar seus
conhecimentos em hospitais sem a permissão de sua mãe. Mas com o apoio do pai
Florence estudou e aos 31 anos conseguiu a autorização para fazer estágios. Ela abriu
escolas de enfermagem para moças cultas e educadas ensinando uma profissão honrosa
e capaz de torná-las felizes.Em 1854 foi para a Guerra da Criméia como voluntaria,
levando junto consigo outras 38 profissionais de enfermagem para cuidar dos feridos de
guerra. Os ensinamentos de Florence são relembrados e seguidos ate hoje no mundo
todo, já que ela revolucionou o ensino do cuidar ao incluir a metodologia técnica aliada
ao tratamento do enfermo. 
 A enfermagem no Brasil surgiu com os primeiros hospitais, com a abertura das Casas
de Misericórdia, que era um tipo de casa de caridade comum em Portugal. Também há
grande atuação de jesuítas com os trabalhos de enfermagem. 
 No Brasil, se destaca Ana Neri, nascida na Bahia em dezembro de 1814, foi casada teve
três filhos, ficando viúva aos 30 anos de idade. Em 1865 ofereceu seus serviços de
enfermeira para o exército na guerra do Paraguai. Sendo aceita na guerra, viu que lá não
havia hospitais e improvisava o cuidado com os feridos. Sua dedicação foi tamanha que
lhe cabe o titulo de mãe dos brasileiros pelo bom trabalho que fez.
 Oswaldo Cruz fundou a Cruz Vermelha brasileira, que era uma casa de tratamento à
pessoas doentes. Durante a epidemia de gripe espanhola em 1918 a Cruz Vermelha teve
grande importância, pois colaborou com os poderes públicos e organizou os postos de
socorro. 
Logo, os resultados descritos por Waleska, demonstram que a trajetória de vida da
protagonista esteve focalizada no estudo e teve caminho marcante na Enfermagem,
particularmente no que concerne a avanços da profissão e do ethos primaz do perfil das
(os) enfermeiras(os), líderes na construção pedagógica do ensino de Enfermagem e na
edificação da Enfermagem brasileira.

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