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1 Saiba Mais O adjunto adnominal acrescenta uma informação ao nome, em geral, concreto. Segundo Ferrarezi Junior (2012): “Por sua natureza, o adjunto é sempre uma palavra única (não há adjunto formados por mais de uma palavra no português brasileiro), embora um mesmo nome possa ter diversos adjuntos ao mesmo tempo.” (p. 98) O adjunto adnominal tem valor de adjetivo e, em princípio, é desnecessário para a compreensão da expressão: ele acrescenta ao núcleo ao qual se ligam várias ideias, tais como, posse, autoria, definição, indefinição, matéria, tempo, lugar. Nas palavras de Henriques (2010:74): “O adjunto adnominal tem outra característica: é um termo periférico, que está sempre vinculado ao núcleo do termo ao qual pertence.” Entretanto, não podemos confundir o adjunto adnominal com o complemento nominal e com o predicativo, uma vez que todos esses termos possuem relações com um substantivo ou pronome a que se referem. Algumas dicas para estabelecer a diferenças entre COMPLEMENTO NOMINAL e ADJUNTO ADNOMINAL 1. Tente transformar o termo preposicionado em adjetivo ou oração adjetiva. Se for possível o emprego de uma dessas construções adjetivas, o termo selecionado será um adjunto adnominal. Do contrário, será um complemento nominal. 2 Exemplos: O menino tinha uma fome de leão. [fome leonina = adjetivo] AA [fome que parecia ser de leão = oração adjetiva] A leitura de jornais é aconselhável a um bom profissional. CN [de jornais = complemento nominal] 2. Observe a transitividade do nome em questão. Há nomes, que vieram de verbos transitivos e que, por isso, guardam a transitividade do verbo que o originou. Compare: Copo de vinho1. “Copo” é um substantivo intransitivo, ou seja, não precisa de um complemento. Criação de um filme2. “Criação” é um substantivo abstrato de ação, que vem do verbo “criar”. Como o verbo criar é transitivo, o substantivo guarda esta característica. É por isso que o substantivo criação vai precisar de um complemento. 3. Paciente x agente. É importante observar se a estrutura preposição + sintagma exerce a função de paciente da ação. Assim, teremos um CN. Se a estrutura tiver a função de agente da ação, teremos um AA. 1 AA 2 CN 3 Veja os exemplos: A mordida de José = AA (porque José é agente da ação) A mordida da maçã = CN porque a maçã é o alvo (não é bem o paciente, mas não é o agente da ação) A admiração de José por Renata. de José = AA (José é o agente da ação) por Renata = CN (Renata é quem sofre a ação do verbo) Observação: é preciso observar o contexto de uso sempre. Rocha Lima (1998: 242) destaca os seguintes exemplos: a. A plantação de cana enriqueceu, outrora, a economia do país. (de cana = CN, plantação tem valor abstrato). b. Em poucas horas, o fogo destruiu toda a plantação de cana. (de cana = AA, plantação é nome concreto e, portanto, intransitivo)
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