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ATividade Discusiva - Direito Penal Parte Geral

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Para o Direito Penal, uma questão é fundamental, qual seja, a que se refere à estrutura do crime. De forma geral, ao analisar a estrutura do crime, conhecemos três elementos que a compõem e que são relevantes para identificar se o fato praticado foi criminoso ou não. 
 Considerando o que foi trabalho acerca dos fatos típicos e atípicos, responda:
 
Quais são as partes que compõem a estrutura do crime?
O presente trabalho, tem como objetivo apresentar e descrever as estruturas e os elementos, que compõem o crime, o que é crime e seus aspectos.
Segundo o dicionário, crime significa transgressão imputável da lei penal por dolo ou culpa, ação ou omissão; delito.
Dentro do senso comum, crime é a infração da Lei. De acordo com o artigo, 14, I, do Código Penal, diz-se: “consumado o crime quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal”.
Os componentes do crime pode ser fato típico e fato atípico ou antijurídico. No fato típico, temos os elementos como a conduta, o resultado, o nexo causal, a tipicidade e o risco proibido. Já os elementos fato atípico ou antijurídico são legítima defesa, o estado de necessidade, o exercício regular de um direito e estrito cumprimento de um dever legal.
Antes de descrever os elementos do crime, vou expor os aspectos do crime que podem ser dividido em aspecto formal, aspecto material e aspecto analítico.
No aspecto formal; crime é uma conduta, prevista na Lei penal incriminatória com regulamentação da pena. Já no aspecto material; crime é a conduta ou comportamento humano, gerador de uma lesão relevante a um bem juridicamente amparado, suscetível à sanção penal. Enquanto que no aspecto analítico, crime é conceituado a partir de seus elementos, como fato típico, ilícito e culpável.
Não há crime se ausente qualquer de seus componentes. Por isso quem pratica um fato típico em legítima defesa, não pratica o crime, pois age certo por consequência da condenação da ilicitude, ou seja, se não há ilicitude, não há crime. A partir deste momento classificaremos a unidade do delito de substrato.
O primeiro substrato a ser descrito é o fato típico, o qual é composto por cinco elementos, conduta, resultado, nexo causal, tipicidade e risco proibido.
O crime é um fato típico, antijurídico, culpável e punível. Constitui o crime quando o fato decorrente de ação ou conduta prevista pela Lei e que é conduzido pelo princípio da intervenção do Estado para a dissolução e implicação conforme texto e explanação da Lei.
“Fato Típico é o comportamento humano (positivo ou negativo) que provoca resultado (em regra) e é previsto na lei penal como infração. (...) Antijuridicidade é a relação de contrariedade entre o fato típico e o ordenamento jurídico. A conduta descrita em norma penal incriminadora será ilícita ou antijurídica quando não for expressamente declarada licita.” (JESUS, 2010, p.196 et. seq)
A conduta baseia-se no movimento corporal voluntário, somente ação, que provoca modificação no mundo exterior. Algumas teorias definem conduta como: 
Na teoria causalista, a conduta é um fenômeno natural, sem apreciação sobre a reprovabilidade, para esta teoria a conduta está dentro do fato típico e os elementos subjetivos, dolo e culpa estão incluído na culpabilidade. 
“A ação pode definir-se como um comportamento humano voluntário que produz uma modificação no mundo exterior. (...) Mas a vontade que constitui elemento do conceito é apenas aquela necessária para fazer do comportamento um ato próprio do agente, isto é, um acontecer que tem por impulso causal um processo interno volitivo e não simples ato reflexo. Não importa qual seja o conteúdo ou o alcance dessa vontade, sob o ponto de vista normativo. Se ela é eficaz para fazer o agente responsável, se é ilícita, se o agente tem consciência dessa ilicitude, esses já são problemas da culpabilidade. A sua vontade, insuficiente para fundamentar a culpabilidade, basta para constituir o elemento subjetivo da ação”. - ANIBAL JUNIOR, jurista.
Já na teoria finalista, consideram a conduta como comportamento humano voluntário, psiquicamente coordenado a um fim ilícito, ou seja, ato humano analisado e consciente no propósito de alcançar um resultado conceituado como êxito de um crime. Assim, as unidades do dolo e culpa, que para a teoria causalista seriam elementos subjetivos, eles deslocam da culpabilidade para o fato típico, transpondo a definir a formação do fato típico com elementos objetivos, subjetivos e normativos do tipo.
A conduta pode ser comissiva ou omissiva, podemos ver que na conduta comissiva é uma conduta consistente em um fazer. Em regra os crimes são comissivos, devendo o agente ser punido por uma ação. Enquanto que na conduta omissiva, ela consiste claramente, em deixar de fazer algo; como por exemplo da omissão de socorro, como previsto no artigo 135 do código penal - “Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, socorro da autoridade pública”.
 Continuando o relato sobre conduta do crime, podemos ter a conduta dolosa e a conduta culposa. Na conduta dolosa, acontece quando o agente quer o resultado ou responsabiliza-se com o risco de causá-lo, como podemos ver no art. 18, I, CP - “Quem dispara arma de fogo contra alguém em região vital age com vontade de produzir o resultado morte”, é o chamado dolo direto, quando o indivíduo busca um determinado resultado. Ainda na conduta dolosa, temos o dolo alternativo ou indireto, que é quando o agente procura um ou outro resultado com a mesma veemência. E o dolo eventual ou indireto, o agente não quer o resultado mas encarrega-se do risco de produzi-lo. Entretanto na conduta culposa, o código penal declara que é culposo o crime quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. O indivíduo que não deseja o resultado e causa a morte de alguém, mas sem ter sido imprudente, negligente ou imperito, não irá responder por nenhum crime, pois não há culpa e nem conduta, elementos característico do crime. Quanto à imprudência, à negligência e a imperícia, podemos definir assim: Imprudência é a conduta positiva, quando tem uma ação, em que o agente não observa seu dever de cuidado. Negligência, baseia-se em uma conduta negativa, quando se deixa de fazer, em que o indivíduo não age com zelo médio requerido pela sociedade. Imperícia, é a conduta negligente ou imprudente do fator na prática da profissão ou ofício.
O segundo elemento do fato típico é o resultado, é a consequência causada pela conduta do agente. Lembrando de que se há conduta, há um resultado. 
O resultado em direito penal pode ser dividido em duas espécies que podem ser naturalístico ou jurídico. Sendo que o resultado naturalístico, ou seja, a morte é o resultado naturalístico exigido no crime de homicídio, é a alteração sensível do mundo exterior. O evento está ajustado no mundo físico, de modo que somente se pode falar em resultado quando há alguma modificação passível de captação pelos sentidos. Já o resultado jurídico é a alteração gerada no mundo jurídico, seja na forma de dano efetivo ou na de dano possível, ferindo interesse protegido pela norma penal. Sob esse enfoque, toda conduta que lesiona um interesse juridicamente protegido causa um resultado, como por exemplo.: a invasão de uma casa, embora possa nada ocasione sob o ponto de vista naturalístico, decerto provoca um resultado jurídico, que é tanger o direito à inviolabilidade de domicílio do dono da casa. A austeridade jurídica foi adotada pelo legislador, sendo suficiente apresentar o propenso na Exposição de Motivos do Código Penal de 1940, que a Reforma Penal de 1984 reteu, expondo que “não há crime sem resultado”.
Para melhor entendimento sobre o resultado do crime, é necessário averiguar os três tipos de crimes existentes: os materiais, os formais e os de mera conduta.
Crimes materiais, são aqueles que, para a conclusão, dependemdo episódio do resultado naturalístico, que é o caso do homicídio, para que haja o resultado é fundamental que a vítima morra. Os crimes formais, apesar de que nesse crime encontra-se o resultado naturalístico possível, a consumação independe da seu acontecimento, que é o caso da concussão, descrita no artigo 316 do código penal - “Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.”, no entanto para a execução do delito, basta o quesito da vantagem inadequada; ainda que haja um possível resultado naturalístico, não é fundamental que ele ocorra para que o crime se consuma. E os crimes de mera conduta, são delitos em que não há resultado naturalístico, e o indivíduo é punido somente pelo ato de determinada conduta reconhecida, como por exemplo, o ato obsceno, descrito no artigo 233 do código penal, - “Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público”; nesse caso basta o agir para a consumação do crime.
O conceito naturalístico de resultado, prevalece em nossa doutrina, rigorosamente, por isso, faz-se disparidade entre crimes de atividades formais e de mera conduta e de resultado materiais. Na realidade, a relação de causalidade somente tem real notoriedade no cenário dos crimes materiais, isto é, aqueles que impreterivelmente relacionam a conduta a um resultado concreto, previsto no tipo. Não sucedendo o resultado, não há consecução do crime. 
Passaremos a analisar o terceiro elemento do fato típico, o nexo causal ou causalidade, é uma teoria do direito penal segundo a qual apura-se a combinação entre a conduta do agente e o resultado ilícito. Causação só se emprega quando um resultado foi conseguido e, portanto, é imaterial no que diz respeito aos crimes incompletos.
Nexo de causalidade, temos duas teorias mais utilizadas no nosso código penal, que são a Teoria dos antecedentes causais ou da Conditio sine qua non e a Teoria da superveniência causal.
Sobre a teoria dos antecedentes causais, podemos dizer que considerando causa toda ação ou omissão sem a qual o resultado não se teria causado. Resumindo, tudo o que auxilia, in concreto, para o resultado, é causa. Para saber se uma determinada conduta, é ou não causa do evento, a doutrina criou o método da supressão presumida, pelo o qual, uma ação é apontada causa do resultado se, abolida mentalmente do cenário fático, esse mesmo resultado teria interrompido de ocorrer. Segundo o artigo 13 do código penal – “considera-se causa ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido”. E a teoria da superveniência causal, de acordo com Fernando Capez, seria toda e qualquer condição que de alguma forma atua lado a lado à conduta, que intervêm no processo causal.
 O quarto elemento do fato típico é a Tipicidade. Segundo o dicionário jurídico, tipicidade vem a ser qualidade do que é típico, em um fato, de todos os elementos que definem legalmente um delito. Segundo Damásio de Jesus, “é a correspondência entre fato praticado pelo agente e a descrição de cada espécie de infração contida na lei penal incriminadora”.
Antes de continuar a descrever a tipicidade, vamos diferenciar Tipo e Tipicidade. Onde que tipo é a fórmula que pertence a Lei, enquanto que a tipicidade pertence à conduta. Um fato típico é uma conduta humana, prenuncia na norma penal, já a tipicidade é a condição que se dá a esse fato. 
A tipicidade é dividida em formal e material. A tipicidade formal se dá ao enquadramento de um caso concreto a um fato típico. Por outro lado a tipicidade material diz respeito ao prejuízo ou ameaça de prejuízo ao bem jurídico tutelado. 
Risco proibido, é o quinto e último elemento do fato típico. Como descreve Damásio de Jesus (2011, p. 320): O risco permitido pode ser compreendido como aquele peculiar à vida em sociedade, ou seja, quando o se permite e regulamenta a produção de um avião, moto, carro, ou até mesmo arma de fogo, etc., todos temos a consciência de que o uso desses bens, mesmo que de forma “normal”, tem os seus riscos. Com isso a prática de risco, tolerada pela sociedade, não pode ser condenado se agiu dentro desse grau de condescendência. O risco permitido supõe uma conduta aceita pelo princípio das pessoas que interagem no meio social.
O segundo componente do crime é ilícito. Ilícito é um substantivo e adjetivo na língua portuguesa que se menciona ao que não é lícito perante a lei, ética ou moral; relativo à ilegalidade; algo que é proibido pela lei. Derivação, a palavra "ilícito" se originou a partir do latim ilicitus​, se mencionado ao que é ilegal, proibido ou moralmente errado.
Último componente do crime é a culpabilidade, a princípio, se o indivíduo da conduta ilícita é penalmente culpável, isto é, se ele atuou com dolo quando tem a intenção, ou pelo menos com imprudência, negligência ou imperícia, nos casos em que a lei prevê como puníveis tais variantes. A culpa é dividida em quatro espécies; sendo Culpa Inconsciente onde o resultado não previsto pelo agente, embora seja previsível, referida pela imprudência, negligência ou imperícia. Culpa Consciente, nessa o resultado é previsível, mas o agente aguarda, que não venha acontecer. Culpa Própria é a mais comum, pois o agente não anseia o resultado, nem assume o risco de executá-lo. E por último a Culpa Imprópria, também conhecida como culpa por assimilação, por equiparação ou por extensão, é aquela em que o agente, atingindo sobre erro de tipo indesculpável ou sanável, acredita estar diante de uma causa de exclusão de ilicitude. Pratica ato, visando o préstimo de seu bem, ou seja, causa que justificaria, licitamente, um fato típico.
O segundo substrato que vamos relatar é o fato atípico, onde o dicionário, descreve como significado, que não se adequa ao que é típico; particular ou próprio do que é incomum; anômalo ou irregular. Enquanto que o antijurídico, no dicionário significa que contraria as normas jurídicas; ilegal e injurídico.
Como descrito no artigo 23, I, II e III do código penal – “não há crime quando o agente pratica o fato: em estado de necessidade, em legítima de defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito”.
A legítima defesa, é uma causa de condenação da ilicitude que se caracteriza pela realidade de agressão ilícita, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio, que pode ser repelida usando-se ajuizado dos meios necessários. Alguns requisitos da legítima defesa, que são a reação a uma agressão atual ou iminente e injusta, a defesa de um direito próprio ou alheio, a moderação no emprego dos meios necessários à repulsa e o elemento subjetivo.
Presume o artigo 24, do código penal: "Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se".
O exercício regular de direito, é a ação de uma capacidade de acordo com as específicas normas jurídicas; excludente de criminalidade do ponto de vista.
E por fim, o estrito cumprimento de um dever legal, é a exercício de um fato típico sem antijuridicidade, feito por agente público, precisamente para assegurar o cumprimento da lei.

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