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Curso Autismo ebook_etapa_3

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TransTorno do EspEcTro 
auTisTa - TEa
curso sobre
Ler Ebook
eTAPA 3 
AusTIsMo: cAusAs, 
DIAGNÓsTIco e TrATAMeNTo
AuTor: JoelMA crIsTA sANDrI boNeTTI
ADrIANA PrADo sANTANA sANTos
orGANIzAção: ANA clArIsse AleNcAr bArbosA
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APoIo: NuAP - Núcleo De APoIo PsIcoPeDAGÓGIco, NIA - 
Núcleo De INclusão e AcessIbIlIDADe e 
GruPo De APoIo eDucAcIoNAl AuTIsMos
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EspEcTro auTisTa – TEa
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1 INTroDução
Quando abraçamos uma profissão de educador, seja na área educacional 
ou outra, sabemos que um dos fatores primordiais para sermos bem-sucedidos é 
dominar o máximo de conhecimento das variadas temáticas envolvidas. E então 
surge um desafio duplo: dominar o conteúdo e ensiná-lo, ajudando outros na 
construção de seus conhecimentos. 
O contexto social dá espaço aos relacionamentos, o que resulta na 
construção de uma família. A família, por sua vez, vem se formando a partir 
das expectativas e das realidades das pessoas envolvidas. Essa expectativa 
indica, em sua maioria, a ideia de “bebês estrela”, onde apresentam-se apenas 
potencialidades e o desenvolvimento humano contínuo e interrupto.
E então, quando os pais se deparam com desenvolvimento fora dos padrões 
sociais estabelecidos, busca-se compreender os porquês, e estes tendem a ser 
trabalhados junto aos genitores, logo identificados a partir de desenvolvimentos 
distintos de outras crianças com a mesma idade, até a identificação de atrasos 
no desenvolvimento. 
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Esse processo de desenvolvimento interfere na forma com que os 
genitores e seu grupo familiar irão lidar com essa constatação, pois entende-se 
que esse processo depende de intervenção profissional de orientação, apoio e 
diagnóstico. 
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do desenvolvimento 
neurológico, identificado a partir de alterações na comunicação social e 
comportamentos repetitivos e estereotipados (APA, 2014).
Ainda, de acordo com as pesquisas da Organização das Nações Unidas (ONU), 
existem mais de 70 milhões de autistas em todo o mundo, e no Brasil já são 
contabilizados mais de 3 milhões de autistas, sendo um número maior do que 
crianças com AIDS, câncer e diabetes juntas no mundo (GRUPO AUTISMOS, 
2018, p. 6).
Assim, iniciamos uma caminhada rumo às especificidades relacionadas a 
alguns indícios como causa do autismo, a importância do diagnóstico precoce, 
bem como várias comorbidades que o Transtorno de Espectro Autista – TEA 
acompanha. 
Esperamos que, ao final deste assunto, você aprimore sua compreensão 
sobre esse quadro, enriquecendo seu conhecimento acerca das especificidades 
desses indivíduos que desafiam nossa prática profissional.
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FIGURA 19 - AUTISMO
FONTE: <http://bit.ly/2UN74UY>. Acesso em: 20 jan. 2019.
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2 DesMIsTIFIcANDo o TeA
Buscamos descrever de maneira clara a interpretação científica atribuída 
ao TEA na contemporaneidade, a partir de uma visão mais ampla, tentando 
contemplar desde questões mais simples até as mais complexas sobre o TEA.
O Transtorno do Espectro Autista – TEA está descrito no último guia 
de classificação para diagnósticos, o Manual de Saúde Mental – DSM-5, como 
condições específicas a um determinado grupo de pessoas que apresenta 
desordens complexas do desenvolvimento do cérebro, antes, durante ou logo 
após o nascimento, que ao longo dos anos foram unificadas como um único 
diagnóstico: de Transtornos do Espectro Autista (Transtorno autista; Transtorno 
desintegrativo da infância; Transtorno generalizado do desenvolvimento não 
especificado (PDD-NOS) e Síndrome de Asperger (APA, 2014).
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Algumas características em relação ao comportamento das pessoas 
diagnosticadas com TEA são semelhantes, como:
• Contato visual disperso;
• Interação social de maneira isolada;
• Expressões corporais e emocionais próprias;
• Comunicação restrita;
• Estereotipias 
• Interesses intensos por objetivos específicos
• Incompreensão do abstrato. 
Quando a criança apresenta algumas dessas características associadas, é 
possível que seja identificado atraso neuropsicomotor, e esse precisa ser melhor 
compreendido, para não antecipar um diagnóstico equivocado, mas é importante 
considerar que o transtorno é identificado geralmente nos primeiros anos de 
vida. Nesse sentido é importante ressaltar que a criança autista se tornará 
um adulto autista e, dependendo de seu grau de acometimento, este pode ou 
não influenciar nas estratégias de organização pessoal, familiar, profissional e 
social(VISANI; RABELO, 2012). 
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FONTE: <http://bit.ly/2D70DSH> Acesso em: 20 jan. 2019
FIGURA 20 - CRIANÇA AUTISTA O QUE FAZER?
Por se tratar de um espectro, ele tende a se manifestar de forma diferente 
em cada indivíduo, a comunicação e o comportamento não são padronizados, 
embora possam aparecer situações semelhantes. Há casos mais complexos 
que apresentam comportamentos agitados, com episódios de agressividade e 
automutilação. 
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Ao ter um diagnóstico de autismo, primeiramente é preciso compreender 
o processo de transição que acontece com a família, pois é necessária uma 
reconstrução pessoal e social a fim de oportunizar qualidade de vida às pessoas 
com autismo.Geralmente os pais restringem os contatos à família e amigos e 
buscam criar um mundo à parte a fim de defender os filhos da exposição e da 
crítica social a que são expostos, pois as especificidades apresentadas em cada 
pessoa manifestam-se de formas diferentes, e o primeiro grande desafio no 
diagnóstico é a aceitação por parte dos pais e seus familiares. 
A dificuldade de realizar um diagnóstico se deve ao fato de algumas 
pessoas desenvolverem comportamentos com indícios de TEA, porém nem todas 
elas desenvolvem comportamentos óbvios na infância, eles podem ser mais sutis 
e tornarem-se mais visíveis ao longo do seu desenvolvimento.
O diagnóstico de TEA pode ter associação com a deficiência intelectual e 
outras comorbidades, como: transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, 
dislexia ou dispraxia pode apresentar interferência na capacidade de concentração 
e elaboração conceitual, bem como interferir na coordenação motora, distúrbios 
do sono e gastrointestinais. 
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Acompanhando as fases de desenvolvimento e a manifestação do TEA, 
podem ser evidenciadas situações de isolamento e falta de autonomia, que 
podem acarretar a associação com episódios de ansiedade e depressão. 
O desenvolvimento intelectual cognitivo também é variável, dependendo 
da capacidade e da percepção de cada indivíduo, podem apresentar dificuldade 
em realizar atividades da vida prática, necessitando de supervisão ou apoio na 
realização destas (higiene corporal, vestuário e alimentação). Dificuldade de 
compreender o pedagógico ou mesmo apresentar fragilidades, porém estas não 
o limitam em seu processo de aprendizagem, essa condição é relativa, podendo 
ser temporal ou acompanhar a pessoa durante toda a sua vida.
DI
CA
Dispraxia: Conhecida pejorativamente como “sín-
drome do desastrado”, caracteriza-se como uma disfunção 
neurológica que atua nas ações do cérebro, no que diz re-
speito à coordenação comandada pelo cérebro. As partes 
afetadas são aquelas que se referem aos aspectos mo-
tor, verbal e espacial. É inegável que isso causa impacto 
na vida da criança e de seus familiares. Disponível em: 
<http://bit.ly/2KvGfkC>. Acesso em: 20 jan. 2019.
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Outra questão bastante importante refere-se aos sentidos, em que a pes-
soa com TEA pode ter maior ou menor sensibilidade na visão, audição, olfato, 
tato e paladar. 
No caso daqueles que apresentam estímulos visuais ou mesmo auditivos, po-
dem sofrer sensações e comportamentos diferentes, desde um simples “oi” na escola 
até um barulho ensurdecedor como sendo insuportável, são situações que não podem 
ser ignoradas. A relação com a dor, bem como a questão sensorial seguem essa mesma 
linha, alguns podem suportar longas exposições a temperaturas, enquanto que para 
outros se torna um sofrimento encostar determinada parte do corpo. 
Há casos em que nos surpreendemos pela facilidade com que um indivíduo 
com TEA se relaciona e se envolve com habilidades relacionadas à música, à arte e con-
ceitos lógico-matemáticos e organizacionais, estes podem ser evidenciados a partir 
da percepção visual, com riqueza de detalhes e exatidão. Igualmente a memorização, 
repetição de processos e rotinas, podendo haver também variação de momentos de 
concentração, ora podem ser rápidos e, em outro momento, morosos.
Um aspecto interessante na personalidade de alguns indivíduos com TEA é 
a simplicidade e lealdade, sendo um dos pontos fortes de convivência. Vimos, assim, 
que a forma com que alguns aspectos se manifestam, e sua intensidade, determinam 
muitas particularidades, e cada situação tende a desenvolver estratégias familiares, 
educacionais e sociais. O que pode ter um excelente resultado para alguns, pode ser 
totalmente ignorado por outros. 
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3 PossÍVeIs cAusAs Do TrANsTorNo De 
esPecTro AuTIsTA – TeA
Os estudos sobre as causas do autismo têm tido muito destaque nos últi-
mos anos, dada a circunstância de que o número de crianças com esse transtorno 
tem aumentado. Com o diagnóstico feito por especialistas tende-se a buscar 
compreender as causas, porém estas ainda permanecem sem explicação.
Durante muitos anos, a leitura psicanalítica relacionou o papel afetivo da 
figura materna e paterna ao aparecimento do autismo. Isso baseado por muitos 
estudiosos na área, como Bruno Bettelheim, psicólogo austríaco, que entre 1950-
1960 difundiu a ideia do médico psiquiatra austríaco Léo Kanner – “mães-ge-
ladeira”, em seu artigo “Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo”. Como vimos 
anteriormente, ele usa o termo para descrever o que hoje sabemos ser um mito, 
acreditava-se que a indiferença emocional das mães explicava o isolamento e 
indiferença das crianças que participaram de seus estudos.
Estudos indicam uma herdabilidade alta, principalmente em casos onde 
ocorreu o diagnóstico de TEA com o filho primogênito, a chance é bem acentuada 
em relação ao segundo. A relação a partir de mutações do código genético pode 
ou não ser associada a fatores ambientais como estresse, infecções, exposição 
a substâncias químicas tóxicas, complicações na gravidez, além de desequilíbrios 
metabólicos que também podem ter relação com a ocorrência de TEA (VISANI; 
RABELO, 2012).
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FIGURA 21 - POSSÍVEIS CAUSAS DO AUTISMO
FONTE: <http://bit.ly/2D6OwVR>. Acesso em: 20 jan. 2019.
DI
CA
Você deve ter achado estranho a utilização do 
termo “mães-geladeira”, não é mesmo?! Porém, esta era 
uma referência muito comum utilizada na época para 
denominar as crianças com esse transtorno, usada em 
muitos estudos. Com os avanços das pesquisas, hoje não 
se usa mais esse termo.
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Mais tarde, pensou-se em um transtorno orgânico, conseqüência de uma 
do sistema nervoso central. Hoje os estudos mais recentes indicam que se trata 
da associação de fatores ambientais e causa genéticas.
Relacionado ao ambiente podemos citar fatores como: complicações 
vivenciadas na gestação ou mesmo durante o parto. E falando sobre causas 
genéticas, existe a possibilidade de alterações bioquímicas serem as responsáveis, 
pois têm sido relatados achados de grandes quantidades de serotonina, por 
exemplo, no sangue de pacientes com TEA, bem como anormalidade cromossômica, 
que em alguns casos apresentam a ausência ou duplicação do cromossomo 16. 
Além disso, cogitou-se o fato de algumas vacinas serem as responsáveis 
por esse transtorno, o que se comprovou ser um mito. O que se sabe é que se 
trata de um “transtorno cerebral presente desde a infância em qualquer grupo 
socioeconômico e étnico-racial” (MERCADANTE; ROSÁRIO, 2009, p. 36). 
O fato é que, como já mencionado, ainda não há provas científicas que 
comprovem essas causas. Mas, é certo que somente uma equipe multiprofissional 
e especializada pode dar um diagnóstico preciso.
Todas essas hipóteses podem ser fatores associados ao autismo, porém 
suas causas ainda se apresentam como um desafio contemporâneo, estas 
impedem conclusões, apenas indicam possibilidades. 
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Enquanto isso, a informação mais concreta utilizada pelos estudiosos na 
área, é a contida no DSM-5 elaborado pela American Psychiatry Association (APA, 
2014). Ali é colocado as causas como genéticas e ambientais. Veja a seguir:
“Ambientais: Uma gama de fatores de risco inespecíficos, como idade 
parental avançada, baixo peso ao nascer ou exposição fetal a ácido valproico, 
pode contribuir para o risco de transtorno do espectro autista” (APA, 2014, p. 56). 
FIGURA 22 – IMAGEM DOS ASPECTOS NEUROPSICOLÓGICO DO CÉREBRO DE UM AUTISTA
FONTE: <http://bit.ly/2UsrG5z>. Acesso em: 20 jan. 2019.
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Genéticos e fisiológicos. Estimativas de herdabilidade para o transtorno 
do espectro autista variam de 37% até mais de 90%, com base em taxas de 
concordância entre gêmeos. Atualmente, até 15% dos casos de transtorno do 
espectro autista parecem estar associados a uma mutação genética conhecida, 
com diferentes variações no número de cópias de novo ou mutações de novo em 
genes específicos associados ao transtorno em diferentes famílias.
No entanto, mesmo quando um transtorno do espectro autista está asso-
ciado a uma mutação genética conhecida, não parece haver penetrância completa. 
O risco para o restante dos casos parece ser poligênico, possivelmente com cente-
nas de loci genéticos fazendo contribuições relativamente pequenas (APA, 2014). 
Chegou-se a essa conclusão por meio de características associadas que 
apóiam esse diagnóstico. Conforme compartilha a doutora neuropediatra Lúcia 
Haertel em uma entrevista concedida ao grupo de apoio educacional Autismos 
na cidade de Blumenau, acompanhem:
Existem inúmeras pesquisas em andamento tanto no sentido de identificar 
os genes envolvidos, assim como estabelecer algum marcador biológico e 
medicamentos que possam atuar no déficit primário do autismo e não apenas 
nos sintomas comportamentais. Acredito que nos próximos anos teremos 
novidades, no entanto neste momento não há nada concreto no mercado 
que tenha tido comprovação científica. Recomendo que as famílias tenham 
cautela, procurem profissionais habilitados e evitem confiar em propostas 
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de tratamento milagrosas e sem fundamento científico que são amplamente 
propagadas nas redes sociais. A existência de grupos de apoio é importante 
para acolher os pais neste momento difícil que é o do diagnóstico. Neste 
momento eles estão mais sensíveis e mais propensos a caírem em certas 
armadilhas (GRUPO AUTISMOS, 2018, p. 14).
 
Sendo o autismo um distúrbio do neurodesenvolvimento, as questões 
neurais ficam bem aparentes, inclusive a idade mental, se comparada à idade 
cronológica. Relacionado a essas possíveis causas, acompanhem as comorbidades 
mais comuns apresentadas por esses indivíduos a partir de agora.
DI
CA Ácido valproico é um medicamento (fármaco) 
usado principalmente para controlar certas crises con-
vulsivas, diminuindo a gravidade e a frequência. Fonte 
disponível em:https://labtestsonline.org.br/tests/aci-
do-valproico. Acesso em: 20. Jan. 2019.
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A complexidade do TEA e os diferentes sintomas e severidade podem 
variar (espectro), provavelmente são quadros resultantes da combinação de 
diferentes genes. Assim, o diagnóstico do TEA é complexo e exige uma avaliação 
médica adequada que tende a encaminhar para avaliações mais específicas por 
profissionais especializados no transtorno. 
Esse diagnóstico resulta do acompanhamento e observação do desen-
volvimento associado ao comportamento e suas especificidades, sendo utilizados 
testes específicos. Nos primeiros anos de vida (dois a três anos) acaba sendo 
uma ferramenta de apoio para o fechamento de diagnóstico. O quadro pode ser 
analisado durante mais tempo, tendo seu diagnóstico mais próximo aos cinco 
anos de idade. 
Dessa forma, conforme o desenvolvimento da criança, essa análise é feita 
baseada em contextos e parâmetros comportamentais, que podem ou não ser 
contemplados na avaliação. Vejamos alguns deles: 
• Problema de comunicação social;
• Atraso no processo de comunicação oral;
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• Ausência de reciprocidade social;
• Isolamento; 
• Comportamentos motores ou verbais estereotipados; 
• Comportamentos sensoriais incomuns; 
• Apego a rotinas e padrões ritualizados de comportamento;
• Interesses restritos, fixos e intensos.
Ressalta-se que estas características podem se manifestar em distintos 
graus. Como é o caso de diagnóstico de autismo em grau leve, tende a ser mais 
cauteloso, pois a probabilidade de analisar o comportamento e confundir com 
timidez, excentricidade ou dificuldade de atenção é grande.
O diagnóstico é apenas uma etapa inicial, quando os pais se familiarizam 
com o resultado, estes tendem a buscar tratamentos e a criança recebe o 
tratamento adequado, identificando e amenizando sintomas ao longo da vida, 
melhorando o prognóstico, resultando em uma melhor qualidade de vida pessoal, 
familiar e comunitária (VISANI; RABELO, 2012)
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A partir do diagnóstico, o que vai fazer a diferença é a dedicação da 
família. Não é um processo fácil e nem rápido, ele necessita de persistência 
e organização, pois as estratégias utilizadas precisam ser acordadas entre as 
partes: profissionais e família, seja com terapias convencionais ou mesmo 
procedimentos pedagógicos e bioquímicos. 
Esse envolvimento vai ao encontro do contexto familiar e social no qual a 
pessoa está inserida, sendo essa uma estratégia de fortalecer a efetividade e os 
vínculos, além de desenvolver habilidades sociais. Porém, há de se considerar que 
os pais também apresentam limitações e nem todos eles conseguem trabalhar 
essa inserção conjunta. Por isso faz-se necessário o trabalho interdisciplinar.
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Como presenciamos até o momento, as características essenciais do 
Transtorno do Espectro Autista são: prejuízo persistente na comunicação social 
recíproca, interação social com padrões restritos e repetitivos de comportamento, 
além de interesses específicos. Mas, como profissionais da área de educação 
entre outras, esses sintomas estão presentes desde o início da infância, desta 
forma o que pode limitar ou prejudicar o cotidiano dessa criança?
Essa pergunta advém principalmente devido ao fato de o diagnóstico de 
autismo vir acompanhado de comorbidades. “Em outras palavras, é quando a 
condição – neste caso o TEA– está junto de alguma outra condição”. Neste sentido, 
as intervenções e terapias devem ser diferenciadas para ajudar o indivíduo a se 
desenvolver e superar essas dificuldades associadas ou não ao transtorno.
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FIGURA 23 - COMORBIDADES EM AUTISTAS
FONTE: <http://bit.ly/2X0G2a9>. Acesso em: 20 jan. 2019.
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O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM 5º Ed. 
Versão impressa:2014 continua nos trazendo informações importantes sobre 
algumas condições que acompanham o indivíduo com TEA.
Muitos indivíduos com transtorno do espectro autista apresentam sintomas 
psiquiátricos que não fazem parte dos critérios diagnósticos para o transtorno 
(cerca de 70% das pessoas com transtorno do espectro autista podem ter 
um transtorno mental comprido, e 40% podem ter dois ou mais transtornos 
mentais comórbidos) (APA, 2014, p. 58).
São muitas as condições que podem acompanhar o indivíduo com TEA, por 
isso no momento iremos nos ater às comorbidades mais comuns:
• Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH: pode ser mani-
festado em qualquer idade e qualquer grau. A chamada tríade sintomatológica 
do TDAH é composta por: déficit de atenção, hiperatividade e impulsividade. 
Salientamos que não há uma necessidade de que os sintomas se manifestam 
em conjunto, pode haver predomínio de um ou outro combinado. 
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Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção – ABDA, o Transtorno 
do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um “transtorno neurobiológico, 
de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o 
indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, 
inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit 
de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD”. Acesse 
o site e pesquise mais. 
Sobre essa condição no indivíduo com TEA, o DSM-V afirma que: Déficits 
primários do TDAH podem causar prejuízos na comunicação social e limitações 
funcionais na comunicação efetiva, na participação social ou no sucesso 
acadêmico. (APA, 2014,).
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FIGURA 24 - CRIANÇA SENDO DIAGNOSTICADA COM TDAH
FONTE: <http://bit.ly/2UMdAvg>. Acesso em: 20 jan. 2019.
Após essa reflexão, entendemos que o comportamento dos indivíduos 
com TDAH precisa ser autorregulado ou bem administrado desde a sua infância, 
por eles próprios e pelos que o cercam, caso contrário podem apresentar sérios 
prejuízos da adolescência até a vida adulta. Saiba mais sobre esse transtorno 
com a indicação do livro abaixo:
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FIGURA 25 - MENTES INQUIETAS
FONTE: <http://bit.ly/2uWowbd>. Acesso em: 20 jan. 2019.
IM
PO
RT
AN
TE A autorregulação significa a habilidade de poder 
monitorar e modular sentimentos, a cognição e o com-
portamento a fim de “atingir um objetivo e adaptar-se às 
demandas cognitivas e sociais para situações específi-
cas”. Fonte disponível em: https://neurosaber.com.br/o-
que-e-autorregulacao-no-tea/.Acesso em: 20.jan.2019.
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• Transtornos Motores: Desde o nosso nascimento, e durante nossa vida, 
a motricidade fina e ampla precisa ser estimulada. Mas quando se trata de 
indivÍduo com TEA, esse estÍmulo deverá ser bem direcionado. Segundo 
Broun (2009),
Os pesquisadores encontraram significantes diferenças e anormalidades 
neuroanatomiais no cerebelo de pessoas com TEA, tanto em nível celular 
quanto estrutural. Essas diferenças causam anormalidades neurológicas que 
podem gerar os déficits nos movimentos e na execução de tarefas motoras 
pelos autistas. (BROUN, 2009, p. 19)
A motricidade ampla em especial é importante na infância, pois ela permite 
o aprendizado de movimentos maiores, como: mexer os braços, pernas e mãos, 
andar, correr, sentar, pular, carregar, empurrar, rolar etc. Estas são atividades 
que utilizam grande parte de nossos músculos maiores, como: (dorsal, glúteo, 
peitoral, abdominal, quadríceps, gêmeo etc.). Como estão em desenvolvimento, 
serão melhor trabalhados, com uma das funções mais importantes, que é a de 
proteger nossos órgãos internos. Isso se torna ainda mais vital nos autistas 
devido aos cuidados relacionados com movimentos estereotipados.
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FIGURA 26 - MOVIMENTOS ESTEREOTIPADOS
FONTE: <http://bit.ly/2uZQ3IE>. Acesso em: 20 jan. 2019.
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Neste sentido, o esporte pode ser um aliado na estimulação motora para 
o indivíduo com TEA, conforme o relato abaixo do professor Giovani de Oliveira 
Ferreira. Pai de João Vitor, autista e X Frágil, de 21 anos. Coordenador do Para 
desporto da Federação Catarinense de Judô; técnico da seleção brasileira de 
judô de DI (deficientes intelectuais). Em entrevista ao grupo Autismos, revelou: 
“Ganho significativo na coordenação motora com um todo, movimentos que 
pareciam impossíveis para eles começam a fazer parte de sua rotina”.(GRUPO 
AUTISMOS, 2018, p.28).
Já a motricidade fina exige o uso de músculos menores do corpo. Por exemplo, 
exige a coordenação de mãos com variados movimentos, como de pinça, na hora de 
escrever, recortar, pintar. Mover os lábios para mandar beijo, sugar e sorrir, tudo faz 
parte desse conjunto de habilidades envolvendo os músculos menores. 
Os transtornos motores do neurodesenvolvimento incluem o transtorno do 
desenvolvimento da coordenação, o transtorno do movimento estereotipado 
e os transtornos de tique. O transtorno do desenvolvimento da coordenação 
caracteriza-se por déficits na aquisição e na execução de habilidades motoras 
coordenadas, manifestando-se por falta de jeito e lentidão ou imprecisão no 
desempenho de habilidades motoras, causando interferência nas atividades da 
vida diária. [...] Os movimentos interferem em atividades sociais, acadêmicas 
ou outras (APA, 2014, p. 76).
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Tendo em vista essa dificuldade comumente encontrada na população 
diagnosticada com TEA, é fundamental que, na terapia individualizada, seja 
aplicado um programa de treino de habilidades motoras finas e amplas. 
• Transtornos de ansiedade: Podemos dizer que a ansiedade está por trás de 
muitos dos problemas de comportamento encontrados no espectro autista, 
dentre eles estão os comportamentos repetitivos, aderência rígida a rituais, 
evitação social, agressividade, medos e fobias. Essa ansiedade é aumentada 
se sua rotina for alterada, pessoas diferentes, ambientes diferentes do casual, 
muito barulho, entre outros.
FIGURA 27 - A IDEIA DE ANSIEDADE POR PARTE DE UMA MENINA AUTISTA
FONTE: <http://bit.ly/2IqtTas>. Acesso em: 20 jan. 2019.
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Em todos os casos, orienta-se que o familiar ou profissional preste atenção 
e antecipe novas situações para evitar mais ansiedade e estresse. Porém, 
algumas famílias decidem por expor seus filhos com TEA a novas situações 
sem fazer essa antecipação, com o objetivo de que eles se adaptem a todas 
as situações que irão enfrentar durante sua vida. Neste sentido, deve-se tomar 
cuidado para que essa ansiedade não seja diagnosticada com outro transtorno, 
conforme alerta o DSM-V:
crianças com transtorno do espectro autista frequentemente apresentam 
explosões de raiva quando, por exemplo, sua rotina é perturbada. Nesse caso, 
as explosões de raiva seriam consideradas secundárias ao transtorno do 
espectro autista e a criança não deveria receber o diagnóstico de transtorno 
disruptivo da desregulação do humor (APA, 2014, p.160.)
• Transtorno no sono ou na alimentação: É muito comum escutarmos 
familiares de crianças com TEA mencionarem alterações relacionadas ao sono, 
isto envolve dormir menos ou dormir demais, podendo acontecer desde bebê. 
A seletividade por alguns alimentos em específico também é bem comum em 
indivíduos com TEA, além de relatos de convulsividade por alimentar-se e 
problemas estomacais e intestinais. Sobre as alterações no sono, buscamos 
algumas orientações que podem auxiliar neste momento, veja:
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Soluções que podem ajudar na hora de dormir
• Diminua os estimulantes durante a noite: itens como açúcar e cafeína não 
são indicados para quem tem dificuldades para dormir. Procure dar alimentos 
que estimulem o relaxamento muscular e que proporcionem mais sono ao 
pequeno.
• Estabeleça uma rotina durante a noite que favoreça o pequeno. Você pode 
ler uma história, adotar um horário padrão para deitá-lo na cama, fazer uma 
massagem nas costas e até mesmo colocar uma música suave. Por outro lado, 
nada de televisão ou jogos eletrônicos.
• Procure se certificar de que a porta do quarto não fica rangendo ou se há 
algum outro objeto que impeça o sono da criança.
• Se a criança apresentar hipersensibilidade a cores, deixe o quarto de seu filho 
com o ambiente mais ameno possível.
• Antes do horário de dormir, procure dar um banho morno na criança.
• Toda e qualquer medicação só pode ser ministrada sob acompanhamento 
médico, sendo proibido o uso de remédio sem o conhecimento do profissional.
FONTE: <http://bit.ly/2Idf5Ns>. Acesso em: 21 jan. 2019.
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• Epilepsia: A definição mais recente de epilepsia a descreve como uma doença 
cerebral. Ela é marcada por crises convulsivas e pode afetar qualquer pessoa, 
independentemente da idade. Estudos apontam que, embora ainda não seja 
possível prever quais crianças com TEA desenvolverão epilepsia, no entanto, 
há uma associação entre os transtornos do espectro autista que não deve ser 
negligenciada pelos familiares e profissionais que o atendem. Esta comorbidade 
pode estar presente na hora do sono, conforme o documento do DSM-V sinaliza: 
As convulsões noturnas imitam quase à perfeição os transtornos de despertar 
do sono não REM, porém tendem a ser de natureza mais estereotípica, ocorrem 
várias vezes durante a noite e têm mais probabilidade de ocorrer a partir de 
cochilos durante o dia. A presença de convulsões relacionadas ao sono não exclui 
a presença de transtornos de despertar do sono não REM. Esse tipo de convulão 
deve ser classificado como uma forma de epilepsia (APA, 2014, p. 447).
Com respeito às comorbidades, ainda é importante relacionar algumas 
doenças ou mesmo deficiências. Entre as mais comuns diagnosticadas estão: a 
Síndrome do X-frágil, esclerose, Síndrome de Williams e Síndrome de Rett.
Sabemos da importância de os familiares e profissionais que o atendem 
ter essas informações para se apropriar das intervenções necessárias. Assim, 
falaremos de uma forma geral da Deficiência Intelectual como uma das 
comorbidades.
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• Deficiência Intelectual – DI: Essa deficiência também é responsável por 
atrapalhar o desenvolvimento adaptativo e acadêmico de autistas. Em 
outras palavras, isso significa que essa comorbidade associada faz com que 
muitas vezes os autistas sejam incapazes de cuidar de si mesmos de forma 
independente. O documento DSM-V conceitua essa deficiência como:
A deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual) 
caracteriza-se por déficits em capacidades mentais genéricas, como 
raciocínio, solução de problemas, planejamento, pensamento abstrato, juízo, 
aprendizagem acadêmica e aprendizagem pela experiência (APA, 2014, p.75).
Notamos assim como são importantes as informações sobre as 
comorbidades em indivíduos com TEA, bem como a necessidade de um tratamento 
sempre pautado em intervenções realizadas, seja por meio de terapias com uma 
equipe multidisciplinar, fundamental para melhorar a vida deste individuo, ou 
terapia medicamentosa que procura amenizar os efeitos dos transtornos. 
Mas essa temática é muito ampla, mostrando ser um verdadeiro desafio 
para os familiares e profissionais. É preciso continuar a busca por estudos, 
pesquisas e informações por meio de parceria entre família, profissionais da 
medicina e educacionais, além de grupos de apoio espalhados em vários estados 
e municípios.
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DI
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Não deixe de assistir a esse vídeo da Neuro sa-
ber com o Dr. Clayr Brites, neurologista infantil e neu-
ropediatra. Ele explica sobre as comorbidades mais co-
muns em autistas. Disponível em: <https://www.you-
tube.com/watch?v=brP-q9YO2cA>.
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6 o TrATAMeNTo 
O diagnóstico pressupõe um tratamento, porém este ainda não é 
consenso entre os profissionais da saúde, pois as medicações ainda estão sendo 
estudadas e seus efeitos analisados, as medicações disponíveis no mercado não 
são totalmente efetivas no tratamento para amenizar os sintomas do TEA. Mas 
todos concordam que o diagnóstico precoce vai facilitar o tratamento, é o que 
nos diz a neuropediatra doutora Lúcia Haertel ao grupo de apoio educacional 
Autismos. 
[...] O tratamento que tem mais êxito é o que é direcionado às necessidades 
específicas da criança. Um especialista ou uma equipe experiente deve 
desenvolver o programa para cada criança, afinal cada autista é único.[...] 
(GRUPO AUTISMOS, 2018, p. 16).
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FIGURA 28 - AUTISMO TEM CURA?
FONTE: <http://bit.ly/2U9lD0Q>. Acesso em: 20 jan. 2019.
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Desde o diagnóstico, o acompanhamento com uma equipe interdisciplinar 
é de suma importância, a fim de desenvolver estratégias de atendimento e a 
possibilidades de terapias que auxiliem no seu desenvolvimento. Esta análise 
parte dos sintomas, do tipo de comprometimento apresentado e idade da pessoa, 
pois esse acompanhamento multiprofissional identifica as fragilidades no sentido 
de buscar desenvolver e potencializar as capacidades. 
Essa lógica de acompanhamento é individualizada, sendo uma decisão 
coletiva entre os familiares e os profissionais, pois é um processo de respon-
sabilidade de todos os envolvidos. A indicação de ações apenas em espaços de 
saúde, sem o acompanhamento dos familiares, acaba sendo mais demorada e seus 
resultados podem ser menos evidentes. 
Assim, dividimos com vocês a fala do Grupo Autismos do Estado de 
Santa Catarina (2018, p. 4), que com sua experiência em estudos, pesquisas e 
participações em seminários com estudiosos brasileiros e estrangeiros, nos nos diz 
que autismo:
a) não é uma doença, é uma condição neurológica, há uma desorganização 
sensorial cerebral;
b) é genético, muitos pais se descobrem autistas adultos, após a comprovação do 
diagnóstico do filho; 
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c) não tem cura, mas tem tratamento, portanto ter um diagnóstico precoce é 
fundamental para o desenvolvimento e qualidade de vida desse autista; 
d) pode apresentar um ou mais transtornos psiquiátricos associados, 
comorbidades; 
e) não há medicação para autismo, somente para comorbidades; 
f) não possuem características físicas diferenciadas. 
Mesmo com todas essas informações, ainda não é possível determinar 
com precisão as causas, conforme já especificado. Além disso, o diagnóstico 
baseia-se na presença de determinados padrões de comportamento que, ao 
serem identificados e trabalhados de maneira correta, contribuem muito para 
o desenvolvimento e aquisição dos repertórios de comunicação, socialização, 
autonomia e motora, fundamentais para o desenvolvimento da criança.
Salientamos que profissionais que atendema esse público, devem 
considerar que, assim como qualquer indivíduo, o autista carrega consigo sua 
cultura e identidade, que devem ser respeitadas, principalmente aqueles na 
faixa etária maior, com suas experiências de vida, histórias profissionais, enfim, 
suas relações sociais diárias.
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Hoje fica claro que não há regras no tratamento para autistas, caso haja 
uma evolução significativa e uma resposta positiva, os especialistas e seus 
familiares optam por continuar aquele tratamento. Por outro lado, quando 
buscam um tratamento que não dá resultado, continua a tentativa para se fazer 
acertos, tanto na questão profissional como medicamentosa. 
Neste sentido, a formação continuada, uma vez que, sendo realizada 
quando o professor já exerce sua prática, permite que se ofereça a ele um apoio 
mais direto para a reflexão sobre os problemas encontrados no cotidiano escolar. 
A oportunidade de saber mais de perto como funciona a mente de um autista, 
e aprender mais características sobre o aluno autista, se faz necessário para 
formular práticas pedagógicas que vão ao encontro das necessidades dele. Por 
isso, formações continuadas são importantíssimas para nós, educadores.
Para finalizar essa etapa, convidamos você a refletir mais profundamente 
nessa temática lendo a fala breve de uma entrevista concedida ao Grupo Autismos 
de Santa Catarina, por Adriana Silva Ferreira: bacharela em Direito (UNIASSELVI), 
graduanda em pedagogia (A.C.E); pós-graduanda em Direito de Família (F.G.V) e 
em Neuropsicopedagogia (UNIASSELVI). Integrante do grupo TEA de Timbó. Mãe 
de Giovani, Pedro e João Vitor, autista e X-Frágil, de 21 anos. Acompanhe: 
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João Vitor nasceu aos oito meses de idade, com circular de cordão, num parto bem difícil, 
depois de uma gravidez conturbada, devido a um atropelamento. Dos quatro meses 
a um ano de idade, João apresentou quadros de convulsões diários, foi diagnosticado 
epiléptico e, mais tarde, com refluxo gastroesofágico grau 4. Passamos por uma longa 
jornada entre hospitais, médicos e especialistas. Ao ingressar no jardim de infância, 
João mostrava maneiras atípicas: não socializava com os demais, não falava e brincava, 
apenas engatinhando. Aos seis anos, começou a falar apenas algumas palavrinhas e 
com bastante dificuldade para entendermos. O médico sugeriu retirada das amígdalas, 
pois diagnosticou que elas eram grandes, o que o impedia de falar. Fez a cirurgia e 
continuou não falando (apenas algumas palavras). Aos oito anos, ingressou no Ensino 
Fundamental com muitas dificuldades, além da fala. Passou quase toda sua infância e 
adolescência em tratamentos com fono. Víamos que João era diferente dos demais, pois 
se isolava, não respondia a estímulos, ficava a maioria do tempo disperso. Os médicos 
nunca falaram em autismo, apenas em um leve atraso. Aos seis anos de idade, deu 
início ao esporte, natação para ajudá-lo na respiração e coordenação e judô por trabalhar 
a socialização, o toque, a iniciativa, a disciplina e a concentração. João era hipotônico 
e sua coordenação motora fina e grossa eram comprometidas. E como natação e judô 
são esportes completos para o desenvolvimento, começou aí sua jornada de atleta. O 
esporte o desafiou às “pequenas grandes vitórias”. Até os 18 anos, não amarrava o tênis 
sozinho, hoje ele faz exercícios complexos em seu treinamento de coordenação motora, 
também sua postura corporal e autoestima. João sempre precisou de segundo professor 
devido às dificuldades no aprendizado. Mesmo fazendo terapias com fono, psicóloga, 
psicopedagoga, era visto como diferente e com um leve retardo mental. Seu diagnóstico 
foi tardio, apenas aos 14 anos. Após realizar exames genéticos, João foi diagnosticado 
Síndrome X Frágil e autista. Hoje aprendi que, se for desafiado, ele rompe obstáculos 
para superá-los, e chegou aqui como campeão mundial de judô, com grande luta e mérito. 
Continue Lendo 42
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DI
CA
Entrevista: Temple Grandin – O cérebro do autista: 
<http://www.blogdaeditorarecord.com.br/2015/12/28/
o-cerebro-autista-detemple-grandin-e-richard-panek>. 
Acesso em: 20 jan. 2019.
Após toda essa reflexão sobre as causas, diagnósticos e tratamento, 
entraremos em um aspecto em que muitos se enganam, é pensar que pessoas 
com autismo não gostam de carinho, aconchego, afeto. Isso se dá devido à 
falta de habilidade social aliada às dificuldades no processamento sensorial 
(principalmente ligadas ao toque), faz parecer que crianças com autismo não 
gostam de proximidade e atenção.
Elas precisam, sim! Têm necessidade de ser amadas, notadas, compre-
endidas, como qualquer indivíduo e a família poderá contribuir grandemente. E 
todo esse apego contribui para seu desenvolvimento em todas as áreas. É o que 
veremos na próxima temática do curso.Continue Lendo 43
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reFerÊNcIAs 
APA - American Psychiatry Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental 
disorders - DSM-5. 5. ed. Washington: American Psychiatric Association, 2014.
BROUN, L. Take de pencil out of the process. Teaching Exceptional Children, 
v. 42, n. 1, p. 14-21, 2009.
CAUSAS DO AUTISMO. https://autismo.institutopensi.org.br/informe-se/sobre-o-
autismo/causa-do-autismo/. Acesso em: 15 jan. 2019. 
CUNHA, Eugênio. Autismo e inclusão: psicopedagogia e práticas educativas na 
escola e na família. Rio de Janeiro: Wak, 2012.
GRUPO AUTISMOS. Austismo - causas, diagnóstico e tratamento. Timbó, 
2018.
KANNER, L. Os distúrbios do contato afetivo. In: ROCHA, P. S. (Org.). Autismos. 
São Paulo: Escuta, 1997.
Continue Lendo 44
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MERCADANTE, Marcos T.; ROSÁRIO, Maria C. Autismo e cérebro social. São 
Paulo: Segmento Farma, 2009.
SILVA, Micheline; MULICK, James A. Diagnosing autistic disorder: fundamental 
aspects and practical considerations. Psicol. cienc. prof.[on-line]. V. 29, 
n. 1, pp.116-131, 2009. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-
98932009000100010&script=sci_abstract. Acesso em: 15 jan. 2019.
VISANI, Paola; RABELLO, Silvana, Considerações sobre o diagnóstico precoce 
na clínica do autismo e das psicoses infantis. Revista Latinoamericana 
de Psicopatologia Fundamental. 2012. http://www.redalyc.org/articulo.
oa?id=233022805006. Acesso em: 16 jan. 2019.
Continue Lendo 45
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Para ampliar seus estudos nesta etapa, indicamos a leitura da obra Olhe Nos Meus 
Olhos, do autor John Elder Robison. Clique aqui para fazer a leitura. 
Mais uma opção de leitura é a obra Mundo Singular, da autora Ana Beatriz Barbosa 
Silva. Clique aqui para fazer a leitura.
Para ilustrar o que você conferiu nesta etapa de estudo, indicamos assistir ao filme 
“Temple Grandin”. Baseado em uma história real, o filme conta a trajetória de suces-
so de Temple Grandin, professora de Ciência Animal da Universidade do estado do 
Colorado e especialista em manejo de bovinos, métodos de abate humanitário e 
bem-estar animal. Uma referência mundial em história de vida e profissionalismo. 
Saiba mais sobre a história de Temple Grandin, clicando aqui. 
E para assistir ao filme dela, na íntegra, acesse aqui.
Como complemento, indicamos ainda o vídeo “Vídeo gráfico: o que é o Transtorno 
do Espectro Autista (TEA)?”. Para assistir, clique aqui.
MATerIAIs coMPleMeNTAres

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