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Amanda Rodrigues Pereira Acadêmica de Medicina UFR NECROSE CAUSAS DA LESÃO CELULAR Privação de oxigênio Agentes físicos Agentes químicos Agentes infecciosos Reações imunes Desordem Genética Deficiência nutricional MECANISMO DE LESÃO CELULAR 1. Depleção/esgotamento de ATP Com a depleção de ATP a bomba de Na + /K + ATPase não irá funcionar, provocando um acúmulo de Na + e posterior tumefação da célula que ganhará água por osmose. O metabolismo energético estará alterado e a célula começará a realizar respiração anaeróbica provocando acidez celular. A bomba de Ca 2+ entrará em falência, provocando diversos efeitos enzimáticos. O RER e polissomos serão rompidos e haverá redução da síntese proteica. 2. Dano mitocondrial irreversível O aumento de Ca2+, liberação de radicais livres e a hipóxia provocarão dadno mitocondrial irreversível, uma vez que haverá aumento da permeabilidade da membrana mitocondrial e esta liberará citocromo C e desta forma haverá indução a apoptose 3. Influxo e deficiência na homeostase do Ca2+ O influxo de do cálcio provocará dano mitocondrial, ativação enzimática diversa e ativação da apoptose por ativar as caspases. 4. Defeitos da permeabilidade das membranas (plasmática e lisossomal) Radicais livres causam lesão à membrana (peroxidação lipídica), a depleção de ATP causa redução da síntese de fosfolipídios, a ativação de fosfolipases pelo Ca2+ eleva a degradação de fosfolipídios além de provocar anomalias do citoesqueleto que sustenta a membrana plasmática. 5. Acúmulo de radicais livres (ROS) – estresse oxidativo O acumulo de radicais livres provoca peroxidação dos fosfolipídios gerando dano na membrana mitocondrial, os radicais livres no citoplasma causa desnaturação proteica, além de causarem também dano no DNA. Portanto a morte celular pode vir por duas formas: suicídio ou acidental. Quando acontece alguma disfunção celular irreversível, a célula sofre tumefação e posterior necrose. No entanto, quando a célula recebe Amanda Rodrigues Pereira Acadêmica de Medicina UFR estímulos de morte, perde estímulos de sobrevida, sofre lesão mitocondrial ou dano ao material genético, desencadeia a apoptose. NECROSE Consiste em alterações morfológicas que seguem a morte celular num tecido vivo. Autolise é a degeneração enzimática dos componentes celulares por enzimas da própria célula que são liberadas dos lisossomos após a morte celular. Agentes que podem causa a necrose 1. Redução de energia (depleção de ATP). 2. Produção de radicais livres 3. Ação direta sobre enzimas envolvidas em processos vitais 4. Agressão direta à membrana plasmática Alterações morfológica em célula necrótica 1. Aumento do volume intracelular 2. Tumefação e calcificação mitocondrial 3. Desagregação ribossômica 4. Dilatação do retículo endoplasmático vesicular 5. Alteração da coloração celular devido a baixa síntese de RNA e desnaturação de proteínas citoplasmáticas 6. Núcleo com cromatina condensada e membrana enrugada. o Picnose: retração e adensamento do núcleo, perda da individualidade dos grânulos de cromatina o Cariorrexe: fragmentação do núcleo picnótico o Cariólise: coloração nuclear pálida e fraca (endonucleases) 7. Agregação de elementos do citoesqueleto Tipos de necrose 1. Coagulação ou Isquêmica Causa: hipóxia Efeito: acidose intracelular que bloqueia a proteólise celular por meio da desnaturação de proteínas e enzimas. Aspecto tecidual: textura firme com arquitetura básica e contorno das células mantidos (apenas por alguns dias) Ex: infarto 2. Liquefação enzimática ou liquefativa Causa: infecções (fungos, bactérias, vírus) Efeito: reação inflamatória (acúmulo de células inflamatórias) Aspecto tecidual: transformação de tecido altamente gorduroso em uma massa viscosa líquida, ou pus (as células mortas são completamente digeridas por enzimas dos leucócitos recrutados) Ex: lesão cerebral 3. Caseosa É uma forma distinta de necrose de coagulação Causa: infecções tuberculosas Efeito: inflamação na borda da área necrótica (reação granulomatosa) Aspecto tecidual: aparência branca com furos que lembra um queiho. Ex: pulmão tuberculoso 4. Gordurosa Causa: infecção causadora de pancreatite aguda Efeito: destruição de gordura (liberação de lipases pancreáticas na cavidade abdominal) Aspecto tecidual: áreas esbranquiçadas no tecido adiposo (saponificação de cálcio). Amanda Rodrigues Pereira Acadêmica de Medicina UFR 5. Fibrinoide Causa: doenças autoimunes Efeito: depósito de complexos antígeno-anticorpo e fibrina na parede dos vasos (liberação de enzimas que degradam a matriz extracelular da parede de vasos sanguíneos.) Aspecto tecidual: aspecto hialino (róseo e vítreo) 6. Gangrenosa É considerada forma distinta de necrose por coagulação. Causa: acidente com perda da irrigação, queimadura, infecção. Efeito: necrose liquefativa (no caso de infecção bacteriana que induz a ação de enzimas degradativas nas bactérias e leucócitos atraídos) – gangrena úmida. Nos demais casos, a necrose lembra o tipo coagulativa. Aspecto tecidual: cor escura, enegrecida e odor fétido. a. Gangrena seca = mumificação b. Gangrena úmida = putrefação c. Gangrena gasona = infestação do tecido por bactérias do gênero Clostridium
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