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resenha psicologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA – CAMPUS PAULO FREIRE
COMPONENTE: FUNDAMENTOS DE PSICOLOGIA: CIÊNCIA E PROFISSÃO
DOCENTE: CAIO RUDA DE OLIVEIRA
DISCENTE: EUDE ROSA CAMPOS GOMES
Ao ler o artigo A crise na Psicologia: Análise da contribuição Histórica e Epistemológica de L.S. Vigotski e a leitura do artigo do boletim da Sociedade Brasileira de Historia da Psicologia, encontramos dados históricos que remontam a crise da Psicologia no final do século IX e início do século XX.
Nesse período na Alemanha Wunt, desenvolvia o que é considerado o nascimento da psicologia moderna, mas os seus métodos eram muito questionados, pois não atingia as áreas mais complexas do ser humano, pois os seus experimentos eram baseados em experiências descritivas e fenomenológicas, nesse mesmo período começaram a surgir outras escolas de psicologia, mas sempre trabalhavam sobre a mesma perspectiva dualista, ora corpo e alma, biológico e social e objetivo e subjetivo.
Cada teórico buscava implantar a sua tese em detrimento das outras, isso acabou causando uma grande confusão, pois a cada dia ficava mais difícil determinar a psicologia como ciência, pois os métodos divergiam demais, pois todos nesse período não levava em conta o alto grau de complexidade que o ser humano possui em seu psiquismo.
E com essa separação que fazia com o ser humano, ficava cada vez mais difícil, formar um conceito teórico que abarca-se o ser humano de forma integral, tratando as demandas de forma consistente, essa fragmentação só dificultou, pois como ficou muito setorizado acabou impossibilitando um estudo mais profundo acerca do ser humano em sua totalidade. Teorias como Gestalt, psicanálise, behaviorismo, todas elas seguiam as tendências das escolas mentalistas e mecanicistas, contribuíram muito nessa cisma.
No início dos anos 20 Vigotski acabou expondo essa crise na psicologia, durante um congresso de Psiconeurologia, acabou defendo a tese que a consciência deveria ser estudada de forma objetiva, esse texto de Vigotski foi fruto de uma pesquisa metodológica onde demonstravam profunda preocupação com os fundamentos da ciência psicológica.
Vigotski pregava que uma nova forma de trabalhar a psicologia era necessário, e que a mesma precisaria trabalhar de forma unificada foi então que ele aplicou o Marxismo em seu método pois acreditava que o homem deveria ser analisado do ponto de vista da história da ciência, ele entendia que o homem ao mesmo tempo que era mudo pelo meio social, também modificava esse meio, com isso ele considerava a história como passado, mas como algo vivo e em movimento, pois com esse fundamento ele mostrou que a crise psicologia só se seria solucionada quando as descrições mentalistas complexas fossem superadas, por meio da compreensão que a sociedade e o contexto histórico formam o ser humano organizado em sociedade.
Assim Vigotski acabou fundamentado a Psicologia Sócio-histórica, cujo as premissas básicas são, toda relação humana e a realidade e mediada por símbolos e evolui durante o processo histórico.
Jean Piaget leva o estudo da crise da Psicologia para outro patamar, pois ele entendia que além da crise da psicologia era necessário observar a crise de valores e da ciência, sob o prisma da crise moral da ciência e das pessoas ligadas a guerra.
Surfando na onda da crise na Psicologia muitos autores importantes da época, escreveram livros tratando sobre o assunto, e acabavam por diagnosticar os culpados pela crise na sociedade durante aquele período de guerra. Piaget também escreveu um livro, tratando sob a ótica da criança, para entender a autoridade na sociedade como fator psicológico que levava a crenças irreais geravam crises.
Já no período pós-gerra os principais teóricos começaram a desenvolver um trabalho mais crítico sobre a psicologia,, onde o criticismo acabava por entender que a crítica da psicologia sempre estará presente na disciplina seja em qual período da história.
A psicologia nesse período passa por uma boa reflexão onde é analisada a relação ciência politica, Piaget defendia que a única realidade para abordar de forma científica e entender as estruturas desde a gênese passando pelos processos e finalizando nas estruturas.
Hoje quando observamos lideres de países contradizendo a ciência, podemos entender que são processos que calaram aqueles que diziam que ciência não é politica, isso gerou uma necessidade enorme de aplicar métodos epistemológicos.
Logo em seguida mais uma crise ocorre na psicologia, alguns métodos são considerados irreplicáveis e que alguns outros estudos da psicologia social não eram reprodutíveis, Open Science Collaboration insinuou que muitos artigos eram publicados, pois os pesquisadores eram pressionados a publicar pesquisas sob a pressão de perecerem se não publicassem algo. Logo em seguida foi percebido que a crise agora não era no “outro” mas era a nossa crise, isso acabou tornando as pessoas desconfiadas com as aplicações de pequisa psicológica, o que acabou gerando uma revolta entre os defensores das pesquisas.
È preciso acabar essa pressão sobre os pesquisadores, que eles tem que publicar constantemente, pois assim a uma grande chance de ficar publicando pesquisas demais e acabara por ocorrer uma banalização desses processos.
Uma boa solução é apresentada pela solução de Green, onde ele criar uma para se publicar, existe alguns problemas ainda , mas muda um pouco a visão, mas mesmo assim continuamos no período de publicar ou perecer, e se usarmos o slogan de Green, a coisa fica mais feia ainda pois seria publicar porcaria ou perecer. 
O método piagetiano buscar mudar essa forma de publicar, e assim evitar a epistemologia cega, pois muitos querem pertencer a uma equipe científica, e ai acabam publicando pesquisas já realizadas por pesquisadores de peso, utilizando de manobras acabam trocando apenas o nome do conceito, mas o resultado será uma repetição sobre um novo rotulo. 
Outros métodos também que são bem questionáveis e uso de estereotipo, pois a uma tendência muito grande em formar especialista que não entendem sobre suas próprias pesquisas, pois acaba se tornando um método viciado de pesquisa, pois acaba compartilhando a ignorância no meio científico.
A história e a epistemologia são ferramentas fundamentais para a pesquisa, a fim de evitar a epistemologia cega, evitando resultados iguais já produzidos, evitando assim um número maciço de pequisas repetidas.
A psicologia e a história é outra parte a crise, pois o psicólogo precisa compreender a necessidade de observar e levar em conta o contexto e fator histórico, não abandonar o passado e nem viver somente do presente momento, mesmo que em alguns casos as pesquisas precisam se manter atuais, com isso desdenha pesquisas anteriores, esse fator imediatista acaba por estreitar e acaba prejudicando a psicologia, mesmo que leve tempo para conhecer a história, é necessário aprofundar na história.

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