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Histologia do tecido muscular

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Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR – T5 
HISTOLOGIA DO TECIDO 
MUSCULAR ESQUELÉTICO 
— Formado por fibras alongadas, cilíndricas, com muitos 
filamentos de miofibrilas 
— Elas são multinucleadas porque essas fibras resultam da 
fusão de celulas precursoras que são os mioblastos e além 
disso, seus núcleos estão na periferia das fibras 
— As fibras tem estriações verticais 
TECIDO CONJUNTIVO AO REDOR DO MÚSCULO 
— Os músculos, como deltoide, estão organizados em um 
conjunto de feixes 
➔ Todos os feixes juntos estão recobertos por EPIMÍSIO 
➔ Cada conjunto de fibras esta envolto por PERIMÍSIO 
que são septos de tecido conjuntivo advindos do 
epimisio 
➔ Cada fibra muscular individualmente esta envolta por 
ENDOMÍSIO que é a lamina basal da fibra + fibras 
reticulares 
 Tem pouca variedade de células conjuntivas, 
estando mais presente os fibroblastos 
IMPORTÂNCIA DO TECIDO CONJUNTIVO 
— O tecido conjuntivo em volta ajuda as fibras a se manterem 
juntas durante a contração muscular, pois: 
➔ Elas poderiam se separar devido a contração 
➔ MANTEM TENSÃO 
➔ Nem sempre uma fibra se estende de uma 
extremidade do musculo até a outra 
— A transmitir movimento para estruturas anexas aos 
músculos como os tendões e ossos 
— Permite a entrada de vasos sanguíneos para a irrigação de 
todo o musculo 
— Na extremidade do musculo tem uma mistura do tendão 
tecido do tendão com o tecido muscular para fazer a 
transição 
ESTRIAÇÕES 
— A disposição da actina e miosina nas fibras faz com que haja 
estriações transversais observadas no microscópio que são 
claras e escuras 
— As fibras musculares tem estriações transversais que se 
originam de bandas claras e escuras do sarcômero 
— Faixa escura – BANDA A – anisotrópica – contem miosina 
+ actina 
— Faixa clara – BANDA I – isotrópica – contem actina 
— No centro de cada banda I tem linha transversal escura que 
é a LINHA Z 
— Cada sarcômero esta entre duas linhas Z e contem uma 
banda A separando duas semibandas I 
— BANDA A – tem uma zona clara no centro que é a ZONA H 
– que é só de miosina 
ORGANELAS 
— As fibras tem pouco RER e ribossomos, mas há muito REliso 
que é chamado de reticulo sarcoplasmático 
➔ Ele terá a função de armazenar ions Ca para serem 
usados na contração 
— Há muitas mitocôndrias para fornecer ATP para a 
contração 
— Para armazenar energia, há vesículas com glicogênio e 
lipídios 
 
MIOFIBRILAS 
— São feixes cilíndricos que estão presentes em cada fibra e 
são feitas de um arranjo de sarcômeros 
— Nele há filamentos finos de actina e grossos de miosina que 
ficam dispostos de forma longitudinal e paralela em cada 
miofibrila 
— Há as principais que são a actina e a miosina 
— Há proteínas auxiliares que se ligam na actina e miosina e 
fazem elas manterem sua disposição paralela, que são: 
➔ Filamentos intermediários de desmina que unem 
miofibrilas 
— O conj de miofibrilas (actina e miosina) são presos na MP da 
fibra por proteínas, como distrofina 
ACTINA 
— Tem a forma de um polímero alongado chamado de actina 
F, que é formado por subunidades de actina G que estão 
em dupla hélice 
— Cada subunidade de actina G tem uma região que interage 
com a miosina e é essa interação que faz a actina deslizar 
sobre a miosina 
TROPOMIOSINA 
— Molécula fina e alongada que tem duas cadeias em forma 
de dupla hélice 
— Ela fica enrolada entre duas actinas F – entre 2 polimeros 
TROPONINA – COMPOE A CABEÇA DA MIOSINA 
— Complexo proteico que tem 3 subunidades: 
➔ TnT: que se liga a tropomiosina 
➔ TnC: se liga ao Ca++ 
➔ TnI: que cobre o sitio ativo da actina e bloqueia sua 
ligação com a miosina 
MIOSINA 
— É uma molécula grande 
— Em uma extremidade tem a cabeça – saliência – que se 
conecta com o ATP para o hidrolisar e liberar energia para 
a contração 
— A cabeça tb se conecta com actina 
— A miosina pode ser quebrada em 2 moleculas que é a 
MEROMIOSINA LEVE (BASTÃO) e MEROMIOSINA PESADA 
(CABEÇA) 
➔ Essas duas moléculas de miosina são dispostas no 
sarcômero de maneira que as partes de bastao se 
sobrepõe e as partes da cabeça ficam nas 
extremdidades 
➔ Essa sobreposição dos bastões de miosina representa 
a BANDA H do sarcômero 
➔ A Linha M no centro da banda H representa as 
ligações laterais entre os filamentos grossos ao lado 
— Na linha M tem a enzima CREATINOQUINASE que catalisa a 
transferência de grupos fosfato para o ADP para formar ATP 
e fornecer mais energia para a contração 
RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO 
— A contração precisa de ions Ca++ para acontecer 
— Quando sua concentração diminui no sarcoplasma 
(citoplasma) o músculo relaxo 
— Por isso o RETÍCULO SARCOPLASMATICO: 
➔ Tem função de armazenar o Ca++ 
➔ E ele é uma rede de cisternas que envolve as 
miofibrilas 
➔ Quando o potencial de açaõ passa pela membrana do 
reticulo sarcoplasmatico, ele é despolarizado e os 
Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR – T5 
canais de Ca se abrem o Ca passa passivamente para 
o citoplasma e atuam na troponina, possibilitando a 
formação de pontes entre a actina e miosina 
➔ Quando o potencial de ação passa, a membrana do RS 
repolariza e o Ca volta ativamente para dentro do RS 
e os canais fecham 
➔ Com isso o musculo relaxa 
SISTEMA DE TÚBULOS T 
— Os túbulos T são invaginações da MP da fibra (sarcolema) 
que atravessam transversalmente a fibra e por isso 
consegue chegar até seu interior 
— Na extremidade de cada reticulo sarcoplasmático tem 
expansões e no meio de cada expansão tem a passagem de 
um túbulo T 
➔ 2 expansões RS + 1 ST = TRÍADE 
— Essa tríade é importante para fazer com que o musculo 
contraia todo ao mesmo tempo, pois 
➔ Na MP das fibras musculares tem uma junção 
mioneural que se chama placa motora que é onde o 
nervo faz sinapse com a fibra muscular 
➔ Quando o impulso nervoso chega a MP, os túbulos T 
levam esse impulso através do musculo até as tríades, 
fazendo com que o potencial de ação chegue ao RS e 
despolarize sua membrana 
— Por isso os túbulos T são importantes, porque com eles o 
potencial de ação consegue chegar de maneira rápida até o 
interior do musculo 
— TÚBULO T É UMA ESTRUTURA DE SINCRONIZAÇÃO 
— Sem ele, as fibras da periferia se contrairiam antes das 
fibras da parte medial 
INVERVAÇÃO 
— No perimísio, há ramificação de nervos motores que 
inervam os músculos 
— Quando chega próximo a fibra muscular, o nervo perde sua 
bainha de mielina e se posiciona dentro de uma depressão 
na MP da fibra 
— Essa depressão chama PLACA MOTORA ou JUNÇÃO 
MIONEURAL 
— Na placa, o axônio do nervo é recoberto por camadas das 
celulas de schwann 
— A ponta do axônio tem muitas mitocôndrias e vesículas 
sinápticas com a acetilcolina e com mitocôndrias 
— Na junção mioneural a MP forma dobras e o citoplasma 
abaixo dessas dobras acumula muitas mitocôndrias, 
ribossomos, núcleos e grânulos de glicogenio 
— quando nervo motor recebe um impulso nervoso, o 
terminal do axônio libera acetilcolina que se liga a seus 
receptores que ficam nas dobras da MP 
— A ligação faz com que o a fibra fique mais permeável ao 
sódio e despolarize 
— O excesso de Ach é degradado pela colinesterase para 
evitar que haja uma superestimulação da fibra 
— A despolarização se propaga pela MP até o ST e ao RS 
QUANTIDADE DE FIBRAS NERVOSAS E 
MUSCULARES 
— O musculo não tem capacidade de controlar o quanto ele 
vai se contrair, porque ou contrai com toda a intensidade 
ou não contrai nada 
— Por isso, essa função de mediar a força de contração é feita 
pelas fibras motoras 
— O nervo pode inervar uma fibra muscular ou até 160 ou 
mais e a força de contração é mediada pela quantidade de 
fibras musculares que vão ser estimuladas 
➔ Ou seja, se uma fibra nervosasó inerva 1 fibra 
muscular, a força de contração será pequena 
➔ Se 1 fibra nervosa estimulara varias as fibras que 
compõe o musculo, a intensidade de contração 
aumenta 
— Desse modo, o numero de nervos estimulando + numero 
de fibras inervadas determina a intensidade de contração 
 
— O numero de fibras inervadas tambem depende da função 
que o musculo tem 
— Por exemplo, os músculos dos olhos fazem movimentos 
precisos e delicados e por isso cada fibra muscular é 
inervada por uma única fibra nervosa 
— Já em músculos maiores como os da perna, uma única fibra 
nervosa inversa diversas fibras musculares porque o 
movimento já não precisa ser tao delicado e preciso 
FUSOS MUSCULARES 
— Outra estrutura que os músculos tem são os FUSOS 
MUSCULARES que são RECEPTORES SENSITIVOS que ficam 
bem no meio da fibra muscular e percebem o 
ESTIRAMENTO EXCESSIVO DA FIBRA MUSCULAR 
— Se a fibra começar a estirar demais, o fuso enviará 
informações para o SNC para que haja uma pequena 
contração no musculo para evitar um superestiramento das 
suas fibras 
— Isso ajuda a proteger o musculo contra ruptura 
 
— Os fusos musculares estão envoltos por uma capsula de 
tecido conjuntivo que delimita um espaço que contem 
fluido e fibras musculares modificadas (FIBRAS 
INTRAFUSIONAIS) 
— Diversas fibras nervosas sensoriais penetram no fuso para 
para detectar as modificações ocorridas 
CORPÚSCULOS TENDÍNEOS DE GOLGI 
— Fica nos TENDÕES perto da sua junção com os músculos 
— Eles SÃO FIBRAS NERVOSAS SENSORIAIS que advem dos 
tendões até os músculos 
— Servem para IDENTIFICAR AS FORÇAS EXCESSIVAS que o 
musculo faz 
— Uma vez que ele percebe esse aumento de força. Vai enviar 
informações para o SNC e ajudam a coordenar as forças 
nessa região 
SISTEMA DE PRODUÇÃO DE ENERGIA 
— Como as fibras musculares precisam de muita energia para 
a contração, elas tem que ter depósitos de subtancias 
energéticas dentro delas 
— O ATP e FOSFOCREATINA são os mais fáceis de se retirar 
energia e elas vem da quebra de ácidos graxos no interior 
da fibra 
➔ Os ácidos graxos sofrem Beta-oxidação por enzimas 
da matriz mitocondrial 
➔ O acetato produzido é oxidado pelo ciclo do acido 
cítrico e produz energia que é armazenada em ATP 
➔ Quando o musculo se contrai muito e não há oxigênio 
suficiente, pode haver metabolismo anaeróbio da 
glicose com produção de acido láctico 
➔ O excesso de acido lático causa câimbras 
— Há tambem glicogênio no reticulo sarcoplasmatico 
— Dependendo da constituição de cada fibra muscular, ela 
pode ser classificada em: 
➔ FIBRA LENTA OU TIPO 1 
 Vermelho escuro 
Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR – T5 
 Tem citoplasma rico em mioglobina 
 Fazem contração continuada 
 A sua energia vem principalmente de ácidos 
graxos metabolizados nas mitocôndrias 
➔ FIBRA RÁPIDA OU TIPO 2 
 São vermelho claras 
 Tem citoplasma com pouca mioglobina 
 Se contraem rapidamente e de maneira 
descontinua 
 Podem ser subdivididas em tipo 2A, 2B, 2C de 
acordo com características particulares 
 Tipo 2B é mais rápida e usa mais glicose como 
fonte de energia 
— MIOGLOBINA: é uma proteína semelhante a hemoglobina, 
que carrega oxigênio para os músculos e dá cor vermelho 
aos músculos) 
CARACTERÍSTICAS GERAIS SOBRE OS 
MÚSCULOS 
--M. ESQUELÉTICO-- 
— Orgaos de locomoção, mas que oferece: 
➔ Suporte estático (fíbula tem papel de inserção de 
músculos e não de suporte das estruturas corporais, 
por isso os músculos inseridos nela dao suporte 
estático e a mantem no lugar) 
➔ oferece calor ao corpo devido a contração 
➔ dao forma ao corpo 
— O musculo possui porções carnosas – vermelhas – e porções 
brancas – tendões que não são contrateis 
— O musculo pode estar inserido em fáscias, ligamentos, 
ossos, cartilagens, pele (musc face), mucosas (intrínsecos 
da língua) 
— TENDÕES: compostos por feixes de colágeno que fazem a 
inserção dos músculos nos ossos 
➔ Eles formam aponeuroses que são laminas planas de 
tendão que fixam o musc ao esqueleto, fascia ou 
aponeurose de outro musculo 
— NOMECLATURA: se da de acordo com sua função (musculo 
extensor do halux) ou com o osso que esta inserido 
➔ (esternocleidomastóideo) – esterno, clavícula e 
temporal 
➔ De acordo com seu tamanho (LONGO OU CURTO) – 
TIBIAIS ANTERIORES E POSTERIORES 
➔ De acordo com sua posição (MEDIAL, LATERAL, 
ANTERIOR) – VASTO LATERAL, VASTO INTERMÉDIO 
➔ De acordo com o formato 
 PLANOS: fibras paralelas com uma aponeurose 
– m. obliquo esterno 
 PENIFORMES: fibras se organizam em forma de 
pena – m. Gastrocnêmico – TIBIAL POSTERIOR 
 FUSIFORMES: fibras em formato de fuso – m. 
Bíceps braquial 
 QUADRADOS: tem quatro lados iguais – M. 
QUADRADO FEMORAL 
 CIRCULARES OU ESFINCTERIANOS: circundam 
esfincters, como o M. orbicular da boca 
 MUSCULOS COM MULTIPLAS INSERÇÕES OU 
VENTRES: como o digástrico, bíceps 
 MÚSCULOS INTERSECTADOS: variam entre 
parte carnosa e parte branca – M. RETO 
ABDOMINAL 
CONTRAÇÃO 
— Na contração, o musculo sempre puxa, nunca empurra 
— Uma das suas inserções permanece fixa enquanto a outra 
é puxada em direção a ele 
FIXAÇÕES 
— As fixações do musculo são onde ele se origina e onde ele 
se fixa 
— ORIGEM: extremidade proximal do musculo – geralmente 
fixa mas pode ser móvel 
— INSERÇÃO: extremidade distal do musculo – móvel 
geralmente 
➔ Durante o exercício, a origem pode ser a móvel e a 
inserção a fixa, depende da posição que a pessoa esta 
➔ Quando se flexiona os braços no solo, a mao que pode 
ser a inserção esta fixa e a parte proximal do musculo 
é que se movimenta 
➔ DIGÁSTRICO VARIA MUITO porque tem 2 inserções 
CONTRAÇÃO REFLEXA 
— Por mais que os músculos esqueléticos sejam de controle 
voluntario, eles podem agir de forma involuntária as vezes 
dependendo do estimulo 
— ARCO REFLEXOS 
— Ex: diafragma que pode ser controlado, contudo as 
pressões parciais de O2 e CO2 já controlam o ritmo da FR 
— EXEMPLO DO ÂNUS: Esfincter externo do anus que faz 
resposta reflexa fisiológica, que é um reflexo sobre uma 
pressão excessiva sobre todo o reto que provoca uma 
resposta do SNC para o relaxamento do esfíncter externo 
CONTRAÇÃO TÔNICA 
— Os músculos não ficam totalmente relaxados, eles sempre 
mantem um certo nivel de tônus muscular 
— O tônus não provoca uma movimento ou resistência do 
musculo, mas ajuda a: 
➔ Manter firmeza e estabilidade das articulações 
➔ Manutenção da postura 
➔ Mantem o musculo pronto para responder a 
estímulos de contração 
— Se a pessoa estiver inconsciente ou anestesia geral, ou tiver 
lesionado nervosos do musculo, ela perde a capacidade de 
manter o tônus muscular 
CONTRAÇÃO FÁSICA 
— Tem 2 tipos de contração: 
➔ CONTRAÇÕES ISOTÔNICAS: que o musc muda de 
comprimento. Tem 2 tipos 
 CONTRAÇÃO CONCÊNTRICA: em o musculo 
diminui de comprimento por causa da 
contração das fibras 
 CONTRAÇÃO EXCÊNTRICA: em que o musculo 
aumenta de tamanho por causa de uma 
contração, em que ele faz um relaxamento 
gradual e controlado enquanto aplica força 
 
➔ CONTRAÇÕES ISOMÉTRICAS: o musc mantem o 
tamanho → não tem movimento, mas há aumento do 
tônus → importante para manter a postura vertical 
 
— Quando um musculo esta com uma contração concêntrica, 
o seu antagonista esta em contração excêntrica 
coordenada 
FUNÇÃO DOS MÚSCULOS 
— MÚSCULO AGONISTA OU PRIMARIO: é o principal musculo 
que produz um movimento especifico. Gastrocnêmico e o 
solium geram 93% da força de flexão do pé para o 
movimento de andar 
Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR – T5 
— ANTAGONISTA: se opõe a ação do outro, se um faz flexão, 
o outro faz extensão, ... quando os agonistas contraem para 
fazer um movimento, os antagonistascontraem 
excentricamente, relaxando de modo gradual para fazer o 
movimento ser suave 
➔ ANTAGONISTA PRIMARIO: bíceps e tríceps – um com 
função contraria 
➔ ANTAGONISTA SECUNDÁRIO: junção de vários 
sinergistas que se opõe ao primário 
➔ Fibulares anteriores abaixam a calcanha e os fibulares 
elevam a calcanha 
➔ O equilíbrio entre o musculo em contração 
concêntrica e excêntrica (agonista e antagonista) gera 
a coordenação do movimento 
 
— FIXADORES: estabilizam alguma estrutura corporal através 
de contrações isométricas 
— SINERGISTAS: complementa a ação de um agonista, então 
auxilia ele a realizar um movimento especifico ou pode 
funcionar estabilizando uma articulação então o agonista 
contrai 
➔ Ele torna o movimento mais favorável, pode ser tanto 
antagonista ou favorecer o movimento do agonista 
(dar soco e por agulha na linha) 
➔ Fibulares posteriores profundos auxiliam os fibulares 
posteriores superficiais a fazer a flexão plantar - 
elevar o pé 
UNIDADE FUNCIONAL 
— A unidade estrutural de um musculo são suas fibras 
— A unidade funcional de um musculo são o seu neurônio 
motor e as fibras que ele controla 
— Dependendo da função do musculo, uma fibra nervosa 
poderá inervar um ou mais fibras musculares... 
NERVOS E ARTÉRIAS PARA O MUSCULO 
— A inervação de um musculo é muito constante 
— Os músculos com ação semelhante são contidos em um 
compartimento fascial comum, ou seja, todos os flexores 
estão juntos, todos os adutores estão juntos, ... 
— Geralmente, se o nervo inerva todos aqueles músculos com 
função comum 
— A vascularização pode ser muito variável – usar exemplo do 
plexo da mão, artérias diferentes podem vascularizar a msm 
estrutura – usar exemplo da mao 
 
SÍNDROME DO TÚNEL DO 
CARPO 
— O punho do carpo tambem pode ser chamado de 
RETINACULO DOS FLEXORES que é uma camada de tecido 
fibroso que reveste as estruturas do punho 
— A doença é definida como a compressão ou tração do nervo 
mediado do punho 
DELIMITAÇÕES 
— O TÚNEL DO CARPO é um túnel osteofibroso que é 
constituído pelos ossos do carpo 
— Delimitado pelo hamato, piramidal e psiforme na borda 
ulnar 
— Delimitado pelo escafoide, trapézio e tendão do flexor 
radial do carpo na borda radial 
— Base é formada por ligamentos do radio no carpo 
CONTEÚDO 
— Nele passam: 
➔ Tendões dos músculos: 
 Flexor profundo e superficial dos dedos 
 Flexor longo do polegar 
➔ Nervo mediano entre os 4 tendões do flexor 
profundo e 4 do superficial dos dedos 
 O nervo mediado advem do plexo braquial, 
desce pelo braço na região anterior, até chegar 
no túnel do carpo 
 Depois de passar pelo túnel do carpo, ele faz a 
distribuição de ramos para os 4 primeiros 
dedos 
• Inerva o 1º 2º 3º dedo e metade do 4º dedo 
• Inerva os músculos de oposição (abdutor 
curto do polegar, oponente do polegar, 
flexor curto do polegar) e os dois primeiros 
músculos lumbricais 
 É responsável (junto com o nervo ulnar) pela 
força de preensão da mao (abrir e fechar) 
porque inerva os músculos flexores dos dedos 
 Inerva quase todos os músculos da região 
anterior do antebraço (exceto flexor ulnar do 
carpo e porção medial do flexor profundo dos 
dedos) 
 Na STC, vai haver dormência na região anterior 
dos 3 primeiros dedos e metade do 4º dedo e 
região posterior nas falenges distais dos 3 
primeiros dedos e metade do 4º dedo 
FISIOPATOLOGIA 
— O nervo pode ser comprimido em dois locais: 
➔ Parte proximal do túnel do carpo, por causa de uma 
flexão excessiva do punho 
➔ Próximo do hamato 
— A compressão cria problemas na circulação da mao, 
podendo deixa-la com dormência 
— Lesões na bainha de mielina e axônio do nervo 
— Lesões no tecido fibroso de suporte do túnel 
ESTÁGIOS – CLASSIFICAÇÃO DE LUNDBORG 
— PRECOCE: inicial, tem sintomas durante a noite, como 
aumento da pressão dentro do túnel a noite, causando: 
➔ Diminuição da ação dos músculos na região que 
auxiliam na drenagem de fluixos e do sangue venoso 
➔ Estase venosa, diminuição do aporte de O2 e causar 
edema 
➔ Esses sintomas passam logo quando o paciente 
movimenta o punho e os dedos, aliviando a 
compressão e permitindo drenagem do edema 
— INTERMEDIÁRIO: sintomas noturnos e diurnos, com: 
➔ Edema permanente causando aumento da pressão 
no local 
➔ Diminuição da bainha de mielina diminuindo a 
condução do impulso nervoso 
➔ O movimento do punho e dedos ajuda a aliviar os 
sintomas por diminuir a pressão 
➔ Contudo a bainha de mielina leva de semanas a 
meses para se refazer e por isso os sintomas tendem 
a voltar sempre 
— AVANÇADO: há sintomas permanentes, como: 
➔ Interrupção da transmissão de impulsos nervosos 
para uma região por causa da degradação excessiva 
de axônios 
— Pode haver paralisia e parestesia, com sensação de 
formigamento e dor e espessamento da região 
Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR – T5 
CAUSAS 
— Idiopática: frequente nas mulheres de 40-60 anos, pode 
acometer as duas mãos, pode ser por fatores genéticos ou 
hereditários, obesidade, ... 
— STC secundária: causada por: 
➔ Condições que modifiquem a parede do carpo, como 
luxações, fraturas, artrose, artrite, entre outros 
➔ Por movimentos repetitivos, pois a pressão no túnel 
do carpo aumenta com a extensão e flexão do punho 
e dos dedos 
CONDUTA 
1. Avalia a anamnese, com testes provocativos e faz 
diagnostico diferencial 
2. Determina a etiologia 
3. Avalia a gravidade do caso por uso de testes, como 
teste de weber e da força dos músculos invervados 
pelo nervo mediano 
4. Pode propor exames como eletroneuromiográfico 
5. Propõe o tratamento 
— Não há padrão outro para diagnóstico 
TESTES 
— Os testes avaliam a integridade do nervo 
➔ MÚSCULO FLEXOR PROFUNDO DE DEDO: pede para 
o paciente, com a mao estendida dorsalmente na 
mesa, flexionar a falange distal do 3º dedo 
➔ MÚSCULO FLEXOR SUPERFICIAL: segura os 2,4 e 5 
dedo e pede para flexionar a falange proximal do 3º 
dedo 
➔ OPONÊNCIA DO POLEGAR: movimento de oponencia 
do polegar confirma a integridade do nervo mediano 
➔ TESDE DE KILOH-NEVIN → PINÇA COM OS DEDOS: 
avalia a integridade de um ramo do nervo ulnar 
— TESTES MOTORES ESPECIFICOS PARA STC 
➔ TESTE DE DURKAN: desliza-se o dedo na região do 
carpo por até 30s, aumentando a pressão no local e 
assim, os sintomas da STC podem se manifestar 
durante o teste – dor ou parestesia 
➔ TESTE DE TINEL: percussão leve sobre o punho e isso 
causa uma compressão do nervo mediano, que pode 
causar uma parestesia na mao se positivo 
➔ TESTE DE PHALEN: paciente faz flexão completa do 
punho, encostando os dorsos de ambas as mãos, por 
até 60 segundos, comprimindo o nervo mediano e 
causando, se positivo, parestesia na mao 
 O phalen por ser feito invertido 
➔ TESTE DE PALEY E MCMURPHY: aplica-se pressão 
próximo do nervo mediano a 1-2 cm acima da dobra 
do punho. Positivo se dor ou parestesia 
EXAME ELETRONEUROMIOGRÁFICO – ENMG 
— Permite detectar a condução sensitiva e motora do nervo 
mediano 
— Analisa a amplitude e duração de resposta motora e 
sensitiva 
— É um exame complementar, não essencial, usa-se quando 
se esta em duvida quanto ao diagostico e antes de decidir 
pela cirurgia 
— Geralmente identifica reduções da velocidade de condução 
dos impulsos na STC 
 
 
 
EPICONDILITE LATERAL 
— É uma lesão crônica nos tendões que se inserem no 
epicôndilo lateral caracterizada pela dor no cotovelo 
— No cotovelo, no osso do úmero há dois condilos, um medial 
e um lateral e nesse lateral é que se inserem diversos 
tendões dos músculos do punho 
— Esses tendões auxiliam no movimento de supinação do 
antebraço e extensão do punho 
— Quando há um excesso de tensão ou tração nessas 
estruturas, como napratica de esportes que usam raquete 
por exemplo, pode-se criar microlesoes nos tendões, 
— Há ruptura de fibras de colágeno 
— Proliferação de fibroblastos na região 
— Há uma cicatrização parcial no local da lesão e isso pode 
ocasionar danos permanentes para o tendão lesionado 
SINTOMAS 
— Dor ou sensibilidade sobre o epicôndilo lateral, que pode 
irradiar para os músculos extensores do antebraço 
— A dor pode piorar com o movimento do cotovelo e 
prejudicar a realização de atividades do dia-a-dia, como 
escrever, segurar um copo, escovar os dentes, ... 
ESTÁGIOS 
— INICIAL: há uma inflamação no local, por causa das 
microlesões, é reversível e não causa danos prolongados 
— SEGUNDO ESTAGIO: degeneração de parte do tendão por 
aumento e cicatrização da lesão 
— TERCEIRO ESTÁGIO: tendinose associada a alteração da 
forma ou estrutura do tendão (ruptura por exemplo) 
— QUARTO ESTÁGIO: é o mais grave e há presença de fibrose 
e calcificação do tendão 
DIAGNÓSTICO 
— É feita a anamnese para tentar identificar a causa da dor e 
em seguida é feito exame físico com vários testes que 
tentem induzir a dor no local para confirmar o diagnostico 
TESTES 
— TESTE DE COZEN: paciente mantem o cotovelo fletido em 
90º, o medico posiciona o polegar na região do epicôndilo 
lateral, o paciente faz uma pronação do antebraço e em 
seguida uma extensão com desvio medial do punho. O 
medico estará com a mao sobre o carpo e fara resistência 
contra a extensão. Se ao estender o paciente referir dor na 
região de inserção dos tendões e o teste é positivo 
— TESTE DE MILLS: o cotovelo do paciente deve estar todo 
extendido e antebraço em pronação, medico com o dedo 
no epicôndilo lateral e com a outra mao forçará uma 
hiperflexao do punho e o paciente deverá resistir a isso. O 
teste é positivo se houver dor no epicôndilo direito 
BIBLIOGRAFIA 
 
HISTOLOGIA BÁSICA – TEXTO E ATLAS – JUNQUEIRA & CARNEIRO – 12º 
EDIÇÃO – CAP 10 
ARTIGO - Síndrome do túnel do carpo – Anatomia, fisiologia, etiologia e 
diagnóstico – Michel Chammas – Revista brasileira de ortopedia – 2014 
ARTIGO – Epicondilite Lateral – Comissao de Reumatologia Ocupacional 
– Publicado na sociedade brasileira de reumatologia – 2011 
ARTIGO: Epicondilite lateral do cotovelo – DE Marcio Cohen – revista 
brasileira de ortopedia de 2012 
MANUAL TÉCNICO – Diagnóstico, tratamento, reabilitação, prevenção 
e fisiopatologia das LER/DORT – ministério da saúde - 2001

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