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ANAIS SEMCIBIO

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1 
 
 
 
 
 
 ANAIS DA 
SEMANA DE BIOLOGIA - UESB 2018 
 
JEQUIÉ 2018 SEMANA DE BIOLOGIA – UESB 
 
 ANAIS DA SEMANA DE BIOLOGIA – UESB 2018 
JEQUIÉ 
 
27 a 30 de Agosto de 2018 
 
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus Jequié. 
Jequié-BA, Brasil. 
 
 
Leandra Eugênia Gomes de Oliveira - 
Coordenadora 
Carla Patrícia Novais Luz- 
Coordenadora 
Camila Santos Rodrigues 
Cláudio Paixão de Souza 
Ednilson Ferreira Lemos 
Érlania Oliveira Rocha 
Érica Oliveira Meira 
Iracema Santos Silva 
 
 
 Iran Santos Silva 
Juliana Brito Santos Silva 
Lizandra das Neves Quaresma 
Marcos Cleiton Oliveira Andrade 
Márcia Martins Ornelas 
Nathalia Silva Santos 
Rafael de Jesus Santos 
Rebeca Aluisi Santos Quinto 
Vanessa da Silva Veira
 
 
 
Ana Cristina Santos Duarte Juvenal Cordeiro Silva Júnior 
André Teixeira da Silva Leandra Eugênia Gomes de Oliveira 
Carla Patrícia Novais Luz Milene Maria da Silva Castro 
Cláudio Lúcio Fernandes Amaral Ricardo Jucá Chagas 
Dellane Martins Tigre Viviane Guzzo de Carli Poelking 
 
 
Comissão Organizadora 
Comissão Científica 
 
3 
 
 
APOIO 
 
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia 
Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários 
Departamento de Ciências Biológicas 
Colegiado de Ciências Biológicas 
 
COLABORAÇÃO 
 
Sidney Vitorino Fotografia 
Frutyba 
Multiarte 
Supera 
Mirian de Souza Sena 
Saltitantes 
Pardal Design 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
RESUMOS EXPANDIDOS E RELATOS DE EXPERIÊNCIA 
HISTOLOGIA DA VIDA: UMA PROPOSTA DE ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA 
PARA O ENSINO. 
Luciano Cardoso Santos; Cristina Luísa Conceição de Oliveira.................................. 6 a 11 
POR TRÁS DO ESPELHO: O CONHECIMENTO DE UM GRUPO ACADÊMICO SOBRE O USO DE 
ANIMAIS EM TESTES DE COSMÉTICOS. 
Mauricio de Oliveira Silva; Ananda Santos Oliveira; Edineide Sandes de Moura; Rodrigo Macedo 
Coelho Prates; Dayane Ribeiro Souza........................................................................................ 12 a 15 
CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DO 6º ANO ACERCA DE UMA AULA DE CAMPO SOBRE 
RELAÇÕES TRÓFICAS NO ECOSSISTEMA MARINHO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 
Patrícia Santos de Carvalho; Thais Barbosa dos Santos Moura............................................. 16 a 20 
APRENDENDO ECOLOGIA A PARTIR DE MATERIAIS DIDÁTICOS ADAPTADOS: UMA 
POSSIBILIDADE DE INCLUSÃO – APRESENTAÇÃO ORAL 
Francisnaide dos Santos Souza; Luciano Cardoso Santos; Amanda Bastos Santana; Tamires 
Ferreira Dantas; Christiana Andrea Vianna Prudencio........................................................ 21 a 26 
A CONSERVAÇÃO EX-SITU EM VITÓRIA DA CONQUISTA, BA: VOCÊ CONHECE? – 
APRESENTAÇÃO ORAL 
Ananda Santos Oliveira ; Mauricio de Oliveira Silva............................................................. 27 a 32 
A CIÊNCIA É UM SHOW: UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO. 
Jeane Pereira da Silva; Iasmim Santana Andrade; Joelia Martins Barros........................ 33 a 37 
ATIVIDADES PRÁTICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS UTILIZANDO A METODOLOGIA 
EXPERIMENTAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE BOLSISTAS DO PIBID/BIOLOGIA DA 
UESC. 
Damião Wellington da Cruz Santos; Francisnaide dos Santos Souza; Célia Carvalho Almeida; 
Aparecida Zerbo Tremacoldi.................................................................................................... 38 a 43 
“CONTEXTUALIZANDO” E APRENDENDO: RELATO DE EXPERIÊNCIA. 
Elane Oliveira Rocha; Fábio Duarte Andrade; Silvano da Conceição................................. 44 a 48 
AULA DE CAMPO COMO ESTRATÉGIA DIDÁTICA NO CURSO DE LINCENCIATURA 
EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: ARTICULAÇÃO DE SABERES TEÓRICOS E PRÁTICOS 
NA FORMAÇÃO DOCENTE – APRESENTAÇÃO ORAL. 
Crislane Nascimento Machado; Francisco Alexandre Costa Sampaio; Gilda Alves Santos; Janubia 
Jesus dos Santos Souza; Thaís Fernanda Andrade da Silva................................................. 49 a 53 
 
 
 
 
 
5 
 
 
RESUMOS EXPANDIDOS E 
RELATOS DE EXPERIÊNCIA 
 
 
6 
 
HISTOLOGIA DA VIDA: UMA PROPOSTA DE ATIVIDADE 
CONTEXTUALIZADA PARA O ENSINO 
Luciano Cardoso Santos1; Cristina Luísa Conceição de Oliveira2 
1Discente do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), e-mail: 
luciano.cardoso23@hotmail.com , Rodovia Jorge Amado, km16, CEP 45662-900, Ilhéus, BA 
2Docente do Departamento de Ciências Biológicas/UESC e coordenadora do Projeto de Iniciação à 
Docência, 
e-mail: crisbio2@gmail.com 
 
RESUMO 
A Histologia tem por finalidade o estudo dos tecidos, que inclui as células e a matriz 
extracelular. Seu ensino se torna um desafio para o professor, sobretudo da Educação 
Básica, por limitações de tempo, materiais didáticos e falta de laboratórios, o que gera 
uma participação passiva dos alunos durante as aulas. Nesse sentido, uma abordagem 
contextualizada, que é orientada nos documentos normativo-legais, constitui-se uma das 
alternativas para participação mais ativa do estudante durante as aulas por incorporar suas 
vivências e experiências pessoais e seu contexto sociocultural. Assim, esse trabalho busca 
relatar uma experiência de uma atividade contextualizada no ensino de Histologia, 
intitulada “Histologia da vida” para licenciandos em Ciências Biológicas da Universidade 
Estadual de Santa Cruz. Essa atividade proporcionou um momento interativo, 
contribuindo para o entendimento conteúdos de forma contextualizada. 
Palavras-chave: Ensino. Educação Básica. Contextualização. Histologia 
 
INTRODUÇÃO 
A finalidade do ensino da Histologia é o estudo dos tecidos, que inclui dois 
componentes fundamentais: as células e a matriz extracelular (OLIVEIRA, et al, 2016). 
Na graduação, geralmente, o estudo inclui o aprofundamento teórico e prático dos tecidos 
fundamentais, bem como o estudo histológico em nível de sistemas do corpo.Na 
Educação Básica, muitas vezes por falta de tempo suficiente para a quantidade de 
conteúdos, há uma caracterização superficial da histologia dos tecidos fundamentais que, 
segundo Buttow e Cancino (2007), leva os estudantes a participarem de forma passiva na 
relação ensino-aprendizagem. Ainda por falta de tempo suficiente, por vezes os conteúdos 
de histologia não são ministrados. 
 
7 
 
Nesse sentido, a falta de tempo, materiais didáticos e laboratórios de ciências, fazem 
do ensino de Histologia um desafio para o professor da Educação Básica. Porém, mesmo 
em meio a essas dificuldades, o professor deve se preocupar em trazer o conteúdo para 
mais próximo da realidade do estudante, ou seja, ensinar de forma contextualizada, sendo 
essa uma das orientações contidas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). 
A contextualização é fundamental no processo de ensino-aprendizagem. Quando se 
fala em trabalhar de maneira contextualizada, é relacionar o conhecimento acadêmico 
com as experiências e vivências pessoais do aluno assim como seu contexto sociocultural. 
Hoje é presente a defesa de uma escola, um ensino e uma aprendizagem que são centrados 
nos saberes contextualizados que, segundo Festas (2015, p. 715) são “alternativos aos 
conhecimentos acadêmicos que se apresentavam como os principais objetivos da escola 
tradicional”. 
Para além, o ensino contextualizado e interdisciplinar é também importante para a 
Educação Superior, sendo base para a formação inicial de professores. Assim, o intuito 
desse trabalho é relatar uma experiência de ensino contextualizado nas aulas de Histologia 
para uma turma de graduação em Ciências Biológicas. Buscou-se com essa atividade 
correlacionar conhecimentos e aspectos do dia a dia com os conteúdos da disciplina 
estudados ao longo do semestre. 
CARACTERIZAÇÃO 
A atividade foi desenvolvida durante uma aula de Histologia para uma turma de 
licenciatura em Ciências Biológicas na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). 
Tratou-se de uma atividade avaliativa da disciplina com o objetivo de relacionar os 
conteúdos com curiosidades do corpo humano. A turma foi dividida em duplas e o 
assunto, bem como a forma de apresentação, era de livre escolha. Cada dupla teve de 5 a 
10 minutos para apresentar o assunto e relacionar com a disciplina. A avaliação foi feita 
em dois critérios: apresentação (clareza, objetividade, desenvoltura individual), e relação 
com a Histologia (exploração dos conteúdos de Histologia nos assuntos apresentados). 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Notícias e assuntos do dia a dia foram apresentados e correlacionados com a 
Histologia. A tabela 1 mostra os temas das apresentações de cada dupla, bem como, as 
correlações feitas com os conteúdos estudados na disciplina. 
 
 
8 
 
Tabela 1 – Tema das apresentações e conteúdos de Histologia explorados. 
Tema Conteúdo de Histologia explorado 
Revestimento do estômago Tecido epitelial 
Nossas estrias de cada dia Tecido conjuntivo 
Queloide Tecido conjuntivo 
Células-tronco do dente de leite Tecido conjuntivo embrionário 
Cranioestenose Tecido ósseo 
Osteogênese imperfeita Tecido ósseo 
Anestesia Tecido nervoso 
Interstício, o 'novo órgão' do corpo humano Espaço intersticial 
Autotomia e regeneração da cauda da 
lagartixa 
Vários tecidos (cartilaginoso, nervoso e ósseo) 
Câncer de estômago (morte de youtuber) Vários tecidos (epitelial, conjuntivo e 
muscular) 
Esclerose múltipla Vários tecidos (nervoso, sanguíneo) e sistema 
imunológico 
Cultivo de órgãos em laboratório Vários tecidos 
Fonte: desenvolvida pelos autores, 2018. 
 
As apresentações foram, de 
forma geral, divididas em dois 
momentos: um com explanação 
sobre o tema e outro relacionando 
com aspectos da Histologia. Todos 
os tecidos fundamentais e 
características inerentes a cada um 
foram abordados, sendo os tecidos 
ósseo e conjuntivo mais presentes 
(Figura 1). 
 
Em relação ao tipo de correlação, observou-se que, apesar de alguns trabalhos 
tratarem superficialmente o conteúdo de Histologia, a maioria soube explorar o tema. As 
apresentações que foram correlacionadas com tecido ósseo, por exemplo, abordaram 
aspectos de células e suas funções no crescimento do osso, assim como foi correlacionado 
funções de algumas células do tecido nervoso no funcionamento de anestésicos e no 
aparecimento de doenças, como a esclerose múltipla. 
0 1 2 3 4 5
Tecido muscular
Tecido sanguíneo
Tecido epitelial
Tecido nervoso
Tecido ósseo
Outros
Tecido conjuntivo
Nº de correlações
Figura 1- Número de correlações por tecido corporal 
 
9 
 
Como complemento para a formação, a atividade incentivou os alunos a buscarem 
na literatura e em sites da internet os assuntos que consideraram importantes para a 
contextualização. A procura por assuntos oportunizou a leitura de outros 
artigos/curiosidades até a escolha definitiva. Nesse sentido, é um meio possível para o 
professor estimular o uso de diversas fontes para pesquisa bibliográfica, com informações 
confiáveis, além de servir como treinamento, já que a própria graduação exige constante 
atualização. Campos et al (2009) apontam que, muitas vezes, a investigação e a produção 
do conhecimento é dificultada pela falta de estímulo no sistema educacional. 
Além disso, a Histologia foi abordada em curiosidades do dia a dia, como o 
aparecimento de queloides e estrias e houve, após cada apresentação, alguns minutos de 
comentários, discussão e relatos de experiências dos alunos sobre o conteúdo abordado. 
A aula proporcionou um momento interativo em que os estudantes puderam perceber que 
a Histologia faz parte do contexto de suas vidas e pode ser trabalhada de forma 
interdisciplinar e contextualizada. Conforme orientam os PCNs, esse tratamento 
contextualizado do conhecimento pode ser uma alternativa para a escola retirar o aluno 
da condição de espectador passivo (BRASIL, 2000). 
Como parte da formação docente, a contextualização se faz importante já que é uma 
base para o professor em formação compreender que os conteúdos de Histologia podem 
ser muito abstratos para o público da Educação Básica. Além disso, como parte também 
da formação de professores, muito se discute sobre a necessidade de alfabetização 
científica e, conforme mostra Wartha (2011), a contextualização dos conceitos científicos 
pode ser um caminho para se atingir esse objetivo. 
CONCLUSÃO 
Através desta atividade foi possível perceber o envolvimento dos alunos na escolha 
dos assuntos, durante a apresentação e nos relatos de experiências dos colegas ouvintes. 
A atividade mostrou a importância da contextualização dos conteúdos e que esta, pode 
ser aplicada em qualquer nível de ensino, seja na educação básica ou no ensino superior. 
 
 
 
 
10 
 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. 
Parâmetros Curriculares Nacionais (Ensino Médio). Brasília: MEC, 2000. 
BUTTOW, N. C.; CANCINO, M. E. C. Técnica Histológica para a visualização do tecido 
conjuntivo voltado para os ensinos fundamental e médio.Arq Mudi. Maringá, vol. 11, n. 
2, p. 36-40, 2007. 
CAMPOS, F. G. G.; SANTOS, R. F.; PINTO E SANTOS, F. C. A importância da 
pesquisa científica na formação profissional dos alunos do curso de educação física do 
UNILESTEMG. MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física. Ipatinga: 
Unileste-MG, vol. 4, n. 2, Ago./Dez, 2009. Disponível em: 
<https://www.unilestemg.br/movimentum/Artigos_V4N2_em_pdf/Campos_Santos_San
tos_Movimentum_v4_n.2_2_2009.pdf>. Acessado em 26 jun. 2018. 
FESTAS, M. I. F. A aprendizagem contextualizada: análise dos seus fundamentos e 
práticas pedagógicas. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 41, n. 3, p. 713-728, jul./set. 2015. 
OLIVEIRA, M. I. B. et al. Uma proposta didática para iniciar o ensino de Histologia na 
educação básica. Rev. Ciênc. Ext. v.12, n.4, p.71-82, 2016. 
WARTHA, E.J. Alfabetização científica. In: FALCO, J.R.P.; RODRIGUES, M.A. 
História e metodologia da Ciência. Maringá: Eduem, 2011. p. 13-30. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
POR TRÁS DO ESPELHO: O CONHECIMENTO DE UM GRUPO 
ACADÊMICO SOBRE O USO DE ANIMAIS EM TESTES DE COSMÉTICOS 
Mauricio de Oliveira Silva¹; Ananda Santos Oliveira²; Edineide Sandes de Moura³; Rodrigo Macedo 
Coelho Prates4 ; Dayane Ribeiro Souza5 
 
¹ Mestrando em Ciências Ambientais pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB. ² 
Bióloga formada pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, 3,4,5 Graduandos em Ciências 
Biológicas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB. m.osilva@hotmail.com 
 
RESUMO: Este trabalho nasceu de inquietações sobre o uso de animais em testes de cosméticos a partir 
de uma reflexão sobre um documentário intitulado "Não matarás". Sabe-se que o uso de cosméticos pelo 
ser humano vem desde a antiguidade. Porém, com o passar dos séculos, o homem começou a criar produtos 
à base de compostos inorgânicos o que necessitou o uso de testes de segurança para garantir a sua saúde, 
para isso começou-se a utilizar cobaias animais. O objetivo deste trabalho foi avaliar o nível de 
conhecimento de um grupo de estudantes da comunidade acadêmica da UESB campus Vitória da Conquista 
sobre o uso de animais nesses testes. Utilizou-se de questionários semiestruturados para a avaliação e por 
fim, percebeu-se que se têm um alto conhecimento do assunto pelos estudantes do campus, porém a maioria 
é a favor dos testes em animais, não está disposto a deixar de usar um produto mesmo sabendo que a marca 
testa em animais e que falta informação acerca de métodos alternativos. 
Palavras-Chave: Cosméticos. Testes em animais. Segurança. 
 
INTRODUÇÃO 
 O presente trabalho nasceu de uma inquietação de estudantes sobre o uso de 
animais em testes de cosméticos, após assistir um documentário chamado "Não Matarás: 
os animais e os homens nos bastidores da ciência" (2006) que elenca maus tratos aos 
animais e que muitos destes poderiam ser modificados por procedimentos menos 
destrutivos e perversos, a partir das informações do documentário e ao analisar casos de 
abuso e atitudes desumanas com os animais surgiu a necessidade de levantar dados sobre 
o uso de animais em testes de cosméticos em um grupo de diferentes estudantes 
acadêmicos, para isto, estruturou-se breves questionários que foram aplicados na 
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus Vitória da Conquista, que possui 
21 cursos de graduação disponíveis, destes foram sorteados 4 cursos e aplicados 50 
questionários em cada um a fim de fazer uma pequena análise sobre o conhecimento do 
tema no campus. 
O uso de cosméticos pelo ser humano vem de tempos remotos, perfumes, óleos, 
cremes e outros compostos sempre foram usados por povos e civilizações antigas. A 
princípio, a fonte de seus ingredientes eram essencialmente plantas, animais e minerais. 
Porém, o avanço da tecnologia resultou no desenvolvimento de novas substâncias para 
serem incluídas na formulação de tais produtos (CHORILLI et al., 2009, p.1). 
A partir da utilização de compostos inorgânicos nos cosméticos, infere-se que ao 
utilizar quaisquer destes produtos o usuário estaria exposto a muitas substâncias químicas 
sobre seu corpo. Por este motivo, o usuário teria um uso prolongado destes químicos e 
pode-se afirmar que é possível ficar exposto num só dia a uma série de substâncias 
químicas de natureza e comportamento específicos (SANTOS, 2008). Também, sabendo 
que os produtos cosméticos são de livre acesso ao consumidor e, partindo do pressuposto 
de que estes produtos podem ser usados amplamente durante um longo período da vida, 
é extremamente necessário garantir a segurança dos mesmos (CRUZ, ANGELIS, 2012). 
As formas mais difundidas de averiguação de segurança são referentes aos testes em 
animais. 
É relatado que o uso de animais remonta há muitos séculos, quando surgiram os 
estudos nas áreas de anatomia e fisiologia. Os animais são tratados como cobaias, 
 
12 
 
máquinas ou objetos, exceto os animais de estimação que podem ser considerados 
membros da família para muitos (RECH, 2013). “A utilização de animais vivos em 
experimentos, seja no campo científico ou acadêmico, é considerada na visão de muitos 
uma prática natural e, para alguns, indispensável” (ABREU, 2017). Porém, esta prática 
está cada vez mais sendo questionada, desde a comunidade acadêmica até os defensores 
de animais ambientalistas, também se nota uma preocupação crescente da sociedade em 
geral acerca da questão. 
No Brasil, um Projeto de Lei 70 (2014) tramita a fim de "estabelecer 
procedimentos para o uso científico de animais – com a finalidade de vedar a utilização 
de animais de qualquer espécie em atividades de ensino, pesquisa e testes laboratoriais 
que visem à produção e ao desenvolvimento de produtos cosméticos e de higiene pessoal 
e perfumes". Reconhece-se o direito de segurança ao consumidor, porém, até onde pode-
se utilizar uma vida para testes de cosméticos? Este trabalho busca levantar dados sobre 
o conhecimento do uso de animas em testes de cosméticos por universitários na 
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia campus Vitória da Conquista. 
O trabalho justifica-se pela busca em conhecer o nível de informação sobre os 
testes de cosméticos em animais em um ambiente acadêmico e como esta informação 
pode contribuir na escolha e compra de um produto de beleza. 
 
CARACTERIZAÇÃO 
O trabalho foi realizado na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia campus 
Vitória da Conquista, através da amostragem aleatória simples sorteou-se 4 cursos de 
graduação que funcionam no campus, sendo os sorteados: Agronomia (A), Biologia (B), 
Direito (D) e Engenharia Florestal (EF). 
Para coleta de dados foram utilizados 200 questionários semiestruturados com 3 
questões: sendo elas: você utiliza algum tipo de cosmético (desodorante, perfume, 
sabonete, creme de pele etc.)? Você sabia que vários cosméticos são testados em animais? 
E você deixaria de comprar um cosmético por saber que a marca fabricante utiliza animais 
em seus testes de segurança? 
 Os questionários foram aplicados pela manhã, feita em três dias com visitas as 
salas dos respectivos cursos, sendo que cada curso contou com 50 questionários. As 
informações foram analisadas no Microsoft Excel e estipulou-se índices de porcentagem. 
A última questão semiestruturada foi analisada por categorias dentro da análise 
qualitativa. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 Dos 200 questionáriosaplicados, verificou-se que a maioria dos entrevistados 
foram do sexo feminino com 112 pessoas, representando 56%. Que o curso com a menor 
faixa etária de entrevistados foi Agronomia, variando de 18 a 29 anos de idade. 
Para a primeira questão:Você utiliza algum tipo de cosmético (Desodorante, 
perfume, sabonete, creme de pele etc.)? A resposta foi de 100% para o uso de cosméticos, 
sejam eles testados ou não em animais. Isso reflete uma tendência, de acordo com o portal 
UOL (2012) “O consumidor brasileiro gasta, em média, R$ 112 por mês com produtos 
de beleza e higiene” e com o G1 (2015) o Brasil é o terceiro maior mercado consumidor 
de produtos ligados à beleza nem mesmo a alta do dólar desanima os empresários do 
segmento. De acordo com estes portais de notícias e economistas, os cosméticos 
movimentam bilhões de reais todos os anos no Brasil, devido a vaidade dos brasileiros. 
A segunda questão perguntava: Você sabia que vários cosméticos são testados em 
animais? Para esta questão tivemos que em Agronomia, 66% afirma que sabiam, 
 
13 
 
enquanto que 34% afirmaram não saber do fato. Já Biologia, 94% afirma saber que os 
testes de segurança são realizados em animais, enquanto apenas somente 6% desconhecia 
o fato. Para o curso de Direito, 92% responderam sim e 8% não; em Engenharia Florestal, 
tivemos os valores de sim e não em 64% e 36%, respectivamente. Ao analisar o caso 
geral, o resultado ficaria que 79% sabem que os testes de segurança de cosméticos são 
realizados em animais, enquanto que 21% não tinha essa informação. A terceira e última 
questão perguntava, se caso a pessoa soubesse que uma marca utilizava animais em seus 
testes de cosméticos ela deixaria de comprar o produto. 
 Sobre esta pergunta, dos estudantes do curso de Agronomia, 32% afirmaram que 
sim, deixaria de utilizar o produto, enquanto que 68% afirmaram não deixar de utilizar. 
Em Biologia, 56% afirmaram que sim e 44% não deixariam, para o curso de Direito, 44% 
responderam que deixariam de utilizar, enquanto que 56% não e por fim, em Engenharia 
Florestal, 54% disseram que sim e 46% não. Temos que o curso que tem mais pessoas 
que deixariam de utilizar o produto por usar animais em testes é Biologia com 56% e o 
curso que menos daria importância a esse fato, neste caso, seria Agronomia com 68% 
afirmando não deixar de utilizar os cosméticos mesmo sabendo que são testados em 
animais. 
 Em uma pesquisa realizada pelo Data Folha, publicado no G1 (2014) apontava 
que 41% dos brasileiros são contra o uso de animais em teste de cosméticos, sendo estes 
em sua maioria jovens com menos de 30 anos. Porém ao comparar com a presente 
pesquisa, os mais jovens foram os estudantes de Agronomia e os que demonstraram mais 
apoio ao uso de animais em testes de cosméticos. 
Na análise geral, tivemos que dos estudantes entrevistados para os 4 cursos, a 
rejeição da marca seria por 46%, enquanto que 54% afirma que não deixaria de comprar 
o produto mesmo sabendo que o produto foi testado em animais. 
 A última questão também perguntava sobre o porquê a pessoa deixaria de usar ou 
não o produto. Para os 46% que disseram deixar de comprar o produto por testes em 
animais, apontam questões éticas, de reconhecerem como maus tratos, crueldade e de 
respeitarem toda forma de vida, além de sugerirem métodos alternativos. Podemos 
exemplificar pelas justificativas: as respostas seguem os dados (curso, idade, sexo). 
 “Porque estes testes podem causar complicações e morte aos animais". (B2, 19, 
F). 
 “Sim, já deixei de usar marcas que vi notícias falando que era testado em animais. 
Porque isso é uma violência e grande falta de respeito com os animais”. (D3, 26, M). 
 “Visto que há outros métodos para se testar tais produtos” (B10, 23, F). 
 Já para os 54% que afirmaram não deixar de comprar um produto mesmo sabendo 
que a marca testa em animais, apontaram que é um teste necessário para a segurança 
humana, que os animais são criados para isso, que além de cosméticos, alimentos e 
remédios também são testados e ninguém cobra mudanças e que apenas boicotar a marca 
não surtirá efeito. Alguns dos depoimentos seguem abaixo: 
 “Os animais servem de cobaias para a nossa segurança, não só no ramo de 
cosméticos, mas também no da alimentação e medicamentos. O que seria dos seres 
humanos sem esses testes. Talvez tivéssemos doenças incuráveis”. (A1, 23, M). 
“Porque infelizmente é necessário, pois deve haver esses testes e não pode ser 
feito em humanos, portanto deve-se desenvolver outros meios para que possa mudar essa 
situação” (A24, 21, M). 
“Porque esses animais são criados em laboratório em condições especiais para 
testes” (B35, 27, M). 
Entre os métodos alternativos temos aqueles métodos ou procedimentos que 
buscam substituir, reduzir ou refinar a metodologia em busca de diminuir a dor ou 
 
14 
 
desconforto pelos animais utilizados. Presgrave (2002) aponta como meios alternativos 
ao uso de animais as seguintes formas: a) o uso de informações obtidas no passado, desta 
forma não é necessário repetir o experimento pois já existem dados, b) o uso de técnicas 
físico-químicas, que são métodos sofisticados de ensaios que substituem o uso de animais, 
e. g. ensaio de potência de insulina antes feita em camundongos ou coelhos, c) o uso de 
modelos matemáticos ou computação, utiliza-se um banco de dados do passado para 
predizer ações de substâncias no organismo, d) o uso de animais inferiores não 
classificados como animais protegidos, sobre o prisma ético ainda gera discussão, porém 
o uso de larvas de camarão (Artemia salina) e de pulga d´água (Daphnia pulgans) são 
invertebrados que podem substituir coelhos em experimentos, e) o uso de estágios iniciais 
de desenvolvimento de animais protegidas, utiliza-se um ovulo embrionado em fase 
inicial onde não tem seus sistema nervoso desenvolvido (e.g o teste HET-CAM com 
membrana cório-alantóide de ovo de galinha embrionado), f) o uso de sistema in vitro, g) 
o uso voluntários de humanos, caso que deve ser tratado com cuidado, não podendo ser 
usado como teste de toxicidade, espera-se que o produto a ser testado já tenha passado 
por outros testes antes e este último seja apenas para confirmar a ausência de toxicidade 
pré-estabelecida. 
Mudanças no público devem ser incentivadas através da cobrança às empresas 
sobre a redução ou não utilização de testes em animais para que os métodos alternativos 
sejam mais viáveis e acessíveis ao mercado, assim como aponta o documentário "Não 
matarás" (2006) muitos dos métodos inovadores não são seguidos devido ao alto custo e 
por existir empresas com pensamentos retrógrados acerca do tema, impedindo avanços 
nesta área. 
 
CONCLUSÃO 
 
 A partir de todo o exposto é possível notar que o grupo acadêmico tem 
conhecimento relativamente alto sobre o uso de animais em testes de cosméticos. Que a 
maioria é a favor do uso de animais para estes fins e que poucos se dispunham em deixar 
de comprar produtos que utilizam animais em seus testes. 
 Pela análise dos questionários também é possível notar que a maioria desconhece 
os meios alternativos ao uso de animais em testes o que pode demonstrar pouca 
informação e conhecimento do tema, podendo ser uma temática mais trabalhado dentro 
da própria universidade e em espaços de educação formal e informal. 
 Ademais, a busca na redução do uso de animais para a segurança de cosméticos é 
uma ação a longo prazo, necessitando uma uniãode forças da população, governos e 
economia em busca de uma produção mais ecoeficiente. 
 
REFERÊNCIAS 
 
CHORILLI, M.; TAMASCIA, P.; ROSSIM, C; SALGADO , H.R.N. Ensaios 
Biológicos para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos. Revista de Ciências 
Farmacêuticas Básica e Aplicada, Araraquara, SP, v.30, n.1, p.19-30, 2009. 
Disponível em: < http://serv-bib.fcfar.unesp.br/seer/index. 
php/Cien_Farm/article/viewFile/869/768 >. Acesso em: 28 Ago. 2010. 
 
CRUZ, S. M.; ANGELIS, L. H. Alternativas aos testes de segurança de cosméticos em 
animais. Pós Em Revista Do Centro Universitário Newton Paiva - EDIÇÃO 5 - ISSN 
2176 7785. 2012. 
 
 
15 
 
G1. Setor de perfumaria e cosméticos faturou 1 Bi em 2014. 2015. Disponível em: 
<http://g1.globo.com/globo-news/contacorrente/noticia/2015/03/setor-de-higiene-
perfumaria-e-cosmeticos-faturou-r-101-bi-em-2014.html> Acesso em 07 jun. 2017. 
 
__.No Brasil, 41% da população é contra testes com animais, revela pesquisa. 2014. 
Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/12/no-brasil-41-da-
populacao-e-contra-testes-com-animais-revela-pesquisa.html> Acesso em 07 de jun. 
2017. 
 
INSTITUTO NINA ROSA. Não Matarás: os animais e os homens nos bastidores da 
ciência. 2006. Disponível em: <http://www.institutoninarosa.org.br/experimentacao-
animal/nao-mataras/> Acesso em 25 maio 2018. 
 
PRESGRAVE, O. A. F. Alternativas para animais de laboratório: do animal ao 
computador. In: ANDRADE, A.; PINTO, S. C.; OLIVEIRA, R. S. (Orgs.) Animais de 
laboratório: criação e experimentação. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2002. p. 361-367. 
 
RECH, M. P. Experimentação animal: uma abordagem acerca do sofrimento e 
crueldade. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. 2013. 
 
SANTOS, H. Toxicologia: A Garantia de Cosméticos Seguros. Cosmeticsand Toiletries 
Brasil, São Paulo, SP, v. 20-Mar/Abr, p.20-24, 2008. 
 
UOL. Brasileiro gasta em média R$ 112 por mês com cosméticos. 2012. Disponível 
em: <https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2012/09/03/brasileiro-gasta-em-
media-r-112-por-mes-com-cosmeticos.htm> Acesso em 07 jun. 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DO 6º ANO ACERCA DE UMA AULA DE CAMPO 
SOBRE RELAÇÕES TRÓFICAS NO ECOSSISTEMA MARINHO: UM RELATO DE 
EXPERIÊNCIA 
Patrícia Santos de Carvalho; Thais Barbosa dos Santos Moura 
 
Universidade Estadual de Santa Cruz, e-mail: pattycarvalho19@yahoo.com.br1; 
thaismoura@hotmail.com 2 
 
 
RESUMO 
O presente trabalho foi desenvolvido baseado nas experiências vivenciadas numa aula de campo da 
disciplina de Ciências em uma turma 6 º ano de um Colégio Municipal localizado no povoado de Barra 
Grande, Marau, BA no ano de 2017. Busca-se retratar as concepções de uma turma de alunos a respeito da 
aula de campo sobre relações tróficas no ecossistema marinho. O trabalho traz descrições das ações 
realizadas na escola, além de reflexões sobre a aula de campo. Conclui-se, a partir desse estudo que os 
alunos obtiveram aprendizado significativo com esta metodologia. 
 
Palavras-chave: Aula de campo. Ecologia. Relações Tróficas. 
 
INTRODUÇÃO 
O presente relato de experiência traz as concepções dos alunos de uma turma do 
6º ano, composta por 27 alunos, de ambos os sexos, de idade 11 e 12 anos do ensino 
fundamental anos finais, sobre a percepção destes alunos acerca da aula de campo, 
abordando as relações tróficas no ecossistema marinho. Os estudantes são nativos de 
Barra Grande e também de comunidades circunvizinhas como: Taipus, Sapinho, 
Campinho. 
 Foram desenvolvidas atividades individuais e em grupos, saída de campo ao 
ecossistema marinho, os ecossistemas costeiros e oceânicos abrigam uma das maiores 
biodiversidades do planeta. Esta biodiversidade, em vista de ser um conjunto de recursos 
biológicos e genéticos extraídos do meio e utilizados pelo homem na alimentação, na 
indústria, na medicina e no lazer (LÉVÊQUE, 1999). 
Para que a biodiversidade continue sendo uma das maiores do planeta é preciso 
evitar a degradação ambiental. Portanto, de acordo com os Parâmetros curriculares 
nacionais (BRASIL, 1997), a questão ambiental é imprescindível para a sociedade no que 
se refere a sua preservação, já que o futuro da humanidade depende da relação 
 
17 
 
estabelecida entre a natureza, o uso dos recursos e elementos naturais disponíveis pelo 
homem. 
Contudo, neste trabalho focaremos na saída a campo, a mesma objetivando que os 
alunos expusessem as suas próprias conclusões, ao invés de se limitar às respostas 
prontas. De acordo com MINAYO (2007), o professor, ao optar em utilizar aula de 
campo como metodologia de ensino, estimula seus alunos a direcionar seu olhar para as 
questões espaciais que os envolvem, dando-lhes a possibilidade de analise e interação 
direta com o principal objeto de estudo. 
Assim, esta aula teve por objetivo complementar de forma contextualizada o 
ensino de ecologia já iniciado com as aulas teóricas em sala, permitindo aos alunos, um 
contato com aspectos mais amplos referentes aos temas cadeia alimentar, teia alimentar, 
decompositores e ecologia. 
Nesta perspectiva, este relato tem como objetivo principal: analisar as concepções 
de uma turma do 6º ano do Ensino fundamental anos finais acerca da aula de campo 
sobre relações tróficas no ecossistema marinho. 
 
A SEQUENCIA DIDÁTICA 
 
Como primeiro momento da prática, os alunos em grupos leram e discutiram o 
texto informativo: “Darwin e as Cadeias Alimentares” (VARELLA, 2000) que traz 
reflexões sobre os conceitos ecológicos. 
Num segundo momento, utilizamos um filme sobre cadeias alimentares com o 
objetivo de introduzir o assunto, posteriormente, foi feito uma discussão sobre a 
importância do tema, destacando os conceitos como população, comunidade, ecossistema 
e a importância da preservação ambiental. 
 No terceiro momento saímos a campo para observação do ambiente e dos 
materiais biológicos contidos na praia de Barra Grande. Saliento que foi apenas uma visita 
de observação e identificação dos animais encontrados na areia, após, retornamos a escola 
 
18 
 
e conversamos com os alunos sobre as preferências alimentares dos organismos 
encontrados. 
PERCEPÇÕES DOS ALUNOS ACERCA DA AULA DE CAMPO 
Durante a prática na praia de Barra grande, percebemos que a partir da observação 
direta com os diferentes tipos de animais marinhos os alunos demonstraram uma certa 
excitação, um comportamento de curiosidade, atenção, entusiasmo e admiração pelos 
animais encontrados. Muitos deles não se conformavam em ver alguns animais mortos na 
praia, dentre eles estavam peixes, siris, estrelas do mar e ouriços. 
Observamos na análise dos dois ambientes de aprendizagem que, em sala de aula 
os alunos de forma geral, estão acostumados a aulas tradicionais, onde o professor passa 
as informações e eles tentam correlacionar ao seu cotidiano, porém, com esta aula de 
campo pudemos averiguar a curiosidade nas perguntas: 
“Estes animais mortos são devido a poluição?” Outrosquestionamentos foram: “Qual importância do ecossistema 
marinho?” e “Quais as consequências que a poluição desse 
meio pode causar?” 
Neste âmbito, é imprescindível perceber que uma atividade de campo compreende 
não só a saída propriamente dita, mas requerer fases de planejamento, execução, 
exploração dos resultados e avaliação. Assim, ao falarmos de atividade de campo: 
 [...] são fundamentais à compreensão das questões ambientais 
em sua complexidade, propiciando uma visão articulada das 
diferentes esferas de repercussão de um problema ambiental em 
estudo. Isto favorece a compreensão dos problemas 
socioambientais na escola, bem como contribui para a formação 
de cidadãos críticos e participativos em busca da melhoria da 
qualidade de vida (SANTOS; COMPIANI, 2005, p.2). 
 O trabalho de campo nos possibilita não só uma aproximação com o que 
desejamos conhecer e estudar, mas também criar um conhecimento, partindo da realidade 
presente no campo, como docentes devemos possibilitar ao aluno uma maior aproximação 
com o meio ambiente,lhes permitindo sistematizar conhecimento a partir da investigação 
 
19 
 
de um espaço, possibilitando uma consciência de valorização e preservação deste 
ambiente. 
Nesta ocasião esclarecemos como a poluição os atinge e como funciona os níveis 
tróficos no ecossistema marinho. Logo em seguida, houveram investigações entre os 
alunos com conversas, correlacionada ao assunto, trocando experiências, inclusive 
vividas em sua família, acontecendo diálogos como: 
 “meu pai que é pescador disse que a quantidade de peixe está 
bem menor por que da poluição”, “Estas algas que estão na 
areia são produtores na cadeia alimentar marinha?”,“O peixe é 
um consumidor secundário?” 
 Este momento foi bem significativo, houve muita animação por parte dos alunos 
em conhecer como cada organismo encontrado ocupa uma posição numa cadeia trófica 
no ecossistema marinho. Percebemos como sua vivência pode ser revelada nas aulas de 
ciências, onde o cotidiano de cada um pode contribuir de forma expressiva na 
aprendizagem. Permitindo-nos pensar e conversar em como podemos agir para que esse 
ecossistema possa ser restaurado e preservado. 
Como processo avaliativo, foi feito uma produção de texto, desenhos e apresentação oral 
da sua experiência em sala para os colegas, com o intuito de verificar se houve a 
assimilação das relações tróficas no ecossistema marinho. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Pudemos concluir que a aula de campo como metodologia de ensino é um 
instrumento que pode dinamizar o ensino de Ciências na escola para que o mesmo não 
seja desenvolvido apenas de forma tradicional. Desta forma, com a realização deste 
trabalho, espero futuramente poder colaborar para uma melhor formação dos alunos e 
para que se tornem pessoas capazes de preservar a natureza garantindo uma melhor 
qualidade de vida para si e para as gerações futuras. 
Assim, concluímos que as aulas de campo podem proporcionar uma aprendizagem 
de foram mais concreta, pois deste modo eles puderam vivenciar o que havia escutado 
teoricamente em sala, unindo assim teoria e prática. 
 
20 
 
Fica evidenciado então, a importância na prática pedagógica da pesquisa de campo 
envolvendo questões ambientais e de como é imprescindível esta didática estar próxima 
da realidade destes alunos. 
REFERÊNCIAS 
BASTOS, F. História da ciência e ensino de Biologia: a pesquisa médica sobre a febre 
amarela (1881-1903). São Paulo, 1998. 212p. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade 
de Educação, Universidade de São Paulo. 
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: ciências 
naturais. Brasília: MEC/SEF, 1997. 
FERNANDES, J. A. B. Você vê essa adaptação? A aula de campo em ciências entre o 
retórico e o empírico. São Paulo, 2007. 326p. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade 
de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. 
LÉVÊQUE, C. A biodiversidade. Editora Edusc- Universidade do sagrado coração, São 
Paulo, SP. 1999. 245p. 
 ODUM, E.P. Ecologia. Rio de Janeiro: Discos CBS, 1985. 
SANTOS, V. M. N.; COMPIANI, M. Formação de professores: desenvolvimento de 
projetos escolares de educação ambiental com o uso integrado de recursos de 
sensoriamento remoto e trabalhos de campo para o estudo do meio ambiente e 
exercício da cidadania. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO 
EM CIÊNCIAS, 5., 2005, Bauru. Anais... Bauru: ABRAPEC, 2005. 
VARELLA, Drauzio. Darwin e as Cadeias Alimentares. Folha de são Paulo, 21/10/2000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
APRENDENDO ECOLOGIA A PARTIR DE MATERIAIS DIDÁTICOS 
ADAPTADOS: UMA POSSIBILIDADE DE INCLUSÃO 
Francisnaide dos Santos Souza1; Luciano Cardoso Santos2; Amanda Bastos Santana3; Tamires Ferreira 
Dantas4; Christiana Andrea Vianna Prudencio5 
Discentes do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) 1, 2, 3, 4. E-
mail: francisnaidesouza@gmail.com 1; luciano.cardoso23@hotmail.com 2; 
amandabastosuesc@gmail.com 3; tamires-dantas_@hotmail.com 4 
Professora adjunta da área de Ensino de Biologia na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) 5. E-
mail: cavprudencio@uesc.br 
Resumo 
O objetivo desse trabalho é apresentar uma atividade de intervenção com uso de modelos tridimensionais 
adaptados para deficientes visuais realizada em um colégio no município de Ilhéus – BA, junto a uma turma 
de 3º ano do Ensino Médio. O projeto é fruto de atividades desenvolvidas no âmbito da Práticas como 
Componente Curricular do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Estadual de 
Santa Cruz. Desenvolvemos uma aula sobre “Ciclos biogeoquímicos” para a qual apresentamos modelos 
tridimensionais adaptados para os principais ciclos: Água, Carbono, Oxigênio e Nitrogênio. As observações 
da aplicação desse projeto permitiram demonstrar a importância do uso de materiais construídos para 
deficientes visuais no ensino de Ciências como contribuição para melhoria na qualidade das aulas e inclusão 
desses estudantes em classes regulares de ensino. 
Palavras – chave: Modelos adaptados. Ciclos biogeoquímicos. Inclusão. Deficientes visuais. 
Introdução 
Ensinar ciências pode, muitas vezes, parecer fácil. Ao analisar o histórico do ensino 
de ciências no Brasil, percebe-se que ele sempre esteve voltado para a racionalidade 
técnica (SETÚVAL; BEJARANO, 2009), sendo a principal finalidade a resolução de 
problemas por meio da aplicação intensa de teorias e técnicas científicas (CARVALHO, 
2002). Esse modelo, considerado como Tradicional de Ensino, alberga um entrave no 
ensino de ciências representado pela falta de relação de conhecimentos entre professores 
e estudantes, e entre estudantes, tendo como única fonte de conhecimentos válidos os 
livros didáticos (SETÚVAL; BEJARANO, 2009). 
Uma das estratégias que têm sido bastante utilizada atualmente para melhorar a 
interação entre conhecimentos, alunos e professores é o modelo tridimensional. Para Paz 
et al. (2006) os modelos podem ser classificados em representacionais, quando abordam 
uma representação física tridimensional; imaginários quando representam e descrevem 
como um objeto ou sistema seria e; teóricos, quando explicita um objeto ou sistema.O uso de modelos didáticos possibilita condições para melhor compreensão de 
conteúdos, conceitos e o desenvolvimento de habilidades a partir da experimentação e 
relação da teoria com a prática (CAVALCANTE; SILVA, 2008). Esses modelos podem 
ser construídos pelos professores ou pelos próprios alunos, o que contribui, neste último 
 
22 
 
caso, para o entendimento de todo o processo. Sua construção é importante também tanto 
para escolas que não possuem laboratório de ciências quanto para aquelas cujos 
laboratórios estejam com déficit de equipamentos. 
A necessidade de investimento em materiais diversos para as aulas de Ciências e 
Biologia vem aumentando como forma de auxiliar na construção de aulas mais interativas 
e que fujam da tradicional aula expositiva. Dentre esses materiais estão os modelos 
didáticos, que constituem um recurso diversificado no processo de ensino e 
aprendizagem. No entanto, materiais para inclusão, principalmente de pessoas com 
deficiências visuais, ainda são pouco vistos nas escolas, o que se configura a preocupação 
desse trabalho. 
Caracterização 
Esse trabalho é fruto de atividades desenvolvidas no âmbito da Prática como 
Componente Curricular, organizada curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da 
Universidade Estadual de Santa Cruz em oito “disciplinas de Módulos Interdisciplinares 
para o Ensino de Biologia”. Esse trabalho foi desenvolvido nos Módulos V e VI, em dois 
semestres. A atividade foi desenvolvida em um colégio do município de Ilhéus - BA, com 
duração de 4 horas, para uma turma de 3º ano do Ensino Médio, que contava com uma 
aluna deficiente visual. O processo de intervenção foi dividido em duas etapas, uma em 
cada semestre: no primeiro foi realizado um diagnóstico do ambiente escolar para 
identificação de potencialidades e pontos possíveis de intervenção e, no segundo o 
desenvolvimento e posterior aplicação do projeto. 
Durante o levantamento de informações, no Módulo V, foram feitas algumas visitas 
e observações ao Colégio escolhido. Essas informações foram extraídas de conversas com 
professores de Ciências e Biologia, a diretora, a coordenadora pedagógica, um 
representante estudantil e diversos moradores da comunidade. Como produto dessa 
observação foi gerado um documentário em vídeo e a partir dele identificado o ponto em 
que o grupo faria a intervenção: a inclusão de estudantes com deficiência visual, 
especificamente no ensino de Biologia, nossa área de atuação. Nesse sentido, o próximo 
passo foi pensar numa atividade que contemplasse a proposta inicial e que também fizesse 
uma abordagem interdisciplinar do conteúdo, que é o foco principal das atividades 
pensadas para os Módulos no curso de licenciatura em Biologia. 
No semestre seguinte, Módulo VI, foi estruturado o projeto de intervenção que 
buscou desenvolver materiais didáticos voltados para a inclusão de pessoas com 
 
23 
 
Figura 2 – Modelos didáticos adaptados para inclusão de deficientes visuais produzidos para o projeto 
de intervenção. A: Modelo do Ciclo do carbono. B: Modelo do Ciclo da água. C: Modelo do Ciclo do 
oxigênio. 
deficiência visual. A ideia principal foi construir modelos didáticos adaptados para 
inclusão (Figura 1) que pudessem ser doados para o laboratório de ciências e utilizados 
nas aulas de Biologia. O conteúdo trabalhado foi “ciclos biogeoquímicos”, sugerido pela 
professora de Biologia para integrar com os conteúdos de ecologia que estavam sendo 
desenvolvidos no momento, já que a atividade foi aplicada em aulas cedidas pela 
professora em questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C 
A 
B 
 
24 
 
A construção do modelo se deu antes da aplicação do projeto, ou seja, os modelos 
foram levados prontos para a sala. Foram utilizados materiais como biscuit, tinta de papel, 
cartolina colorida, algodão, caixa de sapato e cola. A adaptação para a inclusão foi 
realizada utilizando diferentes texturas e a escrita braile para indicar os nomes dos 
componentes do modelo didático. O braile foi confeccionado pelo grupo com pequenas 
bolinhas de biscuit, baseando-se no alfabeto braile. 
A aplicação se deu em dois dias, abordando os quatro principais ciclos 
biogeoquímicos: Água, Oxigênio, Carbono e Nitrogênio. Inicialmente se fez uma rápida 
introdução trazendo a justificativa do projeto, bem como a preocupação crescente com 
questões voltadas para a inclusão e as contribuições que o investimento nessas questões 
trazem para o ensino de Biologia. Os ciclos abordados foram explicados e descritos na 
lousa, utilizando setas e desenhos para que os alunos compreendessem o movimento dos 
elementos na biosfera. Ao final da explicação, cada modelo foi apresentado para a turma 
assim como para a aluna deficiente visual para que ela pudesse tocar e acompanhar os 
processos que ocorrem em cada ciclo. 
Resultados e Discussão 
 Nas observações feitas pelo grupo durante as aulas, percebemos que o recurso 
didático adaptado para deficientes visuais contribuiu para inclusão da aluna durante as 
aulas, sobretudo quando há ausência de intérpretes. Observamos também, aceitação da 
turma em aprender tópicos de ecologia, muitas vezes complexos, a partir desse recurso. 
Porém, um ponto que julgamos de muita relevância foi a percepção da turma sobre a 
importância de materiais adaptados para a inclusão, já que na sala de aula em questão 
havia uma aluna cega que, segundo relatos da turma, nunca participava das demais 
atividades. Nesse sentido, concordamos que: 
O uso de recursos didáticos é fundamental na apropriação de conceitos, 
sendo que, ao se tratar de alunos com deficiência visual, estes recursos 
precisam estar adaptados às suas necessidades perceptuais. Desta 
forma, o professor, com o uso de recursos específicos, precisa elaborar 
estratégias pedagógicas para favorecer o desenvolvimento da criança 
com deficiência visual e que, assim como crianças de visão 
normalmente, ela possa obter sucesso escolar, sendo este um dos 
desafios da inclusão (VAZ et al. 2012, p. 89). 
 
Por parte da aluna com deficiência visual, notamos uma participação mais ativa 
durante as aulas demonstrando compreensão dos processos do ciclo por conta das texturas 
diferentes e setas em relevo que explicavam cada etapa nos modelos didáticos. Essa 
 
25 
 
compreensão foi evidenciada quando a aluna pode explicar para a sala o Ciclo X. Isso 
demonstra que o uso de materiais dessa natureza promove tanto a qualidade do ensino às 
pessoas com deficiência visual, quanto uma real inclusão no processo de ensino e 
aprendizagem (CROZ et al., 2006). 
 
Conclusão 
A produção dos modelos didáticos adaptados para os ciclos biogeoquímicos 
permitiu a inclusão de uma aluna deficiente visual e a participação de todos alunos na 
aula de ecologia. Para nós, esses recursos adaptados foram de suma importância para duas 
questões diferentes, mas igualmente importantes: a compreensão do conteúdo e 
participação ativa na aula por parte da aluna cega e, possibilidade de discussão sobre 
inclusãopor parte dos demais alunos da sala. Assim, a busca pela elaboração desses 
materiais inclusivos é essencial para o aumento da qualidade das aulas e inserção dos 
alunos com deficiência em salas regulares, o que contribui diretamente para a qualidade 
da inclusão no processo de escolarização. 
Referências 
CARVALHO, A. M. P. de. A pesquisa no ensino, sobre o ensino e sobre a reflexão 
dos professores sobre seus ensinos. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 28, p. 57- 67, 
2002. 
CAVALCANTE, D. D.; SILVA, A. F. A. Modelos didáticos e professores: concepções 
de ensino-aprendizagem e experimentações. In: XIV Encontro Nacional de Ensino de 
Química, Curitiba, UFPR, Julho de 2008. Disponível em: 
<http://www.quimica.ufpr.br/eduquim/eneq2008/resumos/R0519-1.pdf>. Acesso em: 21 
dez. 2017. 
CROS, C. X. et al. Classificações da deficiência visual: compreendendo conceitos 
esportivos, educacionais, médicos e legais. Lecturas: Educación Física y Deportes. 
Buenos Aires, n. 93, 2006. Disponível em: 
<http://www.efdeportes.com/efd93/defic.htm>. Acesso em: 15 jul. 2018. 
KAPRAS, S. et al. Modelos: uma análise de sentidos na literatura de pesquisa em 
ensino de ciências. Investigações em Ensino de Ciências. Rio Grande do Sul, v. 2, n. 3, 
1997. 
SETÚVAL, F. A. R.; BEJARANO, N. R. R. Os modelos didáticos com conteúdos de 
genética e a sua importância na formação inicial de professores para o ensino de 
ciências e biologia. In: Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, 
Florianópolis, 2009. 
 
26 
 
AMARAL, M. B. et al. Breve histórico da educação inclusiva e algumas políticas de 
inclusão: um olhar para as escolas em Juz de Fora. Revista Eletrônica da Faculdade 
Metodista Granbery. Disponível em: <http://re.granbery.edu.br> . Acessado em: 06 maio 
2018. 
VAZ, J. M. C. et al. Material didático para ensino de Biologia: possibilidades de 
inclusão. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, São Paulo, v. 12, 
n. 3, p. 1-24, 2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
A CONSERVAÇÃO EX-SITU EM VITÓRIA DA CONQUISTA, BA: VOCÊ 
CONHECE? 
Ananda Santos Oliveira1; Mauricio de Oliveira Silva ² 
 
RESUMO: Este trabalho é um relato acerca de uma atividade referente à disciplina 
Biologia da Conservação. Entende-se como conservação ex-situ aquela realizada para 
preservação da espécie fora do seu habitat natural, sendo importante para a preservação e 
recuperação de espécies vegetais e animais; envolve populações não-naturais, como 
plantas cultivadas em estufas e sementeiras e animais criados em cativeiro ou aquário. O 
objetivo desta pesquisa foi conhecer as entidades de conservação ex-situ em Vitória da 
Conquista, divulgar por meio de redes sociais informações sobre estas unidades a fim de 
incentivar o reconhecimento da necessidade de conservação ao público acadêmico e não 
acadêmico. Para obtenção de dados utilizou-se a plataforma Google Forms para formular 
um questionário online semiestruturado e a posteriori analisou-se quali-quantitativamente 
os resultados levantados. O trabalho aponta que a população ainda tem pouco 
conhecimento sobre as conservações ex-situ do município, até mesmo os indivíduos com 
vivência acadêmica, além disso, existe uma necessidade de investimento não só 
estrutural, mas também em divulgação destes órgãos e aplicações de aulas com o tema 
transversal Educação para Sustentabilidade é fundamental na educação, principalmente 
nas anos iniciais pelo fato das nossas crianças e adolescentes serem multiplicadores de 
conhecimento. Por fim, a proposta alcançou um fragmento da população a partir da 
criação de uma página na rede social (Facebook), que teve como resultado divulgações, 
postagens de curiosidades e ploblematização sobre o Horto Florestal Vilma Dias (HFVD) 
e Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), além da criação do verbete com 
descrição do CETAS e do HFVD na página de Vitória da Conquista na Wikipédia. 
 
PALAVRAS-CHAVE: CETAS, Conservação ex-situ, Horto Florestal, Vitória da 
Conquista. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Este relato é referente a uma pesquisa de opinião sobre a conservação ex-situ em 
Vitória da Conquista, proposta como uma atividade de promoção e reflexão ambiental 
pela disciplina Biologia da Conservação pela Universidade Estadual do Sudoeste da 
Bahia (UESB) e nasceu a partir de preocupações com o meio ambiente urbano e natural 
e as formas que poderiam ajudar a conservar a biodiversidade. 
Existem duas principais formas de conservação a in situ e a ex-situ. Conservação 
in situ são estratégias de conservação de ecossistemas e habitats naturais e de manutenção 
e recuperação de populações viáveis de espécies em seus meios naturais e, no caso de 
espécies domesticadas ou cultivadas, nos meios onde tenham desenvolvido suas 
propriedades características (BRASIL, s.d.). Já a Conservação ex-situ é uma estratégia de 
preservação e recuperação de espécies vegetais e animais; envolve populações não-
naturais, como plantas cultivadas em estufas e sementeiras, e animais criados em cativeiro 
ou aquário (BRASIL, s.d.). 
O sítio do Ministério do Meio Ambiente (Brasil, s.d.) aponta que a conservação 
ex-situ 
 
1 Graduada em Ciências Biológicas – UESB 
² Mestrando em Ciências Ambientais - UESB 
 
 
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É a manutenção das espécies fora de seu habitat natural tem como principal 
característica: (i) preservar genes por séculos; (ii) permitir que em apenas um 
local seja reunido material genético de muitas procedências, facilitando o 
trabalho do melhoramento genético; (iii) garantir melhor proteção à 
diversidade intraespecífica, especialmente de espécies de ampla distribuição 
geográfica (BRASIL, s.d., p. 1). 
 
Este método implica, entretanto, na paralisação dos processos evolutivos, além de 
depender de ações permanentes do homem, visto concentrar grandes quantidades de 
material genético em um mesmo local, o que torna a coleção bastante vulnerável. 
A cidade de Vitória da Conquista ocupa a 3ª posição em densidade demográfica 
no estado da Bahia, possui uma Unidade de Conservação oficialmente instituída, o Parque 
Municipal da Serra do Periperi pelo Decreto nº 9.480/99 que compreende também a 
Reserva do Poço Escuro e Reserva Ambiental do endêmico Melocactus conoideus 
(Cactaceae), a reserva ainda abriga uma outra planta endêmica, a Diplotropis ferruginea 
(Fabaceae) (VITORIA DA CONQUISTA, s.d.; SILVA, SANTOS, 2007), além de 
abrigar duas áreas de conservação instituídas pela Prefeitura Municipal de Vitória da 
Conquista - PMVC, o Parque da Lagoa das Bateias e a Lagoa da Jurema. O Parque 
Municipal da Serra do Periperi foi criado com a função primordial de atender à 
necessidade e urgência em adotar medidas de preservação da Serra do Periperi, de forma 
a impedir a ocupação desordenada, o desmatamento e a degradação ambiental, 
decorrentes, principalmente, das atividades de mineração (ALMEIDA, 2005). 
Além destas reservas, o município conta com duas entidades de conservação ex-
situ, o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) e Horto Florestal Vilma Dias 
(HFVD). A conservação ex-situ envolve a manutenção,fora do habitat natural, de uma 
representatividade da biodiversidade, de importância científica ou econômico-social, 
inclusive para o desenvolvimento de programas de pesquisa, particularmente aqueles 
relacionados ao melhoramento genético (BRASIL, s.d.). 
 De acordo a PMVC (s.d.), o CETAS Implantado em 2000 e mantido pelo 
município, é uma unidade de referência, tanto no estado, quanto fora dele, em razão da 
qualidade dos trabalhos prestados para a preservação da biodiversidade. Com sede no 
Parque Municipal da Serra do Periperi, o CETAS tem por objetivo recepcionar e 
recuperar animais silvestres apreendidos pela fiscalização ambiental e destiná-los ao seu 
habitat. 
O HFVD surgiu como uma das mais belas áreas verdes aberta ao público, onde 
funcionam os setores de Paisagismo e Arborização Pública. No local, são produzidas 
mudas ornamentais e frutíferas, fornecendo estas mudas para serem plantadas em 
calçadas, áreas verdes, praças, avenidas, e nos jardins da cidade (VITÓRIA DA 
CONQUISTA, s. d.). Atualmente conta com uma área de mais de 1 ha e tem como as 
espécies mais reproduzidas: sibipiruna (Caesalpinia pluviosa), jacarandá-mimoso 
(Jacaranda mimosifolia), pata-de-vaca (Bauhinia forficata), ipê-de-jardim (Tecoma 
stans), mamorana (Pachira glabra), flamboyant (Delonix regia) e jamelão (Syzygium 
jambolanum) (SOUZA et. al., 2015). 
O objetivo desta pesquisa foi conhecer a opinião dos questionados sobre as 
entidades de conservação ex-situ em Vitória da Conquista e divulgar informações por 
meio de redes sociais sobre estas unidades a fim de incentivar o reconhecimento da 
necessidade de conservação ao público acadêmico e não acadêmico. 
 
CARACTERIZAÇÃO 
 
 
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Após aulas de Biologia da Conservação na Universidade Estadual do Sudoeste da 
Bahia- UESB surgiram reflexões sobre a necessidade de aplicar estudos de conservação 
em Vitória da Conquista. Para divulgação e compartilhamento de informações sobre a 
temática foi utilizado a rede social Facebook, além da enciclopédia livre Wikipédia com 
a criação dos verbetes CETAS e HFVD na página de Vitória da Conquista3. A partir 
destas plataformas criou-se uma página intitulada Conservação ex-situ Vitória da 
Conquista4, onde foram publicadas informações sobre o HFVD e o CETAS localizados 
em Vitória da Conquista. 
Para obtenção de dados utilizou-se a plataforma Google Forms para formular um 
questionário online semiestruturado e a posteriori analisou-se quali-quantitativamente os 
resultados levantados. 
 
RESULTADO E DISCUSSÃO 
 
 O município Vitória da Conquista vem crescendo muito nos últimos anos, 
principalmente nas áreas urbanas, onde concentra mais de 80% da população, deste modo 
as respostas do questionário dão pistas se junto com expansão da cidade vem o 
conhecimento da sociedade sobre a conservação ex-situ existente em Vitória da 
Conquista. Após a aplicação do questionário obteve-se em primeiro momento o perfil do 
entrevistado, com um n total de 51 questionados, a faixa etária alcançada foi de 18 à 48 
anos e em sua maioria 23 à 28 anos, sendo que 61,2% foram mulheres, 98% vivem na 
zona urbana e apenas 2% é da zona rural e por fim a grande maioria possuía o Ensino 
Superior Incompleto com 55, 1% e a minoria Ensino Fundamental Incompleto com 4,1%. 
 Logo após traçar o perfil, foi pedido que marcassem as opções que consideravam 
formas de conservação ex-situ, sendo as opções a) zoológico, b) área de proteção 
permanente c) floresta nativa, d) horto florestal, e) herbário, f) praça, g) lagoa, h) CETAS. 
Pelo resultado foi possível relacionar esses dados com os seguintes resultados, cerca de 
74,5% dos indivíduos não sabem o que é uma conservação ex-situ, entretanto seguem 
uma linha compatível ao considerar a) zoológico, d) horto florestal e h) CETAS como 
meios de conservação ex-situ, como segue o gráfico 1. Mas observa-se também que os 
indivíduos confundem muito a conservação ex-situ com b) áreas de preservação 
permanente (APP) e c) florestas nativas, sendo estas importantes formas de conservação 
in situ. 
 
3 Página sobre Vitória da Conquista na Wikipédia com as informações sobre o CETAS e o HFVD. link: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vit%C3%B3ria_da_Conquista, subtítulo 2.4, 2.4.1 e 2.4.2 
4 Página sobre a Conservação ex-situ em Vitória da Conquista no Facebook, disponível em: 
https://www.facebook.com/conservacaoexsitu/ 
 
 
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Esse dado pode ser relacionado com a informação que a maioria possuía o Ens. Superior 
Incompleto, portanto os indivíduos agregaram conhecimento a partir das vivências e 
experiências no meio acadêmico. Este ponto ainda confirma o fato de que 57,1% sabem 
o que é um Horto Florestal, porém 71,4% não conhecem o Horto Florestal Vilma Dias e 
100% dos entrevistados não frequentam, sendo que 46,9% sabem que o HFVD distribui 
mudas. Essa falta de conhecimento da sociedade são sinais claros de uma falta de 
divulgação e investimento da Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista (PMVC) 
nessa área. 
 
Gráfico 1. Este gráfico representa as opiniões dos entrevistados acerca de quais destas opções são 
conservação ex-situ. Fonte: Googles Forms, 2017. 
 
 A partir disso, foi perguntado a preferência dos indivíduos em relação a quais mudas os 
mesmo plantariam em suas residências para ornamentação e paisagismo, ou mesmo para 
produção de frutos em casa, existem estudos que debatem os efeitos das cores nas pessoas, 
sendo o verde considerado uma cor tranquilizadora e que a sua deficiência (o verde da 
arborização) pode provocar distúrbios psicológicos (TISI-FRANCKWIAK, 1991) e o estímulo ao 
plantio de árvores é sempre bem-vindo. observou-se um equilíbrio de respostas entre plantas 
nativas e exóticas, sendo consideradas como nativas as espécies a) ipê-amarelo, c) pata-de-vaca, 
d) umbu, e) sibipiruna, i) pau-brasil, k) quaresmeira e l) bougainvillea. Os resultados podem ser 
vistos no gráfico 2: 
 
 
 
Gráfico 2: Preferência dos entrevistados sobre as plantas nativas ou exóticas. Fonte: Google Forms, 2017. 
 
 
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Por fim, foi analisado o CETAS, que segue os mesmos pontos de pouca 
divulgação, tendo como consequência 55,1% dos entrevistados não conhecem o CETAS 
de Vitória da Conquista, 42,9% não sabem qual o papel do mesmo e 57,1% sabem o 
principal foco de trabalho do CETAS. Contudo, mesmo com esse índice a maioria 
(81,6%) acredita que esse órgão ajuda na preservação e conservação dos animais. A partir 
deste ponto foi questionado sobre o fornecimento de animais que não podem ser soltos 
na natureza pelo CETAS para a construção de um zoológico no município e se o indivíduo 
estaria disposto a pagar para visitá-lo. A maioria respondeu aceitar a construção do zoo 
(80,4%) e a cobrança de uma taxa para visitá-lo, porém 55,1% não pagaria mais que 
R$10,00. Como um dado adicional, tivemos que 96,1% dos entrevistados acreditam que 
todos os animais que sofrem contrabando devem ser resgatados, independente de serem 
exóticos ou nativos. 
 Por fim, observou-se que 100% acredita que o Horto e CETAS são órgãos de 
conservação e preservação. Com isso, pode-se inferir que a população acredita que estes 
órgãos são importantes na conservação de espécies, porém tem pouco conhecimento de 
como a metodologiaex-situ do município funciona e não participa efetivamente neste 
quesito, mesmo os indivíduos com vivência acadêmica. Nota-se a falta de pertencimento 
com os órgãos pela falta de visitação e participação e também a necessidade urgente de 
investimento não só estrutural, mas também em divulgação, além disso, aplicações de 
aulas com o tema transversal Educação para Sustentabilidade é fundamental na educação, 
principalmente nos anos iniciais pelo fato das nossas crianças e adolescentes serem 
multiplicadores destes conhecimentos. 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 O maior problema enfrentado pelas áreas de conservação ex-situ do município de 
Vitória da Conquista, além da falta de investimento, é a falta de conhecimento e 
participação da população nessas áreas. A pesquisa aponta que há credibilidade no 
trabalho dos órgãos, porém não existe sentimento de pertencimento e participação da 
população conquistense nas ações conservacionistas. Órgãos como o CETAS desenvolve 
trabalho importante na conservação, recuperação e tratamento de animais em situação de 
maus-tratos e contrabando, sendo indispensáveis nas ações de conscientização das 
pessoas sobre estas questões. O Horto Florestal Vilma Dias promove espaço de lazer que 
deve ser aproveitado pela população a fim de levar qualidade de vida, beleza e serviços 
ambientais naturais pela distribuição de mudas, já que cidades arborizadas tendem a 
serem mais refrescadas, terem solo mais permeável, manterem fluxo genéticos, além de 
favorecer melhorias na saúde e qualidade de vida dos seus moradores. 
 Ademais, a proposta deste trabalho alcançou um fragmento da população a partir 
da criação de uma página na rede social (Facebook), que teve como resultado divulgações, 
postagens de curiosidades e ploblematização sobre o HFVD e CETAS, além da criação 
dos verbetes com descrição dos mesmos na enciclopédia livre Wikipédia. 
REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, R. S. Do Imaginário Ao Real: Potencial Pedagógico Da Imagem De 
Satélite Em Ações De Educação Ambiental Ligadas Ao Parque Municipal Da Serra Do 
Periperi, Vitória Da Conquista – BA. Tese de Mestrado. Universidade Estadual de Feira 
De Santana - UESF. Feira De Santana – Bahia, 2012. 
 
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BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conservação in situ, ex situ e on farm. s.d. 
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/biodiversidade/conservacao-e-promocao-do-
uso-da-diversidade-genetica/agrobiodiversidade/conserva%C3%A7%C3%A3o-in-situ,-
ex-situ-e-on-farm> Acesso em 22 nov. 2017. 
 
SILVA, C. B. M. C.; SANTOS, D. L. Fenologia Reprodutiva de Melocactus conoideus 
Buin. & Bred.: Espécie Endêmica do Município de Vitória da Conquista, Bahia – Brasil. 
Nota Científica. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, supl. 2, p. 1095-
1097, jul. 2007. 
 
SOUZA, C. F.; JESUS, E. Q.; BRITO, O. S.; FIGUEIREDO-FILHO, U. C. Horto 
municipal de Vitória da Conquista: um exemplo em revitalização de áreas urbanas, com 
o paisagismo sustentável. Anais VI Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental Porto 
Alegre/RS. 2015. Disponível em: 
<http://www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2015/VI-021.pdf> Acesso em 22 nov. 
2017. 
 
TISI-FRANCKWIAK, I. Homem, comunicação e cor, São Paulo, Ícone, 1991. 
 
VITÓRIA DA CONQUISTA. Parque da Serra do Periperi. s.d. Disponível em: 
<http://www.pmvc.ba.gov.br/parque-da-serra-do-periperi/> Acesso em 22 nov. 2017. 
 
_______________________. Horto Florestal Vilma Dias. s.d. Disponível em: 
<http://www.pmvc.ba.gov.br/horto-florestal-vilma-dias/> Acesso em 22 nov. 2017. 
 
__________________________.Centro de Triagem de Animais Silvestres. s.d. 
Disponível em: < http://www.pmvc.ba.gov.br/centro-de-triagem-e-animais-silvestres/> 
Acesso em 22 nov. 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A CIÊNCIA É UM SHOW: UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO 
Jeane Pereira da Silva1; Iasmim Santana Andrade1; Joelia Martins Barros2 
 
1 Graduanda em Ciências Biológicas, pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus Jequié, 
Bolsista de Extensão -UESB, jeane.pereira031@gmail.com 
1 Graduanda em Ciências Biológicas, pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus Jequié, 
Bolsista de Extensão -UESB, yasmim_andrade.13@hotmail.com 
2 Docente do Departamento de Ciências e Tecnologias, Orientadora, UESB, Campus de Jequié, 
joelia18@uesb.edu.br 
 
 
RESUMO 
Trata-se de um relato de experiência vivenciado por alunas do curso de Ciências 
Biológicas enquanto bolsistas de extensão, do projeto a ciência é um show, que foi 
realizado em escolas públicas na cidade de Jequié-Bahia. O projeto tem como objetivo 
principal, popularizar a ciência de modo a despertar o interesse da comunidade. 
Apresentando a ciência através de materiais comuns ao cotidiano dos alunos e de maneira 
lúdica. 
 
Palavras-chave: Atividades lúdicas, experimentos, ciências. 
 
INTRODUÇÃO 
 O Projeto de Extensão “A Ciência é um Show”, sob a coordenação da professora Joelia 
Martins Barros tem como objetivo apresentar a ciência de maneira lúdica, a fim de 
estimular o interesse dos alunos pela ciência. Os principais problemas que os professores 
comentam quando se fala em ensino de ciências é a dificuldade e a falta de interesse que 
os alunos demostram. No começo do projeto nós aplicamos um questionário de 
sondagem, cujo objetivo era verificar a quantidade de alunos que gostavam dos conteúdos 
de ciências e também saber as dificuldades que eles encontravam, e o resultado é que a 
maioria declarou não gostar dos conteúdos de ciência, afirmavam que os conteúdos eram 
muito complexos e que tinham muita dificuldade em entender. Isto não foi uma novidade. 
Porém nos levou a uma série de questionamentos, será que não há como mudar este 
quadro? O que pode ser feito? Enfim. O projeto a Ciência é um Show aplicou uma 
metodologia que mostrou resultados animadores. 
Com o uso de experimentos investigativos, as aulas podem tornar-se diferenciadas e 
atraentes, dando a elas um processo mais dinâmico e prazeroso. A utilização de 
experimentos e a observação direta de objetos e fenômenos naturais são indispensáveis 
 
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para a formação científica em todos os níveis de ensino (SOUZA, 2013). Esta prática traz 
a motivação que é sem dúvida, uma contribuição muito importante, capaz de despertar a 
atenção de alunos mais dispersos na aula, envolvendo-os com uma atividade que os 
estimulem a querer compreender os conteúdos da disciplina (OLIVEIRA, 2010). O 
projeto atuou nas escolas nesta perspectiva de trabalhar a ciência e ao mesmo tempo 
oferecer um momento lúdico para as turmas através da experimentação. 
Além de tudo o projeto é uma via de mão dupla, uma vez que os bolsistas também 
adquirem experiências que só podem ser vivenciadas no ambiente escolar. Manchur et 
al.(2013) destacam algumas das contribuições dos projetos de extensão para a formação 
docente. 
A extensão universitária é um dos caminhos para 
desenvolver uma formação acadêmica completa, que 
integra teoria e prática numa comunicação com a 
sociedade e possibilita uma troca de saberes entre 
ambos. [...] Para os cursos de licenciatura, a extensão 
favorece o contato direto para o desenvolvimento da 
prática docente, que possibilita o

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