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08 PROCEDIMENTO NOS CRIMES DE COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI

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PROCEDIMENTO NOS CRIMES DE COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI
ARTS. 406/497 DO CPP (VIDE ALTERAÇÕES DA LEI N. 11689, de 09/06/2008)
JÚRI: palavra que vem de juramento, invocação de deus por testemunho.
Inglaterra: após abolidos as ordálias (juízos de deus), em 1215.
Na CF de 1988 está no art. 5º, XXXVIII, no capítulo dos direitos e garantias individuais. 
É cláusula pétrea (art. 60, par. 4º da CF);
Competência para crimes dolosos contra à vida (e conexos) – art. 5. XXXVIII, letra “d”, da CF; 
Finalidade: julgamento mais humano, ampliar o direito de defesa dos réus (evitando-se que seja julgado por um juiz técnico, preso as regras jurídicas).
Crítica: 
Pressões, mídia, falta de conhecimento do juiz leigo, desinteresse, burocracia do julgamento, decisão com base no melhor desempenho etc.
PRINCÍPIOS BÁSICOS (art. 5º, XXXVIII, DA CF)
Plenitude da defesa:
- Defesa técnica;
- Autodefesa (interrogatório do réu-quesitos)
Sigilo das votações: não se aplica art. 5º LX e 93 IX, da CF. Proteção do juiz leigo (de coação, ameaças, exposição etc)
 Soberania dos veredictos: É relativa, pois é possível novo julgamento se a decisão for contrária a prova dos autos (vide revisão criminal). 
RITO PROCESSUAL:
1ª Fase – sumário de culpa (“judicium acusationis” - art. 406/421 do CPP)
2ª Fase – Da Pronúncia até o julgamento pelo plenário (“judicium causae” – art. 421/497 do CPP)
Esquema da 1a fase do Procedimento (406/421):
- IP ou peças de informação
- Ministério Público oferece denúncia (ou queixa subsidiária)
- despacho do juiz recebendo a denúncia (ou queixa) e manda citar o réu;
- citação do réu para defesa escrita ;
- defesa escrita (preliminares e mérito);
Réplica do MP (409); 
obs: não há fase igual a do art. 397 do CPP (“judicium acusationis”);
→ audiência una (oitivas das vítimas, das testemunhas arroladas e interrogatório)
 → debates orais 
→ juiz poderá julgar na audiência -ou em 10 dias-: ( pronunciar; impronunciar; desclassificar ou absolver sumariamente) 
 
Obs.: procedimento concluído no prazo máximo de 90 dias (412 do CPP)
Possibilidades de sentença na primeira fase:
- Pronúncia (413)
- impronúncia (414)
- desclassificação (419)e 
- absolvição sumária (415).
Pronúncia. (art. 413).
- existência do crime (materialidade) e indícios de autoria (quem foi?)	
O Magistrado declara a viabilidade da acusação (que será decidida pelo “povo”).
É decisão interlocutória mista não terminativa: encerra a primeira fase do procedimento escalonado;
nesta fase vigora o “in dubio pro societate” (caso “galdino-pataxó”);
Conteúdo da sentença de pronúncia (art. 413, par. 1º). Ex.: 
o juiz deve classificar o dispositivo em que o acusado será julgado pelo tribunal do júri (simples ou qualificado);
a sentença da pronúncia poderá ser alterada por fato superveniente 
(por exemplo tentativa de homicídio em que a vítima vem a falecer -421, par. 1).
da pronúncia cabe Recurso em Sentido Estrito (581, IV do CPP).
DESCLASSIFICAÇÃO (419).
- Quando o juiz se convence da existência de crime não doloso contra a vida, não pronuncia o réu, mas sim desclassifica a infração; 
Exs.: homicídio culposo, lesão seguida de morte, lesão corporal, disparo de arma, art. 132 do CP etc;
- remete os autos ao juízo monocrático, caso não seja ele o competente para apreciar o crime;
 Cabe RSE (art. 581 do CPP)
IMPRONÚNCIA (414).
- É uma rejeição da acusação para julgamento pelo tribunal do júri, porque o juiz não se convenceu da existência do fato ou indícios de autoria;
a acusação não reúne elementos mínimos sequer para ser discutida;
decisão terminativa de conteúdo processual, que faz coisa julgada formal, (surgindo novas provas, poderá ser instaurado novo processo contra o réu -414, par único);
o juiz não diz que o réu é inocente, (=rejeição da denúncia ou queixa);
Cabe apelação (416 do CPP);
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA (415). 
- É a absolvição do réu pelo juiz togado, em razão de estar comprovada:
causa excludente de ilicitude ou da culpabilidade (exceto inimputabilidade);
Prova de inexistência do fato;
Provado não ser o réu autor do fato;
Fato atípico.
- É sentença definitiva e faz coisa julgada material (decisão de mérito);
- Por ser sentença de mérito, somente quando a prova for indiscutível (na dúvida sobre a excludente, deve o juiz pronunciar);
- não pode haver nesta fase o art. 386, VII, do CPP (in dubio pro reo).
- cabe absolvição imprópria: juiz absolve mas impõe medida de segurança, nos casos do art. 26 (só se for única tese de defesa – 415 par. ú);
cabe apelação (416) - não mais RSE.
Obs.: neste caso de absolvição sumária há ‘recurso de ofício’ ao tribunal (574, II)
Organização do júri:
- alistamento dos jurados: anualmente de 800 a 1500 pessoas (comarcas com mais de um milhão de habitantes etc- art. 425 do CPP);
- Como se escolhem os jurados (art. 425, par. 2., do CPP);
- Lista geral com profissões publicada até 10 de outubro de cada ano (art. 426): possibilidade de impugnação qq pessoa povo (art. 581, XV, CPP)
- lista definitiva 10/11 (426, par. 1º);
- Sorteio dos 25 jurados para a reunião periódica (432/435); Períodos de reunião (vide LOJ-art. 453 do CPP);
- Tribunal do júri: juiz e 25 jurados sorteados ( 7 serão sorteados na sessão de julgamento)
- (447); comparecendo no mín. 15 haverá julgamento (463).
Função do Jurado (436/446 do CPP):
- Obrigatório (436)- recusa multa 1 a 10 salários mínimos, exceto 438 (recusa por convicção religiosa, política, filosófica);
- Maior de 18 anos e pessoa idônea (436);
- Isenção (437);
- Vantagens (art. 439/441); prisão especial, licitações, concurso público etc 
- Responsabilidade (445).
SEGUNDA FASE (“JUDICIUM CAUSAE”)
- sentença de pronúncia (413);
-Intimação da sentença de pronúncia (420);
Obs.: vide possibilidade de recurso da pronúncia (581, IV, do CPP);
Obs.: agora pode ser por edital (réu solto não encontrado)
- Preclusa a sentença de pronúncia, os autos são remetidos ao juiz-presidente do tribunal do júri (421); Não existe mais libelo crime (peça acusatória do plenário).
Da Preparação do Processo para Julgamento em Plenário (422/426):
- Remessa dos autos ao presidente do Tribunal do Júri (422); 
- (despacho do juiz) -intimação das partes p/ apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, até o máximo de 5 (cinco) e req.. dilig.(422);
-  Deliberação -juiz presidente- sobre os requerimentos de provas a serem produzidas ou exibidas no plenário do júri, e adotadas as providências devidas - (423):
– realização diligências necessárias para sanar qualquer nulidade ou esclarecer fato que interesse ao julgamento da causa (423, I); Ex.: vinda de perícia complementar, documentos etc 
– elaboração de relatório sucinto do processo (juiz) (423, II);
- inclusão do processo na pauta da reunião do Tribunal do Júri. (423, II e 429);
- Intimação das partes, testemunhas, jurados etc, para a sessão de julgamento (431)
Do Desaforamento
Possibilidade de alterar o foro de julgamento no caso de competência do Tribunal do Júri. 
Hipóteses (427/428 do CPP):
1) interesse da ordem pública;
2) dúvida sobre a imparcialidade do júri 
3) segurança pessoal do acusado, 
4)excesso de serviço: se o julgamento não puder ser realizado no prazo de 6 (seis) meses, contado do trânsito em julgado da decisão de pronúncia (428).
Quem julga? 
 Tribunal de Justiça, a requerimento do Ministério Público, do assistente, do querelante ou do acusado ou mediante representação do juiz competente;
Onde será realizado o julgamento ?
Outra comarca da mesma região, onde não existam aqueles motivos, preferindo-se as mais próximas.
Julgamento no plenário- 
- ler os arts. 453/497 do CPP, especialmente:
- recusa dos jurados pelas partes;
- instrução no plenário;
- debates;
- quesitos;
- votação;
- sentença.

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