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MÓDULO FUNDAMENTOS DE SAÚDE DISCIPLINA - Epidemiologia e processos de saúde doença AULA 06 – Epidemiologia Hospitalar Professora: Ivana Maria SaesBusato Introdução: Nesta aula, vamos abordar a aplicabilidade da epidemiologia no ambiente hospitalar, para planejamento e gestão hospitalar. Na epidemiologia hospitalar estudaremos conceitos, legislação, finalidades e atribuições, além das normas de notificação compulsória da vigilância epidemiológica. Conheceremos quais as doenças, agravos e eventos fazem parte da notificação compulsória no Brasil. Estudaremos, a promoção da saúde, seu conceito e história, reconhecendo as diretrizes da Política Nacional de Promoção em saúde. Contextualizando: A epidemiologia hospitalar ganhou força pelo Ministério da Saúde na publicação da Portaria GM/n°2529, de 23 de Novembro de 2004, quando instituiu o Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar, integrado ao Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica. O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica é a articulação entre as três níveis de atuação, municipal, estadual e nacional, em conjunto com de instituições do setor público e privado do Sistema Único de Saúde. O objetivo da vigilância epidemiológica em âmbito hospitalar é detectar e investigar doenças de notificação compulsória atendidas em hospital. A Portaria nº 2.529 criou uma rede de 190 núcleos hospitalares de epidemiologia (NHE) em hospitais de referência no Brasil, e a Portaria nº 1/SVS (17/01/05) regulamentou a implantação deste Subsistema. A finalidade da criação do subsistema é o aperfeiçoamento da vigilância epidemiológica a partir da ampliação de sua rede de notificação e investigação de agravos, em especial doenças transmissíveis, com aumento da sensibilidade e da oportunidade na detecção de doenças de notificação compulsória. A instituição da rede de hospitais de referência serve de apoio para o planejamento das ações de vigilância e constitui ferramenta importante para o planejamento e gestão hospitalar. A gestão hospitalar tem o papel de integrar as atividades entre o Núcleo Epidemiológico Hospitalar com a Gerencia de Riscos e a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Entendendo que o Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) é um conjunto de açõesdesenvolvidas deliberada e sistematicamente, com vista à redução máxima possível daincidência e da gravidade das infecções hospitalares, executada pela Comissão de Controle deInfecção Hospitalar, órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e deexecução das ações de controle de infecção hospitalar.Considera-se “INFECÇÃO HOSPITALAR” a infecção adquirida durante a hospitalizaçãoe que não estava presente ou em período de incubação por ocasião da admissão do paciente. São diagnosticadas, em geral, “A PARTIR DE 48 HORAS” após a internação. A gerencia de risco é uma obrigatoriedade dos hospitais que fazem parte da Rede Sentinela. A Rede Sentinela foi instituída como uma ferramenta permanente da vigilância sanitária no Brasil, surgiu em 2002 e reúne diversos serviços de saúde que desempenham um trabalho indispensável no monitoramento e relatos de problemas adversos relacionados a produtos, equipamentos e procedimentos. A rede serve como referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente. As atribuições dos Núcleos Epidemiológicos Hospitalares são: Notificação de doenças e agravos que incluem; Busca ativa; investigação de doenças e agravos; Participação em investigação de surtos; consolidação, em análise e divulgação da informação; Promoção de integração entre setores afins do hospital; monitoramento; realização de estudos epidemiológicos; avaliação das ações de vigilância epidemiológica por meio de indicadores; Participação em atividades de imunização; Atuação como campo de estágio; Recomendação e promoção das medidas de controle; Retroalimentação e vigilância das doenças não transmissíveis; e Vigilância sentinela. Notificação Compulsória O que é notificação? Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença, agravo ou evento, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fim de adoção de medidas de intervenção. Doenças, agravos ou eventos de notificação compulsória são situações que possuem um potencial grande de disseminação, vulnerabilidade e disponibilidade de medidas de controle, e grande nível de ameaça à população. “ATENÇÃO” - A notificação tem que ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico sanitário em caso de risco para a comunidade, sempre se respeitando o direito de anonimato dos cidadãos > A lista de Notificação Compulsória aponta às doenças, agravos e eventos de importância para a saúde pública de abrangência nacional em toda a rede de saúde, pública e privada. As doenças, agravos e eventos são notificados e registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN, por meio de ficha de notificação específica por doença, agravo ou evento, obedecendo às normas e rotinas estabelecidas pelo Ministério da Saúde. <SAIBA MAIS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN – sistema criado para racionalizar o processo de coleta e transferência de dados relacionados às doenças, agravos e eventos de notificação compulsória. O formulário padrão contém duas partes: a Ficha Individual de Notificação, que deve ser preenchida por profissionais das unidades assistenciais da rede privada, conveniada e pública, e a Ficha Individual de Investigação, em geral, preenchida pelo responsável da investigação. O SINAN gera vários informações importantes para o conhecimento e vigilância da situação de saúde brasileira (BRASIL, 2005 a). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vig_epid_novo2.pdf .Acesso 09 de jan de 2014> O Ministério da Saúde atualiza a lista de notificação compulsória por Portaria. A Portaria 1271 de 06/2014, apresenta a seguinte relação de doenças, agravos e eventos de notificação compulsória, que está descrita nos quadros abaixo. Lista de doenças, agravos e eventos de notificação compulsória Acidente de trabalho com exposição a material biológico Acidente de trabalho com exposição a material biológico Acidente de trabalho: grave, fatal e em crianças e adolescentes Acidente por animal peçonhento Acidente por animal potencialmente transmissor da raiva Botulismo Cólera Coqueluche a. Dengue - Casos b. Dengue - Óbitos Difteria Doença de Chagas Aguda Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) a. Doença Invasiva por "Haemophilus Influenza" b. Doença Meningocócica Doenças com suspeita de disseminação intencional: a. Antraz pneumônico b. Tularemia c. Varíola Doenças febris hemorrágicas emergentes/reemergentes: a. Arenavírus b. Ebola c. Marburg d. Lassa e. Febre purpúrica brasileira Esquistossomose Evento de Saúde Pública (ESP) que se constitua ameaça à saúde pública Eventos adversos graves ou óbitos pós-vacinação Febre Amarela Febre de Chikungunya Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses de importância em saúde pública Febre Maculosa e outras Riquetisioses Febre Tifoide Hanseníase Hantavirose Hepatites virais HIV/AIDS - Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e Criança exposta ao risco de transmissão vertical do HIV Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) Influenzahumana produzida por novo subtipo viral Intoxicação Exógena (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados) Leishmaniose Tegumentar Americana Leishmaniose Visceral Leptospirose Malária na região amazônica Malária na região extra Amazônica Óbito: a. Infantil b. Materno Poliomielite por poliovirus selvagem Peste Raiva humana Síndrome da Rubéola Congênita Doenças Exantemáticas: a. Sarampo b. Rubéola Sífilis: a. Adquirida b. Congênita c. Em gestante Síndrome da Paralisia Flácida Aguda Síndrome Respiratória Aguda Grave associada a Coronavírus a. SARS-CoV b. MERS-CoV Tétano: a. Acidental b. Neonatal Tuberculose Varicela - Caso grave internado ou óbito a. Violência: doméstica e/ou outras violências b. Violência: sexual e tentativa de suicídio Fonte: Portaria Ministerial 1271 de 06/2014 Portaria Ministerial 1271 de 06/2014, disponível no link: http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/novo/Documentos/Portaria_1271_06jun2014 .pdf Acesso em 21 de jan de 2015. As portarias estabelecem fluxo, os critérios, e as responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde. A notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, odontólogos, médicos veterinários, biólogos, biomédicos, farmacêuticos e outros no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino. < SAIBA MAIS - O Código Penal brasileiro, artigo 269, pune com pena de seis meses a dois anos de detenção e mais multa, o médico que deixar de "denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória". > Deve-se notificar a simples suspeita da doença, do agravo ou do eventos que constam na lista, sem aguardar a confirmação do caso, que pode significar perda de oportunidade de adoção das medidas de prevenção e controle indicadas. <”ATENÇÂO”: Na impossibilidade de comunicação à Secretaria Municipal ou Estadual, principalmente nos finais de semana, feriados e período noturno, a notificação será realizada diretamente ao Ministério da Saúde pelos seguintes meios: Disque notifica (0800-644-6645) ou; Notificação eletrônica pelo e-mail (notifica@saude.gov.br) ou diretamente pelo sítio eletrônico da SVS/MS (www.saude. gov. br/svs). > Na última aula estudamos o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde “CIEVS”, lembrando que são estruturas técnico-operacionais implantadas nos diferentes níveis do sistema de saúde (nacional, estadual e municipal) para a detecção e resposta às emergências de Saúde Pública, e aprimorar continuamente o processo de estruturação e aperfeiçoamento do serviço de recebimento, processamento e resposta oportuna às emergências epidemiológicas. O Brasil e todos os Estados Membros da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) entraram em acordo em 2005 para adotar o Regulamento Sanitário Internacional – RSI. O RSI foi aprovado na 58º Assembléia Mundial de Saúde, e entrou em vigor em 15 de junho de 2007. Este regulamento foi ratificado e aprovado pelo Congresso Nacional pelo Decreto Legislativo nº395/09, publicado no DOU de 10/07/09, a tradução para o português é de fundamentalimportância para que todos os gestores do Sistema Único de Saúde - SUS, todos os trabalhadores e sociedade civil, direta ou indiretamente ligado ao setor, o conheçam eo tenham como ferramenta imprescindível para o dia a dia de seu trabalho. O RSI tem como finalidade aumentar a segurança sanitária mundial com a mínima interferência nas viagens e comércio internacional. Ao adotar o RSI, a comunidade internacional concordou trabalhar em conjunto para cumprir estes desafios. Juridicamente obrigatório em qualquer Estado Membro da Organização Mundial da Saúde –OMS. Havendo responsabilidades das autoridades nacionais frente a algum evento inusitado de saúde pública que possa representar ameaça para a população em qualquer parte do mundo uma das obrigações esta na implantação de Ponto Focal Nacional com as seguintes obrigações: Estar acessível 24 horas em todos os dias do ano; Entrar em contato com a OMS em relação à implementação do RSI, incluindo: Consulta, notificação, verificação e avaliação. E Resposta em saúde pública; Articular com outros ministérios/setores dentro do país. Espera-se que os países respondam às solicitações da OMS para verificação da informação (inclusive informes não oficiais) com respeito ao risco para a saúde pública. Os países devem notificar à OMS todos os eventos que podem constituir emergência de saúde pública de importância internacional, em até 24 horas A Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (RSI/2005) aponta como evento qualquer manifestação de uma doença ou uma ocorrência que cria um potencial para causar doença. São considerados eventos extraordinários, de interesse internacional aqueles que constituírem risco de saúde pública para outro estado membro, por meio da propagação internacional de doenças e quando são potenciais que requererem uma resposta internacional coordenada. Obedecendo aos seguintes critérios de avaliação e notificação: A repercussão na saúde pública é grave? É um evento inusitado ou imprevisto? Há risco significativo de dispersão internacional? Há risco significativo de restrições de viagens ou comércio internacional? Conhecer o Regulamento Sanitário Internacional é obrigação de trabalhadores de saúde e instituições de saúde e de ensino. A meta é alcançar sucesso nas medidaspreconizadas “prevenir, proteger, controlar e daruma resposta de saúde pública contra a propagação internacional de doenças, demaneiras proporcionais e restritas aos riscos para a saúde pública, e que eviteminterferências desnecessárias com o tráfego e o comércio internacionais”. O propósito e a abrangência do regulamento são prevenir, proteger, controlar e dar uma resposta de saúde pública contra a propagação internacional de doenças, de maneiras proporcionais e restritas aos riscos para a saúde pública, e que evitem interferências desnecessárias com o tráfego e o comércio internacionais ele é atualizado anualmente tendo por objetivos: prevenir, proteger, controlar e dar uma resposta de saúde pública contra a propagação internacional de doenças, de maneira proporcional e restrita aos riscos para a saúde pública, evitando interferências desnecessárias no tráfego e no comércio internacional. A ANVISA possibilita o acesso da integra desta regulamentação. Acesse no link: http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Portos+Aeroport os+e+Fronteiras/Assunto+de+Interesse/Regulacao+Sanitaria+Internacional/Regulamen to+Sanitario+Internacional Promoção da Saúde O movimento de promoção da saúde foi formalizado no Canadá, em 1974, com a divulgação do Informe Lalonde – A New Perspective onthe Health ofCanadians. Os fundamentos do Informe Lalonde baseiam-se no conceito da saúde, composto por quatro amplos componentes: biologia humana, ambiente, estilo de vida e organização da assistência à saúde, estes componentes apresentam diversos fatores que influenciam a saúde. (ARAUJO e ASSUNÇÃO, 2004) A promoção da saúde tem sido discutida por diversos países, isto é importante para o desenvolvimento das áreas de atuação da promoção da saúde, neste sentido destacamos as conferências internacionais realizadas nos últimos anos: Ottawa (1986), Adelaide (1988), Sundsvall (1991) e Jacarta (1997), México (2000) e Bangkok (2005). Vamos conhecer as conferências internacionais que foram realizadas para elaboração das áreas de atuação dapromoção da saúde e estabelecer os compromissos internacionais referentes a promoção da saúde: Ottawa (1986) – esta I Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde realizada em Ottawa, houve definição inicial sobre promoção da saúde: “o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo”, além do conceito definiu o papel de pessoas e das organizações na criação de oportunidades e escolhas saudáveis. Desta Conferência foi elaborada a Carta de Ottawa com enfoque voltado para qualidade de vida com cinco campos de ações: construir políticas públicas saudáveis; criar ambientes favoráveis à saúde; fortalecer ação comunitária; desenvolver habilidades pessoais; reorientar serviços de saúde Adelaide (1988) – foi importante para realizar o comprometimento político dos governos Sundsvall (1991) – foram definidos os ambientes de suporte a promoção de saúde com o objetivo do desenvolvimento sustentável Rio de Janeiro (1992) – foram estudadas a integração do conceito de meio ambiente e de sustentabilidade para promoção da saúde Jacarta (1997) – estabeleceu estratégias para a promoção de saúde México (2000) – definiu que a promoção de saúde deve trabalhar para redução de desigualdades Bangkok (2005) – reforçou a realção entre as políticas públicas com a sociedade para atuação sobre os determinantes da saúde para dimeinuir as desigualdades sociais. Fonte: Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livros/pdf/02_1221_M.pdf. Acesso em 10 de dez de 2014> Com o conceito de saúde do Sistema Único de Saúde- SUS houve necessidade de investir na promoção da saúde. a promoção da saúde vem como uma estratégia para a qualidade de vida. Assim, a promoção da saúde interage com a vigilância em saúde trabalhando de forma articulada com várias políticas públicas integradas: assistência social, segurança pública, educação, segurança alimentar e outros, porque o setor saúde isoladamente não é capaz de realizar as transformações nos fatores que determinam e condicionam a saúde (BRASIL, 2006 a). Podemos citar como ações de promoção da saúde: a) Construir políticas públicas saudáveis: saúde na agendados formuladores de políticas públicas, legislação, medidas fiscais, taxação, mudanças organizacionais, ações multi-institucionais/intersetoriais que garantam serviços e bens seguros e saudáveis, ambientes positivos b) Criar ambientes favoráveis à saúde c) Fortalecer ação comunitária d) Desenvolver habilidades pessoais e) Reorientar serviços de saúde A epidemiologia aplicada e sua análise da morbimortalidade das populações indica as principais prioridades de saúde determinadas pelas condições de vida da população, ligadas à situação social e econômica. Formando um painel de indicadores capazes de refletir sobre o papel dos determinantes sociais na promoção da saúde e orientar o investimento em políticas públicas intersetoriais e bem coordenadas com outras áreas do governo e com a sociedade civil deve continuar a ser objeto da atenção promoção em saúde. A Política Nacional de Promoção da Saúde foi implantada em 2002 pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2010 b), esta política tem por objetivo promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde como: modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais. Determina responsabilidade para as três esferas de gestão (municipal, estadual e federal). A Política Nacional aponta as prioridades que devem ser realizadas: alimentação saudável; práticas corporais/atividade física, cultura da paz, desenvolvimento sustentável, acidentes de transito; tabagismo; e uso abusivo de álcool e outras drogas. < ATENÇÃO - Cada uma das prioridades da Política Nacional de Promoção da Saúde possui suas diretrizes: a) Alimentação saudável – tem diretrizes voltada para segurança alimentar e nutricional, contribuindo com as ações e metas de redução da pobreza, a inclusão social e o cumprimento do direito humano à alimentação adequada; b) Práticas corporais/atividade física – com enfoque em caminhadas, prescrição de exercícios, práticas lúdicas, esportivas e de lazer, na rede básica de saúde, voltadas tanto para a comunidade como um todo quanto para grupos vulneráveis; c) Cultura da paz – trabalhando com situações de violência intrafamiliar e violência interpessoal, articulação intersetorial que envolva a redução e o controle de situações de abuso, exploração e turismo sexual; d) Desenvolvimento sustentável – buscando formular políticas públicas integradas voltadas ao desenvolvimento sustentável; e) Acidentes de trânsito – trabalhando para desenvolvimento de campanhas de divulgação em massa dos dados referentes às mortes e sequelas provocadas por acidentes de trânsito; f) Tabagismo – diretrizes voltadas para ações educativas e ações legislativas (formulação de leis) e econômicas (impostos) para: reduzir a aceitação social do tabagismo, reduzir os estímulos para que os jovens comecem a fumar, ajudar os fumantes a deixarem de fumar, e proteger a população dos riscos da exposição à poluição tabagística ambiental; g) Uso abusivo de álcool e outras drogas – com o trabalho voltadas para realização de ações educativas e sensibilizadoras para crianças e adolescentes quanto ao uso abusivo de álcool e suas consequências. Elaboração de material educativo para orientar e sensibilizar a população sobre os malefícios do uso abusivo do álcool. Realização de campanhas municipais quanto às consequências da “direção alcoolizada”. Promover iniciativas de redução de danos pelo consumo de álcool e outras drogas que envolvam a co-responsabilização e autonomia da população. Buscar aumentar as informações veiculadas pela mídia (propaganda) quanto aos riscos e danos envolvidos na associação entre o uso abusivo de álcool e outras drogas e acidentes/violências. Realizar a restrição de acesso a bebidas alcoólicas protegendo os segmentos vulneráveis e priorizando situações de violência e danos sociais. (BRASIL, 2010 b)> A promoção da saúde representa uma estratégia promissora para enfrentar os múltiplos problemas de saúde que afetam as populações humanas e seus entornos, abrange uma concepção ampla do processo saúde-doença e de seus determinantes, propõe a articulação de saberes técnicos e populares, e a mobilização de recursos institucionais e comunitários, públicos e privados, para seu enfrentamento e resolução. (BUSS & CARVALHO 2009) Para aprofundar seus conhecimentos na Política Nacional de Promoção da saúde consulte o site: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1484 Pesquisa Considerando oque a aula apresentou faça uma pesquisa de um artigo que aborde ações de promoção em saúde para a gestão hospitalar para doenças de notificação compulsória. Síntese Nesta aula conhecemos a lista de notificação compulsória no Brasil, que consta as doenças, agravos e eventos com maior relevância para a saúde pública de abrangência nacional em toda a rede de saúde, pública e privada. A notificação é obrigatória a todos os profissionais de saúde, e cidadãos também podem notificar. A notificação deve ser realizada nos serviços de vigilância epidemiológica dos municípios, estados e da união, conforme normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde. Aprendemos sobre o conceito de promoção da saúde, e a importância da Carta de Otawa para a história da promoção da saúde. Conhecemos a Política Nacional da Promoção da Saúde e suasprioridades: alimentação saudável; práticas corporais/atividade física, cultura da paz, desenvolvimento sustentável, acidentes de transito; tabagismo; e uso abusivo de álcool e outras drogas.
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