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Teoria do Ordenamento Jurídico trabalho

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SÍNTESE: TEORIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO 
A ideia principal de Bobbio é de que as normas jurídicas nunca existem isoladamente, mas sempre em um contexto de normas com relações particulares entre si e a este contexto de normas é o que costumamos chamar de ordenamento jurídico.
Para Bobbio, por mais numerosas que sejam as fontes do direito num ordenamento complexo, tal ordenamento constitui uma unidade pelo fato de que, direta ou indiretamente, todas as fontes do direito podem ser remontadas a uma única norma.
A definição do Direito, adotada por Bobbio não coincide com a de justiça. A norma fundamental está na base do Direito como ele é (o Direito Positivo), não do Direito como deveria ser (o Direito Justo). Já o conceito de negócio jurídico é manifestamente o resultado de um esforço construtivo e sistemático no sentido do sistema empírico que ordena generalizando e classificando.
Considera que a situação de normas incompatíveis entre si, é uma dificuldade tradicional frente à qual se encontram os juristas de todos os tempos. Posteriormente, trata também das questões relativas às lacunas, dizendo que esta existe quando há a falta de uma norma. Para ele, um ordenamento é completo quando o juiz pode encontrar nele uma norma para regular qualquer caso que se lhe apresente. Podemos dizer que um ordenamento é completo quando jamais se verifica o caso de que a ele não se podem demonstrar pertencentes nem certa norma, nem a norma contraditória. Acrescenta que nos tempos modernos o dogma da completude tornou-se parte integrante da concepção estatal do Direito, isto é, daquela concepção que faz da produção jurídica um monopólio do Estado.
Uma norma que regula um comportamento não só limita a regulamentação, portanto, as consequências jurídicas que desta regulamentação derivam para aquele comportamento, mas, ao mesmo tempo, excluem daquela regulamentação todos os outros comportamentos. Assim, diz que as normas nunca nascem sozinhas, mas aos pares: cada norma particular, que poderemos chamar de inclusiva, está acompanhada, como se fosse por sua própria sombra, pela norma geral exclusiva.
Entre a norma particular inclusiva e a geral exclusiva introduz-se normalmente a norma geral inclusiva, que estabelece uma zona intermediária entre o regulamentado e o não-regulamentado, em direção à qual tende a penetrar o ordenamento jurídico, de forma quase sempre indeterminada e indeterminável. Entende que cada ordenamento prevê os meios e os remédios aptos a penetrar nesta zona intermediária, a estender a esfera do regulamentado em confronto com a do não-regulamentado. Já por “analogia“ entende o procedimento pelo qual se atribui a um caso não-regulamentado a mesma disciplina que a um caso regulamentado semelhante.
No caso do ordenamento jurídico brasileiro, este tem origem na tradição romano-germânica. Isto é, na tradição civilista — que se opõe à tradição da Common Law. Desse modo, reúne todas as leis, emendas, decretos e espécies de norma, todas em consonância com a norma fundamental, qual seja a Constituição Federal de 1988.
Seguindo a divisão dos três poderes de Montesquieu, a República Federativa do Brasil organiza-se em:
executivo;
legislativo;
judiciário.
Bibliografia:
BOBBIO, Norberto. Teoria do ordenamento jurídico. 6. ed. Brasilia: Editora Universidade de Brasilia, 1995.
https://jus.com.br/artigos/61667/teoria-do-ordenamento-juridico-norberto-bobbio
https://blog.sajadv.com.br/ordenamento-juridico/
http://investidura.com.br/biblioteca-juridica/resumos/teoria-do-direito/93-teroriado.html
https://paulinasc.jusbrasil.com.br/artigos/364934711/analise-do-ordenamento-juridico-segundo-bobbio-e-sua-teoria
https://eduardocasassanta.wordpress.com/2008/10/18/resumo-da-obra-teoria-do-ordenamento-juridico-de-bobbio/
https://jus.com.br/artigos/64137/normas-principios-e-regras-no-ordenamento-juridico-brasileiro
https://www.oas.org/juridico/mla/pt/bra/pt_bra-int-des-ordrjur.html

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