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Economia, poder militar e seguridad nacional. Disciplina: Geografia política e geopolítica: território e poder. Prof. Dr. Lucas Kerr de Oliveira Aluna: Andreza Ramos Sant’ana Introdução. O texto aborda a temática do poder militar como pauta para a segurança nacional. Aborda pontos importantes sobre o desenvolvimento econômico e de que forma esse desenvolvimento está atrelado a independência de países hegemônicos, tanto economicamente, politicamente e militarmente. Pauta o desenvolvimento das forças produtivas nos três setores como fundamental para a soberania nacional e defesa nacional, sendo esses fatores interdependentes. Desenvolvimento. O autor começa seu texto apontando sobre o tema da fronteira como um dos principais capítulos da geopolítica mundial, entendendo por essa o âmbito geográfico de um estado que se estende por uma distância determinada por N fatores. Critica a noção de fronteira como borda nacional, conceito que apesar de correto, não é suficiente para o mundo contemporâneo, em que fatores culturais podem ser considerados como fronteira geopolítica: a cultura, a ciência, a religião, tradição, etc. que se junta com fatores econômicos e políticos que garantem a soberania nacional. No segundo ponto, trata sobre a doutrina militar. Para isso, explica que o potencial nacional é o conjunto de valores espirituais e materiais, que são: o poder econômico, militar e político e que esses três poderes são interdependentes. O poder militar é baseado na violência exercida por forças nacionais, marinhas, como exemplo, que procuram atingir objetivos nacionais e políticos que acabam dependendo dos outros dois fatores que devem ser ajustados a cada tipo de situação: o fator econômico compõe o potencial populacional, qualitativo e quantitativo, matérias primas, transportes, comunicações, capacidade industrial e o desenvolvimento técnico científico, já o político faz menção à estratégia pensada para que a situação vivida não tome proporções extremas. No terceiro ponto, fala sobre o conflito militar contemporâneo e sobre o desenvolvimento como fator de segurança. Aborda que nas superpotências a ciência militar é parte da revolução científica e tecnológica de forma que essa evolução muda as formas da guerra. As principais formas de guerra passam a ser: nuclear (total ou limitada); local e limitada (em uma área geográfica com armas convencionais ou nuclear tática); internos (para o apoio de aliados/simpatizantes). Dessa forma, o desenvolvimento econômico para o desenvolvimento militar torna-se pauta importante para os países subdesenvolvidos e torna-se essencial para a segurança nacional, já que ao contar com exércitos e artilharia débil, passa a ser alvo de países desenvolvidos e enfrentar dificuldades para garantir estabilidade. No ponto 4, aborda sobre as corporações internacionais e grupos de pressão contra o desenvolvimento nacional. Retoma a discussão sobre o desenvolvimento econômico para a defesa nacional e diz que no mercado internacional práticas que afetam esse desenvolvimento podem ser feitas por empresas multinacionais que praticam o dumping, por exemplo, afetando a soberania tecnológica do país subdesenvolvido. Questiona então a eficiência da indústria nacional porém frisa dizendo que no caso Argentino, em que é tratado na maior parte do texto, o sistema de substituição de importações foi um grande passo para o desenvolvimento da industrialização, mesmo que ainda esteja incompleta e faz uma relação entre a forma como os países hoje, hegemônicos, utilizaram das forças armadas para abrir caminho para novos mercados, fato que hoje não é mais utilizado pelas empresas multinacionais por terem seu espaço garantido dentro do mercado mundial. Diz que “La Argentina, además, necesita del capital y de la tecnología extranjera, como apoyo y refuerzo de las propias. El País no perderá poder de decisión por el ingreso de capital y tecnología, foráneas que,antes bien, la necesitamos para reforzar y acrecentar nuestra técnica y el ahorro nacional, así como para acelerar el desarrollo. Es que el poder de decisión no está en las empresas extranjeras, sino en la estructura superior de nuestra administración económica.” Reforça que como os países não podem mobilizar forças armadas para demolir barreiras aduaneiras, as multinacionais acabam encontrando outro caminho menos eficazes, como procurar grupos dentro de cada país que as apoiem e deem suporte para a abertura das portas, forçando a conquista econômica daquele território com aval dos políticos do país. O que interessa a partir do ponto de vista político e de defesa nacional, é a medida em que os objetivos do grupo de pressão predominante coincidem com o de desenvolvimento nacional que normalmente, não coincide. Nos países subdesenvolvidos, os grupos que exercem essa pressão normalmente apostam na baixa industrialização, na alta da importação e na produção de bens primários e no mercado financeiro internacional que buscam alianças com grupos externos ao país, já que sua postura, normalmente, é anti-nacionalista. No ponto 5, o autor começa suas conclusões sobre o assunto. Diz que depois de frisar aspectos importantes sobre o desenvolvimento nacional, a defesa nacional e o fator econômico, político e militar envolvidos, é necessário que os países busquem sua independência e as exigências d o poder militar necessário para enfrentar os conflitos externos. É necessário defender o patrimônio moral da sociedade, a defesa, capacitação e desenvolvimento dos recursos humanos e por último, o desenvolvimento dos recursos naturais junto com o desenvolvimento ótimo e continuado das forças produtivas. É preciso pautar o auto abastecimento energético com oferta em constante aumento, vias e meios de comunicação internos do país, instalação de indústrias, desenvolvimento regional, principalmente das regiões de fronteira, proteção do desenvolvimento industrial e a defesa de um poder aquisitivo: uma economia integrada, portanto, aliada sempre a um governo que busque o progresso do país e não somente sua venda para o estrangeiro, causando mais dependência e subdesenvolvimento em relação aos fatores citados. Referências Bibliográficas. GUGLIALMELLI, Juan. (1978). Economía, poder militar y seguridad nacional. Revista Estrategia, n. 51. Argentina.
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