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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CUIABÁ – MT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL – DESA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA Alcalinidade CUIABÁ – MT 2019 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CUIABÁ – MT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL – DESA TALITA TELES THAIS LIMA VITÓRIA ANTUNES RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: ALCALINIDADE Relatório apresentado como requisito parcial de avaliação à disciplina de Qualidade das Águas Residuárias, ministrada pelo Prof.ª Dr. Jhonatan Barbosa da Silva, do departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso. CUIABÁ – MT 2019 3 Sumário 1. Introdução Teórica .......................................................................... 4 2. Objetivo........................................................................................... 5 3. Princípios de Determinação ............................................................ 5 4. Materiais ......................................................................................... 5 5. Determinação da Alcalinidade Total ............................................... 6 6. Determinação da Alcalinidade Hidróxida ........................................ 6 Figura 1. Fluxograma da análise titulométrica ...................................... 6 7. Cálculos .......................................................................................... 7 Tabela 1. Resultados de titulação da alcalinidade hidróxida. ............... 7 Tabela 2. Resultado da titulação do branco para à alcalinidade hidróxida ........................................................................................................................ 7 Tabela 3. Resultados de titulação da alcalinidade total........................ 8 Tabela 4. Resultado da titulação do branco para à alcalinidade total .. 8 Tabela 5. Resultados dos cálculos da alcalinidade hidróxida e total .... 9 8. Resultados e Discussões................................................................ 9 9. Conclusão .......................................................................................... 11 Anexo A ................................................................................................. 11 Figura 1 .............................................................................................. 11 Figura 2 .............................................................................................. 12 Figura 3 .............................................................................................. 12 Figura 4 .............................................................................................. 13 Figura 5 .............................................................................................. 13 Referência Bibliográfica ......................................................................... 14 4 1. Introdução Teórica A alcalinidade da água é representada pela presença dos íons hidróxido, carbonato e bicarbonato e refere-se à capacidade do meio aquático de receber H+ ou capacidade tampão. Os bicarbonatos e, em menor extensão, os carbonatos, que são menos solúveis, dissolvem-se na água devido à sua passagem pelo solo. Se este solo for rico em calcáreo, o gás carbônico da água o solubiliza, transformando-o em bicarbonato. Os carbonatos e hidróxidos podem aparecer em águas onde ocorrem florações de algas (eutrofizadas), sendo que em período de intensa insolação o saldo da fotossíntese em relação à respiração é grande e a retirada de gás carbônico provoca elevação de pH para valores que chegam a atingir 10 unidades. A principal fonte de alcalinidade de hidróxidos em águas naturais decorre da descarga de efluentes de indústrias, onde se empregam bases fortes como soda cáustica e cal hidratada. Em águas tratadas, pode-se registrar a presença de alcalinidade de hidróxidos em águas abrandadas pela cal. Alcalinidade de uma amostra de água é a sua capacidade quantitativa de neutralizar um ácido forte até um determinado pH (REIS, 2011). Uma água que possui alta alcalinidade apresenta valores acima de 2000mg.L-1 de CaCO3. Uma água que possui baixa alcalinidade apresenta valores abaixo de 20mg.L-1 de CaCO3. As águas subterrâneas constituem o maior reservatório de água doce do planeta Terra. Formam-se, essencialmente, a partir da infiltração da água da chuva e uma vez no subsolo, podem formar toalhas ou lençóis de água que alimentam as fontes e os poços, ou então, circular por entre as fissuras das rochas (ÁGUAS, 2013). A água, em condições normais de temperatura e pressão, predomina no estado líquido e aparentemente é incolor, inodora e insípida e indispensável a toda e qualquer forma de vida (FREITAS, 2013). Água potável corresponde a toda água disponível na natureza destinada ao consumo e possui características e substâncias dissolvidas que não oferecem riscos para os seres vivos que a consomem, como animais e homens. Águas que percolam rochas calcárias geralmente possuem alcalinidade elevada. Granitos e gnaisses, rochas comuns em muitos estados brasileiros, possuem poucos minerais que contribuem para a alcalinidade das águas subterrâneas. 5 2. Objetivo Determinar em triplicata a alcalinidade hidróxida e total presente na água coletada pelo professor Jhonatan Barbosa da Silva no laboratório de análise físico-química da universidade federal de Mato Grosso. 3. Princípios de Determinação A alcalinização é medida volumétricamente pela titulação da amostra da água com ácido sulfúrico, ou ácido clorídrico 0,02N em presença de um indicador adequado e é expressa em termos de mg/L de CaCo3. Chama-se alcalinidade total, aquela alcalinidade em presença do indicador de alaranjado de metila, a qual apresenta os bicarbonatos, carbonatos e hidróxidos e a metade do carbonato. A alcalinidade total à fenolftaleína, permitem o cálculo das várias classes de alcalinidade. Encontramos este tipo de alcalinidade sempre que o pH da amostra da água for igual ou superior a 8,3. Esta alcalinidade à fenolftaleína mede todo o hidróxido e metade dos carbonatos. 4. Materiais a) Frasco Erlenmeyer de 250 mL; b) Bureta de 50 mL; c) Fenolftaleína; d) Alaranjado de Metila; e) Solução de H2SO4 (Ácido Sulfúrico); f) Solução de HCL (Ácido Clorídrico); g) Pipeta volumétrica de 50 mL; 6 h) Duas amostras de água. A e B 5. Determinação da Alcalinidade Total Toma-se 50 ml da amostra de água “A” (pipeta volumétrica) em um frasco de erlenmayer e adiciona-se 100mL de água destilada medido em proveta. É adicionado 4 gotas de alaranjado de metila, em seguida é titulado com H2SO4 0,02N devidamente padronizado até o aparecimento da cor laranja avermelhada, característico da viragem do indicador. Após, foram repetidos os mesmos processos quatro vezes. 6. Determinação da Alcalinidade Hidróxida Toma-se 50 mL da amostra de água “B” (pipeta volumétrica) em um frasco de erlenmayer e adiciona-se 100mL de água destilada medido em proveta. É adicionado 4 gotas de fenolftaleína, em seguida é titulado com HCL 0,02N devidamente padronizado até o aparecimento da cor rosa para o incolor. Após, foram repetidos os mesmos processos três vezes. Figura 1. Fluxograma daanálise titulométrica Fonte: Autores 7 7. Cálculos ppm de Alcalinidade Total em CaCO3/ Litro = NH2SO4 ou NHCL x Volume Gasto (mL) x Fc x 50 x 1000 Volume da Amostra Onde: NH2SO4 e NHCL = normalidade do H2SO4 0,02N e HCL 0,02N Fc = fator de correção do 50 = equivalente grama do CaCO3 Tabela 1. Resultados de titulação da alcalinidade hidróxida. AMOSTRA “B” mL de HCL GASTOS NA TITULAÇÃO FENOLFTALEÍNA (HCL) 1 1,7 2 1,5 3 3,1 4 1,6 MÉDIA = 1,98 Fonte: Autores Tabela 2. Resultado da titulação do branco para à alcalinidade hidróxida AMOSTRA “B” BRANCO mL de HCL GASTOS NA TITULAÇÃO FENOLFTALEÍNA (HCL) 1 0,0 Fonte: Autores 8 Tabela 3. Resultados de titulação da alcalinidade total. Fonte: Autores Tabela 4. Resultado da titulação do branco para à alcalinidade total Fonte: Autores AMOSTRA “A” mL de H2SO4 GASTOS NA TITULAÇÃO ALARANJADO DE METILA (H2SO4) 1 14,4 2 15,2 3 12,6 MÉDIA = 14,06 AMOSTRA “A” BRANCO mL de H2SO4 GASTOS NA TITULAÇÃO ALARANJADO DE METILA (H2SO4) 1 1,5 9 Tabela 5. Resultados dos cálculos da alcalinidade hidróxida e total Fonte: autores 8. Resultados e Discussões A resolução 357/2005 (CONAMA, 2005) estabelece, para águas doces (especial e classes 1, 2 e 3), limites de pH de 6 a 9, porém não há a determinação de limites para a alcalinidade. A alcalinidade não é contemplada pelo padrão de potabilidade brasileiro, pois não possui significado sanitário. No Brasil as águas superficiais apresentam alcalinidade inferiores à 100mg/L CaCO3 (LIBÂNIO, 2010). A alcalinidade segundo Von Sperling (2005) define como a quantidade de íons presentes na água que reage para neutralizar os íons hidrogênio. Em outras palavras, é a medição da capacidade da água de neutralizar os ácidos. Para calcular a eficácia da titulação de cada amostra, foram feitas triplicatas, os valores foram comparados com as etapas das titulações anteriores. Desta forma, pode-se realizar o comparativo do grau de eficiência das análises. AMOSTRAS ALCALINIDADE (mg/L CaCo3) HIDRÓXIDA TOTAL A 10,81 - B - 7,36 10 A determinação do branco de uma amostra consiste na execução de uma análise nas mesmas condições experimentais usadas na análise da amostra, porém na ausência do constituinte de interesse, onde o objetivo é indicar à interferência de outras espécies na amostra. Pode-se perceber pelos resultados obtidos que na amostra “B” a Alcalinidade total o valor obtido foi de 10,81 mg/L CaCO3 e na amostra “A” a alcalinidade total o valor foi de 7,36 mg/L de CaCO3, houve uma diminuição, porém não tão relevante, devido provavelmente a falta de sais alcalinos que impossibilitou à neutralização dos ácidos e consequentemente a água, nessa amostra “A” provavelmente apresentou-se um pouco mais ácida. Em águas, a alcalinidade total raramente excede 500 mg/L de CaCO3. Em concentrações moderadas na água de consumo humano, a alcalinidade total não tem nenhum significado sanitário. Contudo, em níveis elevados, pode trazer sabor desagradável. 11 9. Conclusão Tendo em vista os resultados obtidos nas análises, comparados com a legislação em questão, é possível sugerir que o valor de alcalinidade obtido está enquadrado no intervalo de alcalinidade da maioria das águas naturais (entre 30 e 500 mg/L de CaCO3), e indica normalidade nos processos de decomposição da matéria orgânica, assim como na taxa de respiração dos microrganismos (MORAES, 2008). Anexo A Figura 1. Processo de titulação para determinar a alcalinidade total Fonte: autores 12 Figura 2. Após a determinação do branco (primeiro erlenmayer da direita) e da alcalinidade total. Fonte: Autores Figura 3. Antes da determinação da alcalinidade hidróxida Fonte: Autores 13 Figura 4. Após a determinação da alcalinidade hidróxida Fonte: Autores Figura 5. Branco antes e depois da titulação da alcalinidade hidróxida Fonte: Autores 14 Referência Bibliográfica REIS, D. Relatório de alcalinidade e dureza. 2011. Disponível em:< https://www.docsity.com/pt/relatorio-de-alacalinidade-e- dureza/4800209/>. Acesso em: 19 out 2019. ÁGUAS subterrâneas. 2013. Disponível em:< https://www.infopedia.pt/$aguas-subterraneas> . Acesso em: 19 out 2019. FREITAS, E. Água potável. 2013. Disponível em:< https://brasilescola.uol.com.br/geografia/agua-potavel.htm>. Acesso em: 19 out 2019. Brasil. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Manual de controle da qualidade da água para técnicos que trabalham em ETAS / Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde. – Brasília : Funasa, 2014. Moraes, P. B. Tratamento Biológico e Físico-Químico de Efluentes Líquidos. Disponível em: < http://webensino.unicamp.br/ >. Acesso em: 16 nov 2013. CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente). Resolução n.20, de 18 de julho de 1986. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF); 30 jul 1986. LIBÂNIO, M. Fundamentos de qualidade e tratamento de água. 2ª Ed. São Paulo: Editora Átomo, 2008. VON SPERLING, M. V. Introdução a qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 3ª Ed. Volume 1. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Federal. 15 Moraes, P. B. Tratamento Biológico e Físico-Químico de Efluentes Líquidos. Disponível em: < http://webensino.unicamp.br/ >. Acesso em: 20 out 2019.
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