Buscar

U3psicologia aplicada a saúde 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

75
UNIDADE 3
EstrEssE E DoENçA 
Objetivos
•	 Compreender	o	que	é	estresse	e	analisar	o	seu	efeito	no	
nosso	organismo.	
•	 Interpretar	os	modelos	de	estresse	e	doença.
•	 Descrever	 as	 estratégias	 de	 enfrentamento	 diante	 do	
estresse.
•	 Analisar	 o	 estresse	 relacionado	 com	 o	 trabalho	 e	 a	
síndrome	de	burnout.
Conteúdos
•	 Estresse	 e	 doença:	 mecanismos	 fisiológicos	 e	
enfrentamento.
•	 Adoecimento	no	trabalho.
Orientações para o estudo da unidade
Antes	de	iniciar	o	estudo	desta	unidade,	leia	as	orientações	
a	seguir:
1)	 O	estudo	do	estresse	e	do	enfrentamento	é	um	exemplo	
perfeito	 sobre	 a	 compreensão	 da	 saúde	 segundo	 o	
modelo	biopsicossocial.	Esse	modelo	foi	estudado	na	
76 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
nossa	primeira	unidade.	 Relembre	o	 seu	 conteúdo	e	
pense	sobre	isso	durante	o	seu	estudo.	
2)	 Lembre-se	 sempre	 de	 tirar	 suas	 dúvidas	 com	 seus	
tutores,	pois	eles	estão	preparados	para	auxiliá-los	no	
processo	de	aprendizagem.	
3)	 Aprimore	 seu	 estudo	 com	 pesquisas	 e	 leitura	 das	
referências	 bibliográficas	 da	 unidade	 e	 Conteúdos 
Digitais Integradores.
77© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
1. INTRODUÇÃO
Nesta	unidade,	estudaremos	o	efeito	do	estresse	sobre	a	
nossa	 saúde.	Vamos	discutir	 sobre	 formas	 como	o	estresse	 se	
manifesta	em	nosso	corpo	e	como	interage	com	nosso	organismo,	
facilitando	o	aparecimento	de	doenças.	
De	 fato,	 o	 estresse	 é	 hoje	 um	 sério	 problema	de	 saúde.	
Ele	está	relacionado	às	seis	principais	causas	de	morte	–	doença	
cardíaca,	 câncer,	 complicações	 pulmonares,	 acidentes,	 cirrose	
do	fígado	e	suicídio.	Isso	mostra	o	impacto	do	estresse	em	nossa	
sociedade	e	a	necessidade	de	ampliar	a	compreensão	sobre	ele.
Estudaremos,	também,	as	estratégias	mais	utilizadas	para	
o	enfrentamento	do	estresse	e	como	este	pode	estar	associado	
ao	nosso	trabalho.
2.  CONTeúDO BásICO De RefeRêNCIa
O	 Conteúdo Básico de Referência	 apresenta	 de	 forma	
sucinta	os	temas	abordados	nesta	unidade.	Para	sua	compreensão	
integral,	 é	 necessário	 o	 aprofundamento	 pelo	 estudo	 dos	
Conteúdos Digitais Integradores.
2.1. estresse 
Vamos	compreender	o	que	é	o	estresse.	Esse	termo,	que	
se	popularizou	muito	nos	últimos	tempos,	tem	sido	muito	usado	
para	 descrever	 inúmeras	 condições	 do	 nosso	 organismo,	 tais	
como	cansaço,	preocupação	ou	mesmo	nervosismo.	No	entanto,	
o	estresse	vai	além	dessas	situações.	Trata-se	de	um	mecanismo	
fisiológico	do	organismo,	com	componentes	psicológicos,	físicos,	
78 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
mentais	e	hormonais,	que	ocorre	quando	surge	a	necessidade	
de	 uma	 adaptação	 a	 um	 evento	 ou	 situação	 de	 importância	
(MIYAZAKI	et	al.,	2011).
Assim,	o	estresse
[...]	caracteriza	uma	reação	fisiológica	do	organismo	sem	o	qual	
nós,	 nem	 os	 outros	 animais,	 teríamos	 sobrevivido.	 Se	 nosso	
antepassado	das	cavernas	não	reagisse	 imediatamente,	ao	se	
deparar	com	uma	fera	faminta,	não	teria	deixado	descendentes	
Nós	existimos	porque	nossos	ancestrais	se	estressavam,	isto	é,	
liberavam	uma	série	de	mediadores	químicos	(o	mais	popular	
é	a	adrenalina),	que	provocavam	reações	fisiológicas	para	que,	
diante	 do	 perigo,	 enfrentassem	a	 fera	 ou	 fugissem	 (FAMILIA.
COM.BR,	2015).
Em	outras	palavras,	o	estresse	é	o	responsável	pelas	nossas	
reações	de	luta	e	fuga	(MELLO,	1995).		
A	palavra	“estresse”	é,	algumas	vezes,	usada	para	descrever	
uma	 situação	 ou	 um	 estímulo	 ameaçador	 e,	 em	 outras,	 para	
descrever	a	resposta	a	uma	situação.	Por	exemplo,	quando	uma	
pessoa	está	sofrendo	pressão	no	trabalho,	dizemos	que	ela	está	
sob	estresse	 (estímulo),	mas	 se	esta	mesma	pessoa	apresenta	
dificuldades	 para	 se	 concentrar	 ou	 fadiga,	 dizemos	 que	 ela	 se	
encontra	estressada	(resposta).	
A	 Psicologia	 da	 Saúde	 distingue	 as	 propriedades	 de	
estímulo	 do	 estresse	 de	 suas	 propriedades	 de	 resposta.	 Os	
estressores	 são	 estímulos	 ou	 eventos	 que	 desencadeiam	
adaptações	de	enfrentamento.	A	tensão	 refere-se	às	respostas	
físicas	e	emocionais	que	acompanham	a	percepção	que	a	pessoa	
tem	 dos	 estressores.	 O	 estresse	 é	 assim	 definido	 de	 forma	
mais	 completa	 como	 um	 processo	 pelo	 qual	 alguém	 percebe	
e	 responde	 a	 eventos	 que	 são	 julgados	 como	desafiadores	ou	
ameaçadores	(STRAUB,	2005).	
79© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
Modelo Transacional do estresse
Richard	 Lazarus	 e	 colaboradores	 (1993)	 propuseram	 o	
modelo	transacional	(ou	relacional)	do	estresse,	que	descreve	o	
estresse	como	um	processo.	A	ideia	fundamental	desse	modelo	
é	de	que	não	podemos	compreender	completamente	o	estresse	
examinando	eventos	ambientais	(estímulos)	e	pessoas	(respostas)	
como	entidades	separadas;	em	vez	disso,	devemos	considerá-los	
em	conjunto,	como	uma	transação,	na	qual	cada	indivíduo	deve	
ajustar-se	de	forma	contínua	aos	desafios	encontrados	(STRAUB,	
2005).
Segundo	o	modelo	transacional,	o	processo	do	estresse	é	
desencadeado	sempre	que	os	estressores	excedem	os	recursos	
pessoais	 e	 sociais	 que	 o	 indivíduo	 é	 capaz	 de	 mobilizar	 para	
enfrentar	o	estresse.	Por	exemplo,	uma	pessoa	que	perde	seu	
emprego,	mas	conta	com	apoio	familiar	ou	com	outra	fonte	de	
renda,	 vivenciará	 o	 estresse	 de	 forma	muito	 diferente	 do	 que	
uma	pessoa	que	fica	desempregada	sendo	o	único	provedor	de	
sua	 família.	Quando	os	 recursos	disponíveis	 para	 enfrentar	ou	
se	 adaptar	 às	 situações	 estressantes	 não	 estão	 disponíveis,	 o	
estresse	é	vivenciado	de	forma	mais	intensa.	
Por	 um	 lado,	 se	 os	 recursos	 de	 enfrentamento	 são	
suficientemente	fortes,	não	há	estresse,	mesmo	que	para	outra	
pessoa	 a	 situação	 pareça	 insuportável.	 Por	 outro	 lado,	 se	 os	
recursos	 de	 enfrentamento	 são	 fracos	 e	 ineficazes,	 o	 estresse	
ocorre,	mesmo	que	para	outra	pessoa	a	demanda	da	situação	
possa	 ser	 cumprida	 com	 facilidade.	 Uma	 gestação	 pode	 ser	
uma	ótima	notícia	 ou	uma	 situação	 complicada,	 por	 exemplo.	
Do	 mesmo	 modo,	 algumas	 pessoas	 vivenciam	 tratamentos	
invasivos,	como	a	realização	de	uma	cirurgia,	de	forma	tranquila	e	
positiva,	enquanto	outras	pessoas	sofrem	bastante	e	até	mesmo	
80 ©	PSICOLOGIA	APLICADA	À	SAÚDE	
UNIDADE	3	–	ESTRESSE	E	DOENÇA	
deprimem	 por	 causa	 do	 procedimento.	 O	 nível	 de	 estresse	
dependerá	dos	recursos	de	enfrentamento.	
É	muito	comum	observar	isso	no	ambiente	hospitalar,	no	
qual	 algumas	 pessoas	 recebem	 diagnósticos	 graves,	 como	 um	
tumor	 avançado	 ou	 uma	 doença	 neurodegenerativa,	 e	 ainda	
assim	reagem	de	forma	positiva	e	esperançosa.	Por	outro	lado,	
alguns	pacientes	que	recebem	diagnósticos	menos	graves	e	com	
chances	de	resolução,	muitas	vezes	reagem	de	forma	desesperada	
e	com	muita	ansiedade.	Não	é	apenas	o	evento	que	determina	
o	 estresse,	mas	 também	os	 recursos	 de	 enfrentamento	 que	 a	
pessoa	dispõe.	
Quando	 as	 demandas	 de	 um	 evento	 ou	 situação	 criam	
estresse,	 a	 resposta	 não	 é	 estática,	 ao	 contrário,	 envolve	
interações	e	ajustes	contínuos,	chamados	de	transações,	entre	o	
ambiente	e	as	tentativas	de	enfrentar	o	estresse.	Cada	indivíduo	
é	 agente	 ativo	 que	 pode	 alterar	 o	 impacto	 de	 um	 estressor	
em	 potencial	 por	 meio	 da	 utilização	 dos	 recursos	 disponíveis	
(STRAUB,	2005).
81© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
Os	 autores	 desse	 modelo	 acreditam	 que	 as	 transações	
entre	o	indivíduo	e	seu	ambiente	são	motivadas	pela	avaliação 
cognitiva	 que	 o	 mesmo	 faz	 de	 um	 possível	 problema.	 Esta	
avaliação	 inclui	 analisar	 inicialmente	 se	 a	 situação	 ameaça	 o	
bem-estar	do	indivíduo,	em	seguida,	se	existem	recursos	pessoais	
suficientes	disponíveis	para	lidarcom	a	demanda	e,	por	último,	
se	a	estratégia	da	pessoa	para	 lidar	 com	a	 situação	ou	evento	
está	funcionando.	
Quando	uma	pessoa	enfrenta	um	evento	potencialmente	
estressante,	 realiza	 uma	 avaliação primária	 para	 determinar	
o	 significado	 do	 evento:	 será	 que	 essa	 situação	 me	 causará	
problemas?
O	resultado	dessa	avaliação	é	a	interpretação	do	evento	de	
três	maneiras:	
•	 irrelevante;
•	 benigno	positivo;
•	 desafiador	ou	ameaçador.	
Uma	vez	que	um	evento	tiver	sido	avaliado	como	desafio	
ou	ameaça,	a	avaliação secundária	responde	à	questão:	o	que	
posso	fazer	para	lidar	com	essa	situação?	Nesse	sentido,	a	pessoa	
avalia	 suas	 capacidades	 de	 enfrentamento	para	determinar	 se	
elas	 serão	adequadas	para	enfrentar	o	desafio.	 Se	os	 recursos	
são	considerados	adequados,	pouco	ou	nenhum	estresse	ocorre.	
Quando	 uma	 ameaça	 ou	 desafio	 é	 grande	 e	 os	 recursos	 de	
enfrentamento	 são	 baixos,	 é	 provável	 que	 haja	 estresse.	 Com	
a	 reavaliação cognitiva,	 a	pessoa	atualiza	 constantemente	 sua	
percepção	de	sucesso	ou	falha	ante	um	desafio	ou	uma	ameaça	
(STRAUB,	2005).	Para	melhor	compreensão,	observe	o	exemplo	
na	Figura	1:
82 ©	PSICOLOGIA	APLICADA	À	SAÚDE	
UNIDADE	3	–	ESTRESSE	E	DOENÇA	
fonte:	Acervo	do	autor.
Figura	1	Modelo transacional do estresse.
A	 avaliação	 cognitiva	 nem	 sempre	 resulta	 em	 menos	
estresse;	 às	 vezes,	 ela	 aumenta	 o	 estresse.	 Um	 evento	 que	
originalmente	 era	 avaliado	 como	benigno	 ou	 irrelevante	 pode	
rapidamente	 assumir	 um	 caráter	 ameaçador	 se	 a	 resposta	 de	
enfrentamento	fracassa	ou	se	o	indivíduo	começa	a	ver	o	evento	
de	maneira	diferente	(STRAUB,	2005).
83© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
O	modelo	transacional	de	Lazarus	e	colaboradores	(1993)	tem	
três	 implicações	 importantes:	 em	primeiro	 lugar,	 as	 situações	 ou	
eventos	não	são	inerentemente	estressantes	ou	não-estressantes,	
qualquer	situação	ou	evento	pode	ser	avaliado	(e	experimentado)	
como	estressante	por	uma	pessoa,	mas	não	por	outra.	Em	segundo,	
as	avaliações	cognitivas	são	extremamente	suscetíveis	a	alterações	
em	 humor,	 saúde	 e	 estado	 motivacional.	 Pode-se	 interpretar	 o	
mesmo	 evento	 ou	 situação	 de	 maneiras	 muito	 diferentes	 em	
ocasiões	separadas.	Em	terceiro	lugar,	algumas	evidências	sugerem	
que	 a	 resposta	 de	 estresse	 do	 corpo	 é	 aproximadamente	 a	
mesma,	mesmo	que	a	situação	seja	realmente	experimentada	ou	
apenas	 imaginada.	 Isso	significa	que	até	avaliações	 lembradas	ou	
imaginadas	de	uma	situação	podem	produzir	resposta	de	estresse	
(STRAUB,	2005).	
É	 de	 extrema	 importância	 compreender	 esse	 caráter	
relacional	 do	 estresse.	 Como	 profissional	 de	 saúde	 você	
encontrará	 pacientes	 em	 situações	 de	 enfermidades	 já	
instaladas,	 em	 exames	 diagnósticos,	 em	 preparação	 para	
procedimentos	invasivos	e,	muitas	vezes,	pacientes	em	estados	
terminais.	 Você	 logo	 perceberá	 que	 a	 forma	 como	 cada	 um	
reage	a	essas	situações	será	muito	diferente	de	caso	para	caso.	
Isso	 ocorre	 porque	 os	 recursos	 de	 enfrentamento	 disponíveis	
naquele	momento	podem	ou	não	ser	suficientes	para	amenizar	
o	estresse.	Cabe	à	equipe	de	saúde	compreender	as	diferenças	
individuais	presentes	no	processo	de	enfrentamento	e	facilitar	a	
expressão	e	a	comunicação	dos	sentimentos	vivenciados.
Os efeitos do estresse
A	reação	geral	do	corpo	ao	estresse	é	regulada	pelo	sistema	
nervoso	central	(MELLO,	1995).	São	muitos	os	efeitos	do	estresse	
84 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
sobre	 o	 nosso	 organismo,	 entre	 eles,	 os	 mais	 comumente	
relatados	são:
1)	 Queda	 na	 produtividade	 –	 o	 sujeito	 percebe	 maior	
dificuldade	 para	 efetuar	 tarefas	 que	 antes	 realizava	
com	facilidade.
2)	 Confusão	mental	–	o	raciocínio	pode	ficar	mais	lento	e	
com	maior	dificuldade	de	concentração.
3)	 Apatia	 –	 a	 pessoa	 pode	 ficar	 indiferente	 a	 coisas	 ou	
atividades	 em	que	 antes	 sentia	 prazer,	 sente-se	 sem	
motivação	e	desanimado.
4)	 Sensação	 de	 Desgaste	 –	 o	 cansaço	 é	 maior	 do	 que	
normalmente	e	há	a	sensação	de	falta	de	energia;	
5)	 Prejuízo	 na	memória	 –	 há	maior	 dificuldade	 para	 se	
lembrar	de	fatos	atuais	e	antigos;
6)	 Irritabilidade	–	o	sujeito	fica	nervoso	mais	facilmente	e	
perde	a	paciência	com	coisas	do	cotidiano.	
As	pessoas	tendem	a	desenvolver	uma	forma	de	"visão	de	
túnel",	na	qual	limitam	seu	foco	e	se	tornam	menos	conscientes	
do	ponto	de	vista	social	quando	estão	estressadas	–	tendência	
que	pode	ser	especialmente	problemática	para	o	desempenho	de	
grupos	ou	equipes,	principalmente	em	equipes	de	saúde,	pois	a	
"visão	de	túnel"	pode	deixar	a	pessoa	indiferente	às	necessidades	
do	outro,	inclusive	do	paciente.	Por	exemplo,	um	profissional	de	
saúde	que	se	encontra	muito	cansado	e	estressado,	pode	ficar	
indiferente	às	queixas	de	dor	de	um	paciente,	agindo	sem	empatia.	
À	medida	 que	 aumentam	 as	 demandas	 (estresse)	 externo,	 os	
comportamentos	de	grupo,	como	ajudar	os	outros,	podem	ser	
negligenciados,	 pois	 a	 atenção	 dos	 membros	 individuais	 do	
grupo	é	dirigida	para	questões	envolvidas	no	cumprimento	de	
suas	próprias	tarefas	imediatas	(STRAUB,	2005).	
85© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
No	entanto,	nem	todo	o	estresse	é	ruim	e	causa	impacto	
negativo	 sobre	 o	 bem-estar.	 Alguns	 tipos	 ou	 quantidades	 de	
estresse	 podem,	 na	 verdade,	 melhorar	 o	 desempenho	 em	
algumas	tarefas.	Por	exemplo,	o	estresse	de	uma	avaliação,	pode	
incentivar	o	aluno	a	estudar	com	mais	atenção	a	matéria	da	aula.	
O	aspecto	mais	importante	de	um	estressor	é	seu	impacto	sobre	
o	corpo.	Para	cumprir	com	demandas	estressantes,	 sejam	elas	
boas	ou	más,	o	corpo	fica	excitado	e	gasta	energia.	Essa	excitação	
e	o	gasto	de	energia	constituem	o	estresse	(MELLO,	1995).
2.2. modelos de estresse e doença 
Como	já	vimos,	o	estresse	está	presente	na	vida	de	todas	
as	pessoas	e	desempenha	um	importante	papel	na	preparação	
do	 organismo	 para	 reagir	 a	 situações	 de	 desafio	 ou	 ameaça.	
No	 entanto,	 quando	 o	 estresse	 sobrecarrega	 os	 recursos	 de	
enfrentamento,	pode	prejudicar	a	 saúde.	Nenhum	outro	 tema	
em	Psicologia	da	Saúde	tem	gerado	tantas	pesquisas	quanto	a	
maneira	 como	 o	 estresse	 pode,	 às	 vezes,	 promover	 doenças.	
Conexões	 entre	 o	 estresse	 e	 doenças	 foram	 estabelecidas	
para	 muitos	 transtornos,	 incluindo	 câncer,	 doenças	 cardíacas	
e	 hipertensão.	 Será	 apresentado,	 agora,	 alguns	 modelos	 que	
buscam	explicar	como	o	estresse	afeta	a	nossa	saúde.	
O modelo da diátese ao estresse
Segundo	Straub	(2005,	p.	90):
O	modelo	da	diátese	ao	estresse	propõe	que	dois	fatores	que	
interagem	 continuamente	 determinam	 a	 suscetibilidade	 de	
um	indivíduo	ao	estresse	e	à	doença:	fatores	de	predisposição,	
que	 estabelecem	 a	 vulnerabilidade	 à	 doença,	 e	 fatores	 de	
precipitação	do	ambiente.
86 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
Alguns	 indivíduos	 são	mais	 vulneráveis	 a	 doença	porque	
reagem	mais	a	determinados	fatores	ambientais.	Acredita-se	que	
essa	predisposição	reativa	(diátese)	tenha	origem	genética,	mas	
alguns	 teóricos	 sugeriram	que	o	 comportamento	adquirido	ou	
traços	de	personalidade	(como	ser	agressivo	ou	propenso	a	ficar	
zangado)	 também	podem	tornar	as	pessoas	mais	 suscetíveis	a	
doenças	relacionadas	com	o	estresse.
Considere	 um	 exemplo	 que	 talvez	 seja	 familiar.	 Todos	
os	 estudantes	 experimentam	 diferentes	 graus	 de	 ansiedade	
em	 testes.	 A	maioria	 de	 nós,	 contudo,	 aprende	 a	 enfrentar	 o	
estresse	de	 fazer	exames	estudando	e	mantendo	as	coisas	em	
perspectiva.	Em	alguns	exemplos,	todavia,	a	ansiedade	do	teste	
pode	 sair	de	controle,	 fazendo	com	que	um	estudante	 reaja	a	
exames	com	grande	aumentona	frequência	cardíaca	e	na	pressão	
sanguínea.	Após	anos	de	exames	estressantes,	essa	reatividade	
cardiovascular	 anormal	 e	 intensa	 (diátese)	 pode	 deixar	 o	
estudante	mais	vulnerável	a	transtornos	cardiovasculares	do	que	
o	estudante	com	melhores	recursos	de	enfrentamento.
Modelo da Psiconeuroimunologia
Por	 muito	 tempo,	 acreditou-se	 que	 a	 mente	 e	 o	 corpo	
eram	 sistemas	 independentes,	 que	 não	 tinham	 influência	 um	
sobre	 o	 outro.	 No	 entanto,	 após	 algumas	 pesquisas	 sobre	 o	
condicionamento	 do	 sistema	 imunológico,	 um	 novo	 modelo	
de	estresse	e	doença,	conhecido	como	psiconeuroimunologia,	
passou	a	ser	estudado.	O	nome	desse	campo	fala	muito	sobre	
seu	foco:	psico	para	processos	psicológicos,	neuro	para	o	sistema	
neuroendócrino	(os	sistemas	nervoso	e	hormonal)	e	imunologia 
para	o	sistema	imunológico	(STRAUB,	2005).
Foram	 encontradas	 evidências	 de	 interações	 coordenadas	
entre	o	cérebro,	o	sistema	neuroendócrino	e	o	sistema	imunológico,	
87© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
e	a	maior	parte	dessas	pesquisas	se	concentraram	nas	relações	entre	
o	estresse,	a	atividade	do	sistema	imunológico	e	a	doença.	Mudanças	
adversas	no	funcionamento	imunológico	(imunossupressão)	foram	
demonstradas	após	um	divórcio,	a	perda	de	um	ente	querido,	a	perda	
do	emprego	e	práticas	de	exercícios	estressantes,	durante	períodos	
de	exames	e	em	situações	de	estresse	ocupacional	(STRAUB,	2005).
Também	é	destacada	a	 importância	dos	relacionamentos	
sociais	para	o	funcionamento	saudável	do	sistema	imunológico.	
A	 solidão,	 por	 exemplo,	 parece	 afetar	 de	 forma	 adversa	 o	
funcionamento	 imunológico,	 assim	 como	 o	 estresse	 causado	
por	um	relacionamento.	A	imunossupressão	foi	relacionada	com	
conflitos	 interpessoais	 entre	 casais,	 mulheres	 recentemente	
separadas	 dos	maridos	 e	 homens	 cujas	 esposas	morreram	 há	
pouco.	Estudos	mais	 recentes	demonstraram	que	a	associação	
entre	o	enfraquecimento	da	 imunidade	e	a	perda	de	um	ente	
querido	ocorre	principalmente	entre	aquelas	pessoas	que	ficam	
deprimidas	em	resposta	a	essa	perda	(STRAUB,	2005).
É	importante	lembrar	que,	embora	o	estresse	seja	inevitável,	
ele	 também	 oferece	 vantagens.	 Alguns	 tipos	 de	 estresse	 nos	
excitam	e	motivam	e	frequentemente	expõem	nossas	melhores	
qualidades	 e	 estimulam	 o	 crescimento	 pessoal.	 No	 entanto,	
estresse	 demais	 pode	 sobrecarregar	 nossa	 capacidade	 de	
enfrentamento	e	nos	deixar	vulneráveis	a	problemas	de	saúde	
relacionados	a	ele.	
2.3. enfrentamento 
De	acordo	com	STRAUB	(2005,	p.	246):	
O	 enfrentamento	 refere-se	 às	 formas	 cognitivas,	
comportamentais	e	emocionais	como	as	pessoas	administram	
situações	estressantes.	Deste	modo,	o	enfrentamento	envolve	
88 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
qualquer	tentativa	de	preservar	a	saúde	mental	e	física,	mesmo	
que	 tenha	 valor	 limitado.	 O	 enfrentamento	 é	 um	 processo	
dinâmico	 e	 não	 uma	 reação	 única,	 ou	 seja,	 é	 uma	 série	 de	
respostas	 que	 envolvem	 a	 interação	 do	 indivíduo	 com	 seu	
ambiente.	
estratégias de enfrentamento
As	 maneiras	 como	 as	 pessoas	 lidam	 com	 situações	
estressantes	 são	 chamadas	 de	 estratégias	 de	 enfrentamento.	
Estas	 visam	 moderar	 ou	 minimizar	 os	 efeitos	 de	 estressores	
sobre	 o	 bem-estar	 físico	 e	 emocional.	 Todavia,	 nem	 todas	 as	
estratégias	de	enfrentamento	são	igualmente	eficazes.	Algumas	
proporcionam	alívio	temporário	a	curto	prazo,	mas	tendem	a	ser	
mal	adaptativas	a	longo	prazo.	Por	exemplo:	embora	as	defesas	
psicológicas,	 como	 escolher	 não	 pensar	 sobre	 um	 problema,	
permitam	que	as	pessoas	se	distanciem	da	situação	estressante	
ao	negar	sua	existência,	elas	não	eliminam	a	fonte	de	estresse.	
De	maneira	semelhante,	o	álcool	ou	outras	drogas	escondem	o	
estresse,	mas	não	resolvem	o	problema	que	o	gerou	(STRAUB,	
2005).
Em	 alguns	 casos,	 o	 estressor	 não	 pode	 ser	 eliminado	 e	
a	 repetição	 do	 fato	 não	 pode	 ser	 impedida.	 Nesses	 casos,	 as	
estratégias	 podem	 simplesmente	 ajudar	 a	 pessoa	 a	 tolerar	 ou	
a	 aceitar	 a	 situação,	 como,	 por	 exemplo,	 no	 caso	 de	 doenças	
crônicas	ou	perda	de	um	ente	querido.	
Para	 classificar	 as	 estratégias	 de	 enfrentamento,	
apresentamos	 a	 abordagem	 desenvolvida	 por	 Richard	 Lazarus	
(1984).	As	estratégias	de	enfrentamento	são	classificadas	como	
focalizadas	na	emoção	ou	no	problema.
89© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
enfrentamento focalizado na emoção
No	 enfrentamento	 focalizado	 na	 emoção,	 são	 usadas	
estratégias	 comportamentais	 e	 cognitivas	 para	 administrar	 as	
reações	emocionais	ao	estresse.	As	estratégias	comportamentais	
incluem	buscar	pessoas	que	ofereçam	apoio	social,	usar	álcool	
ou	outras	drogas	psicoativas	ou	manter-se	ocupado	para	desviar	
a	atenção	do	problema.	As	cognitivas	envolvem	mudar	a	maneira	
como	o	estressor	é	avaliado	ou	negar	informações	desagradáveis.
As	 pessoas	 tendem	 a	 utilizar	 a	 forma	 de	 enfrentamento	
focalizado	 na	 emoção	 quando	 acreditam	 que	 pouco	 ou	 nada	
possa	 ser	 feito	 para	 alterar	 a	 situação	 estressante	 ou	 quando	
acreditam	que	seus	recursos	ou	capacidades	de	enfrentamento	
são	 insuficientes	 para	 atender	 às	 demandas	 da	 situação	
estressante	(STRAUB,	2005).
Existem	três	tipos	de	enfrentamento	focalizado	na	emoção:
1)	 fuga-evitação, na	qual o	 indivíduo	 se	distância	 física	
ou	psicologicamente	do	estressor.
2)	 Distanciamento, que envolve	 afastar-se	 psicologica-
mente	do	estressor.
3)	 Reavaliação positiva, que	solicita	a	reinterpretação	da	
situação	para	modificar	algo	negativo	em	positivo.
enfrentamento focalizado no problema
No	enfrentamento	focalizado	no	problema,
[...]	as	pessoas	lidam	diretamente	com	a	situação	estressante,	
seja	reduzindo	as	demandas	ou	aumentando	a	capacidade	de	
lidar	com	o	estressor.	Elas	tendem	a	contar	com	estratégias	de	
enfrentamento	focalizado	no	problema	quando	acreditam	que	
seus	recursos	e	situações	são	inconstantes	(STRAUB,	2005,	153).
90 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
Existem	 dois	 tipos	 de	 enfrentamento	 focalizado	 no	
problema:	 o	 enfrentamento	 pró-ativo	 e	 o	 enfrentamento	
combativo.	São	eles:	
1)	 enfrentamento pró-ativo,	 também	 chamado	
enfrentamento	 preventivo,	 “as	 pessoas	 buscam	
prever	 ou	 detectar	 estressores	 potenciais	 e	 agir	
antecipadamente	 para	 preveni-los	 ou	 minimizar	
seu	 impacto”	 (STRAUB,	 2005,	 p.	 154).	 Usando	
suas	 capacidades	 de	 resolução	 de	 problemas,	
desenvolvendo	uma	 rede	mais	 forte	de	 apoio	 social,	
melhorando	seus	recursos	financeiros	ou	fortalecendo	
sua	autoestima.
2)	 enfrentamento combativo,	o	indivíduo	reage	ou	tenta	
escapar	 de	 um	 estressor	 que	 não	 pode	 ser	 evitado.	
Como	 o	 estressor	 é	 inevitável,	 pode	 ser	 necessária	
a	 ajuda	 externa	 para	 enfrentar	 a	 situação	 (STRAUB,	
2005).
Uma	 importante	 distinção	 entre	 o	 enfrentamento	 pró-
ativo	 e	 o	 combativo	 está	 na	 quantidade	 de	 tempo	 e	 esforço	
que	as	duas	técnicas	exigem.	As	habilidades	de	enfrentamento	
pró-ativo	frequentemente	envolvem	um	esforço	a	 longo	prazo,	
pois	a	pessoa	pode	ter	que	modificar	atitudes,	estilos	cognitivos	
e	 comportamentos	 antigos.	 Contudo,	 muitas	 habilidades	 de	
enfrentamento	 combativo,	 como	 as	 técnicas	 de	 relaxamento	
e	o	biofeedback podem	ser	 aprendidas	 rapidamente	 (STRAUB,	
2005).
Para	 determinar	 se	 o	 indivíduo	 utiliza	 estratégias	 de	
enfrentamento	 focalizado	 na	 emoção	 ou	 no	 problema,	 é	
importante	 observar	 a	 natureza	 do	 evento	 ou	 a	 circunstância	
estressante.	 Qualquer	 situação	 em	 que	 seja	 possível	 a	 ação	
91© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
construtiva	 favorece	 estratégiasde	 enfrentamento	 focalizado	
no	problema.	Ao	contrário	disso,	alguns	problemas	de	saúde,	a	
perda	de	entes	queridos	e	outras	 situações	que	simplesmente	
devem	 ser	 aceitas	 têm	 mais	 probabilidade	 de	 desencadear	 o	
enfrentamento	focalizado	na	emoção	(STRAUB,	2005).
fatores que afetam a capacidade de enfrentar o estresse
Alguns	 fatores	 psicossociais	 podem	 afetar	 o	 quanto	 as	
pessoas	conseguem	enfrentar	estressores	potenciais.	Entre	eles,	
destacam-se	 a	 resiliência,	 o	 controle	 pessoal	 e	 o	 desamparo	
aprendido.	
Resiliência
Resiliência	é	um	termo	"emprestado"	da	física,	que	significa	
a	capacidade	do	indivíduo	voltar	ao	seu	estado	normal,	saudável,	
mesmo	após	fortes	estressores.	É	a	capacidade	de	desenvolver	
estratégias	de	enfrentamento	apesar	de	condições	adversas,	de	
se	recuperar	quando	coisas	ruins	ocorrem	e	de	prosperar	frente	
ao	 estresse.	 Por	 exemplo,	 pacientes	 que	 enfrentam	 de	 forma	
positiva	 uma	 doença	 terminal,	 ou	 que	 superam	 uma	 perda	
importante,	podem	ser	consideradas	resilientes.	
Controle pessoal: é	 a	 crença	 de	 que	 tomamos	 nossas	
próprias	decisões	e	determinamos	o	que	fazemos	ou	o	que	os	
outros	fazem	conosco.	As	pessoas	que	possuem	forte	sensação	de	
controle	têm	mais	probabilidade	de	utilizar	formas	adaptativas	e	
focalizadas	nos	problemas	para	lidar	com	o	estresse	e	de	controle	
psicológico	sobre	comportamentos	relacionados	com	a	saúde.	
Desamparo aprendido: quando	 se	 enfrenta	 estresse	
de	 forma	 incontrolável	 e	 repetidamente,	 o	 indivíduo	 aprende	
que,	 independentemente	do	que	ele	 faça,	 não	pode	 controlar	
92 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
o	 que	 lhe	 causou	 estresse.	 As	 pessoas	 que	 não	 conseguem	
repetidamente	 alcançar	 um	 objetivo	 muitas	 vezes	 acabam	
desistindo	de	tentar.	É	importante	notar	ainda	que	elas	também	
não	 costumam	 responder	 em	 outros	 ambientes	 nos	 quais	 o	
sucesso	 seja	mais	 provável.	 Quando	 alguém	 passa	 a	 acreditar	
que	 os	 resultados	 de	 seu	 comportamento	 não	 dependem	 do	
comportamento	 em	 si,	 ocorrem	 significativas	 consequências	
motivacionais,	emocionais	e	comportamentais.	As	pessoas	que	
se	 sentem	 incapazes	 não	 têm	 comportamentos	 saudáveis	 ou	
abandonam	 esses	 comportamentos	 antes	 que	 eles	 consigam	
exercer	um	efeito	positivo	sobre	sua	saúde	(STRAUB,	2005).	Um	
paciente	que	tentou	diversas	vezes	perder	peso,	mas	não	obteve	
suscesso,	 pode	 acabar	 desistindo	 de	 tentar	 emagrecer,	 pela	
crença	de	que	é	incapaz.
2.4. estresse relacionado com o trabalho 
Nos	 últimos	 anos,	 uma	 grande	 quantidade	 de	 pesquisas	
examinou	as	causas	e	as	consequências	do	estresse	relacionado	
com	o	 trabalho.	 De	 fato,	 todas	 as	 pessoas	 já	 experimentaram	
algum	 tipo	 de	 estresse	 relacionado	 ao	 trabalho	 em	 algum	
momento	de	sua	vida.	No	entanto,	esse	tipo	de	estresse	poderia	
ser	evitado,	e	existem	inúmeras	intervenções	para	isso.	
Para	a	maioria	das	pessoas,	o	estresse	no	trabalho	é	breve	e	
não	representa	ameaça	séria	para	a	saúde.	Entretanto,	ele	pode	
se	tornar	crônico,	se	as	dificuldades	enfrentadas	persistirem	ao	
longo	dos	anos.
Uma	 fonte	 de	 estresse	 ocupacional	 é	 a	 sobrecarga de 
trabalho.	As	pessoas	que	trabalham	muito	e	em	várias	 tarefas	
ao	mesmo	 tempo	 sentem-se	mais	 estressadas.	 Estas	 também	
93© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
apresentam	 piores	 hábitos,	 experimentam	 mais	 acidentes	
e	 sofrem	 de	 mais	 problemas	 de	 saúde	 do	 que	 os	 outros	
trabalhadores	(STRAUB,	2005).
É	 importante	 observar,	 contudo,	 que	 o	 número	 total	 de	
horas	que	uma	pessoa	trabalha	não	pode	ser	o	único	indicador	
de	estresse.	A	sobrecarga	de	trabalho	apresenta	um	componente	
subjetivo	 além	 do	 componente	 objetivo.	 Uma	 pessoa	 pode	
sentir-se	muito	cansada	e	estressada	com	seu	horário	e	outra	é	
capaz	de	lidar	facilmente	com	isso.	Como	já	dissemos,	o	estresse	
vivenciado	depende	dos	recursos	de	enfrentamento	disponíveis.	
O	estresse	no	trabalho	às	vezes	ocorre	quando	as	pessoas	
tentam	equilibrar	vários	trabalhos	diferentes	ao	mesmo	tempo	e	
experimentam	a	sobrecarga de papéis.	Os	problemas	associados	
a	 lidar	 com	múltiplos	 papéis	 simultâneos	 são	 particularmente	
importantes	para	as	mulheres.	A	sobrecarga	de	papéis,	associada	
ao	fato	de	lidar	com	uma	carga	pesada	de	responsabilidades	no	
trabalho	e	no	lar,	reduz	o	aproveitamento	de	todas	as	tarefas	e	
piora	o	humor	(STRAUB,	2005).	Algumas	pesquisas	demonstraram	
que	o	trabalho	pode	ser	avaliado	como	desafiador	e	estimulante	
tanto	para	homens	quanto	para	mulheres.	No	entanto,	devido	a	
carga	maior	de	 responsabilidade	da	mulher,	 com	as	atividades	
relacionadas	ao	 lar	e	à	 família,	 elas	experimentam	níveis	mais	
elevados	de	estresse.	
No	 entanto,	 as	mulheres	 que	mantém	 um	 emprego	 são	
geralmente	 mais	 saudáveis	 do	 que	 as	 desempregadas,	 uma	
vez	que	o	trabalho	é	uma	importante	fonte	de	autoestima	e	de	
satisfação	com	a	vida.
O	mais	 importante	 não	 é	 o	 número	 de	 papéis	 que	 uma	
mulher	ocupa,	mas	a	qualidade	da	sua	experiência	nesses	papéis.	
Ter	controle	sobre	o	próprio	trabalho	e	receber	ajuda	dos	outros	
94 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
membros	da	família	ajudam	a	reduzir	a	probabilidade	de	que	as	
demandas	de	papéis	múltiplos	sejam	estressantes.
De	 fato,	 a	 diferença	 de	 gênero	 em	 estresse	 no	 trabalho	
já	 tem	 diminuído	 consideravelmente,	 uma	 vez	 que	 os	 valores	
culturais	estão	se	modificando.	No	entanto,	ainda	há	um	longo	
caminho	a	percorrer,	pois	a	mulher,	muitas	vezes,	ainda	é	vista	
como	a	única	responsável	pelos	cuidados	da	casa	e	dos	filhos.	
síndrome de burnout
A	 síndrome	 de	 burnout,	 ou	 síndrome	 do	 esgotamento	
profissional,	 foi	 definida	 como	 o	 estado	 de	 exaustão	 física	
e	 psicológica	 relacionada	 com	 o	 trabalho.	 Sua	 principal	
característica	é	o	estado	de	tensão	emocional	e	estresse	crônicos	
provocado	 por	 condições	 de	 trabalho	 físicas,	 emocionais	 e	
psicológicas	desgastantes.	
O	 sintoma	 típico	 da	 síndrome	 de	 burnout	 é	 a	 sensação	 de	
esgotamento	 físico	 e	 emocional	 que	 se	 reflete	 em	 atitudes	
negativas,	 como	 ausências	 no	 trabalho,	 agressividade,	
isolamento,	 mudanças	 bruscas	 de	 humor,	 irritabilidade,	
dificuldade	 de	 concentração,	 falhas	 de	 memória,	 ansiedade,	
depressão,	 pessimismo,	 baixa	 autoestima.	 Dor	 de	 cabeça,	
enxaqueca,	cansaço,	sudorese,	palpitação,	pressão	alta,	dores	
musculares,	insônia,	crises	de	asma,	distúrbios	gastrintestinais	
são	 manifestações	 físicas	 que	 podem	 estar	 associadas	
à	síndrome	(VARELLA,	2015).	
De	maneira	mais	específica,	o	esgotamento	é	uma	síndrome	
multidimensional	 caracterizada	 por	 exaustão	 emocional,	
despersonalização	e	redução	em	realizações	pessoais.	A	exaustão	
emocional	refere-se	a	sentimentos	de	ter	seus	recursos	emocionais	
esgotados,	com	a	correspondente	perda	de	energia	e	sentimentos	
de	fadiga.	A	despersonalização	refere-se	à	perda	de	idealismo	no	
local	 de	 trabalho,	 desencadeando	 atitudes	 negativas	 para	 com	
95© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
aqueles	que	 recebem	o	 serviço	ou	a	 atenção	do	empregado.	A	
redução	em	realizações	pessoais	refere-se	à	perda	de	sentimentos	
de	competência	e	realização	no	trabalho	(STRAUB,	2005).	
Segundo	 Varella	 (2015)	 “a	 síndrome	 se	 manifesta	
especialmente	 em	 pessoas	 cuja	 profissão	 exige	 envolvimento	
interpessoal	 direto	 e	 intenso”.	 Os	 empregos	 que	 envolvem	
responsabilidade	com	outras	pessoas,	em	vez	de	responsabilidade	
com	produtos,	parecem	causar	níveis	elevados	de	esgotamento.	
Os	trabalhadores	da	área	da	saúde	parecem	ser	especialmente	
suscetíveis	 a	 esse	 tipo	 de	 estresse	 no	 trabalho.	 Pesquisas	
mostraram	 profissionaisde	 saúde	 que	 relatam	 sintomas	
relacionados	 com	 o	 estresse	 suficientemente	 sérios,	 a	 ponto	
de	 serem	 considerados	 sinais	 de	 maior	 risco	 de	 problemas	
psiquiátricos	(STRAUB,	2005).
A	 síndrome	 de burnout	 normalmente	 se	 desenvolve	
durante	 o	 período	 de	 alguns	 anos,	 no	 entanto,	 alguns	 sinais	
de	 aviso	 podem	 aparecer	 mais	 cedo.	 Entre	 eles,	 inclui-se:	
sentimentos	de	exaustão	física	e	mental;	perda	de	significado	no	
próprio	trabalho	e	na	vida	em	geral;	dificuldade	em	se	concentrar;	
aumento	de	doenças	relacionadas	com	o	estresse,	como	dores	
de	 cabeça,	 dores	 nas	 costas	 e	 depressão;	 e	 temperamento	
explosivo	(STRAUB,	2005).	
É	 importante	 observar	 que	 essa	 síndrome	 não	 é	 a	
consequência	 inevitável	de	estar	empregado	em	determinadas	
áreas	profissionais.	Como	nos	lembra	o	modelo	biopsicossocial,	
a	suscetibilidade	à	maioria	das	condições	de	saúde	–	favoráveis	
ou	desfavoráveis	–	é	o	produto	de	fatores	sobrepostos	em	todos	
os	domínios	da	saúde.	Por	exemplo,	os	profissionais	da	área	de	
saúde	 que	 se	 deparam	 com	 pacientes	 crônicos	 que	 mantêm	
uma	 visão	 esperançosa	 e	 otimista	 da	 vida	 apresentam	menos	
96 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
probabilidade	de	experimentar	esgotamento	profissional	do	que	
os	mais	pessimistas,	 ressaltando,	assim,	a	 função	protetora	de	
certos	padrões	de	comportamentos.
3. CONTeúDOs DIgITaIs INTegRaDORes
Os	 Conteúdos Digitais Integradores	 são	 a	 condição	
necessária	e	indispensável	para	você	compreender	integralmente	
os	conteúdos	apresentados	nesta	unidade.
3.1. estresse e enfrentamento
Como	já	foi	discutido,	o	estresse	tem	grande	influência	na	
determinação	da	saúde	e	tem	sido	associado	a	diversos	tipos	de	
doenças.	O	efeito	do	estresse	no	nosso	organismo	depende	dos	
mecanismos	de	enfrentamento	que	utilizamos.	
O	conteúdo	complementar	apresentado	a	seguir	pretende	
ampliar	e	aprofundar	o	estudo	sobre	o	estresse	e	as	estratégias	
de	enfrentamento.	É	muito	importante	que	você	acesse	os links	
apresentados	e	consulte	os	materiais	indicados.		
•	 ALMEIDA-FILHO,	 N.	 Modelos de determinação social 
das doenças crônicas não-transmissíveis.	 Disponível	
em:	 <http://www.scielo.br/pdf/csc/v9n4/a09v9n4.	
pdf>.	Acesso	em:	4	ago.	2015.
•	 CHAVES,	 E.	 C.	 et	 al.	Coping:	 significados,	 interferência	
no	 processo	 saúde-doença	 e	 relevância	 para	 a	
enfermagem.	 Disponível	 em:	 <http://www.ee.usp.
br/REEUSP/upload/html/546/body/v34n4a08.htm>.	
Acesso	em:	4	ago.	2015.	
97© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
•	 YOUTUBE.	Jornal Hoje.	Muito	estresse	deixa	organismo	
vulnerável	 a	 doenças	 graves.	 Disponível	 em:	 <http://
www.youtube.com/watch?v=Mzrakeau0M>.	 Acesso	
em:	4	ago.	2015.
3.2. estresse no profissional de saúde
A	 síndrome	 de	 burnout	 é	 característica	 do	 estresse	
relacionado	ao	 trabalho.	Algumas	profissões	 se	destacam	pela	
alta	 incidência	 de	 estresse,	 entre	 estes,	 os	 profissionais	 de	
saúde.	O	material	a	seguir	foi	selecionado	para	que	você	conheça	
mais	sobre	burnout	e	pesquise	sobre	os	efeitos	do	estresse	em	
enfermeiros.	
•	 ARAÚJO,	 T.	 M.;	 et	 al.	 Aspectos psicossociais do 
trabalho e distúrbios psíquicos entre trabalhadoras de 
enfermagem.	 Disponível	 em:	 <http://www.scielo.br/
pdf/rsp/v37n4/16776.pdf>.	Acesso	em:	4	ago.	2015.
•	 SANTOS,	A.	F.	O.;	CARDOSO,	C.	L.	Profissionais de Saúde 
Mental: Estresse,	Enfrentamento	e	Qualidade	de	Vida.	
Disponível	em:		<http://www.scielo.br/pdf/ptp/v26n3/
a17v26n3.pdf>.	Acesso	em:	4	ago.	2015.
•	 TVUFPR.	Olho clínico:	 síndrome	de	burnout.	Disponível	
em:	<http://www.youtube.com/watch	?v=lRlvT3eGpjQ>.	
Acesso	em:	4	ago.	2015.
4. QUesTÕes aUTOaVaLIaTIVas 
A	autoavaliação	pode	ser	uma	ferramenta	importante	para	
você	 testar	 o	 seu	 desempenho.	 Se	 encontrar	 dificuldades	 em	
responder	as	questões	a	seguir,	você	deverá	revisar	os	conteúdos	
estudados	para	sanar	as	suas	dúvidas.
98 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
1)	 Em	 relação	 às	 Estratégias	 de	 Enfrentamento,	 assinale	 a	 alternativa	
INCORReTa:
a)	 Conjunto	de	estratégias,	cognitivas	e	comportamentais,	utilizadas	pe-
los	indivíduos	para	lidar	com	uma	ameaça	iminente.
b)	 Faz	 parte	 das	 características	 da	 personalidade	 de	 cada	 indivíduo,	 e,	
portanto,	não	podem	ser	aprendidas.
c)	 Processa-se	mediante	a	mobilização	de	recursos	naturais,	com	fins	de	
administração	de	situações	estressoras,	consistindo	de	interação	entre	
o	organismo	e	o	ambiente.
d)	 A	resolução	de	problemas	pode	ser	considerada	uma	estratégia	ade-
quada	de	enfrentamento.	
2)	 Segundo	diversos	estudos	sobre	a	relação	do	estresse	e	o	processo	saúde-
-doença,	constata-se	que	o	estresse	pode	ser	sadio	ou	nocivo.	Ele	se	torna	
nocivo	à	saúde	quando:
a)	 surge	a	necessidade	de	uma	adaptação	a	um	evento	ou	situação.
b)	 alguém	 percebe	 e	 responde	 a	 eventos	 que	 são	 julgados	 como	
desafiadores.	
c)	 os	estressores	excedem	os	recursos	pessoais	e	sociais	que	o	indivíduo	
é	capaz	de	mobilizar	para	enfrentar	o	estresse.
d)	 os	recursos	de	enfrentamento	são	suficientemente	fortes.	
3)	 Descreva	os	principais	efeitos do estresse	no	nosso	organismo.
4)	 Sobre	a	síndrome	de	Burnout,	assinale	a	alternativa	INCORReTa.
a)	 É	definida	como	o	estado	de	exaustão	física	e	psicológica	relacionada	
com	o	trabalho.
b)	 O	sintoma	típico	da	síndrome	de	burnout	é	a	sensação	de	esgotamento	
físico	e	emocional	que	se	reflete	em	atitudes	negativas.	
c)	 A	síndrome	se	manifesta	especialmente	em	pessoas	cuja	profissão	exi-
ge	envolvimento	interpessoal	direto	e	intenso.	
d)	 A	 síndrome	é	 uma	 consequência	 inevitável	 de	 estar	 empregado	 em	
determinadas	áreas	profissionais,	como	na	área	de	Saúde.	
5)	 Explique	a	relação	entre	estresse	e	estratégias	de	enfretamento.
99© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
gabarito 
Confira,	 a	 seguir,	 as	 respostas	 corretas	 para	 as	 questões	
autoavaliativas	propostas:
1)	 b
2)	 c
3)	 Queda	de	produtividade,	confusão	mental,	apatia,	sensação	de	desgaste,	
prejuízo	na	memória	e	irritabilidade,	entre	outro.	
4)	 d
5)	 As	estratégias	de	enfrentamento	 são	os	 recursos	utilizados	pela	pessoa	
para	lidar	com	o	estresse.	Quanto	mais	recursos	de	enfrentamento	estive-
rem	presentes,	menos	efeitos	do	estresse	sobre	o	organismo.		
5. CONsIDeRaÇÕes
O	 estudo	 dos	 efeitos	 do	 estresse	 sobre	 a	 saúde	mostra,	
de	 forma	 clara,	 a	 relação	 entre	 os	 aspectos	 psicológicos	 e	
biológicos	na	determinação	dos	processos	de	saúde	e	doença.	
O	 esgotamento	 emocional	 que	 ocorre	 pelo	 estresse	 prejudica	
o	 funcionamento	 do	 organismo	 e	 diminui	 as	 defesas	 naturais	
do	sistema	imunológico.		 Entretanto,	 as	 estratégias	
de	 enfrentamento	 podem	 atuar	 como	 fatores	 de	 proteção	
ao	 estresse,	 mas	 apenas	 quando	 são	 utilizadas	 estratégias	
adaptativas.	 Trata-se	 de	 um	 bom	 exemplo	 sobre	 a	 concepção	
biopsicossocial	de	saúde.	
Vamos	 agora	 nos	 preparar	 para	 iniciar	 o	 estudo	 da	
última	unidade,	que	apresentará	a	temática	da	relação	entre	o	
profissional	de	saúde	e	o	paciente.	Antes	disso,	não	se	esqueça	
de	explorar	os	Conteúdos Digitais Integradores	desta	unidade.	
100 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 3 – EstrEssE E DoENçA 
6. e-ReFeRÊNCIA
FAMILIA.COM.BR.	Estresse:	O	que	é,	o	que	 causa	e	 como	controlar.	Disponível	 em:	
<http://familia.com.br/estresse-o-que-e-o-que-causa-e-como-controlar>.	Acesso	em:	
31	jul.	2015.
IPCS.	Instituto de psicologia e controle do stress.	Disponível	em:	<http://www.estresse.
com.br/profissionais/dra-marilda-emmanuel-novaes-lipp/>.	Acesso	em:	4	ago.	2015.	
VARELLA,	 D.	 Síndrome de burnout.	 Disponível	 em:	 <http://drauziovarella.com.br/
letras/b/sindrome-de-burnout/>.Acesso	em:	3	ago.	2015
7. RefeRêNCIas BIBLIOgRáfICas
MELLO	FILHO,	J.	Psicossomática Hoje.	Porto	Alegre:	Artes	Médicas,	1995.
MIYAZAKI,	M.	C.;	DOMINGOS,	N.	A.	M.;	CABALLO,	V.	E.	et	al.	Psicologia	da	Saúde.	
Intervenções	 em	 hospitais	 públicos.	 In:	 Bernard	 Rangé.	 (Org.).	 Psicoterapias 
cognitivo-comportamentais.	2.	ed.	Porto	Alegre:	Artmed,	2011.	
STRAUB,	R.	O.	Psicologia da Saúde.	Porto	Alegre:	Artes	Médicas,	2005.

Continue navegando

Outros materiais