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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ ENGENHARIA DE ALIMENTOS CAMPO ELÉTRICO Acadêmicas: RA: Professor: Ary de A. Rodrigues Junior 22 de maio de 2017 Introdução Uma maneira de explicar a força eletrostática entre duas cargas é supor que cada carga cria um campo elétrico no espaço ao seu redor. A força eletrostática que atua sobre qualquer carga se deve então ao campo elétrico criado na sua posição pela outra carga. O campo elétrico E em qualquer ponto é definido em termos da força eletrostática F que seria exercida sobre uma carga de teste positiva q ali colocada, podemos relacionar força por unidade de carga pela equação (1.1). (HALLIDAY, 2003) Figura 1.1 - Campo elétrico. (VILLATE, 2017) (1.1) As linhas de forças são linhas tangentes ao vetor campo elétrico em cada ponto. As linhas de forças saem das cargas positivas e entram nas cargas negativas. O campo elétrico é uma grandeza vetorial, ou seja, possui módulo (intensidade), direção e sentido. Figura 1.2 - Campo elétrico devido a uma carga pontual positiva e a sua representação com linhas de campo. (VILLATE, 2017) A intensidade do vetor campo elétrico, num ponto p do espaço é obtido pela equação: E = |- (ΔV/ ΔL) máx| (1.2) ΔV é a diferença de potencial em dois pontos e ΔL é a distância entre os dois pontos. (MATEUS, 2010) Uma superfície é equipotencial quando, numa região de campo elétrico, todos os seus pontos apresentam o mesmo potencial. (MUNDO EDUCAÇÃO, 2017) Materiais e métodos Materiais Fonte de tensão alternada; Cuba de vidro; Pontas de prova; Placas metálicas; Anel metálico; Voltímetro; Papel milimetrado; Fios; Jacarés; Água (Solução eletrolítica); Suportes. Métodos Figura 2.2.1 - Determinação de superfícies equipotenciais com pontas metálicas. Figura 2.2.2 - Determinação de superfícies equipotenciais entre duas placas paralelas. Figura 2.2.3 - Determinação de superfícies equipotenciais entre duas placas paralelas com um anel metálico no centro. Foi determinado em um papel milimetrado uma superfície 15 x 15 (cm), anotado um ponto A e um ponto B, de modo que quando ligados fiquem na horizontal, na metade da superfície delimitado; Após isso, foi alinhado as pontas metálicas, como mostra a figura 2, de forma que, as pontas fiquem em cimas desses pontos A e B; Foi colocado água na cuba, de modo que, as pontas metálicas fiquem um pouco mergulhadas; Com a ponta de prova foi determinado o potencial em 9 pontos, estes podem ser verificados na tabela 1,com suas respectivas distâncias e potenciais, assim como a configuração dos pontos; Foi anotado os valores de potencial e distâncias dos pontos; Foi retirado as pontas metálicas e colocado uma placa metálica – figura 3; Foi medido 9 pontos equipotenciais e anotado seus aferidos valores e distância – podem ser vistos na figura 4 e na tabela 2 nos resultados, assim como a configuração dos pontos; Foi adicionado entre as placas um anel metálico no centro da superfície, como a figura 4, e aferido os valores no interior do anel; Resultados PONTAS METÁLICAS: Tabela 3.1 - Distância e configuração dos pontos no experimento com pontas metálicas. 15 14 13 12 0,95 11 10 0,111 0.116 9 8 7 0,207 0,118 0.205 6 5 4 0,113 0.114 3 2 0,92 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 PLACAS METÁLICAS: Tabela 3.2 - Distância e configuração dos pontos no experimento com placas metálicas. 15 14 13 12 11 0.452 0.449 0.450 10 9 8 7 0,448 0,443 0.442 6 5 4 0,449 0.444 0.44 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 PLACA METÁLICA COM ANEL METÁLICO: Seja qual for a orientação dentro do anel o campo elétrico é nulo. Os pontos aleatórios variaram entre 0.05 e 0.07 volts. Discussão Por meio dos resultados obtidos, foi possível analisar o potencial em pontos variados e interpretá-los. No experimento utilizando polos, foi possível observar que o potencial tende a aumentar próximo dos polos, positivo ou negativo, com resultados de aproximadamente 0,206 V, já quando o ponto foi afastado o potencial diminuiu para valores próximos de 0,114 V e quando afastado mais ainda, obteve-se um valor por volta de 0,93 V. Estes resultados podem ser vistos tabela 3.1. Em relação às placas paralelas, o potencial foi medido em nove pontos distintos e, foi obtido valores muito próximos, com pouca variação, neste caso, aproximou-se de um valor igual a 0,446 V, tabela 3.2. Quando o anel metálico foi posicionado entre as placas, observamos que fora havia o campo que foi medido anteriormente, já dentro do anel, o campo elétrico diminuiu consideravelmente com uma medida em torno de zero. Conclusão Por fim, o experimento proporcionou a confirmação da teoria, em que o campo elétrico aumenta quando próximo do polo, seja positivo ou negativo, e diminui com o afastamento em relação ao mesmo. Além disso, nas placas paralelas foi observado uma superfície equipotencial, ou seja, os pontos apresentam o mesmo potencial, formando assim um campo uniforme, em que o campo elétrico formado tem o mesmo módulo, direção e sentido em todos os pontos. Já com um anel metálico, há um desbalanceamento de cargas e o campo elétrico formado no interior do anel tem mesma intensidade e direção, porém sentidos opostos, implicando em uma resultante igual a zero. Desse modo, a teoria foi comprovada, pois os resultados obtidos foram de acordo com o que foi previsto. Referências MATEUS, E.A; HIBLER, I; DANIEL, L.W. Projeto de Ensino de Física: Eletricidade e Magnetismo. Universidade Estadual de Maringá, 2010. HALLIDAY, RESNICK, WALKER. Fundamentos de Física. Vol. 3. 8 ed. Editora LTC, 2003. Mundo educação – Física – Eletricidade - Superfície equipotencial. Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/superficie-equipotencial.htm>. Acessado em 27/05/2017. VILLATE, J.E - Documentação para Engenharia e FÍSICA - Campo Elétrico. Disponível em: <https://def.fe.up.pt/eletricidade/campo_eletrico.html>. Acessado em: 27/05/2017.
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