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Aula 04 - Invalidade do Negócio Jurídico

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Invalidade do Negócio Jurídico 
(Arts. 104 – 188) 
 Direito Civil 
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1. FATO E ATO JURÍDICO
Ato Jurídico Lícito
Ato Ilícito
Ordinário
Extraordinário
Fato Jurídico 
(Lato Sensu)
Fato Natural 
(FJ Stricto Sensu)
Fato Humano
(Ato Jurídico Lato Sensu)
AJ Stricto Sensu 
(meramente lícito)
Negócio Jurídico
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2. NEGÓCIO JURÍDICO
Os negócios jurídicos são analisados a partir dos seus planos (escada ponteana): 
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2. NEGÓCIO JURÍDICO
Plano da Existência: 
Os pressupostos de existência são elementos fundamentais do negócio jurídico. São eles (VOAF): a) vontade; b) objeto; c) agente; d) forma.
Plano da Validade:
Os pressupostos de validade são (CC, art. 104): a) agente capaz; b) objeto lícito, possível, determinado ou determinável; c) forma prescrita ou não defesa em lei; d) vontade livre e desimpedida. 
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2. NEGÓCIO JURÍDICO
Plano da Eficácia: 
Preenchido os pressupostos de existência e validade dos negócios jurídicos, geralmente eles produzem efeitos de imediato. Excepcionalmente, pode existir algum elemento acidental. 
a) Condição: Evento futuro e incerto que, por vontade das partes, subordina a produção de efeitos do negócio jurídico (voluntariedade, futuridade e incerteza). Ela pode ser suspensiva OU resolutiva. 
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2. NEGÓCIO JURÍDICO
Plano da Eficácia: 
b) Termo: Evento futuro e certo que, por vontade das partes, subordina a produção de efeitos do negócio jurídico. O grande exemplo de termo, sem dúvidas, é uma data. 
c) Encargo (modo): Trata-se de um ônus imposto ao credor para que possa exigir o cumprimento da prestação assumida pelo devedor. Na maioria das vezes, o encargo é um elemento acidental que figura em negócios jurídicos gratuitos.
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3. VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
CC, Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei.
Incapacidade Relativa:
CC, Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.
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3. VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
Impossibilidade Relativa:
CC, Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado.
Princípio da Informalidade:
CC, Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir.
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3. VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
CC, Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.
CC, Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento público, este é da substância do ato.
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3. VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
Reserva Mental
CC, Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.
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3. VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
CC, Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
CC, Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.
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4. TEORIA DA INVALIDADE
Se faltar alguns dos pressupostos de existência (VOAF) o ato jurídico será INEXISTENTE, mas se faltar alguns dos requisitos de validade o ato jurídico será INVÁLIDO, o que pode ocorrer em dois graus diferentes: 
Nulidade absoluta (nulidade); 
Nulidade relativa (anulabilidade).
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4. TEORIA DA INVALIDADE
NULIDADE ABSOLUTA (NULIDADE)
Agride preceito de ordem pública;
Pode ser alegado por qualquer interessado ou pelo Ministério Público;
Pode ser alegado a qualquer momento e em qualquer grau de jurisdição;
Pode ser reconhecido de ofício pelo juiz;
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4. TEORIA DA INVALIDADE
NULIDADE ABSOLUTA (NULIDADE)
O negócio jurídico nulo NÃO é passível de confirmação ou convalidação;
Pode ser convertido substancialmente;
Não se submete a prazo prescricional ou decadencial. 
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4. TEORIA DA INVALIDADE
STJ, Info 329. (...)Não obstante, ainda que se trate de questão chamada de "ordem pública", isto é, nulidade absoluta – passível, segundo respeitável doutrina, de conhecimento a qualquer tempo, em qualquer grau de jurisdição –, este Superior Tribunal já cristalizou seu entendimento pela impossibilidade de se conhecer da matéria de ofício, quando inexistente o necessário prequestionamento.
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4. TEORIA DA INVALIDADE
CC, Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir.
Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes.
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4. TEORIA DA INVALIDADE
CC, Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.
CC, Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade.
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4. TEORIA DA INVALIDADE
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4. TEORIA DA INVALIDADE
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4. TEORIA DA INVALIDADE
(b) NULIDADE RELATIVA (ANULABILIDADE)
Agride preceito de ordem privada;
Só pode ser alegada pela pessoa prejudicada em razão do vício (legitimidade restrita);
NÃO pode ser reconhecido de ofício pelo juiz;
O negócio anulável pode ser saneado, convalidado ou confirmado.
Submete-se a prazo decadencial.
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4. TEORIA DA INVALIDADE
CC, Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
CC, Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade.
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4. TEORIA DA INVALIDADE
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4. TEORIA DA INVALIDADE
CC, Art. 178. É de QUATRO ANOS o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: I - No caso de coação, do dia em que ela cessar; II - No de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico; III - No de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
CC, Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de DOIS ANOS, a contar da data da conclusão do ato.
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4. TEORIA DA INVALIDADE
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4. TEORIA DA INVALIDADE
 Direito Material x Direito Processual
No direito processual civil, como regra, não haverá invalidade sem prejuízo (STJ, informativos 387 e 394).
No direito material é possível a invalidação do negócio jurídico mesmo sem prova de prejuízo (REsp 38.353).
No direito processual civil, o STJ já relativizou o sistema de nulidade em situações reconhecidas como “nulidade de bolso” ou “nulidade algibeira” (REsp 756.885 e REsp 1.372.802).
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4. TEORIA DA INVALIDADE
 Direito Material x Direito Processual
NCPC, Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
NCPC, Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.
 
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4. TEORIA DA INVALIDADE
 Conservação dos NegóciosJurídicos
Com o devido equilíbrio, o princípio da instrumentalidade tem sido aplicado ao direito material, através de alguns institutos:
Conversão Substancial ou Recategorização (CC, art. 170); 
Ratificação, Saneamento, Convalidação ou Confirmação (CC, art. 172);
Redução ou Nulidade Parcial (CC, art. 184).
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4. TEORIA DA INVALIDADE
 Conservação dos Negócios Jurídicos
STJ, Informativo 435. Inclina-se a jurisprudência do STJ pelo aproveitamento do testamento quando, não obstante a existência de certos vícios formais, a essência do ato se mantém íntegra, reconhecida pelo Tribunal estadual, soberano no exame da prova, a fidelidade da manifestação de vontade da testadora, sua capacidade mental e livre expressão. (REsp 600.746, Rel. Min. Aldir Passarinho Jr., j. 20.5.10, 4ªT.)
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4. TEORIA DA INVALIDADE
- Instrumentalidade das Formas
CC, Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.
- Conversão Substancial ou Recategorização 
CC, Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se 	houvessem previsto a nulidade.
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4. TEORIA DA INVALIDADE
- Ratificação, Saneamento, Convalidação, Confirmação
CC, Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
- Redução ou Nulidade Parcial
CC, Art. 184. Respeitada a intenção das partes, a invalidade parcial de um negócio jurídico não o prejudicará na parte válida, se esta for separável; a invalidade da obrigação principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação principal.
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(2017/Quadrix/CFO-DF/Procurador Jurídico) Julgue o item subsecutivo com base em conhecimentos relativos ao direito civil. 
Com relação aos negócios jurídicos, sua validade requer agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável e forma não defesa em lei. Assim, caso o negócio tenha sido celebrado com cláusula de não valer sem instrumento público, após o Código Civil de 2002, trata-se de cláusula sem eficácia jurídica. 
ERRADO
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(2009/ EJEF/TJ-MG/Juiz) Responda a asserção CORRETA, relativa à nulidade do negócio jurídico.
a) As obrigações decorrentes de negócio jurídico nulo podem ser objeto de novação.
b) As nulidades do negócio jurídico devem ser pronunciadas pelo Juiz, que também as pode sanar.
c) O decurso de tempo faz desaparecer o vício.
d) O decurso do tempo não opera a confirmação, nem convalesce o negócio jurídico nulo.
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(2011/CESPE/TJ-PB/Juiz) Como o negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação nem convalesce pelo decurso do tempo, não se prevê, na ordem jurídica nacional, o instituto da conversão.
(2010/CESPE/MPE-ES/Promotor de Justiça) Constituição de hipoteca em que falte a presença de ambos os cônjuges valerá como confissão de dívida.
ERRADO
CERTO
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(2014/CESPE/TC-DF/Auditor de Controle Externo) A respeito de prescrição, decadência e negócio jurídico, julgue os seguintes itens. 
O negócio jurídico anulável não é suscetível de confirmação pelas partes nem convalesce pelo decurso do tempo.
ERRADO
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(2014/MPE-SC/Promotor de Justiça - Matutina) No que se refere à invalidade do negócio Jurídico:
A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade.
CERTO
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QUESTÃO LAC – Julgue a assertiva abaixo:
É inexistente o negócio jurídico celebrado por absolutamente incapaz sem representação.
QUESTÃO LAC – Julgue a assertiva abaixo:
Os negócios jurídicos serão nulos de pleno direito quando forem praticados mediante dolo ou coação.
ERRADO
ERRADO
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QUESTÃO LAC – Julgue a assertiva abaixo:
É anulável o negócio jurídico celebrado por relativamente incapaz sem assistência.
QUESTÃO LAC – Julgue a assertiva abaixo:
São vícios que causam anulação do negócio jurídico: erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão, fraude contra credores e simulação.
ERRADO
CERTO
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(2017 / FMP / MPE-RO / Promotor de Justiça Substituto) Em conformidade com o Código Civil, é CORRETO afirmar:
a) É anulável o negócio jurídico cujo motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito.
b) É nulo o negócio jurídico em que for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade.
c) É nulo o negócio jurídico por vício resultante de 	erro, dolo, coação, ou lesão.
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(2017 / FMP / MPE-RO / Promotor de Justiça Substituto) Em conformidade com o Código Civil, é CORRETO afirmar:
d) Para a anulação de negócio jurídico por estado de perigo ou fraude a credores, o prazo decadencial é de 05 (cinco) anos.
e) Será de 03 (três) anos o prazo para pleitear anulação de negócio jurídico quando não houver prazo estipulado por lei.
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(2016/TRT 4º/Juiz do Trabalho Substituto) Assinale a assertiva correta sobre negócio jurídico.
a) É anulável o negócio jurídico quando não revestir a forma prescrita em lei.
b) O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, mas convalesce pelo decurso do tempo.
c) O negócio jurídico anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
d) O termo inicial suspende a aquisição do direito.
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Defeitos do Negócio Jurídico
(Arts. 138 – 165) 
 Direito Civil 
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1. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
Os defeitos do negócio jurídico, previstos a partir do artigo 138, são vícios que podem causar a sua anulabilidade (exceto a simulação, que é causa de nulidade absoluta). 
São classificados em: (i) vícios de consentimento - configuram-se quando a vontade exteriorizada pelo agente diverge da sua vontade real; (ii) vícios sociais - configuram-se quando a vontade declarada está de conformidade com o interesse do agente, mas é manifestada com o 	intuito de prejudicar terceiros.
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1. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
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1. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
ERRO  Resultado de uma falsa ideia ou percepção sobre objeto ou a pessoa com quem se negocia. O erro para causar a anulabilidade do negócio jurídico deve ser SUBSTANCIAL. O erro acessório não é capaz de anular o negócio jurídico, por exemplo, o erro de cálculo (CC, art. 143). 
CJF, enunciado 12: Na sistemática do art. 138, é irrelevante ser ou não escusável o erro, porque o 	dispositivo adota o princípio da confiança.
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1. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
CC, Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.
CC, Art. 139. O erro é substancial quando: I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais;
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1. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
CC, Art. 139. O erro é substancial quando: 
II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico.
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1. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
CC, Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada.
CC, Art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza a retificação da declaração de vontade.
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1. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
CC, Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante.
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1. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICODOLO  Ocorre quando o agente é levado a se equivocar em razão de atuação maliciosa realizada pela outra parte ou por terceiro. Por isso, é também chamado de “erro provocado”. 
CC, Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
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1. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
CC, Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.
CC, Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos.
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1. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
COAÇÃO  Configura-se quando o agente pratica o ato em razão de fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família ou aos seus bens. Trata-se de pressão moral sofrida para a prática de um negócio jurídico. 
O mero temor reverencial não é considerado coação;
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1. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
A coação absoluta (ou física), também chamada de vis absoluta, não é causa de anulação, mas de inexistência.
A coação relativa (ou moral), também chamada de vis compulsiva, causa anulação do negócio.
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