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BREVE EVOLUÇÃO DO MOBILIÁRIO RESIDENCIAL BRASILEIRO

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Prévia do material em texto

* Arquiteta Urbanista. E-mail: tathyarasilva@gmail.com 
 
UNIVERSIDADE CEUMA – UniCEUMA 
Pós-Graduação em Design de Interiores 
BREVE EVOLUÇÃO DO MOBILIÁRIO RESIDENCIAL BRASILEIRO NOS 
SÉCULOS XX E XXI 
 
Tathyara Melo Silva* 
 
RESUMO 
 
O objetivo deste artigo é a elaboração de uma pesquisa acerca da evolução do 
mobiliário residencial do Brasil entre os séculos XX e XXI. A pesquisa consiste em 
estudar os estilos do design existentes em cada fase, com suas características 
principais, seus traços, cores, texturas, o que os difere de outros e como esse estilo 
se encaixa na situação social e econômica em que o país se encontra na era de que 
se trata. Também é possível constatar alguns dos principais nomes de cada estilo 
estudado, como o designer trabalha, a importância que o artista pesquisado possui 
para o movimento artístico, a forma como se encaixa no estilo em questão e sua 
influência nacional e internacional. E perceber como esse conhecimento ajuda no 
processo de desenvolvimento de projetos de design de interiores. 
 
Palavras-chaves: Mobiliário residencial; Brasil; Século XX; Século XXI 
 
ABSTRACT 
 
The objective of this article is the elaboration of a research about the evolution of 
brazilian residential furniture between the 20th and 21st century. The research consists 
of studying the existing design styles in each phase, with their main points, traces, 
colors, textures, which differs from others and how this style fits in the social and 
economic situation that the country is in. We can also see some of the leading names 
of each style, as this designer works, the importance that this artist has for the artistic 
movement, how they fit in that style and their influence, national and international 
levels. And realize how this knowledge helps in the process of interior design projects. 
Keywords: Residential furniture; Brazil; 20th Century; 21th Century 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O ser humano gosta de ter um espaço seu, confortável, que lhe representa e 
atende suas necessidades, e a casa, a residência como um todo, é nosso principal 
local, o nosso ninho, para onde gostamos de voltar, para relaxar, descansar, 
principalmente no mundo de hoje onde o foco está sendo o trabalho e a vontade de 
se desligar do mundo externo está cada vez maior. 
Existem muitas formas de decorar e organizar uma residência, dependendo do 
estilo de vida e gostos dos moradores. É interessante observar como os gostos e 
necessidades das pessoas mudam com o tempo, muitas vezes isso depende do 
momento social e econômico em que se vive. Compreender os estilos de design é de 
suma importância para desta forma adequar do melhor jeito aos moradores. 
Considerando a necessidade desse conhecimento foi realizada uma pesquisa 
sobre os estilos de design mais importantes dos séculos XX e XXI no Brasil. Como 
esses estilos refletem o momento do país e de seus habitantes. Compreendendo as 
formas de design se torna mais fácil identificar o estilo adequado para cada situação. 
O trabalho do profissional de design de interiores vai além de deixar um 
ambiente bonito. O designer pensa nas cores, formas, tamanhos, todos os elementos 
que compõem o espaço, fazendo dele o melhor que pode ser. Tudo isso considerando 
a ergonomia e a harmonia dos objetos com o ambiente e as pessoas que usam e/ou 
frequentam o local. 
Conhecer os diferentes estilos, texturas e materiais torna o profissional melhor 
preparado para planejar os ambientes corporativos ou residenciais. Além de fornecer 
embasamento nas escolhas de design feitas para o espaço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1. GERAL 
 
A proposta do artigo visa a pesquisa da evolução do mobiliário brasileiro entre 
os séculos XX e XXI. Com esta pesquisa procura-se compreender as diferenças entre 
os móveis com relação às formas, cores e materiais. Além de entender como as 
diferenças se encaixam no momento artístico que o país se encontra. 
 
2.2. ESPECÍFICOS 
 
• Diferenciar os móveis dos séculos XX e XXI; 
• Comparar materiais utilizados no mobiliário em épocas diferentes; 
• Relacionar as formas dos móveis com o movimento artístico e cultural que se 
encontra. 
 
3 JUSTIFICATIVA 
 
Estudar os estilos dos mobiliários brasileiro ajuda a criar ambientes mais 
harmônicos. O profissional entende as necessidades do cliente, e com o 
conhecimento dos estilos e materiais consegue encontrar a melhor solução para o 
ambiente, seja ele residencial ou corporativo. Com a pesquisa será possível perceber 
a evolução que o mobiliário do Brasil sofreu, e trabalhar com a melhor integração entre 
as pessoas e o ambiente. 
 
4 METODOLOGIA 
 
A pesquisa seguiu as etapas de levantamento de dados e a análise dos dados. 
Para o embasamento teórico, foram realizadas pesquisas bibliográficas 
direcionadas ao mobiliário brasileiro, através da leitura de livros, dissertações, 
monografias, artigos e materiais pesquisados na internet. 
Após o levantamento, foram analisados todos os dados obtidos para a 
elaboração do referencial teórico. 
5 DESENVOLVIMENTO 
 
Os mobiliários surgem a partir do momento que o homem deixa de ser nômade 
e passa a ter uma residência fixa, e eles vão se modificando conforme as suas 
necessidades. Chega um momento em que o mobiliário deixa de servir apenas para 
suprir uma utilidade e passa a ter um apelo estético, afinal os móveis residenciais 
conseguem transmitir a personalidade dos usuários. 
No Brasil, a história moveleira sempre teve influência europeia. No início eram 
móveis característicos portugueses, trazidos de Portugal ou confeccionados no Brasil 
por artesãos lusos ou nacionais, sendo que estes últimos adicionavam algumas 
características que poderíamos classificar como rústicas. Após um tempo tivemos 
influência inglesa e francesa, mas essas trazidas de Portugal também. 
Sempre existiu influência externa nos estilos usados no Brasil, mas com o 
tempo percebe-se a adição de características próprias do Brasil nos móveis aqui 
fabricados. Os móveis brasileiros possuíam mais leveza física e visual, e usavam de 
materiais mais nacionais, como a palhinha. 
 
5.1. Modernismo 
 
A partir do Século XX é notável o desejo de reestruturação do país 
politicamente e a modernização cultural do país. O Brasil passava por uma crise 
econômica com o aumento da inflação, além de sentir reflexos da Primeira Guerra 
Mundial, ocorrida no início do século XX. 
Desta forma há uma tentativa de romper com o tradicionalismo tanto nas áreas 
da política quanto nas áreas das artes. E esse momento é marcado pela Semana de 
Arte Moderna de 1922. Esse espírito modernista faz os artistas testarem diversas 
frentes culturais: arte, literatura, arquitetura e no design. A arquitetura afetou 
totalmente o design pois havia uma preocupação de harmonizar o exterior com o 
ambiente interno. 
No início do Modernismo ainda é visível traços de estilos estrangeiros nos 
móveis brasileiros, pois a maior parte dos artistas dessa época eram designers 
imigrantes do pós-guerra. Apenas na década de 1940 que é possível observar o móvel 
moderno brasileiro com a sua leveza, mesmo que ainda sofresse com referências 
externas. 
Alguns dos principais nomes do design nessa época são Joaquim Tenreiro, 
Lina Bo Bardi, Sérgio Rodrigues e Oscar Niemeyer. Estes designers marcaram o 
Modernismo, e seus trabalhos servem de inspiração até os dias de hoje. Foram 
artistas que inovaram nos seus traços e conseguiram imprimir características 
nacionais num estilo estrangeiro, com linhas leves, muito cuidado nos acabamentos e 
utilização de materiais tipicamente brasileiros. 
 
5.1.1. Joaquim Tenreiro(1906-1992) 
 
Foi um dos pioneiros do modernismo no Brasil e, como muitos de sua época, 
era português que fixou residência no país em 1928. Filho de pai marceneiro, desde 
cedo teve contato com as ferramentas do ofício na oficina do pai. Foi carpinteiro, 
designer de móveis, projetista, escultor e pintor. Seus trabalhos possuem curvas bem 
características do modernismo e o acabamento muitas vezes eram feitos à mão. 
Figura 1 – Poltrona Leve, Joaquim Tenreiro 
 
 
Fonte: 
http://www.legadoarte.com.br/html/pt/arquivo.h
tml 
Figura 2 – Cadeira de Três Pés, Joaquim 
Tenreiro 
 
Fonte: 
http://www.essenciamoveis.com.br/blog/movei
s-com-design-bem-brasileiro/ 
 
5.1.2. Lina Bo Bardi (1914-1992) 
 
Era italiana, se casou em 1946 e no mesmo ano se mudou com o marido para 
o Brasil, fugindo da Itália pós-guerra e se naturalizou brasileira em 1951. Durante sua 
carreira, não sofreu altos e baixos e não possui uma grande quantidade de obras, mas 
deixou um legado artístico para a sociedade e ajudou a firmar o modernismo no Brasil. 
Os móveis desenhados por Lina Bo Bardi foram feitos à mão e foram 
pensados para serem peças únicas ou, no máximo, de fabricação limitada. 
“A arquitetura é criada, 'inventada de novo', por cada 
homem que anda nela, que percorre o espaço, subindo as 
escadas, ou descansando sobre um guarda-corpo, 
levantando a cabeça para olhar, abrir, fechar uma porta, 
sentar-se ou levantar-se e ter um contato íntimo e ao 
mesmo tempo criar 'formas' no espaço; o ritual primitivo 
do qual surgiu a dança, primeira expressão do que viria a 
ser a arte dramática. Este contato íntimo, ardente, que era 
outrora percebido pelo homem, é hoje esquecido. A rotina 
e os lugares comuns fizeram o homem esquecer a beleza 
de seu 'mover-se no espaço', de seu movimento 
consciente, dos mínimos gestos, da menor atitude... “ 
- Lina Bo Bardi (Bardi, Lina Bo. Arquitetura como 
movimento. Nota sobre a síntese das artes. São Paulo: 
texto manuscrito no publicado, Arquivo ILBPMB, 1958) 
 
Figura 3 – Poltrona Bowl, Lina Bo Bardi 
 
 
Fonte: Pinterest 
 
Figura 4 – Poltrona Tridente, Lina Bo Bardi 
 
 
Fonte: Pinterest 
 
5.1.3. Sérgio Rodrigues (1927-1994) 
 
Brasileiro, nascido no Rio de Janeiro. É um dos maiores e mais importantes 
nomes do design de móveis do Brasil. Expressava em seus desenhos a identidade 
nacional, tendo a madeira como matéria-prima principal, sendo combinado com o 
couro e a palhinha, e também tecidos de fibras naturais. Além de enfatizar a 
ergonomia nos seus traços. 
 
 
 
 
 
Figura 5 – Poltrona Mole, Sérgio 
Rodrigues 
 
Fonte: casavogue.globo.com 
Figura 6 – Poltrona Oscar, Sérgio 
Rodrigues 
 
 
Fonte: 
http://sergiorodrigues.com.br/site/?moveis=osc
ar 
 
5.1.4. Oscar Niemeyer (1907-2012) 
 
Um dos maiores arquitetos nacionais, nascido no Rio de Janeiro, com obras no 
Brasil e no mundo. Seus trabalhos mais conhecidos são na área da Arquitetura e 
Urbanismo, mas na década de 70 criou e produziu peças de mobiliário em parceria 
com sua filha Anna Maria. Seus mobiliários vieram com a intenção de usar a madeira 
prensada para criar peças diferentes do móvel tradicional, e também trazer as linhas 
curvas bem conhecidas em suas obras arquitetônicas para o design. 
 
Figura 7 – Cadeira de Balanço, Oscar 
Niemeyer 
 
 
Fonte: 
http://www.niemeyer.org.br/mobiliario/cadeira-
de-balan%C3%A7o 
Figura 8 – Cadeira Alta, Oscar Niemeyer 
 
Fonte: 
http://www.niemeyer.org.br/mobiliario/poltrona-
alta 
 
5.2. Pós-Modernismo 
 
No final do século XX há um avanço tecnológico e uma expansão da 
globalização, fazendo a sociedade absorver diversos conceitos e tendências, criando 
assim um novo movimento artístico, o Pós-Modernismo. 
Esse novo movimento passou a ter menos preocupação na clareza e legibilidade 
em seus traços. Houve uma combinação de cores, formas e padrões antes não 
imaginados criando elementos divertidos, criativos que interagiam bem com seus 
usuários. Serviu, também, como crítica ao movimento anterior. 
No Brasil, esse novo movimento não teve muito espaço, sendo mais abrangente 
na área da literatura, porém podemos dizer que tudo que veio após o modernismo é 
o pós-modernismo no Brasil. Há poucos artistas que podem ser incluídos no pós-
modernismo, mas um nome de grande destaque é Romero Britto. Apesar de ser 
conhecido como artista plástico, possui peças de mobiliário também. 
 
Figura 9 – Mesa Lateral Baixa Butterfly New Day, Romero Britto 
 
Fonte:https://www.personalartdesign.com.br/mesa-lateral-baixa-butterfly-new-day-romero-
britto.php 
5.3. Contemporâneo 
 
O estilo Contemporâneo na verdade possui um sentido muito amplo, e nem 
sempre é considerado um estilo propriamente dito. O termo “contemporâneo” surgiu 
no final do século XX, e é usado para se referir às tendências do momento, e possui 
uma liberdade de escolha e mistura de estilos diferentes. 
Neste estilo as linhas retas e clores claras são o foco principal, mas isso não 
significa que não possa misturar um pouco com outros estilos de design. É muito 
comum combinar móveis antigos com os novos. Uma das bases do estilo 
contemporâneo é o Modernismo, já citado, porém com espaços mais integrados e 
pessoais. 
Com esse estilo é possível “brincar” com texturas e cores diferentes, desde que 
seja feito com equilíbrio, mantendo sempre o conforto dos usuários em primeiro plano. 
As principais características desse estilo são as cores neutras, podendo haver 
destaques com cores mais vivas, usando assim o contraste, materiais de qualidade, 
sem muitos enfeites e ornamentos, iluminação para destacar as cores e texturas, e 
sempre acompanhar o momento atual do design. O mobiliário pode se destacar pelo 
seu tamanho e/ou cor. É possível observar também diferentes padrões geométricos e 
texturas no mesmo ambiente. 
Do outro lado é interessante destacar que o estilo Contemporâneo é marcado 
pela diversidade. Enquanto o foco são cores neutras e linhas claras, é visível o uso 
de materiais atípicos na confecção dos móveis como corda e fibra de cimento, dessa 
forma criando peças consideradas obras de arte. 
É bom observar que a criação de mobiliários brasileiros teve uma pausa entre a 
era do Modernismo e a era Contemporânea. O Pós-Modernismo não conseguiu muito 
espaço no cenário brasileiro, mas na década de 90 há um novo processo de criação 
e fabricação de móveis, e objetos de decoração em geral. Surgiram nomes como dos 
Irmãos Campana, Marcelo Rosenbaum, Zanini de Zanine, Carlos Motta, que 
conquistaram o mercado nacional e internacional. 
Estes artistas se destacam pela inovação. Além de usarem materiais já 
empregados na fabricação de móveis como a madeira e o couro, eles adicionaram 
matérias-primas como a borracha, alumínio e outros. 
 
5.3.1. Irmãos Campana 
 
Fernando e Humberto Campana, arquiteto e advogado por formação 
respectivamente, criaram em 1989 o Estúdio Campana e hoje são designers 
brasileiros de grande destaque no Brasil e no mundo, recebendo alguns prêmios, 
como exemplo o Prêmio Ícone do Design em fevereiro de 2017. 
Os irmãos costumam reutilizar e reinventar os materiais em seus móveis, como 
plástico bolha, cordas e bonecos de pelúcia, sempre trazendo referências da cultura 
brasileira. As peças possuem produção artesanal e muitas vezes são tidas como 
obras de arte. 
 
 
 
 
 
Figura 10 – Poltrona Banquete, Irmãos 
Campana 
 
Fonte: 
http://www.arquitrecos.com/2011/08/exposicao
-anticorpos-fernando-e.html 
Figura 11 – Cadeira Vermelha, Irmãos 
Campana 
 
Fonte: 
http://www.arquitrecos.com/2011/08/exposicao-anticorpos-fernando-e.html 
 
5.3.2. Marcelo Rosenbaum 
 
Formado pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Marcelo Rosenbaum 
ganhou mais visibilidade nacional após participar do quadro “Lar Doce Lar” do 
Caldeirão do Huck, porém seu escritório já atua há mais de 20 anos no mercado, 
conquistando assim muito prêmios nas áreas de arquitetura, decoração e design. 
Rosenbaum tende a imprimir muito da brasilidade em suas peças, fazendo assim 
uma pesquisa por todo o país. Os móveis possuem cores e estampas que 
representam o Brasil. 
Figura 12 – Mesa Seis, Marcelo 
Rosenbaum 
 
Fonte: 
https://rosenbaumdesign.wordpress.com/tag/m
esa-seis/ 
Figura 13 – Poltrona Caruaru, Marcelo 
Rosenbaum 
 
Fonte: 
http://www.azdecor.com.br/2013/10/linha-
caruaru-marcelo-rosenbaum/poltrona-caruaru/ 
 
5.3.3. Zanini de Zanine 
 
Filho do arquiteto Zanine Caldas, sempre teve contato com a arquitetura, design 
e arte. Começou produzindo móveis de madeira maciça em 2003 usando materiais de 
demolição, e em 2005 iniciou o processo de criação industrialmente. 
Gosta de misturar materiais como a madeira e o aço corten, mas também explora 
o uso do plástico, criando assim peças para um grupo mais seleto e outras com preços 
mais acessíveis. 
 
Figura 14 – Poltrona Skate, Zanini de 
Zanine 
 
Fonte: 
http://www.azdecor.com.br/2013/10/irreverenci
a-de-zanini-de-zanine/cadeira-zanini/ 
 
Figura 15 – Cadeira Zanini, Zanini de 
Zanine 
 
Fonte: 
http://1001chairs.blogspot.com.br/2015/04/trez
-zanini-de-zanine-0033.html 
 
5.3.4. Carlos Motta 
 
Surfista, marceneiro e designer, a madeira está presente desde o início da 
carreira do arquiteto Carlos Motta. Começou criando móveis com a madeira vinda do 
mar e hoje projeta e executa peças com o menor impacto ambiental possível, usando 
madeira de redescobrimento. 
O foco dos projetos é a simplicidade, mas bem pensados na ergonomia e com 
qualidade construtiva e estética 
“A arquitetura e o design que desenvolvemos aqui no 
Atelier seguem juntos o mesmo conceito: a procura do 
óbvio, do simples, do respeitoso e longevo” - Carlos Motta 
(Motta, 20-?) 
 
 
 
 
Figura 16 – Poltrona Alvorada, Carlos 
Motta 
 
Fonte: 
http://carlosmotta.com.br/design/poltrona-
alvorada/ 
Figura 17 – Cadeira Brisa, Carlos Motta 
 
Fonte: 
http://carlosmotta.com.br/design/cadeira-brisa/ 
 
5.4. Millennials 
 
 Uma geração nascida entre a década de 80 e os anos 2000, conhecida como 
geração Y. Só viveram em um mundo com a internet, com informações e resolução 
dos problemas a um clique de distância, e essa nova forma de entender o mundo se 
reflete na forma de entender os espaços utilizados, sejam as áreas de trabalho ou 
sejam as moradias. 
 As áreas de trabalho estão cada vez menos convencionais, com espaços mais 
abertos, facilitando a colaboração entre os colegas de trabalho. 
 É muito comum as pessoas dessa geração serem autônomas e/ou possuírem 
mais de um emprego, dessa forma as dimensões das moradias estão diminuindo, e a 
redução de casas e apartamentos está criando uma necessidade de adaptação dos 
arquitetos e designers com relação ao mobiliário desses novos espaços residenciais. 
Os móveis agora possuem grande flexibilidade de uso, sendo necessário um estudo 
da vida dos moradores, entender suas necessidades, e conseguir suprir todas as 
necessidades de forma prática, esteticamente agradável e se possível, tecnológico, 
pois essa é uma geração muito ligada à tecnologia. 
 
 
Figura 18 – Combo Bed, RC2 Móveis 
Multifuncionais 
 
Fonte: 
http://www.emobile.com.br/site/varejo/moveis-
multifuncionais-para-espacos-pequenos/ 
Figura 19 – Living Cube 
 
 
Fonte: 
http://www.emobile.com.br/site/varejo/moveis-
multifuncionais-para-espacos-pequenos/ 
 
 
6 CONCLUSÃO 
 
Se formos estudar todas as mudanças que o mobiliário residencial já sofreu ao 
longo dos anos veríamos materiais, cores e ornamentos completamente diferentes, 
mas com funções parecidas, por serem peças que foram desenvolvidas para suprir 
necessidades dos seres humanos após fixarem residência. Suas modificações 
começam a surgir quando o homem começa a individualizar sua residência, deixando-
a do seu jeito. 
Na pesquisa feita é visto que os móveis no Brasil tiveram características próprias, 
mesmo quando os estilos têm influências internacionais. As peças brasileiras sempre 
são mais leves e o material mais utilizado é a madeira, uma matéria-prima abundante 
em nosso país. Além de serem peças mais coloridas, não importa o estilo vigente. 
Dos estilos pesquisados, o modernismo é possivelmente o design que mais sofre 
com influências externas, visto que alguns nomes de designers modernos brasileiros 
eram, na verdade, estrangeiros que fixaram residência no país e até mesmo se 
naturalizaram brasileiros. 
O Pós-Modernismo não foi muito forte no país, possivelmente pela influência que 
os designers modernistas tinham, e têm até hoje, no mercado nacional e internacional. 
A fase do estilo contemporâneo já veio com uma vontade de liberdade maior com 
relação ao design e à organização residencial, podendo misturar peças novas com 
antigas, e pensando também na qualidade dos materiais utilizados e na integração 
dos ambientes e das pessoas. 
O último estilo citado, Millennials, surge com as novas necessidades do homem, 
que está vivendo em um mundo mais informatizado e dinâmico. As relações humanas 
estão diferentes com a globalização, onde é possível conversar com pessoas em 
outros locais através da tecnologia. Dessa forma as áreas de estar e receber, antes 
muito utilizadas nas residências, passam a ser desnecessárias, e diminui também os 
tamanhos das moradias, e os mobiliários têm que se adequar à essa nova forma de 
viver. 
O mobiliário muda de acordo com a necessidade e utilização por parte do 
homem, algumas peças podem ser consideradas obras de arte, mas todas surgem 
para suprir uma utilidade e percebemos que essas funções sempre mudam e vão 
continuar a mudar. Nós somos seres mutantes e adequamos sempre nossos objetos 
e moradias à nossas necessidades e gostos. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
A influência do design nacional. Disponível em: 
<http://www.azdecor.com.br/tag/joaquim-tenreiro/> Acesso em: 09 mai.2018. 
A nova pele do design brasileiro: os nomes mais quentes dessa safra. Disponível em: 
<http://gizbrasil.com/design/nova-pele-do-design-brasileiro/ > Acesso em: 10 
mai.2018. 
Arquitetura para os Millennials - Conceito Arquitetos. Disponível em: 
<https://pt.linkedin.com/pulse/arquitetura-para-os-millennials-conceito-arquitetos-
diogo> Acesso em: 26 abr.2018. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR: 6022 – Informação e 
documentação – Artigo em publicação periódica científica impressa - Apresentação. 
Rio de Janeiro: ABNT, 2003. 
Bem-Vindo ao Site Sergio Rodrigues. Disponível em: 
<http://sergiorodrigues.com.br/site/> Acesso em: 20 fev.2018. 
BOOTH, Sam; PLUNKETT, Drew. Mobiliário para o design de interiores. São 
Paulo: Editorial Gustavo Gili, 2015 
Carlos Motta - Marceneiro, Designer E Arquiteto. Disponível em: 
<http://www.museuoscarniemeyer.org.br/exposicoes/exposicoes/realizadas/2011/carl
os-motta> Acesso em: 10 mai.2018. 
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Fundação Oscar Niemeyer. Disponível em: <http://www.niemeyer.org.br/> Acesso 
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Geração Dos Millennials: Onde Vivem, Como Pensam, Como Compram E Como 
Vendem. Disponível em: <https://www.outboundmarketing.com.br/geracao-dos-
millennials/> Acesso em: 20 fev.2018. 
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premio-icone-do-design/> Acesso em: 18 jun.2018 
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MALUF, Marina Kosovski. Leveza, design e mobiliário no Brasil: aspectos visuais 
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Marcelo Rosenbaum é Cor, Liberdade e Bom Humor. Disponível em: 
<https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-
Jardim/Decoracao/Ambientes/noticia/2013/05/marcelo-rosenbaum-e-cor-liberdade-e-
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<https://prezi.com/j_ideesnnlrb/modernismo-pos-modernismo-e-contemporaneo/> 
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Móveis de Lina Bo Bardi, das décadas de 1940 e 1950, ganham reedição. Disponível 
em: <http://emais.estadao.com.br/noticias/casa-e-decoracao,moveis-de-lina-bo-
bardi--das-decadas-de-1940-e-1950--ganham-reedicao,1696949/ > Acesso em: 09 
mai.2018. 
Os 9 temas de arquitetura que você deve conhecer em 2018. Disponível em: 
<https://www.archdaily.com.br/br/886754/os-9-temas-de-arquitetura-que-voce-deve-
conhecer-em-2018> Acesso em: 26 abr.2018. 
Os Irmãos Campana e a reinvenção do design. Disponível em: 
<http://obviousmag.org/archives/2012/06/os_irmaos_campana_e_a_reinvencao_do_
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Um olhar sobre o Designer Carlos Motta. Disponível em: 
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Zanini de Zanine – A trajetória e os desafios do designer-artista. Disponível em: 
<https://www.westwing.com.br/magazin/lifestyle/zanini-de-zanine/> Acesso em: 10 
mai.2018.

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