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Exercício profissional em uma ONG

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Exercício profissional em uma ONG. Da caridade à 
atividade econômica. 
 
MARTÂO, Marco Antonio. Consultor Autônomo. Publicado originalmente em 
www.linkedin.com . 2018 Acesso www.donateandcare.worpress.com 
Este primeiro artigo que redijo para a plataforma foi motivado pela observação 
que faço nos dias atuais da atuação de diversos profissionais no Terceiro 
Setor, suas dificuldades e a saída do meio acadêmico, recrutamento e 
exercício profissional. 
Atuar na área da Assistência Social ou no terceiro setor atualmente é um 
grande desafio. Existe uma tênue linha que separa o profissionalismo do 
voluntariado, da caridade e da boa vontade. Dependendo da área em que se 
busca engajamento, essas linhas são mais menos intensas ainda. 
O Terceiro Setor, constituído por ONGs e similares que atuam nas mais 
diversas causas passam por uma grande metamorfose cultural migrando 
gradativamente de um modelo assistencialista e caritativo para um modelo 
empresarial e empreendedor. 
Como exigência para sobrevivências dessas organizações demanda-se cada 
vez mais profissionais técnicos, qualificados, atualizados e com um leque de 
habilidades e competências para ser aplicado no cotidiano. 
É perceptível principalmente nas organizações sociais mais tradicionais um 
grande desconforto quando o assunto é essa mudança de valores, 
caracterizando quase como um sacrilégio tratarem de superávit, 
sustentabilidade econômica e aumento de receita. Para outras, que buscam a 
vanguarda da atividade no Terceiro Setor, a profissionalização principalmente 
dos setores contábeis e financeiros tornaram-se primícias irrefutáveis para a 
sobrevivência organizacional e uma forma viável de manter a causa. 
Em minha experiência profissional tive a oportunidade de conhecer os dois 
lados da moeda e tenho total clareza que o Terceiro Setor é atualmente um 
ramo de mercado consistente e sem duvida deve levar em conta quando se 
busca opções de atuação para recém formados ou profissionais já expêrientes. 
Mas um segredinho é fundamental contar aqui para o leitor. 
O profissional que deseja sucesso nessa carreira precisa estar “antenado” e se 
dispor a aprender e atualizar-se constantemente. E vou além. Precisa ser um 
profissional extremamente polivalente. 
Não adianta um Assistente Social, se restringir ao seu embasamento teórico e 
ético para entrar e crescer em uma ONG. Passei por isso nas minhas primeiras 
experiências, mas, fiz um caminho de idas e vindas que me possibilitaram me 
consolidar profissionalmente, graças a ter tido o interesse e a iniciativa de 
conhecer um pouco de Recursos Humanos, outro tanto de Contabilidade, mais 
uma pitada de compreensão dos pilares do Marketing. Note que nem citei a 
questão de conhecimentos em informática etc. Isso já é tão básico. 
Mas por que isso? 
A resposta é simples. Na maioria das ONGs as carências marcantes são ter 
profissionais em número suficiente e recursos suficientes para mantê-los. 
Assim um profissional não pode ficar restrito ao atendimento direto, mas 
também é imbuído de realizar exercícios mentais para criar e consolidar a 
sustentabilidade da instituição. Criando Projetos, propostas de financiamento, 
disseminando o resultado de seu trabalho para angariar mais apoiadores entre 
outras atividades. 
Desde que fui contratado em minha ultima organização, fui passeando pelos 
setores atuando em diversas frentes (Assistente Social, Captação de recursos, 
Elaboração de projetos, Prestação de contas e por ai vai) até chegar a 
Gerência Administrativa tendo carregado toda bagagem anterior. 
Porém para quem começa ou esta pensando em atuar nas ONGs, caso sua 
pretensão seja galgar maiores patamares profissionais aprenda a ensinar, 
compartilhar conhecimento e delegar tarefas. Isso porque, quando você 
assume novos papeis corporativos, alguém terá que fazer bem feito aquilo que 
você fazia. Se isso não ocorrer, o profissional está fadado a acumular uma 
gama sem fim de tarefas e falhar nas funções as quais foi direcionado. 
Centralizar funções é algo proibido nesse meio profissional e um erro fatal para 
o crescimento da organização. Principalmente se muitas pessoas dependem 
da ação da ONG, pois não é só seu emprego que está em jogo, mas varias 
vidas. 
Por ultimo, mas não menos importante. 
O network, que já é indispensável em todos os setores assume um papel mais 
relevante no Terceiro Setor uma vez que institucionalmente diversas ONGs 
atuam em rede, seja na execução, no planejamento ou na mobilização social 
de suas causas. 
Aliás, uma das falhas do terceiro setor é quando não se posiciona a si próprio 
como uma atividade econômica. Afinal, esse setor movimenta R$ 25 bilhões 
por ano e emprega mais de 2 milhões de pessoas somente no Brasil. Nada 
desprezível para quem busca uma opção profissional não acham?

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