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Brasil, México e Venezuela lideram alta de homicídios

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Brasil, México e Venezuela puxam a alta dos homicídios globais
Apesar de não viverem guerras declaradas, países do continente americano registram altas taxas de assassinatos, segundo relatório. 
São Paulo: 6 JUN 2019 - 14:54 BRT
Juan Luis Lagunas Rosales, 17 anos, foi encontrado morto com 15 tiros em Culiacán, capital do conflagrado Estado mexicano de Sinaloa. O crime foi presumidamente a mando de Nemesio Osegueras Cervantes, vulgo El Mencho, líder do cartel Jalisco Nova Genração, um dos grupos que controla o tráfico na região. Fabio Urbina, também de 17 anos, teve destino semelhante: foi morto por policiais com um disparo no peito durante ato contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas. Gabriel Paiva tinha a mesma idade de Juan e Fabio quando dois policiais militares o espancaram com um pedaço de pau até a morte em Cidade Ademar, zona sul de São Paulo. Estas três vítimas da violência ilustram o papel que Brasil, México e Venezuela tiveram na alta global dos homicídios registrada no estudo Darkening Horizons (Horizontes Escuros, em tradução livre), organizado pela ONG Small Arms Survey, divulgado este mês.
De acordo com o relatório, em 2017 foram registradas em todo o mundo 589.000 mortes violentas, um aumento de 4% em relação ao ano anterior. Ainda segundo o texto, esta alta foi puxada por Brasil, México e Venezuela, três países onde não há um conflito armado declarado em andamento, mas que sofrem com violência epidêmica. Os dois primeiros lidam já há décadas com o problema do crime organizado ligado ao tráfico de drogas (no Brasil, as facções, no México os cartéis de droga) 
Tudo isso levou os três países a encabeçarem o resultado negativo — apenas no Brasil foram 65.600 assassinatos em 2017. Por aqui o aumento tem sido encabeçado pelos Estados do Norte e Nordeste, regiões que se tornaram a linha de frente do confronto entre as facções. “A maior parte desta alta das mortes violentas ocorreu em países sem conflito, especialmente na América do Sul e América Central” houve uma redução da violência no norte da África (devido à redução dos embates entre grupos rebeldes), no oeste asiático e na América do Norte”. Do total de mortos, apenas 106.000 foram vitimados por guerras e conflitos declarados.
O relatório também aponta que houve uma alta no número de mulheres assassinadas: foram 96.000 vítimas fatais do sexo feminino em todo o mundo —6.000 a mais do que em 2016. Apesar da alta, 2017 não foi o ano mais violento registrado. Em 2014 foram mortas 592.000 pessoas.
Nomes: Evellyn e Talyne
Turma: 801
Professora : Ana gisele

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