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UNIDADE I - AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PELO MÉTODO DE CUSTO

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UNIDADE I - AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PELO MÉTODO DE CUSTO 
 
A Lei nº 6.404/76, com alterações produzidas pelas Leis nº 11.638/07 e Lei nº 11.941/09, introduziu critérios contábeis de avaliação de investimentos.
 
Para fins contábeis, os investimentos de caráter permanente, ou seja, aqueles destinados a produzir benefícios pela sua permanência, e não mantidos para venda, são avaliados pelo método de custo ou pelo método de equivalência patrimonial.
De acordo com o texto legal, devem ser registrados em investimentos:
As participações em outras sociedades de que a entidade não tenha intenção de desfazer-se na data do balanço patrimonial;
Os direitos de qualquer natureza não classificáveis no ativo circulante, no ativo realizável a longo prazo que não se destinem à manutenção da atividade da empresa, ou seja, não se refiram a ativos imobilizados ou intangíveis.
Classificação no balanço patrimonial
 
Estes investimentos devem ser classificados no Ativo Não Circulante, no grupo de Investimentos.
De acordo com o texto legal, devem ser registrados em investimentos:
As participações em outras sociedades de que a entidade não tenha intenção de desfazer-se na data do balanço patrimonial;
Os direitos de qualquer natureza não classificáveis no ativo circulante, no ativo realizável a longo prazo que não se destinem à manutenção da atividade da empresa, ou seja, não se refiram a ativos imobilizados ou intangíveis.
ATIVO NÃO CIRCULANTE 
 
Investimentos
 
Participações
Participações Societárias em outras Sociedades
Participações em Sociedades Coligadas e Controladas
Perdas estimadas (conta credora)
 
Propriedade para investimento
Terrenos mantidos para valorização
Terrenos para futura utilização
Edifícios arrendados
Edifícios desocupados
Edifícios em construção para futura utilização como propriedade para investimento
Perdas Estimadas (conta credora)
Outros investimentos permanentes
 
Obras de arte
Marcas e patentes não utilizadas pela empresa
Perdas Estimadas (conta credora)
 
Classificação de Investimentos como Não Circulantes (Permanentes)
 
Investimento não circulante, sob o aspecto contábil, não possui a conotação de investimento do ponto de vista econômico, ou seja, não se refere a bens que proporcionem necessariamente, rendimentos para a entidade.
A classificação contábil dos investimentos, no ativo não circulante, é determinada pela Lei nº 6.404/76, com as alterações produzidas pela Lei nº 11.638/07 e Lei nº 11.941/09.
 
O art. 179 da Lei 6.404/76, determina:
 
Art. 179 – As contas serão classificadas do seguinte modo:
(...)
III – em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa.
Para classificação de um investimento como permanente são fundamentais dois aspectos:
 
Intenção de permanência
Ativos que não se destinem à manutenção da atividade operacional da empresa.
 
A intenção de permanência se manifesta no momento em que se adquire a participação:
 
Ativo Circulante: caso exista a intenção de alienar o investimento no exercício seguinte. São as aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda e devem ser avaliadas pelo valor justo.
 
Valor justo - é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. (Ver Pronunciamento Técnico CPC 46 – Mensuração do Valor Justo).
 
Investimentos: caso exista o interesse de permanência São as aplicações em instrumentos patrimoniais de outras sociedades como ativo financeiro que serão mantidos para outra finalidade que não sua realização. As participações em outras sociedades que não coligadas ou controladas devem ser avaliadas pelo método de custo, já as participações em coligadas e controladas devem ser avaliadas pelo método da equivalência patrimonial.
 
Exemplo
Uma empresa adquire, em 30.08.X1, ações de outras sociedades por $ 300.000. A diretoria definiu que, uma parte, no valor de $ 120.000 serão vendidas em 30.03.X2.
Contabilizar a operação, necessária para o fechamento do balanço em 31.12.X1.
 
D = Participações (Ativo Circulante)                     120.000
D = Participações (Ativo Não Circulante)             180.000
C = Caixa                                           300.000
Entretanto, se o valor registrado no ativo circulante não for alienado até a data do balanço do exercício seguinte àquele que tiver sido adquirido, deverá, o valor da aplicação, ser transferido para o subgrupo de Investimentos, entendimento confirmado pela Legislação Tributária através do CST nº 108/78 (D.O.U.09.01.1979).
 
Métodos de avaliação de investimentos
Métodos de avaliação de investimentos permanentes:
Método de custo
Método valor justo
Método da equivalência patrimonial
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PELO MÉTODO DE CUSTO
 
Lei 6.404/76 de 15.12.76 e alterações produzidas pelas Leis nº 11.638/07 e Lei nº 11.941/09 – art. 183
RIR/99 – Decreto 3.000 de 26.03.99
Resolução CFC n° 750/93 – 29.12.93, alterada pela Resolução CFC nº 1.282/10: Dispõe sobre os Princípios de Contabilidade: Registro pelo Valor Original
Nesse método, os investimentos são avaliados segundo o valor efetivamente despendido na transação, deduzido da provisão para perdas permanentes.
São avaliados pelo método de custo todos os investimentos na forma de ações ou quotas que não sejam em coligadas ou em controladas. 
Adota-se o método de custo quando a participação em outras sociedades for inferior a 20% do capital social votante daquela sociedade.
Outro fator importante é que nesse método os rendimentos obtidos desses investimentos, os dividendos, são registrados pelo regime de caixa, ou seja, quando de seu recebimento.
Participações Societárias em outras sociedades
 
O art. 183 da Lei nº 6.404/76, estabelece os critérios de avaliação dos investimentos permanentes:
Art. 183 – No balanço, os elementos do ativo são avaliados segundo os seguintes critérios:
(...)
III – os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto nos arts. 248 e 250, pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas;
IV – os demais investimentos, pelo custo de aquisição deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior.
 
Muito embora a Lei 6.404/76 determine o reconhecimento da provisão para perdas prováveis na realização de investimentos, quando comprovadas como permanentes, a adequação às Normas Internacionais de Contabilidade, através do CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, a expressão “comprovadas como permanentes” tende a desaparecer. De acordo com este CPC, deve-se constituir perdas sempre que o valor contábil exceder o valor de recuperação. De acordo com este CPC a nomenclatura também foi alterada. A nomenclatura adequada a ser utilizada é Perdas Estimadas por Valor Não Recuperável.
 
De acordo com a Lei nº 6.404/76, as participações em outras sociedades devem ser avaliadas pelo método de custo. Esta forma de avaliação está em desacordo com as normas internacionais que determina a utilização do método de custo somente quando não existir preço de mercado cotado em um mercado ativo, ou quando o seu valor justo não puder ser mensurado com confiabilidade. Portanto, estas participações serão avaliadas pelo custo se, e somente se não tiverem preço de cotação em mercado ativo e seu valor justo não puder ser mensurado com confiabilidade.
 
Caso essas participações sejam, então, avaliadas pelo custo deverá ser aplicado o disposto no item46 (c) do CPC 38 – Instrumentos Financeiros:
 
(c) investimentos em instrumentos patrimoniais que não tenham preço de mercado cotado em mercado ativo e cujo valor justo não possa ser confiavelmente medido e derivativos que estejam ligados a e devam ser liquidados pela entrega desses instrumentos patrimoniais não cotados, os quais devem ser medidos pelo custo (ver o Apêndice A, itens AG80 e AG81).
 
Cálculo do custo de aquisição
 
O custo de aquisição é o valor efetivamente despendido na transação, podendo ocorrer mediante subscrição relativa a aumento de capital, ou o preço total pago pela compra de ações de terceiros. Representam, portanto, todos os gastos realizados para a sua aquisição, inclusive os encargos de corretagem.
 
Exemplo:
A Cia. Maranhão participa do aumento de capital da Cia. São Luiz, subscrevendo 100.000 ações no valor nominal de $ 1,00 cada uma, integralizando em dinheiro. Sabendo-se que o investimento corresponde a 5% do capital da investida, contabilizar a operação.
Valor da Subscrição: (100.000 x 1,00) = 100.000,00
Corresponde a 5% do capital da investida, logo o Capital Social da Investida é: 2.000.000,00
Na Investidora – Cia. Maranhão
		D = PARTICIPAÇÕES EM OUTRAS EMPRESAS   100.000,00 
		 Cia. São Luiz
		C = CAIXA/BANCOS                                                 100.000,00
Pelo recebimento de dividendos creditados em conta:
	D – BANCOS
	C – DIVIDENDOS RECEBIDOS
Perdas estimadas
 
Constituída para cobrir as perdas prováveis na realização do valor dos investimentos. Para determinar se uma empresa investidora tem perdas com seus investimentos em outras sociedades, é necessário saber qual a situação dessas investidas. Para tanto, deve-se obter as demonstrações contábeis e apurar o valor registrado na conta de investimentos da investidora. Se as investidas estiverem operando com prejuízo, seu Patrimônio Líquido fica reduzido e a comparação indicará a necessidade de se contabilizar as Perdas sofridas por esse investimento.
 
Dentre as situações que evidenciam perdas em investimentos, podemos destacar:
 
Investimentos em sociedades operando com prejuízos;
Investimentos em sociedades falidas e em má situação financeira;
Investimentos em sociedades que possuem projetos não viáveis ou abandonados.
 
Obs.: As perdas não são dedutíveis para fins de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro. (Lei Nº 9249/95 – art. 13°) 
 
Exemplo:
Admita que, as ações da Cia. São Luiz estejam desvalorizadas em virtude dos constantes prejuízos gerados, sem perspectivas de recuperação a curto prazo, e tragam um reflexo para a investidora no valor de $ 10.000,00. O lançamento contábil será o seguinte;
 
D = Despesas de Perdas Estimadas por Valor Não Recuperável
       (Resultado: Outras Despesas)                                                            10.000,00
C = Perdas Estimadas por Valor Não Recuperável (Investimentos)          10.000,00
 
Obs.: a conta devedora também poderá ser denominada de: Perdas por Desvalorização.
 
Por se caracterizar em perda de capital, o valor da perda na participação societária é uma despesa e a perda estimada é conta retificadora de Ativo Não Circulante – Investimentos. Portanto, no Balanço Patrimonial, o registro será da seguinte forma:
 
Ativo Não Circulante
Investimentos
Participações em Outras Sociedades – Cia. São Luiz                   100.000,00
(-) Perdas Estimadas por Valor Não Recuperável                          (10.000,00)
 
Dividendos nas participações societárias
 
Na data do encerramento do balanço, as empresas estão obrigadas a contabilizar as destinações do lucro líquido conforme proposta apresentada pelos órgãos da administração, o que inclui a distribuição de dividendos. A empresa investidora deverá obter, junto à empresa investida, informações sobre os dividendos propostos contabilizados em seu balanço e efetuar o lançamento dos dividendos proporcionais à sua participação, como Resultados Operacionais, conforme estabelece o Art. 379 do RIR/99.
 
Dividendos recebidos após 6 meses:
 
D = Caixa/Dividendos a Receber
C = Receita de Dividendos (Receitas Operacionais)
 
Dividendos recebidos até 6 meses
 
Porém, por determinação da legislação do imposto de renda, (art. 380 do RIR/99) os lucros ou dividendos recebidos em decorrência de participação societária avaliada pelo método de custo de aquisição, adquirida até 6 meses antes da data da respectiva percepção devem ser registrados como diminuição do valor do custo de aquisição, sem afetar o resultado.
Presume-se, então, que o valor dos dividendos recebidos até 6 meses a partir da data de aquisição do investimento esteja embutido no valor da participação.
 
D = Caixa/Dividendos a Receber
C = Participações em Outras Sociedades
 
Propriedade para investimento
 
CPC 28 (IAS 40) – Propriedades para Investimento
CVM = Deliberação CVM nº 584/09
CFC = NBC TG 28 – Resolução CFC nº 1.178/09
 
O CPC 28 – Propriedade para Investimentos, cujo objetivo é estabelecer o tratamento contábil de propriedade para investimento e respectivos requisitos de divulgação, apresenta a seguinte definição:
 
Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de edifício – ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário em arrendamento financeiro) para auferir aluguel ou para valorização do capital ou para ambas, e não para:
(a)   uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas; ou
(b)   venda no curso ordinário do negócio.
 
São exemplos de Propriedade para Investimento, de acordo com item 8 do pronunciamento
 
Terrenos mantidos para valorização de capital a longo prazo e não para venda a curto prazo no curso ordinário dos negócios;
Terrenos mantidos para futuro uso correntemente indeterminado (se a entidade não tiver determinado que usará o terreno como propriedade ocupada pelo proprietário ou para venda a curto prazo no curso ordinário do negócio, o terreno é considerado como mantido para valorização do capital);
Edifício que seja propriedade da entidade (ou mantido pela entidade em arrendamento financeiro) e que seja arrendado sob um ou mais arrendamentos operacionais;
Edifício que esteja desocupado, mas mantido para ser arrendado sob um ou mais arrendamentos operacionais;
Propriedade que esteja sendo construída ou desenvolvida para futura utilização como propriedade para investimento.
Para reconhecer uma propriedade para investimento como ativo, é necessário que:
Seja provável o fluxo de benefícios econômicos futuros associados a essa propriedade
O custo da propriedade para investimento possa ser mensurado confiavelmente.
Caso uma propriedade tenha uma parte destinada a investimento e outra parte destinada a imobilizado, somente se não for possível classificar, no seu todo, como imobilizado ou quando for mínima a parte que estiver sendo utilizada pela empresa (imobilizado) cada parte deve ser classificada separadamente e ser tratada contabilmente de forma separada.
 
Os custos da propriedade para investimento devem ser reconhecidos a partir do momento em que a entidade a reconhece como uma propriedade para investimento e devem incluir os custos inicialmente incorridos para adquiri-la e os custos incorridos subsequentemente para adicionar, substituir partes, ou prestar manutenção à propriedade.

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