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SANEAMENTO BÁSICO ESGOTAMENTO SANITÁRIO

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SANEAMENTO BÁSICO –
ESGOTO SANITÁRIO 
Prof. Ms Evaristo Rezende dos Santos 
SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 
A distribuição de água através de 
rede pública, traz como consequência 
a necessidade de coletar, afastar e 
encaminhar até um destino final 
adequado as águas servidas 
provenientes de atividades 
domésticas ou industriais. 
Nas cidade beneficiadas pelos serviços de 
água potável e deficiente de sistemas de 
esgotamento sanitário, as águas servidas 
acabam poluindo o solo, contaminando as 
águas superficiais e subterrâneas e 
frequentemente escoam pelas sarjetas e 
valas, constituindo perigoso foco de 
disseminação de doenças. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ESGOTOS SEGUNDO A SUA 
ORIGEM 
 
- ESGOTO DOMÉSTICO – É constituído de fezes e 
urina em mistura com a água, águas servidas 
oriundas da limpeza do corpo ou parte dele, 
lavagem de pisos e utensílios de cozinha, lavagem 
de roupa e aparelhos sanitários, sendo constituído 
de aproximadamente 99,9% de água e 0,1% de 
sólidos. 
- ESGOTO INDUSTRIAL 
São águas servidas do próprio processo 
industrial, águas utilizadas para limpeza dos 
equipamentos e aparelhos utilizados no 
processo industrial e águas provenientes da 
lavagem de pisos das áreas destinadas ao 
processo industrial. Dependendo da indústria 
essas águas podem ser tóxicas ou agressivas ao 
ser humano, ao meio ambiente e animais ou 
mesmo podem ser inertes. 
EFEITOS GERADOS PELOS PRINCIPAIS POLUENTES 
PRESENTES NOS ESGOTOS 
SITUAÇÃO DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO NO 
BRASIL E POR REGIÕES – Fonte Instituto Trata 
Brasil 
- APENAS 51,92% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA TEM ACESSO 
À COLETA DE ESGOTO 
- + DE 100 MILHÕES DE BRASILEIROS NÃO TEM ACESSO À 
COLETA DE ESGOTO 
- + DE 3,5 MILÕES DE BRASILEIROS, NAS 100 MAIORES 
CIDADES DO PAÍS , DESPEJAM ESGOTO 
IRREGULARMENTE, MESMO TENDO REDES COLETORAS 
DISPONÍVEIS 
- APENAS 44,92% DOS ESGOTOS DO PAÍS SÃO TRATADOS 
- A MÉDIA DAS 100 MAIORES CIDADES BRASILEIRAS EM 
TRATAMENTO DE ESGOTO FOI DE 50,26% 
 
 
Situação por regiões: 
- NORTE – Apenas 18, % é tratado e o índice de coleta é de 10,45% 
- NORDESTE – Apenas 36,22% do esgoto é tratado e o índice de coleta 
é de 26,79% 
- CENTRO-OESTE – Apenas 52,62% do esgoto é tratado e o índice de 
coleta é de 51,52% 
- SUDESTE Apenas 48,8% do esgoto é tratado e o índice de coleta é de 
78,57 
- SUL – Apenas 43,87% do esgoto é tratado e o índice de coleta é de 
42,46% 
- O custo para a universalização da água e do esgoto está estimado 
em 303 bilhões até 2033. 
COMPONENTES DOS ESGOTOS 
 As características dos esgotos 
variam quantitativamente e 
qualitativamente com a sua origem. 
 
CARACTERÍSTICAS DO ESGOTO DOMÉSTICO: 
FÍSICAS – cor, turbidez, odor, sólidos suspensos 
e sólidos dissolvidos e sólidos totais 
(suspensos + dissolvidos) 
QUANTO A COR E ODOR – FRESCO (produção 
recente) coloração CINZA e quase sem cheiro 
pela presença de O2 – VELHO de coloração 
CINZA ESCURO e há a exalação de odores pela 
depressão do O2 dissolvido – SÉPTICO de cor 
PRETA e com exalação intensa de odores 
ofensivos decorrente da forte ação anaeróbia. 
 
QUÍMICAS – Matéria orgânica constituída 
principalmente de compostos de proteínas, 
carboidratos, gorduras, óleos, sabão e 
detergentes – Matéria inorgânica constituída 
de areia e outros materiais inertes. 
BIOLÓGICAS - O número de microrganismos presentes no esgoto 
doméstico é muito grande sendo o ponto de maior preocupação 
pela possibilidade da transmissividade de doenças. A presença de 
COLIFORMES FECAIS é o principal indicador utilizado na 
presunção de que havendo bactérias de origem fecal (coliformes) 
haverá patogênicos eliminados pelo mesmo processo. 
Efeito da Matéria Orgânica presente no 
esgoto doméstico em água naturais: 
 
 Todas as águas naturais contêm 
microrganismos que precisam de MO para 
crescerem e O2 para respirarem, havendo um 
equilíbrio entre a taxa de entrada de MO e o 
consumo de O2 pelos organismos 
Quando substâncias orgânicas biodegradáveis são lançadas 
na água, por exemplo, por uma descarga de esgoto, o 
número de microrganismos e sua taxa de respiração 
aumentam, causando o abaixamento da concentração de 
O2 dissolvido na água trazendo sérios problemas ao meio 
aquático inclusive com a mortalidade de algumas espécies 
de peixes mais sensíveis. 
Se o lançamento de esgoto continua e mesmo aumenta, 
pode levar o O2 dissolvido no corpo receptor a ZERO o 
que representa entrar em um processo de ANAEROBIOSE 
ocorrendo a “MORTE” do rio com águas negras e mau 
cheirosas., 
AUTODEPURAÇÃO: Quando cessado ou 
reduzido o lançamento de MO o corpo 
receptor pode se recuperar dependendo da 
disponibilidade de O2 e das possibilidades 
de sua obtenção ao longo do curso. A figura 
a seguir, representa uma simulação 
simplificada do comportamento de um rio 
após um único lançamento de esgoto 
doméstico. 
I – ZONA DE DEGRADAÇÃO – Ocorre o 
crescimento de microrganismos decompositores 
da MO trazendo a redução do O2 dissolvido. 
 
II – ZONA DE ATIVA DECOMPOSIÇÃO – Ocorre o 
equilíbrio entre a população de microrganismos 
decompositores e a oferta de alimentos. É 
nesta zona que ocorre a menor concentração 
de O2 dissolvido 
III – ZONA DE RECUPERAÇÃO – Fase de 
reação natural do corpo receptor. 
 
 
. 
 DESTINO PARA OS DEJETOS HUMANOS 
 Os dejetos humanos podem ser 
veículo de numerosos germes patogênicos 
transmissores de várias doenças. 
 É portanto indispensável afastar as 
possibilidades de contato como o HOMEM, ÀGUAS DE 
ABASTECIMENTO E RECREACIONAIS, VETORES ( 
moscas, baratas, ratos, etc) e ALIMENTOS. 
IMPORTÂNCIA DO DESTINO ADEQUADO PARA OS 
DEJETOS HUMANOS: 
Aspecto Sanitário- proteção do ambiente, controle 
e prevenção de doenças infecto contagiosas e 
parasitárias, desenvolvimento hábitos higiênicos e 
senso estético. 
Aspecto Econômico – Melhoria da 
produtividade pela redução da doença – 
Diminuição de gastos com tratamento de 
doenças evitáveis – Preservação do meio 
ambiente em especial da FAUNA e FLORA 
AQUÁTICA – Aumento do 
TURISMO e valorização da PROPRIEDADE 
SISTEMAS DISPONÍVEIS COMO SOLUÇÕES PARA OS 
DEJETOS HUMANOS: 
- Sistemas sem água como veículo de transporte 
- Sistemas com água como veículo de transporte 
 
- SISTEMAS SEM ÁGUA COMO VEÍCULO DE 
TRANSPORTE- Recomendado para moradias que 
não dispõem de sistemas públicos de água 
potável e instalações prediais de água potável 
PRINCIPAIS SOLUÇÕES: 
 
Privadas Higiênicas: com fossa seca – com 
foassa de fermentação – privada química 
PRIVADA COM FOSSA SECA – É indicada para as 
seguintes situações: Terrenos secos e livres de 
enchentes – Afastada da residência e acessíveis 
aos usuários - Afastada de poços e fontes de 
água de no mínimo 20,0 m –: 
 
 
 
 
- O fundo do buraco deve estar afastado no 
mínimo 1,50 m do nível de água do lençol 
freático no período de chuvas – Para evitar 
constantes troca de lugar devem ser 
construídas com 2 compartimentos – Cada 
compartimento deve ser dimensionado 
para um per capita de 60,0 L/pessoa.ano e 
para recolher os dejetos por um período de 
4 anos. 
PRIVADA COM FOSSA DE FERMENTAÇÃO – É 
indicada para as seguintes situações: 
- Em terrenos duros, de escavação difícil – terrenos 
inconsistentes e de fácil desmoronamentos. 
- Quando o LENÇOL FREÁTICO é pouco profundo 
- São construídas com dois (2) compartimentos com 
paredes e fundos impermeabilizados- Cada compartimento deve ser dimensionado para 
um per capita de 200,0 L/pessoa.ano e um 
período de armazenamento de 1 ano 
PRIVADA QUÍMICA – Recebe os dejetos durante 
um certo tempo após o qual, o material 
liquefeito com todos os microrganismos 
patogênicos e ovos de parasitas destruídos. 
Possuem um depósito (normalmente de aço 
inox) contendo solução cáustica (10 kg/50 L de 
água) e desinfetante. 
São utilizadas nos meios de transporte (aviões, 
ônibus e barcos) com dispositivos de limpeza 
com caixa de descarga ou sistema de vácuo. 
SISTEMAS COM ÁGUA COMO VEÍCULO DE TRANS 
PORTE: Recomendado para edificações que dispõem 
de instalações prediais de água e esgoto 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
 Individual – Atende uma unidade habitacional 
Coletivo – Quando existe uma rede coletora pública 
que recebe o esgoto gerado por cada unidade 
habitacional e transporta o esgoto até um adequado 
(ETE) antes da destinação final. 
 
SISTEMA INDIVIDUAL – É utilizado quando a área é 
desprovida de rede pública coletora de esgoto e 
neste caso pode ser usado o TANQUE SÉPTICO e o 
seu efluente, dependendo do tipo de solo, pode ser 
encaminhado para um SUMIDOURO ou uma VALA DE 
INFILTRAÇÃO. Outra alternativa é tratar o efluente 
do TS em FILTRO ANAERÓBIO (FA) e encaminhar o 
seu efluente para a rede pública de águas pluviais. 
Tanto o efluente do TS como do FA ainda 
apresentam alto risco de contaminação. 
SISTEMAS COLETIVOS – Neste tipo de 
sistema o esgoto produzido no prédio é 
coletado por uma rede de esgoto predial e 
por meio do coletor predial o esgoto 
produzido é encaminhado até a rede 
pública convencional ou condominial. Pela 
rede pública o esgoto é transportado até 
uma ETE antes do lançamento no CORPO 
RECEPTOR. 
POÇOS DE VISITA – PVs 
Função – Permitir o acesso de pessoas e equipamentos 
para executar trabalhos de manutenção. 
 
ONDE DEVEM SER USADOS PVs: 
- Início de coletores 
- Mudanças de direção, de declividade, de diâmetro e 
de material. 
- No encontro de coletores 
- Onde há tubos de queda e comprimento de coletores 
acima de 100,0 m 
 
Quando se dispõe de equipamentos adequados de 
limpeza das redes de esgoto, os PVs podem ser 
substituídos por Tubos de Inspeção e Limpeza - TIL, 
Terminal de Limpeza – TL e Caixas de passagem – CP 
Quando é obrigatório o uso de PVs: 
- Na reunião de mais de 3 coletores 
- Quando há necessidade de tubo de queda 
- Profundidades maiores que 3,0 m 
- Diâmetro de coletores com diâmetro igual ou superior 
a 400 mm 
MATERIAIS DAS TUBULAÇÕES DE ESGOTO 
 
- Tubo Cerâmico (manilha de barro) 
- Diâmetros- 75 – 100 – 150 -200 – 250 – 300 -350 – 
400 – 450 – 500 e 600mm 
- Comprimentos – 600, 800, 1000, 1250, 1500 e 
2000 mm. 
- Junta – ponta e bolsa conectada por argamassa de 
cimento e areia fina no traço 1:3 
JUNTA com Betume – após colocar um cordão de 
estopa entre a ponta e a bolsa derrama-se betume 
quente. 
 
- TUBO DE CONCRETO 
- Simples DN de 200 a 1000mm 
- Armado – DN de 400 a 2000mm 
- Junta Elástica com anel de borracha 
-TUBO DE PVC 
-DN : 100 -150 – 200 – 250 – 300 – 350 e 400 mm 
-Comprimento – 6,0 m 
-Junta elástica com anel de borracha 
 
-TUBOS DE POLIÉSTER ARMADO COM FIOS DE 
VIDRO 
-DN – 200 a 1200 mm com variação de 50 mm até 
600mm e de 100 mm a partir de 600mm até 1200 
mm 
- FERRO FUNDIDO – Maior aplicação em linhas de 
recalque de elevatórias de esgoto, travessias aéreas 
e passagem sob rios. 
DN – 100 – 150 -200 – 250 – 300 – 350 – 400 – 500 – 
600 – 700 – 800 – 900 -1000 e 1200 mm 
Comprimento – 6,0 
Observação: São sensíveis a corrosão pelos esgotos 
ácidos ou em estado séptico e solos ácidos. Quando 
ocorrem deve ser previsto revestimentos internos e/ou 
externos 
TRATAMENTO DO ESGOTO – Dependendo do 
volume de esgoto, das características do CORPO 
RECEPTOR (Classe das águas doces I a V – 
Resolução CONAMA No.357/2005) e de acordo 
com a qualidade exigida para o efluente, o 
tratamento dos esgotos são assim classificados: 
Tratamento Preliminar, Tratamento Primário, 
Tratamento Secundário e Tratamento Terciário. 
PARTES CONSTITUÍNTES DE UM SISTEMA DE 
ESGOTO SANITÁRIO 
- REDE COLETORA – Conjunto de tubulações 
destinadas a receber e conduzir os esgotos 
produzidos nos prédios. 
- COLETOR TRONCO – É o coletor principal que 
recebe a contribuição de coletores secundários. 
- INTERCEPTOR – Tubulação que recebe coletores 
ao longo de seu comprimento, não recebendo 
ligações prediais diretas. 
- EMISSÁRIO – Tubulação destinada a conduzir os 
esgotos a um destino conveniente (ETE ou 
lançamento) sem receber contribuição em marcha. 
- ESTAÇÃO ELEVATORIA DE ESGOTO (EEE)- 
Conjunto de instalações destinadas a transferir os 
esgotos de uma cota mais baixa para outra mais 
alta. 
- ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) –
Conjunto de instalações destinadas à depuração 
dos esgotos antes do seu lançamento. 
 
CORPO RECEPTOR – Corpo de água onde são 
lançados os esgotos. 
 
NORMAS PARA PROJETOS DE SISTEMAS DE ESGOTO 
SANITÁRIO: 
-NBR 9648 – Estudo e concepção de sistemas de 
esgoto sanitário. 
-NBR 9649 – Projeto de redes coletoras. 
-NBR 12207 – Projeto de Interceptores 
- NBR 12208 – Projeto de EEE 
- NBR 12209 – Projeto de ETE. 
PROFUNDIDADE (RECOBRIMENTO) MÍNIMO E 
MÁXIMO DOS COLETORES: 
-Rede simples – rede assentada no leito carroçável o 
recobrimento mínimo não deve ser inferior a 0,90 m. 
- Rede dupla – Rede assentada no passeio o 
recobrimento mínimo não deve ser inferior a 0,65 
m. 
A profundidade máxima de coletores de esgoto não 
devem ultrapassar 3,0 a 4,0 m. 
TRATAMENTO PRELIMINAR – Visa a remoção de 
sólidos grosseiros, sobrenadantes e areia 
(Gradeamento - caixas removedoras de gordura, 
óleos e graxas – desarenadores (caixas removedoras 
de areia). 
TRATAMENTO PRIMÁRIO – Remoção de impureza 
sedimentáveis – grande parte de sólidos em 
suspensão e aproximadamente 40% da matéria 
orgânica (decantadores primários e reatores 
anaeróbicos). 
TRATAMENTO SECUNDÁRIO – Após os 
tratamentos (preliminar e secundário) 
incluindo um processo biológico e um 
processo de sedimentação. Geralmente 
se consegue uma remoção de Matéria 
Orgânica (MO) da ordem de 70% a 90% 
(reatores biológicos aeróbios e 
decantadores secundários). 
TRATAMENTO TERCIÁRIO – Se destinam a completar 
o tratamento secundário sempre que é exigido um 
grau de tratamento mais elevado. É usado também , 
quando se deseja a remoção de nutrientes dos 
efluentes finais para efitar a proliferação de ALGAS 
no CORPO RECEPTOR com o risco de 
EUTROFIZAÇÃO 
A remoção de nitrogênio e fósforo podem ser 
removidos por processo de LODOS ATIVADOS e 
tratamento químico com uso de COAGULANTES 
PARÂMETROS DE PROJETO DE ESGOTO SANITÁRIO 
 
- ESGOTO SANITÁRIO – Esgoto doméstico + águas 
de Infiltração + resíduos líquidos industriais. 
- COEFICIENTE DE RETORNO – Relação Esgoto/água 
- De modo geral, o coeficiente de retorno situa-se 
na faixa de 0,5 a 0,9 dependendo das condições 
locais. A NBR 9649 recomenda o valor de 0,80 
para o coeficiente de retorno na falta de valores 
para o local. 
- COEFICIENTE DE VARIAÇÃO DA VAZÃO: 
 
K1 – Coeficiente de máxima vazão diária. A NBR 
9649 recomenda K1 = 1,20. 
 
K2 – Coeficiente de máxima vazão horária. A NBR 
9649 recomenda K2 = 1,50. 
 
K3 – Coeficiente da mínima vazão horária. A NBR 
9649 recomenda K3 = 0,50. 
VAZÕES DE INFILTRAÇÃO – Qi 
A origem das águas de infiltração vem do sub-solo 
que podem penetrar na rede pelas juntas das 
tubulações e pelas paredes dos PVs, TLs, caixas de 
passagem, EEE, etc. A NBR 9649 diz;” A Taxa de 
Infiltração (TI) depende de condiçõeslocais tais 
como: NA do lençol freático, natureza do sub-solo, 
qualidade da execução da rede, material da 
tubulação e tipo de junta utilizado. O valor está 
entre 0,00005 a 0,00 1L/s.m” 
DESPEJOS INDUSTRIAIS 
 
 Ao se projetar um sistema de esgotamento 
sanitário, é necessário o prévio conhecimento 
das indústrias contribuintes, o seu número, o 
seu porte e suas características. NÃO DEVE SER 
PERMITIDO O LANÇAMENTO “IN NATURA” NO 
COLETOR PÚBLICO, DE DESPEJOS INDUSTRIAIS. 
VAZÃO DE ESGOTO SANITÁRIO EM UM TRECHO (Q) 
 
 
 Q = Qd + Qi + Qc 
Qd – vazão de esgoto doméstico, L/s 
 
Qi – Vazão de Infiltração, L/s 
Qc – Vazão concentrada ou singular, L/s (Escolas, 
Hospitais, Clubes, Shopping Centers, estações 
rodoviárias, grandes edificações e indústrias) 
Vazão doméstica (Qd): 
 Qd = C.K1.K2.P.q / 86400 (L/s) 
Qdo. Temos inicio de plano não considerar K1 
 
Taxa de contribuição linear (Tc) 
 Tc = Qd/L (L/s.m) 
Vazão de jusante no trecho (Qjt) 
Qjt = (Tc + Tinf). Comprimento do trecho 
Vazão de Jusante (Qj) 
Qj = Qmont + Qjt 
CRITÉRIOS DE PROJETOS: 
- Diâmetro mínimo dos coletores – É estabelecido 
de acordo com as exigências da concessionária 
local. 
NBR 9649 – ABNT – 100 mm 
Algumas concessionárias – 150 mm 
- Declividade mínima – Imin 
- - 0,47 
Imin = 0,0055Qi 
Imin – declividade mínima que permite a sua autolimpeza, 
desde o início do plano em m/m (Tensão trativa média igual a 
1Pa) 
 
Qi – vazão de jusante no trecho no início do plano, L/s 
- Declividade máxima – Imax 
 
 -0,67 
 Imax = 4,65 Qf 
Imax – Declividade máxima é aquela para a qual se tenha 
velocidade de 5,0 m/s para a vazão final do plano 
VAZÃO MÍNIMA PARA DIMENSIONAMENTO 
HIDRÁULICO: 
 
A NBR- 9649/86 – ABNT recomenda a vazão de 1,5 
L/s, que corresponde a vazão decorrente da 
descarga de um vaso sanitário. Sempre que a vazão 
de jusante for inferior a 1,5 L/s deve-se usar esse 
valor (vazão mínima) para o dimensionamento. 
DIÂMETRO DO COLETOR (D) 
 
Equação de Manning simplificada para n= 0,013 (Para Metcalf e 
Eddy deve ser mantido esse valor mesmo quando se utilizam 
tubos menos rugosos) e Y/D = 0,75 
 ½ 0,375 
D = ( 0,0463 Qf / I ) 
 
Velocidade média (V) 
 2/3 1/2 
V = (Y/D). D . I / n 
NÃO PERCA SEU TEMPO SE DEFENDENDO NEM 
TENTANDO PROVAR NADA A NINGUÉM . SUA 
CONSCIÊNCIA É SEU MESTRE E SEU GUIA. SÓ DEUS 
SABE DE SUAS INTENÇÕES, DE SUA BONDADE E DE 
SEUS DEFEITOS. O QUE IMPORTA DE VERDADE É O 
QUE VOCÊ PENSA E SABE DE SI MESMO. 
 Chico Xavier

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