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FARMACOLOGIA HOMEOPÁTICA Prof. Ana Paula Abreu MODELO HOMEOPÁTICO • Filosofo: a força vital responsável pela manutenção da saúde • Científico: a experimentação e a análise criteriosa nas pesquisas patogenética e clínica. • Hahnemann constatou que drogas administradas em indivíduos sadios provocam duas fases distintas e sucessivas de sintomas: • Efeito primário • Efeito Secundário EFEITO PRIMÁRIO - DROGAL • É a modificação de maior ou menor duração provocada por toda substância na saúde do indivíduo. • Força vital se esforça para opor sua própria energia. • Inicia-se imediatamente após a absorção da droga, sendo a propriedade da substância em alterar o meio interno; é a consequência direta (química) da droga, causando os efeitos patogenéticos EFEITO SECUNDÁRIO - ORGÂNICO • É a reação do próprio organismo ao estímulo que o altera. • É a ação oposta do organismo a ação primária, faz parte da nossa força de conservação, constituindo uma atividade automática dela - Homeostase. • Opostos ao primário, com finalidade de neutralizá-los. AÇÃO DUPLA “A droga não faz a mesma coisa, neste instante e no instante seguinte, agindo de maneira contrária a ela mesma, no mesmo indivíduo, sendo essas ações opostas uma à outra.” Hipocrates Séc. V a.C. MÉTODO TERAPÊUTICO DOS CONTRÁRIOS • O efeito primário, promovido pela ação do medicamento paliativo, induz à manifestação de um efeito secundário do organismo semelhante à doença. • O “efeito rebote” é a reação secundária de Hahnemann, tido como indesejável, sendo assim pouco estudado. EXEMPLOS DE EFEITO REBOTE NO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO CLÁSSICO • Bloqueadores beta-adrenérgico (atenolol, propranolol, etc.) • Indicação terapêutica: arritmia ventricular • Efeito rebote: batimentos cardíacos rápidos ou irregulares. A suspensão brusca pode causar taquicardia ventricular. • Codeína • Indicação terapêutica: tratamento da dor • Efeito rebote: dores generalizadas. FARMACOLOGIA DOS SEMELHANTES • Uma droga é capaz de provocar no homem sadio sintomas semelhantes aos que se deseja curar no doente, o organismo, por meio da reação secundária, reagirá contra a doença artificial provocada pela droga, semelhante à doença natural, eliminando-a e promovendo o equilíbrio orgânico. • A ação medicamentosa antagônica tem alivio apenas temporário - agravando-se sempre após sua ação (imediata, curta e forte); • a ação medicamentosa dos semelhantes (homeopatia) - realiza uma cura duradoura e perfeita. TERAPÊUTICA DOS SEMELHANTES • Homeostase - Tendência que os organismos vivos apresentam de manter um estado de equilíbrio interno, apesar das variações do meio ambiente externo. • A força vital – equilíbrio dos três níveis dinâmicos: físico, mental e emocional. VIAS DE INTRODUÇÃO E DE ELIMINAÇÃO • Mucosas, epiderme, vias aéreas superiores e inferiores. • Via mais utilizada é a oral. • Os medicamentos não devem ser engolidos, mas deixados na boca para que sejam absorvidos pela mucosa bucal. Desta forma, tem-se uma boa absorção sem influências do estômago e do fígado. VIAS DE INTRODUÇÃO E DE ELIMINAÇÃO • Não se acumula no organismo nem é eliminado. • OBS: O medicamento homeopático pode provocar ou acelerar a eliminação de toxinas pela pele e pelo suor. Todavia, esses estados não representam sua eliminação do organismo. POSOLOGIA • A prescrição do medicamento homeopático não está relacionada à ponderabilidade da dose • Mas à sua capacidade de promover o estímulo da reação do organismo, que é variável de indivíduo para indivíduo. • Obs: O conceito de potência alta e baixa não é padronizado internacionalmente. PROCESSO DE SAÚDE E DOENÇA • Supressão – inibição ou remoção dos sintomas antes da cura do problema original, possibilitando a ocorrência de seu retorno ou agraves • Metástase mórbida – perturbações causadas pela supressão. • Ex: amigdalite recorrente PROCESSO DE CURA PROCESSO DE CURA • “A Homeopatia trata os doentes e não a doença” • Os sintomas pertencem ao paciente ,e não à doença. PROCESSO DE CURA • “Lei de cura de Hering”, que são: • Os sintomas devem desaparecer na ordem inversa do seu aparecimento. • A cura progride do alto do corpo para baixo. • A cura progride dos órgãos mais nobres para os menos nobres. • O corpo exterioriza os sintomas (eczemas, urticárias, diarréias e vômitos etc). • Os antigos sintomas podem reaparecer. Situação Problema Resolução Questões Questões • 1. Em relação a um medicamento homeopático, apesar das indicações de Hahnemann (1877), o método mais empregado pelos homeopatas, pela tradição com relativa ausência de danos locais e conveniência para paciente, é a administração oral. Além disso, essa forma de administração é a única utilizada nos experimentos patogenéticos. Baseado na farmacologia homeopática, ação e reação, analise ação do medicamento homeopático após a administração. • Um paciente com quadro de lesão leve apresenta um quadro clínico agudo. Após a tomada do medicamento homeopático indicado é esperada a seguinte evolução: • a) Melhora rápida dos sintomas, sem agravação inicial. • b) Longa agravação, seguida de lenta melhoria. • c) Melhora rápida do quadro clínico, sem alívio do estado geral do paciente. • d) Melhora imediata, seguida de agravação. • e) Agravação imediata, curta e forte, seguida de rápida melhoria. • 2. FUNIVERSA-SES/DF, 2011 - Uma paciente de trinta anos de idade, com história clínica de amigdalite purulenta de repetição, recebe uma dose única de Lycopodium clavatum 200CH. Os sintomas regridem rapidamente, e, uma semana após a prescrição, a paciente retorna com uma artralgia generalizada intensa, quadro nunca apresentado anteriormente. Acerca da evolução desse caso e da conduta a ser tomada, assinale a alternativa correta. • a) Essa é uma evolução esperada em casos agudos, e, como dizem alguns especialistas, é preciso aguardar e observar. • b) Trata-se da exacerbação do miasma crônico, sendo, portanto, indicada uma nova dose do mesmo medicamento. • c) Está indicada uma nova dose do mesmo medicamento, já que houve uma melhora inicial, seguida de piora do quadro. • d) É um caso lesional grave com exoneração; conduta expectante. • e) É um caso de supressão com metástase mórbida, e é necessária a busca de um novo medicamento. • 3. FUNIVERSA-SES/DF, 2011 (Adaptado). Na condução de uma anamnese, o médico homeopata deve realizar a hierarquização dos sintomas para a prescrição correta do medicamento homeopático. • Assinale a alternativa correta quanto à relevância dos sinais e sintomas observados pelo médico. • a) Valorizar mais, principalmente em uma primeira consulta, as observações feitas pelos acompanhantes ou familiares, uma vez que o paciente pode estar muito fragilizado e não colaborar com sintomas fidedignos. • b) Ouvir, ver e observar, com todos os sentidos, o que se apresenta alterado e fora do comum no paciente, anotando os sintomas conforme a linguagem do paciente. • c) Anotar, durante a tomada do caso, todos os sintomas ditos pelo paciente, evitando buscar informações mais precisas, mesmo após o relato espontâneo. • d) Ter noções dos significados psicológicos dos mecanismos de transferência em virtude da especificidade de uma anamnese homeopática. • e) Fazer perguntas diretas que possam orientar melhor as respostas do paciente. Essa conduta facilita a escolha do medicamento mais adequado para o caso. VIDEO SUGERIDO
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