Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CITOLOGIA E EMBRIOLOGIA Profª Drª. SILVANA CÂMARA TORQUATO Prof.ª Silvana Câmara Torquato Bióloga (UEPB), Mestre pelo PRODEMA (UFPB/UEPB), Doutora em Recursos Naturais (UFCG) Email: profsilvanatorquato@gmail.com Membrana Celular Membrana Celular • Também conhecida como membrana citoplasmática ou membrana plasmática; • Separa o meio intracelular do meio extracelular e é a principal responsável pelo controle da penetração e saída de substâncias da célula.possuindo receptores para hormônios e outros sinais químicos. • A membrana celular é a estrutura que delimita todas as células vivas, tanto as procariontes como as eucariontes. Estabelecendo a fronteira entre o meio intra- celular e o meio extracelular; • Por se diminuta só pode ser observada ao microscópio eletrônico, mas sua existência já era conhecida antes do microscópio eletrônico, através da observação do volume da célula em diferentes soluções. Membrana Celular Visualização: só ao microscópio eletrônico. • composição: lipoproteica. • fosfolipídios + colesterol: 30 a 75% • proteínas: 25 – 80% • carboidratos : até 10% prof. Antonio Dégas Modelo do Mosaico Fluido O Modelo do Mosaico fluido diz que as membranas biológicas são formadas por uma bicamada de lipídios, na qual estão inseridas diversas proteínas. • Por isso dizemos que a membrana é LIPOPROTÉICA LIPO : diz respeito aos lipídeos presentes nas membranas PROTÉICA : diz respeito às proteínas presentes nas membranas • A imagem a seguir mostra um esquema deste modelo. Cabeça polar Caudas hidrofóbicas fosfolipídios • uma parte da molécula é polar, a cabeça hidrofílica, e a parte não-polar, composta pelas duas cadeias de ácidos graxos. Moléculas que apresentam parte polar (hidrofílica) e parte apolar (hidrofóbica) são chamadas anfipáticas. • Polar: afinidade por água (hidrofílica) • Apolar: afinidade por lipídios (hidrofóbica ou lipofílica) Água Parte polar do fosfolipídio: Atraída pela água Região apolar: ácidos graxos: repelida pela água DISPOSIÇÃO DOS FOSFOLIPÍDIOS NAS MEMBRANAS O colesterol diminui a interação entre as moléculas de fosfolipídios, mantendo a fluidez da membrana. prof. Antonio Dégas Modelo do Mosaico Fluido Bicamada de Lipídeos Lembre-se que há água dentro e fora da célula. Observe as caudas dos lipídeos se escondendo da água, dentro da bicamada, e as cabeças, em contato com a água, voltadas para os meios intra e extra celular. prof. Antonio Dégas • Componente protéico (proteínas inseridas na bicamada) – Proteínas Periféricas ou Extrínsecas • Interagem de forma fraca com a bicamada de lipídeos, podendo ser facilmente extraídas das membranas – Proteínas Integrais, Intrínsecas, ou Transmembrana • Interagem de forma bastante forte com a membrana, sendo de difícil extração • Podem atravessar a bicamada mais de uma vez, chegando a formar canais de passagem através dela PROTEÍNAS DE MEMBRANA PROTEÍNAS DE MEMBRANA Proteína integrais Bicamada Fosfolipídica Proteína periférica INTEGRAIS • São polares na parte que sobressai na camada lipídica e a que toca nos fosfatos; • A porção em contato com os ácidos graxos é apolar, mas apenas a superfície; • O interior das proteínas transmembrana é polar: canal hidrofílico. PERIFÉRICAS • São completamente polares; • Associam-se ao glicocálice. prof. Antonio Dégas Funções das Proteínas na Membrana • Nas membranas as proteínas podem realizar diversas funções, como: • transportadores de substâncias que não conseguiriam atravessar a bicamada • estruturas de ligação entre a célula e o meio extracelular (matriz), ou ainda entre a célula e estruturas do citoplasma (citoesqueleto) • receptores de substâncias do meio extracelular, desencadeando uma resposta intracelular (sinalização intracelular) • enzimas para diferentes reações químicas • antígenos que identificam que uma célula pertence a determinado organismo Carboidratos da membrana • Na superfície externa da membrana há uma camada de carboidratos que se ligam aos fosfolipídios e proteínas. • Fosfolipídio + glicídio = glicolipídio • Proteína + glicídio = glicoproteína. • A camada glicídica da face externa da membrana constitui o GLICOCÁLICE. prof. Antonio Dégas Glicídeos prof. Antonio Dégas Glicídeos } glicocálice Observe que a parte carbohidrato dessas moléculas fica sempre Voltada para o meio extracelular, constituindo uma verdadeira camada de carbohidratos denominada GLICOCÁLICE. prof. Antonio Dégas Importância do Glicocálice • Proteção química e mecânica das superfícies celulares • Reconhecimento e adesão celular • Topo Inibição • Especificidade celular • Função enzimática • Especificidade dos grupos sanguíneos do sistema ABO ESPECIALIZAÇÕES DE MEMBRANA Para desempenharem algumas funções especiais, as células podem ter modificações específicas em sua membrana que servem para: – Unir (Melhor Adesão). – Para aumentar a superfície em células que absorvem. – Para comunicar melhor células vizinhas. DESMOSSOMOS • São pontos em que duas células aderem mais fortemente através de placas arredondadas formadas pelas membranas de células. • Na superfície interna, inserem-se filamentos de queratina que mergulham no interior da célula. • É o local de “ancoragem” dos componentes do citoesqueleto e de forte adesão entre células vizinhas. DESMOSSOMOS Filamentos de queratina ZÔNULA DE OCLUSÃO • A região apical de células epiteliais que formam uma barreira entre dois ambientes diferentes têm as membranas soldadas (sem espaço intercelular). • Serve para evitar a infiltração de moléculas através do espaço intercelular. ZÔNULA DE ADESÃO • Faixa de adesão que rodeia toda a região apical de células epiteliais colunares. Adere melhor a região apical destas células; • No lugar dos filamentos de queratina há filamentos de actina ligados ao citoplasma próximo de cada membrana; MICROVILOSIDADES • Expansões semelhantes a dedos de luvas, que aumentam a superfície de absorção; • Função: aumentam a superfície de absorção; • São dobras e projeções em forma de dedos na superfície livre de células especializadas em absorver; • Uma célula especializada em absorver pode ter milhares de microvilosidades. Microvilosidades JUNÇÃO COMUNICANTE OU NEXOS • Função: permitem comunicação direta entre células vizinhas que funcionam em conjunto: ex.: células glandulares, células do coração. • Formadas por conjuntos de 6 proteínas integrais de uma membrana que se justapõem com outro conjunto da membrana vizinha; • Por dentro dos CONEXONS há um canal hidrofílico que permite a passagem de íons e pequenas moléculas polares que são mensageiros químicos. PERMEABILIDADE DA MEMBRANA • A membrana plasmática seleciona as moléculas que podem atravessá-la. • O critério de seleção das moléculas está baseado no tamanho das moléculas e na carga elétrica. • Moléculas menores atravessam a membrana com mais facilidade. • Moléculas apolares atravessam a porção lipídica da membrana e as polares pelas proteínas, exceto as muito pequenas e fracamente polares. PERMEABILIDADE PASSIVA E ATIVA • Duas soluções de diferentes concentrações tendem a igualar suas concentrações. • PASSIVA: as moléculas movimentam-se do mais para o menos concentrado, devido a diferença das concentrações, não havendo consumo de energia (ATP). • ATIVA: é a movimentação de moléculas do menos para o mais concentrado, com gasto de energia (ATP). NÃO GASTA ENERGIA GRANDES MOLÉCULAS GASTA ENERGIA TRANSPORTES Passivo Ativo QuantidadeMEMBRANA PLASMÁTICA TRANSPORTES PASSIVOS OSMOSE: deslocamento do solvente (água) do meio menos concentrado para o mais concentrado, através de uma membrana semipermeável. +- Solvente OSMOSE Perde Ganha Hipo Hiper ISOTONIA SOLV ENTE M.S.P TRANSPORTE PASSIVO MEMBRANA PLASMÁTICA H2O H2O H2O hemácias em meio isotônico em meio hipertônico em meio hipotônico (hemólise) Representação de osmose em célula animal. MEMBRANA PLASMÁTICA EXPERIÊNCIA MEIO HIPERTÔNICO vacúolo núcleo vacúolo núcleo Célula plasmolisada CÉLULA VEGETAL EM SOLUÇÃO HIPERTÔNICA. MEMBRANA PLASMÁTICA VACÚOLO NÚCLEO MEIO HIPOTÔNICO Célula túrgida CÉLULA VEGETAL EM SOLUÇÃO HIPOTÔNICA. MEMBRANA PLASMÁTICA RESUMO plasmólise meio hipertônico deplasmólise meio hipotônico protoplasma retraído PLASMÓLISE E DEPLASMÓLISE. MEMBRANA PLASMÁTICA TRANSPORTES PASSIVOS DIFUSÃO SIMPLES: espalhamento do soluto no solvente, do mais para o menos concentrado. Ocorre pela porção lipídica + - Soluto DIFUSÃO SIMPLES MEMBRANA PLASMÁTICA ÁGUASACAROSE Solução A Solução B TRANSPORTES PASSIVOS • DIFUSÃO FACILITADA: É a difusão do soluto através da membrana com auxílio da PERMEASE, com velocidade maior do que a devida a diferença de concentração; • Proteína presente na membrana celular que atua na permeabilidade de substâncias através da membrana; • Cada Permease transporta só um tipo de molécula; G L I C O S E RECONHECIMENTO M.P LIBERAÇÃO DIFUSÃO FACILITADA MEMBRANA PLASMÁTICA CAPTURA M.P M.P TRANSLOCAÇÃO Glicose M.P Permease DIFUSÃO FACILITADA A molécula do soluto liga-se nos sítios ligantes da permease que se deforma e libera o soluto no outro lado da membrana. TRANSPORTE ATIVO • Ocorre contra o gradiente de concentração. • É feito por proteínas transmembrana chamadas ATPases ou BOMBAS. Quebram ATP e liberam energia. • Transporta sempre íons e moléculas polares. • ATPases são específicas. Ex. Bomba de Na+; bomba de Ca++... Ex: BOMBA DE Na+ e K+ TRANSPORTE ATIVO CONTRA GRADIENTE DE CONCENTRAÇÃO MEMBRANA PLASMÁTICA K+ Na+ K+ Na+ K+ Na+ DIFUSÃO SIMPLES TRANSPORTE ATIVO BOMBA DE Na++ e K+ TRANSPORTE EM QUANTIDADE • Os processos citados anteriormente só transportam moléculas pequenas ou quantidade pequenas de substâncias. • Macromoléculas ou células inteiras são transportadas através da membrana pelos processos de ENDOCITOSE (entrada) E EXOCITOSE (saída). Na prática são os processos de FAGOCITOSE, PINOCITOSE E EXOCITOSE. MEMBRANA PLASMÁTICA TRASPORTE EM QUANTIDADE ENDOCITOSE EXOCITOSE FAGOCITOSE PINOCITOSE CLASMOCITOSE GRANDES MOLÉCULAS ENGLOBAMENTO ELIMINAÇÃO RESÍDUOS LÍQUIDOS SÓLIDOS FAGOCITOSE Após a endocitose do material o mesmo fica em um vacúolo alimentar ou fagossomo a quem se funde o lisossomo formando o vacúolo digestivo. FAGOCITOSE MEMBRANA PLASMÁTICA Fagossomo Lisossomos PseudópodesPartícula sólida Englobamento de partículas sólidas. Posteriormente a partícula será digerida pelos lisossomos. FAGOCITOSE A esquerda fagocitose de duas bactérias por um leucócito. A direita fagocitose de dois leucócitos velhos por um macrófago. Detalhe que os pseudópodos são lâminas de citoplasma que são “vestidas” sobre as células fagocitadas. PINOCITOSE • É o englobamento de substâncias líquidas (soluções ou suspensões) por invaginação. • Formam-se canais de pinocitose que são cortados formando vesículas de pinocitose que vão aos endossomos e posteriormente são parte dos lisossomos. PINOCITOSE MEMBRANA PLASMÁTICA Canal de pinocitose Partícula líquida pinossomo Englobamento de micropartículas ou gotículas líquidas A partícula englobada será, posteriormente, digerida pelos lisossomos. EXOCITOSE Consiste na eliminação de certas quantidades de material pela célula, como corpos residuais ou vacúolos excretores (material não digerido) ou vesículas de secreção (materiais produzidos pelas células, principalmente glandulares). CLASMOCITOSE MEMBRANA PLASMÁTICA RESÍDUOS Vacúolo resídual É a eliminação dos resíduos da digestão intracelular.
Compartilhar