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ANATOMIA SISTEMA DIGESTÓRIO

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Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
1. DIVISÃO ANATÔMICA 
 
As porções supra e infradiafragmática compõem o canal alimentar do TGI(Trato GastroIntestinal); 
As Glândulas anexas do TGI são categorizadas a parte e possuem 
ação exócrina(o lúmen do canal alimentar é o meio externo): Fígado, 
Pâncreas, Vesícula Biliar e as glândulas salivares (parótidas, 
submandibulares e sublinguais); 
2. BOCA – CAVIDADE ORAL 
É formada pela cavidade oral (bucal) propriamente dita e pelo 
vestíbulo bucal. Ocorre o início da digestão física e química dos 
alimentos, umidificação e aquecimento do bolo alimentar. 
2.1. VESTÍBULO DA BOCA 
O vestíbulo da boca é um espaço em forma de fenda entre os lábios 
e os dentes. Limitado anteriormente pela mucosa dos lábios e 
anterolateralmente pela mucosa das bochechas; limitado 
posteriormente pelos arcos alvéolo-dentários(gengivas e dentes). Há 
uma comunicação entre o vestíbulo da boca e a cavidade oral 
propriamente dita na região posterior aos dentes 
molares(faz uma curva na mucosa da bochecha). 
Há uma prega da mucosa superior e inferior que são 
chamadas de FRÊNULOS (ou freios) do lábio 
superior e do lábio inferior. Essas pregas estão no 
nível do plano mediano. 
A função do vestíbulo da boca é promover a 
lubrificação da cavidade oral por meio das 
glândulas labiais (localizadas na mucosa dos lábios 
e nçao secreta saliva) e da glândula parótida. Esta 
última tem seu ducto drenando para o óstio do ducto 
parotídeo na mucosa da bochecha na altura do 2º 
dente molar superior (duppla, de cada lado). 
TGI
Porção 
infradiafragmática
Esôfago 
(abdominal)
Estômago
Intestino delgado e 
intestino grosso
Porção 
supradiafragmática
Vestpibulo e 
Cavidade Oral
Faringe (orofaringe 
e laringofaringe)
Esôfago (cervical e 
torácico)
Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
A bochecha está presa ao músculo bucinador (fibras musculares 
transversais). Pode ser visível uma linha alba (linha 
hiperqueratinizada) na altura da oclusão dos dentes. As camadas de 
tecidos que formam a bochecha são, de externo para interno: pele, 
tela subcutânea, coxin adiposo (encapsulado e destacado da tela 
subcutânea; o ducto parotídeo perfura ele), fáscia muscular, 
músculo bucinador, fáscia muscular, mucosa da boca. Esse coxin 
adiposo da bochecha é importante para proteger os ramos no nervo 
Facial e o Ducto Parotídeo, podendo ser retirado por 
Bochechectomia. A nutrição da bochecha é feita pela artéria bucal 
(ramo da A. Maxilar) e a inervação ocorre pelo ramo Maxilar do N. 
Trigêmio (V3). 
2.2. CAVIDADE ORAL PROPRIAMENTE DITA 
A cavidade oral é toda a cavidade limitada anterolateralmente pelos 
arcos alvéolo-dentários e pelas gengivas; superiormente pelo palato 
duro (agora chamado apenas de palato duro, mas é o duro e parte 
pequena do mole); posteriormente pelo ístimo das Fauces; 
inferiormente pela língua e pelos músculo diafragma oral 
(principalmente). 
3.2.1 ASSOALHO DA BOCA 
Está abaixo da língua e acima do diafragma oral da boca 
(músculos milo-hióideos). Na parte inferior da língua há uma 
prega da mucosa – o FRÊNULO da língua – que se fixa ao 
assoalho. Há ductos das glândulas Submandibulares que se 
abrem nas carúnculas (duas protuberâncias, uma em cada 
lado do frênulo) e pequenos óstios na prega sublingual que se 
abrem os ductos das glândulas sublinguais (estão abaixo da 
mucosa pregueada). 
O assoalho da boca é formado por muitos músculos, 
intrínsecos e extrínsecos da língua. O principal que forma o 
assoalho é m. Milo-hióideo (diafragma oral) e o m. genio-
hióideo. 
O músculo Milo-hióideo forma o assoalho muscular da cavidade oral. Tem formato triangular que se fixa na 
linha milo-hióidea da mandíbula (face interna da mandíbula) e na parte anterior do osso hióide. Pode conter 
um hiato por onde o ducto da glândula sublingual passa. 
Inervação: N. Alveolar inferior. 
Ação: eleva o assoalho da boca na primeira fase da deglutição e também pode elevar o hióide ou abaixar 
a mandíbula. 
O músculo Genio-hióide se estende da espinha geniana da mandíbula(ou espinha mentual) até o osso 
hióide, podendo se unir ao músculo Genioglosso. É responsável pela elevação do osso hióide e pode abaixar 
a mandíbula. 
Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
3.2.2 PALATO 
O palato forma o teto da cavidade oral (“céu da boca”) e é formado pelo palato duro e pelo palato mole. O 
palato como um todo tem formato côncavo e não retilíneo. 
O Palato Duro tem como constituição óssea o processo palatino do osso Maxila e a lâmina horizontal do 
osso Palatino. Possui mucosa espessa muito aderida ao periósteo, muitas vezes denominada periomucosa. 
Ela possui queratinização em seu epitélio e na porção anterior do palato duro possui pregas, as pregas 
palatinas. Essas pregas próximas ao forame incisivo ajudam a rodar o alimento no interior da cavidade oral, 
juntamente com a língua. O não fechamento correto do palato duro pode ocasionar malformações 
congênitas, como a fenda palatina e/ou fenda lábio-palatina. 
A irrigação do palato duro é feita pela A. Palatina 
maior (ramo da A. Maxilar) e a inervação é feita 
pelo nervo de mesmo nome, N. Palatino maior, e 
também pelo ramo nasopalatino do N. Maxilar. 
O Palato Mole é um conjunto de músculos fixos 
no palato duro, curvado para baixo, com a 
cavidade nasal na parte superior e orofaringe na 
parte inferior. O limite entre o palato duro e o 
palato mole é bem visível, pois esse último tem 
coloração mais vermelho escuro com tonalidade 
amarelada. 
Apesar de ter muitos músculos, possui muitas 
glândulas mucosas entre eles e na superficie da 
mucosa. Possui um processo muscular mediano 
de formato cônico, a ÚVULA, que fica pendida 
para baixo a fim de impedir que o palato mole 
reverta para cima e tampe as coanas. 
O início do palato mole é onde o músculo Tensor do Véu Palatino mais atua. A partir do palato mole surge 
o Arco Palatoglosso(prega anterior que vai do palato mole à lingua em forma de meia lua) e o Arco 
Palatofaríngeo(prega posterior que vai do palato mole até a parede lateral da orofaringe. Prega é mucosa + 
músculos, ou seja, dentro desses arcos estão os músculos palatoglossos e palatofaríngeos. 
Irrigação do Palato Mole: A. Facial 
Drenagem Venosa: Veias do palato mole que drenam para o plexo venoso pterigóideo. 
Inervação: Sensibilidade geral pelos ramos dos N. Maxilar e Glossofaríngeo. Possui botões gustativos que 
são inervados por nervos que estão relacionados com o Gânglio pterigopalatino. 
Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
3.2.3 LÍNGUA 
A língua é um órgão totalmente muscular 
que tem seus 2/3 anteriores na cavidade 
oral e o 1/3 restante na orofaringe. Se fixa 
em diversos ossos – hióide, mandíbula, 
processos estilóides – , no palato mole e 
na parede da faringe devido aos seus 
numerosos músculos intrínsecos e 
extrínsecos. É dividida em 3 partes: ápice, 
dorso, face inferior e raíz. A raíz da língua está fixada à mandíbula e aos osso hióide. O dorso possui um 
sulco em forma de V (sulco terminal) que divide a língua em parte oral (pré-sucal; 2/3) e faríngea (pós-sucal; 
1/3). No vértice desse V está o forame cego, resquício do ducto tireoglosso. 
>> DORSO 
Possui queratinização em seu epitélio (caráter áspero), 
papilas filiformes (queratinizadas) bem no ápice da língua, 
papilas fungiformes mais distribuídas no meio da língua, 
papilas folhadas nas laterais após o sulco terminal, papilas 
circunvaladas antes do sulco terminal e, por fim, a tonsila 
lingual próxima à raíz da língua e à epiglote logo abaixo. Pode 
haver um sulco mediano longitudinal mais proeminente em 
alguns indivíduos. 
As papilas folhadassão retas em diagonal bem a frente dos 
arcos palatoglosso e estão na lateral da língua. As papilas 
circunvaladas são grandes, enfileiradas e possuem uma 
depressão no centro que contém receptores gustativos em 
seu interior. As papilas fungiformes estão próximas a esse 
sulco mediano e são pequenas. Todas essas três papilas 
possuem função gustativa. 
As papilas filiformes não possuem função gustativa, apenas 
criam aderência da língua ao alimento, ajudando na 
mastigação. 
A parte pós-sucal (1/3) está após os arcos palatoglossos, já que o sulco terminal coincide com os arcos 
palatoglossos. Possui um prega glossoepiglótica 
mediana com duas depressões ao lado dessa prega, 
chamadas valéculas epiglóticas. Essa parte não possui 
quaisquer papilas, apenas as tonsilas linguais. 
>> FACE INFERIOR (VENTRE) 
A face inferior da língua possui túnica mucosa lisa, com 
tonalidade roxa (devido às veias, transparência) e 
contínua com a mucosa das gengivas inferiores e do 
assoalho da boca. Possui um frênulo medial e 
carúnculas ao lado onde drenam os ductos 
submandibulares. Há também pregas sublinguais 
próximas a esse frênulo e às carúnculas onde há a 
drenagem dos ductos sublinguais das glândulas 
sublinguais. 
Como essa parte é muito vascularizada, a coloração fica 
arroxeada devido à Veia Lingual. Essa veia é muito 
ÍSTIMO DAS FAUCES 
Região entre os arcos palatoglossos, por onde o alimento é impulsionado 
na deglutição. Fauces significa garganta que, por sua vez, significa 
estrangulamento (estrangulamento do alimento). 
Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
utilizada para a absorção de medicamentos sublinguais e torna-se bem visível (varicosa) em pacientes com 
hipertensão arterial. 
Relação do ventre da língua, de medial para lateral, partindo do componente mais medial, o frênulo da 
língua: Frênulo lingual; Artéria Lingual (ramo da A. Carótida Externa que irriga toda a face); Veia Lingual; 
Nervo Lingual (ramo do N Trigêmio). Toda a parte motora da língua é inervada pelo nervo Lingual, 
enquanto toda a sensibilidade geral DA CABEÇA é inervada pelos ramos do nervo Trigêmio. 
DRENAGEM VENOSA – ABSORÇÃO DE MEDICAMENTOS VIA SUBLINGUAL 
 
 
 
 
>> MÚSCULOS DA LÍNGUA 
A língua possui músculos extrínsecos e 
músculos intrínsecos. Nutridos principalmente 
pela A. Lingual que se origina da artéria Carótida 
Externa. Essa mesma artéria irriga também a 
maior parte do assoalho da cavidade oral. A A. 
Lingual se anastomosa muito, por isso que 
quando corta qualquer parte da língua a parte 
que restou sobrevive. 
➢ MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DA 
LÍNGUA 
Proporciona a movimentação da língua como um 
todo (para frente, tocar no palato, mostrar a 
língua) e não a forma dela em si. 
1. M. Genioglosso 
Tem formato triangular e está próximo à linha média do corpo. Está fixado na espinha geniana da mandíbula 
(espinha mentual), acima do músculo Geniohióideo. A inserção desse músculo da língua na espinha geniana 
impede a língua de ir para a orofaringe (engasgar com a própria língua). 
Irrigação: A. Sublingual, ramos da A. Lingual e ramos da A. Facial. 
Inervação: N. Hipoglosso 
Ação: Traciona a língua para frente, trazendo o ápice para a rima da boca. 
2. M. Hioglosso 
Formato de um quadrado, se fixa no osso hióide. 
Irrigação: A. Lingual e A. Facial 
Inervação: N. Hipoglosso 
Ação: Abaixa a língua. 
3. M. Estiloglosso 
Veias Sublinguais
Veias Jugulares 
Internas
Veias 
Braquiocefálicas
Veia Cava 
Superior
Átrio Direito do 
Coração
Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
O menor dos músculos que se fixam 
ao processo estiloide do osso 
temporal e parte dele chega a se 
fundir com o músculo intrínseco da 
língua, o longitudinal inferior. 
Irrigação: A. Lingual 
Inervação: N. Hipoglosso 
Ação: Traciona a língua para cima 
(tocar no palato) e para trás. 
4. M. Palatoglosso 
Forma o Arco Palatoglosso que une 
o palato Mole à Língua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ MÚSCULOS INTRÍNSECOS DA LÍNGUA 
Todos são irrigados pela A. Lingual e inervados pelo N. Hipoglosso. 
Alteram a forma da língua em si, proporcionando grandes variedades de movimentos para a rotação do 
alimento na boca e para a fala (forma em U, enrolar a língua). 
1. M. Longitudinal Superior 
Fina camada de fibras 
musculares 
longitudinais ao eixo 
maior da língua e que 
estão logo abaixo da 
mucosa do dorso da 
língua. 
2. M. Longitudinal 
Inferior 
Fina camada de fibras 
musculares 
longitudinais contínuas 
com o M. Longitudinal 
Superior, porém está 
localizado abaixo da 
mucosa da face ventral da língua. Funde-se com o M. Estiloglosso na porção anterior. 
3. M. Transverso 
Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
Estão localizados no centro (meio) da língua. 
4. M. Vertical 
Estende-se da face dorsal até a ventral, descontínuo. 
REVISÃO INERVAÇÃO DA BOCA 
Dividida em duas sensibildades aferentes(sensoriais): a sensibilidade geral é em relação à dor,temperatura, 
tato, propriocepção; a sensibilidade especial diz respeito à gustação. 
Obs: Traumas na região da orelha média pode gerar perda da sensibilidade especial da língua, ou seja, da 
capacidade de gustação, por lesionar o N. Corda do TÍMPANO. 
Na eficiência motora, o N. Hipoglosso inerva todos os músculos intrínsecos da língua e apenas os músculos 
genioglosso e hioglosso da musculatura extrínseca. O restante, M. Estiloglosso e palatoglosso, são 
inervados pelos nervos do plexo faríngeo ( ramos do nervo Vago e ramos do nervo Glossofaríngeo). 
 
A sensibilidade geral e especial do terço posterior da língua e da cavidade bucal é bastante reduzida, mas 
tem o nervo glossofaríngeo inervando as papilas circunvaladas. Nessa mesma região possui predominância 
das fibras motoras do nervo Vago na Epiglote e no Arco Palatoglosso. 
3.3.4 DENTES 
Possuímos três formas de dentes: os incisivos, os 
caninos e os molares. A região da maxila e da 
mandíbula, bem como o palato duro pode ser dividida 
em 4 quadrantes: superior direito, superior esquerdo, 
inferior direito e inferior esquerdo. Portanto, podemos 
referir os dentes de acordo com o quadrante que está 
localizado. 
Na vida Adulta temos 32 dentes. Dentre esses 
dentes, há 8 incisivos, 4 caninos, 8 pré-molares e 12 
molares (incluindo 4 dentes do siso). 
3.3 GLÂNDULAS SALIVARES 
São glândulas exócrinas compostas e 
tubuloacinosas com ductos drenando para a 
cavidade oral. Secretam saliva, enzimas digestivas e 
agentes antimicrobianos. 
3.3.1 GLÂNDULA PARÓTIDA 
2
/3
 d
a 
lín
gu
a 
e 
ca
vi
d
ad
e
 o
ra
l
Sensibilidade Geral
N. Lingual 
(Trigêmio V3)
Sensibilidade 
Especial
N. Corda do 
Tímpano (N. Facial)
Eficiência Motora
N. Hipoglosso
Plexo Faríngeo 1
/3
 P
o
st
er
io
r 
-
Lí
n
gu
a 
e 
b
o
ca
Sensibilidade 
(Geral e Especial)
N. Glossofaríngeo
Motora Plexo Faríngeo
Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
É a maior glândula salivar e tem natureza de secreção quase 
totalmente serosa. Seu ducto atravessa o coxin adiposo das 
bochechas, passam pelo músculo Bucinador e desembocam 
no vestíbulo da boca, na altura do 2º dente molar superior. 
Está anterior à orelha externa e abaixo dela (posterior) 
encontra-se o Nervo Facial(VII) e o músculo Masseter. 
Obs: Tumor na Glândula Parótida pode comprimir esse 
nervo e causar paralisia facial. 
3.3.2 GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES 
Tem o tamanho de uma noz, possui uma parte superficial e 
uma profunda e está abaixo da margem inferior da 
mandíbula. Está relacionada com os músculos extrínsecos 
da língua, músculos do assoalho da cavidade rale músculos 
do pescoço, com a veia Facial, com a artéria facial e com o ramo cervical do nervo Facial. Também está 
próxima ao nervo hipglosso e ao nervo lingual. 
O ducto das glândulas Submandibulares atravessam o músculo milo-hióideo e abre-se na carúncula 
sublingual laterais ao frênulo da língua. 
Essa glândula é a responsável pela maior parte da saliva secretada diariamente. 
3.3.3 GLÂNDULA SUBLINGUAL 
É a menor glândula salivar, tem formato achatado e está sob o músculo milo-hióideo, sendo coberta pela 
mucosa da prega sublingual ao lado das carúnculas sublinguais. A drenagem ocorre por meio de inúmeros 
canalículos que se abrem nessa região da prega sublingual. 
ANATOMIA DE SUPERFÍCIE DA BOCA 
Os lábios são cobertos externamente por pele (tecido epitelial), no meio o músculo orbicular da boca (tecido 
muscular) e na parte interna, mucosa que delimita o vestíbulo da boca. 
Há poucas estruturas importantes: lábio superior, lábio inferior, comissura labial(junção dos dois lábios, um 
de cada lado) e a rima da boca (abertura central). 
Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
O tecido epitelial que recobre os lábios é muito delgado (fino, 
transparente e delicado) e devido à alta vascularização dessa 
região, é possível vermos os vasos sanguíneos por 
transparência. Por isso que é importante a inspeção do aspecto 
dos lábios, pois quando estão roxos pode ser sinal de 
hipotermia (baixo débito cardíaco) ou insuficiência respiratória 
(sangue pouco oxigenado), por exemplo. 
A nutrição dos lábios ocorre pela A. Labial superior e inferior 
(ramo da A. Facial). A inervação ocorre pelo N. Infraorbital 
(lábio superior) e ramo mandibular do N. Trigêmio (lábio inferior). 
As artérias labiais que vieram da artéria facial que são as responsáveis pelo círculo anastomósico arterio-
venoso que recobre os lábios e é possível ver por transparência. 
RELAÇÃO ADULTO – CRIANÇA 
Na criança lactente, o palato mole não está com a curvatura completa, o teto da cavidade oral encontra-se 
horizontalizado, a Laringe está numa posição mais superior no pescoço e aa epiglote pode tocar no Palato 
mole e fechar a orofaringe posteriormente, colocando a laringe em contato direto com as coanas. 
Pode ocorrer fechamento das coanas porque a úvula no lactente não está bem desenvolvida; 
Pode ocorrer Otite Média pela amamentação horizontalizada, pois o óstio faríngeo da tuba auditiva tem uma 
posição mais inferior, podendo haver entrada de leite; 
 
 
 
 
4. FARINGE 
A Faringe é um tubo musculomembranoso com mais ou menos 13cm de comprimento e vai da base do crânio até a 
margem inferior da cartilagem cricóidea da laringe(C6). Existe um tônus muscular constante, muito mais forte no 
esfincter esofágico superior, na junção da faringe com o esôfago. 
O limite superior da faringe é o osso esfenoide e o osso occipital; o limite inferior é o esôfago(contínuos); o limite 
posterior são os músculos da faringe e o limite anterior é o ístimo dass Fauces(arcos palatoglossos). Está posterior à 
cavidade nasal, à cavidade bucal e à Laringe e tem 3 partes: nasofaringe(SISTEMA RESPIRATÓRIO), orofaringe e 
laringofaringe. 
Possui 3 músculos constritores circulares e 3 levantadores longitudinais. 
Irrigação: Ramos da A. Carótida Externa, como a A. Faríngea Ascendente. Pode ter contribuição da A. Facial, A. Maxilar 
e da A. Lingual, mas são menos importantes. 
Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
Drenagem: Veias Faríngeas (Plexo 
Venoso Faríngeo) que drena para a V. 
Jugular Interna. 
Inervação: Plexo Faríngeo (NERVOSO). 
4.1 OROFARINGE 
O limite superior da orofaringe é o 
Palato Mole; O limite anterior é o 
ístimo das Fauces e a raíz da língua; O 
limite lateral são as tonsilas 
palatinas(nas fossas tonsilares ou seios) 
e o arco palatofaríngeo; O limite 
posterior é aberto e o inferior é a 
epiglote. 
As vias respiratórias faríngeas são 
mantidas desobstruídas no paciente 
que está acordado por meio da ação 
dilatadora combinada do genioglosso, 
tensor do véu palatino, genio-hióideo e 
estilo-hióideo, que agem em reação à 
pressão negativa gerada na luz da faringe durante a inspiração. O tônus nos músculos é reduzido durante o sono, e 
também é afetado pelo álcool e outros sedativos, hipotireoidismo e uma variedade de distúrbios neurológicos. Se o 
tônus muscular do dilatador for insuficiente, as paredes da faringe podem tornar-se próximas. A obstrução faríngea 
intermitente pode causar ronco e a obstrução completa pode causar apneia, hipóxia e hipercarbia, que levam ao 
despertar e a distúrbios do sono. 
4.2 LARINGOFARINGE 
Está posterior à Laringe e vai da margem superior da epiglote até a margem inferior da cartilagem cricóidea, onde é 
contínua com o esôfago. Durante a deglutição, a Laringofaringe é elevada pela ação dos músculos levantadores 
hióideos. 
Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
➢ MÚSCULOS DO PALATO MOLE E DA FARINGE 
Os músculos intrínsecos da Faringe são os músculos 
constritores da Faringe, enquanto os extrínsecos é 
representado principalmente pelo músculo Estilofaríngeo. 
O restante são músculos do Palato Mole. 
1. M. Levantador do Véu Palatino 
Está fixo à parte petrosa do osso Temporal e ao terço 
médio do palato mole. Eleva o palato mole e traciona ele 
para trás na deglutição. O Palato Mole é elevado para que 
toque na parede posterior da Faringe e assim separe 
Orofaringe da Nasofaringe momentaneamente. 
2. M. Tensor do Véu Palatino 
Está lateral ao M. Levantador do Véu Palatino. Estira o 
Palato Mole e o deprime, achatando seu arco. Também 
pode tensionar o palato mole para um lado. A ação 
principal é abrir a tuba auditiva durante a deglutição e o 
bocejo para equalizar a pressão do ar entre a orelha média 
e a nasofaringe. 
3. M. Palatoglosso 
Forma o Arco Palatoglosso. Eleva a raíz da língua, 
aproximando os arcos palatoglossos 
e fechando o ístimo das Fauces, o 
que contribui para a deglutição. 
4. M. Palatofaríngeo 
Forma o Arco Palatofaríngeo. 
Tracionam a Faringe, deixando ela 
mais curta para facilitar a deglutição. 
Também aproxima os arcos 
palatofaríngeos. 
5. M. Da Úvula 
Ajuda o M. Levantador do Véu 
Palatino a fechar e separar a oro da 
nasofaringe durante a deglutição. O 
fato de estar pendido para baixo 
impede que o palato mole reverta, 
tampando as coanas. 
6. M. Estilofaríngeo 
Fixa-se no processo estilóide e é 
responsável pela elevação da faringe 
e da laringe. É o músculo mais 
posterior, parte do processo 
estilóide. 
Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
7. M. Constritores superiores, médios e inferiores 
Os M. Constritores Inferiores da Faringe possuem fibras musculares dispostas em círculos, formando um esfincter. 
Esse esfincter é o primeiro esfincter esofágico e está situado na altura da C6 (transição faringe-esôfago). 
São responsáveis por contrair as partes respectivas da Faringe durante a deglutição. Há um músculo chamado 
Cricofaríngeo que compõe o primeiro esfincter esofágico que é muito relacionado na prática clínica: pressiona-se a 
cartilagem cricóidea para que esse músculo contraia e feche o esôfago, impedindo o refluxo gastroesofágico durante 
a intubação do paciente. 
Irrigação: Ramos da artéria Carótida Externa (A. Faríngea ascendente, Aa. Tireóideas...). 
Drenagem: V. Faríngea, Vv. Tireóideas (todas drenando para a V. Jugular Interna). 
Inervação: Plexo Faríngeo. 
➢ RELAÇÕES DA FARINGE 
Inferior a ela está a Glândula Tireóide e laterais à Faringe está a bainha catorídea comum: A. Carótida Comum + V. 
Jugular Interna + N. Vago. 
4.3 PLEXO FARÍNGEO 
Todo suprimento nervoso da faringe é suprida pelo Plexo Faríngeo. Esse plexo consiste emfibras aferentes(sensoriais) 
e eferentes(motoras) de ramos faríngeos do Nervo Vago(X) e do Nervo Glossofaríngeo(IX). Pode haver contribuição 
do glânglio simpático cervical. 
Está sob o músculo Constritor médio e se estende por todos os músculs da Faringe e de sua mucosa. 
4.4 ANATOMIA DA DEGLUTIÇÃO 
Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
Envolve muitos músculos em um curto período de tempo. É um comoportamento motor programado. Inicia-se com a 
estimulação dos nervos sensoriais da orofaringe pelo alimento ou líquido. 
Há 4 fases: a fase preparatória oral; a fase do trânsito/transferência oral; a fase faríngea; a fase esofágica. O início da 
deglutição envolve tanto as estruturas da cavidade oral quanto da faringe propriamente dita, não há uma divisão nítida 
entre as fases. 
Forma-se um bolo coeso (fase oral preparatória). O bolo é levado à orofaringe (fase de trânsito/transferência oral), 
transportado inferiormente pela parte faríngea das vias respiratórias e através do esfíncter esofágico superior (fase 
faríngea) e, em seguida, transportado inferiormente pelo esôfago até o estômago (fase esofágica). 
Fase preparatória + fase de trânsito = Voluntárias (córtex cerebral) 
Fase faríngea + fase esofágica = Involuntárias (tronco encefálico) 
I. FASE PREPARATÓRIA ORAL 
MASTIGAÇÃO: Mandíbula é movimentada pelos músculos elevadores e depressores do maxilar; 
Lábios fechados pela contração músculo orbicular da boca; 
Alimento triturado e umidificado pela saliva; 
Bochechas tensionadas para manter o alimento na cavidade oral pelo músculo bucinador e para impedir que morda 
as bochechas (lesão no Nervo Facial que chega ao M Bucinador pode gerar mordidas dolorosas e repetidas nas 
bochechas enquanto mastiga). 
Palato mole deprimido, a língua e as pregas mucosas do Palato duro rodam o alimento e ao final dessa fase, ele deve 
se encontrar no terço posterior da língua(Orofaringe). 
II. FASE DE TRÂNSITO/TRANSFERÊNCIA 
O músculo Genioglosso eleva a parte anterior da língua; os músculos Palatoglosso e Palatofaríngeo contrem e abaixam 
o Palato Mole e elevam a parte posterior da língua; 
M. Orbicular da boca e o Bucinador continuam contraídos; 
Os músculos intrínsecos da língua e os extrínsecos deixam o alimento bem na linha média da língua; 
A mandíbula e o assoalho da cavidade oral são elevados pelos músculos que tem ‘hióideo’ no nome; 
A língua elevada e achatada empurra o bolo alimentar para o Ístimo das Fauces(Músculos Palatoglosso contraídos 
para impulsionar o alimento para a orofaringe e não deixar voltar; 
Bolo alimentar mandado para a abertura da faringe entre os arcos Palatofaríngeos (inicialmente dilatada, mas depois 
se contraem para diminuir). 
III. FASE FARÍNGEA 
Fase onde o bolo alimentar entra na Orofaringe e vai até o primeiro esfincter esofágico. É a mais complicada da 
deglutição porque tem que impedir a passagem de ar (fechando a comunicação entre a oro e a nasofaringe) para o 
alimento passar sem problemas. 
O músculo constritor faríngeo superior e o músculo palatofaríngeo contraem e isolam a nasofaringe da orofaringe, por 
elevação do palato mole que encosta na face posterior da Faringe; (o vedamento errado dessas duas cavidades faz 
com que alimento saia pelo nariz). 
Quando o alimento “desce” para a Laringofaringe, há o fechamento da Laringe pela pressão da raíz da língua e pelos 
músculos ariepiglóticos que fazem a epiglote fechar o ádito da Laringe; 
Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
A Laringe é tensionada para frente pelos músculos suprahióideos e os músculos longitudinais da Faringe para que ela 
sai do caminho do bolo alimentar e tracione a cartilagem cricóidea para frente para que o músculo do esfincter 
esofágico relaxe e abra o esôfago; 
Os músculos constritores da Faringe ajudam a impulsionar o bolo alimentar para a Laringofaringe e para a porção 
inicial do Esôfago; 
A força motriz da língua(força de propulsão) é uma pressão negativa que faz com que o bolo alimentar desça para a 
laringofaringe e para o esofago de modo muito mais efetivo que pela ação dos músculos constritores da Faringe; 
Há também a bomba de sucção da laringofaringe que gera pressão negativa (devido ao tracionamento da Laringe 
para frente, cria uma pressão negativa no esôfago); 
Os constritores da Faringe criam uma pressão positiva após o bolo alimentar, impulsionando-o ainda mais; 
IV. FASE ESOFÁGICA 
O esfincter esofágico posterior à cartilagem cricóidea é relaxado e o bolo alimentar pode entrar no esôfago. As ondas 
peristálticas propulsionam o movimento do bolo alimentar até o esfincter esofágico inferior, desembocando na região 
da Cárdia do estômago. 
5. ESÔFAGO 
O Esôfago é um tubo muscular com mais ou menos 25cm de comprimento, conectando a faringe ao estômago. Inicia 
na margem inferior da cartilagem cricóidea(C6), desce anterior à coluna vertebral, passa pelo Hiato Esofágico no 
diafragma (T10) e termina no óstio cárdico do estômago (T11). Ele dá umas ondulações para a esquerda e para a 
direita, conforme é empurrado pela Aorta descendente. 
Possui 4 pontos de estreitamento mais significativo do seu lúmen: 
- Posteriormente à cartilagem Cricóidea, músculo constritor faríngeo inferior e o cricofaríngeo (1º esfincter esofágico); 
[nível C6] 
- Na lateral pelo arco Aórtico no nível do ângulo do esterno; [T4-T5] 
- Na parede anterior pelo Bronquio Principal Esquerdo logo após a bifurcação da Traquéia; 
- No Hiato Esofágico (2º esfincter esofágico). 
Esses esfincters esofágicos são fisiológicos e não anatômicos, isto é, não possuem músculos circulares igual o ânus ou 
o piloro, por exemplo. São constrições de outras estruturas nele e não da própria musculatura do esôfago. 
Um aneurisma da Aorta na altura do seu arco desencadeia como primeiro sintoma a disfagia, ou seja, a dificuldade de 
deglutição; isso ocorre por uma compressão exagerada do esôfago devido à maior pressão da parede da Aorta. 
Pode ser dividido em 3 segmentos: 
I. ESÔFAGO CERVICAL (C6 a T1) 
II. ESÔFAGO TORÁCICO (T1 a T12) 
III. ESÔFAGO ABDOMINAL (T12 a L1) 
VÔMITO 
Estímulo do tato em regiões específicas da Orofaringe, como a Úvula e os arcos Palatoglosso e 
palatofaríngeo. 
 
Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
O Esôfago Cervical é posterior à traquéia e está fixo a ela por tecido conjuntivo. Os Nervos Laringeos recorrentes 
passam ao dele, a coluna vertebral está posterior, as A. Carótidas Comuns estão laterais ao esôfago, bem como a parte 
posterior da glândula Tireóide. 
Depois fica mais próximo da bainha carótida esquerda(se desvia para a esquerda porque a traquéia foi pra direita). 
O Esôfago Torácico está deslocado mais para a esquerda, passa por trás do arco da Aorta, se desloca para a direita 
depois do arco porque a Aorta Descendente se desloca para a esquerda. Depois cruza anteriormente a Aorta 
Descendente e entra no Hiato Esofágico. 
O Hiato Esofágico é um orifício mal feito no diafragma com projeções da fáscia endotorácica e da pleura parietal na 
parte do esôfago superior a ele e com projeções da fáscia endotorácica e do peritônio parietal na parte 
inferior(entremeados por um coxin adiposo). Essas projeções formam os ligamentos frenoesofágicos que envolvem o 
hiato esofágico e impedem que a ação do diafragma durante a respiração interfira no peristaltismo do esôfago. 
Na parte superior do Tórax, A Veia Ázigos passa anterolateralmente ao Esôfago, bem como a V. Cava Superior. Próximo 
ao Diafragma, todo o Sistema Ázigos e a Aorta Torácica encontra-se atrás do esôfago. Nesse mesmo nível, a V. Cava 
Inferior está à direita do esôfago. 
Abaixo do Pedículo dos pulmões, o N. Vago contorna e atinge o Esôfago, formando um plexo ao seu redor. 
O Esôfago Abdominal tem cerca de 2 a 5cm de comprimento, com uma dilataçãoabaixo do hiato esofágico e antes 
do óstio cárdico do estômago. Ele faz uma curva para a esquerda e para trás, terminando no óstio cárdico do estômago 
(Junção Gastroesofágica, Linha Z na Histologia). Está ligado ao diafragma pelo ligamento frenicoesofágico 
A parte abdominal do esôfago é suprida pelos ramos esofágicos da A. Gástrica Esquerda. A drenagem ocorre pelas 
veias de mesmo nome. 
Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
5.1 VASCULARIZAÇÃO DO ESÔFAGO 
Irrigação: 
Esôfago Cervical – A. Tireóidea Inferior; 
Esôfago Torácico – Ramos esofágicos diretos da Aorta 
Torácica: Aa. Esofágicas(4 ou 5 ramos, formam uma 
rede anastomósica com as Aa. Tireóideas Inferiores e as 
Aa. Frênicas e Gástricas Esquerdas); 
Esôfago Abdominal – Aa. Frênicas inferiores(ramos 
diretos da Aorta Abdominal) e Aa. Gástricas Esquerdas. 
Drenagem: 
As Veias Esofágicas se originam de um plexo venoso 
periesofágico, este originado do plexo submucoso. 
Essas Veias Esofágicas drenam para a V. Ázigos, 
podendo desembocar também na V. Hemiázigos, 
Intercostais ou Bronquiais. A parte abdominal do 
Esôfago é drenada principalmente pelas veias Frênicas 
Inferiores e V. Gástrica esquerda, ambas 
desembocando na veia Porta. 
Inervação: 
Esôfago Cervical – N. Laríngeo Recorrente; 
Esôfago Torácico e Abdominal – Plexo Esofágico; 
O Plexo Esofágico é constituído pelo Nervo Vago(X). 
 
 
 
Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
6. ESTÔMAGO 
O Estômago está situado no abdome superior, indo 
do quadrante superior esquerdo para baixo, para 
frente e para a direita. O fundo ocupa um recesso 
no diafragma, aparecendo como bolhas no lado 
esquerdo do raio X. 
É dividido em fundo, corpo, antro pilórico e piloro. 
Possui curvaturas, sendo a curvatura menor de 
frente para o fígado e a maior para os intestinos. 
O fundo é delimitado por uma linha imaginária que vai da 
incisura cárdica até a curvatura maior, horizontalmente. 
O corpo vai do fundo até a incisura angular, onde traça-
se uma linha imaginária dessa incisura até a curvatura 
maior, delimitando o corpo e o antro pilórico. 
O Antro Pilórico é uma dilatação do canal pilórico, que vai 
afinando até chegar no piloro, um esfincter com óstio 
muito pequeno. A curvatura menor forma a margem 
medial do estômago, contém vasos gástricos direito e 
esquerdo e o omento menor. 
A curvatura maior do estômago forma a margem lateral e 
o fundo do estômago. O ápice do fundo gástrico está na 
altura do 5º EIC esquerdo, mas varia. O ligamento 
gastroesplênico e o omento maior se fixam nela. O 
Omento Menor é formado por dois ligamentos: Ligamento hepatoduodenal e Ligamento Hepatogástrico. 
VARIZES ESOFÁGICAS 
Aumento do leite venoso das Veias Gástricas e Esofágicas (varicosas), 
ficando proeminentes no lúmen do esôfago e, muitas vezes, 
sofrendo hemorragia (vômito e fezes com sangue) pelo atrito com o 
alimento ou simplesmente pela força ao evacuar. 
Ocorre pela Hipertensão Portal que gera um fluxo retrógrado, 
restando muito sangue no leito venoso dessas veias, que se tornam 
varicosas por possuírem válvulas ausentes/defeituosas. 
Causas da Hipertensão Portal: Cirrose Hepática, Tumores hepáticos 
avançados, Esteatose hepática(acúmulo de gordura no fígado), 
Esquistossomose etc. 
A Hipertensão Portal afeta a circulação da V. Porta Hepática por 
comprimi-la, sobrecarregando suas tributárias(Vv. Frênicas 
Inferiores, V. Gástrica Esquerda). Assim, ocorre aumento do sangue 
parado nas veias do plexo submucoso abdominal (Cabeça de 
Medusa), aumento do líquido extracelular(muito líquido na veia faz 
com que ele difunda para fora dela), aumento do sangue parado nas 
veias esofágicas (Varizes esofágicas) devido ao mal funcionamento 
das válvulas venosas, que acaba comprometendo o sistema Ázigos. 
As varizes gástricas estão, em geral, presentes na face inferior do 
óstio cárdico. Apresentam-se com menos frequência na prática 
clínica do que as varizes esofágicas, pois são mais difíceis de 
diagnosticar devido à sua localização, e, ocasionalmente, existem 
sem a presença de varizes esofágicas. 
Esse sistema de sobrecarga pode chegar até a Veia Cava Superior e 
ao Átrio Direito, denominado de Sistema Porto-Cava de Hipertensão. 
 
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O estômago vazio tem mais 
comumente o formato de uma letra J, 
com o fundo podendo conter gás. O 
grau de enchimento afeta 
principalmente o formato e a posição 
do corpo do estômago, porque a parte 
pilórica permanece contraída durante a 
digestão. À medida que o estômago 
enche, ele se expande 
anteroinferiormente; porém, quando o 
colo transverso ou o intestino delgado 
está distendido, o fundo aumenta em 
direção ao fígado e ao diafragma. 
Conforme a capacidade do estômago 
aumenta. Nesta posição, a parte mais 
baixa é o antro pilórico, o qual se 
estende abaixo do umbigo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.1 ÓSTIO CÁRDICO 
O óstio Cárdico é a abertura do esôfago abdominal no estômago, delimitando a região inicial do estômago, a Cárdia. 
Está à altura da 7ª cartilagem costal e possui um Linha Z(Junção Gastroesofágica- região de transição) que separa o 
esôfago da cárdia( estômago). Não possui esfincter cárdico. 
6.2 REFLUXO GASTROESOFÁGICO 
O refluxo Gastroesofágico é perfeitamente justificado, em condições normais: Há uma diferença de pressão entre o 
esôfago e o Estômago. O Esôfago torácico está submetido a uma pressão intratorácica negativa enquanto o estômago 
está submetido a uma pressão intra-abdominal positiva. 
Os fatores que impedem esse refluxo são: vedação causada pelas pregas da mucosa gástrica na região da Linha Z; o 
ângulo do óstio cárdico dificultando o refluxo (seria contra a gravidade, sustentado por fibras musculares oblíquas da 
mucosa gástrica); a atuação do Hiato Esofágico, que com seus coxins adiposos, atua como um esfincter improvisado; 
pressões do diafragma no Hiato,comprimindo-o, e a própria parede do esôfago que colaba, tornando o lúmen uma 
zona de alta pressão e impedindo o refluxo. [ESFINCTER ESOFÁGICO INFERIOR] 
Esse esfincter só relaxa quando o bolo alimentar está passando, voltando a ficar muito contraído. 
HÉRNIA DE HIATO 
 
Um refluxo gástrico gera frouxidão dos ligamentos frenoesofágicos, permitindo que o estômago se 
desloque para cima, impulsionando o suco gástrico para o esôfago. 
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Na Inspiração, não ocorre refluxo – apesar da pressão intratorácica 
diminuir mais ainda e favorecer o refluxo – porque o diafragma se 
contrai e as fibras musculares dele apertam muito mais o esôfago, 
aumentando a pressão ali. 
A disposição das fibras musculares lisas no esôfago e no estômago 
auxiliam no vedamento desse esfincter esofágico inferior. 
6.3 ÓSTIO PILÓRICO 
É uma abertura do canal pilórico para o Duodeno que possui um 
esfincter muscular muito espesso, o esfincter pilórico ou piloro. O 
Piloro é um anel muscular que controla com muit mais precisão a 
passagem de alimento do estômago para o Duodeno, tanto por 
mecanismos de estiramente quanto por quimiorreceptores. 
6.4 VISTA INTERNA 
O estômago possui sua mucosa enrugada, sendo denominada “Pregas Gástricas”. As pregas da região do fundo são 
menores e mais delicadas, enquanto as do corpo são bem proeminentes. Há uma espécie de canal com pregas mais 
longitudinais e menos proeminentes ao longo da curvatura menor, por onde passam os líquidos, esse é o Canal 
Gástrico. Assim, os líquidos entram e vão direto para o Antro pilórico, enquanto os sólidos se concentram no corpo do 
estômago. 
O Antro eo Canal pilórico quase não tem pregas. 
6.5 VASCULARIZAÇÃO DO ESTÔMAGO 
Irrigação Arterial: Tronco Celíaco (A. Gástrica Esq. 
A. Esplênica e A. Hepática comum); 
Artéria Gástrica esquerda se origina diretamente 
do Tronco Celíaco. 
A A. Esplênica origina as Aa. Gástricas curtas 
e a A. Gastroomental esquerda. 
A A. Hepática origina a A. Gástrica direita e a A. 
Gastroduodenal, esta última origina a A. 
Gastroomental direita. 
>> ARTÉRIA GÁSTRICA ESQUERDA 
É o menor ramo do Tronco Celíaco (tronco arterial que sai direto da aorta abdominal). Sobe até a área cárdica do 
estômago e origina ramos esofágicos. Emite ramos que irrigam toda a área ao redor da curvatura menor do estômago 
e se anastomosam com os ramos da A. Gástrica Direita mais ou menos na incisura angular. 
>> ARTÉRIAS GÁSTRICAS CURTAS 
São vasos arteriais que irrigam o fundo do estômago, originadas ao longo da curvatura maior. Se originam da A. 
Esplênica e passam pelo ligamento gastroesplênico para irrigar o óstio cárdico e todo o fundo gástrico. 
Se anastomosam com ramos da A. Gástrica Esquerda. 
>> ARTÉRIA GASTRO-OMENTAL ESQUERDA 
É o maior ramo da A. Esplênica, surge no hilo do Baço, passa pelo ligamento gastroesplênico e se anastomosa com a 
A. Gastro-omental Direita. 
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Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
Emite ramos que irrigam o fundo e todo o corpo do estômago. 
 
>> ARTÉRIA GÁSTRICA DIREITA 
Origina-se geralmente da A. Hepática Comum, emite ramos que irrigam a superfície anterior e posterior do estômago, 
se anastomosando com a A. Gástrica Esquerda. 
>> ARTÉRIA GASTRODUODENAL 
Origina-se da A. Hepática Comum na altura da primeira parte do Duodeno. Dá origem à artéria Gastro-omental direita. 
>> ARTÉRIA GASTRO-OMENTAL DIREITA 
Origina-se da A. Gastroduodenal, passa abaixo do Piloro e segue a curvatura maior. Se anastomosa com a A. Gastro-
omental Esquerda. Está bem ao lado do Piloro, emite ramos gástricos e omentais. 
>> ARTÉRIAS PILÓRICAS 
As artérias pilóricas são ramos das artérias gástrica direita e gastro-omental direita. Perfuram o duodeno após o 
esfíncter e passam através da túnica muscular para a submucosa, onde se dividem em dois ou três ramos. Os últimos 
retornam para o canal pilórico abaixo da mucosa e seguem até o final do antro pilórico: eles suprem toda a mucosa 
do canal pilórico. 
Ramos das artérias da submucosa da região pilórica podem se 
anastomosar próximo à sua origem com as artérias da submucosa do 
duodeno, e seus ramos terminais também se anastomosam com artérias 
gástricas do antro pré-pilórico. 
O esfíncter pilórico é suprido pelas artérias gástricas e pilóricas por ramos 
que saem de seus vasos originais nos níveis da região subserosa e da 
submucosa para penetrar o esfíncter. 
#ANASTOMOSES ARTERIAIS DO ESTÔMAGO 
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Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
Existem várias anastomoses arteriais no estômago e nos órgãos adjacentes. 
Há uma anastomose entre as A. Esofágicas(originadas da Aorta Torácica) e as A. Gástrica Esquerda (que suprem o óstio 
cárdico). 
Há também extensa rede anastomósica no óstio pilórico, com varios ramos arteriais que irrigam a parte do Duodeno. 
As artérias gastro-omentais direita e esquerda e as artérias gástricas esquerda e direita se anastomosam livremente 
entre si ao longo das curvaturas gástricas maior e menor. 
Anastomoses também se formam entre as artérias gástricas curtas e gástrica esquerda na região do fundo e entre as 
artérias gástrica direita e gastro-omental direita na região do antro 
Essas anastomoses são importantes para que o fluxo de sangue pela mucosa e submucosa do órgão continue 
independente se algum vaso sofreu obstrução (ALTA RESISTÊNCIA À ISQUEMIA). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.6 DRENAGEM VENOSA DO ESTÔMAGO 
Rica rede venosa submucosa correspondentes às artérias e que drenam diretamente para a Veia Porta ou passam 
pelas Veias Esplênica ou Mesentérica Superior. Mesmo nome das Artérias. 
>> VEIAS GÁSTRICAS CURTAS 
Drenam o fundo gástrico e a parte superior da curvatura maior para a veia Esplênica. 
>> VEIA GASTRO-OMENTAL ESQUERDA 
Drena o parede anterior e posterior do corpo do estômago e o Omento Maior. Desemboca na Veia Esplênica. 
>> VEIA GASTRO-OMENTAL DIREITA 
Drena o Omento Maior, a parte inferior do corpo e o antro do estômago. Desemboca na Veia Mesentérica Superior. 
Pode receber a V. Pancreaticoduodenal antes de desembocar na V. Mesentérica Superior. 
>> VEIA GÁSTRICA ESQUERDA 
Drena a parte superior do corpo e o fundo do estômago. Passa pela curatura menor, vai até o Hiato Esofágico e recebe 
veias Esofágicas inferiores. Desemboca diretamente na Veia Porta. 
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>> VEIA GÁSTRICA DIREITA 
Segue a curvatura menor, recebe a veia Pré-pilórica, drena o piloro. Desemboca diretamente na Veia Porta. 
>> VEIAS GÁSTRICAS POSTERIORES 
Múltiplos vasinhos que acompanham a artéria Gástrica Posterior e desembocam na V. Esplênica. 
6.7 INERVAÇÃO DO ESTÔMAGO 
O Estômago é inervado por fibras nervosas SIMPÁTICAS e PARASSIMPÁTICAS. 
6.7.1 INERVAÇÃO SIMPÁTICA DO ESTÔMAGO 
Nervos Esplênicos maior e menor via Plexo Celíaco. Possui inervação adicional vinda do Plexo Hepático para inervar a 
parte superior do corpo e o fundo do estômago. 
Os Nervos gástricos simpáticos causam vasoconstrição e inibem a musculatura gástrica. Os nervos simpáticos do Piloro 
causam contração muscular e, consequentemente, constrição pilórica. 
6.7.2 INERVAÇÃO PARASSIMPÁTICA DO ESTÔMAGO 
Nervo vago anterior e posterior. O Nervo Vagal Anterior possui 
fiibras nervosas vindas do nervo vago esquerdo(plexo 
esofágico) e inerva principalmente o óstio cárdico. O nervo está 
posicionado na musculatura externa da parte abdominal do 
esôfago e se divide próximo à extremidade esofágica da 
curvatura menor em ramos gástricos e pilóricos/hepáticos. Os 
ramos gástricos anteriores superiores se irradiam sobre a parte 
superior do corpo e do fundo. 
O nervo Vagal posterior tende a se dispor mais medialmente 
do que o anterior, e está frequentemente a uma curta distância 
da parede da parte abdominal do esôfago. Ele produz dois 
grupos principais de ramos, gástricos e celíacos. Os ramos 
gástricos se originam e em seguida seguem posterior ao óstio 
cárdico e da parte superior do corpo do estômago. 
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Não ocorre um plexo verdadeiro sobre as superfícies gástricas anterior ou posterior, mas plexos estão presentes na 
submucosa e entre as camadas da túnica muscular externa. 
Os Nervos parassimpáticos gástricos estimulam a secreção da 
mucosa gástrica e ativa a musculatura da parede do 
estômago. Relaxa o músculo do esfincter pilórico para o 
esvaziamento do estômago. 
7. INTESTINO DELGADO 
O Intestino Delgado é subdividido em 3 partes: Duodeno, 
Jejuno e Íleo (sendo mais identificado como Duedeno e 
Jejuno-Íleo). Vai do piloro até o óstio ileal(Valva Ileocecal). 
Possui partes retroperitoneais(que estão entre o peritônio e a 
parede abdominal, fora da cavidade abdominal propriamente 
dita que está livre no líquido peritoneal) e partes 
peritonizadas(parcialmente livres na cavidade abdominal). 
Não é totalmente livre na cavidade do abdôme porque está 
preso á parede abdominal posterior pelo Mesentério. 
Possui uma proteção adicional de suas alças intestinais pelo Omento Maior, que lembra um avental, lenço que cobre 
livremente o intestino delgado. 
7.1 DUODENO 
“Duodeno” em Latim é “12 dedos” que é seu comprimento aproximado. 
É a parte mais curta, com maior calibre e com posição facilmente 
identificável.A maior parte do Duodeno é retroperitoneal, mas as 
partes proximais são peritonizadas. Possui forma de “C” e está na altura 
da L1-L3, abraçando a cabeça do pâncreas. 
Está totalmente acima do umbigo e é subdivido em: 
I. PARTE SUPERIOR 
Forma a continuação inicial do canal pilórico, termina na flexura 
duodenal superior e é a parte mais móvel do Duodeno(facilmente 
insuflada, chama Capuz Duodenal) e a mais peritonizada. O Omento 
Menor e o Lig. HepatoDuodenal estão fixos na sua margem superior e o 
Omento Maior na margem inferior. 
Posterior a parte superior do Duodeno está a A. 
Gastroduodenal, o Ducto Colédoco e a V. Porta. Anterior a 
essa parte está a Vesícula Biliar. 
II. PARTE DESCENDENTE 
Se inicia da flexura duodenal superior e vai até a flexura 
duodenal inferior, é retroperitoneal. Está posterior á Vesícula 
Biliar e ao Cólon Transverso (Intestino Grosso). Uma parte do 
Omento Maior (Lig. Gastrocólico) e do Mesocólon transverso 
estão fixos na parede anterior da parte descendente do 
Duodeno. Como essas estruturas que fixam o Cólon à parede 
abdominal posterior estão presas nessa parte do Duodeno, é 
muito perigoso lesionar essa parte em cirurgias que precisa 
ficar movendo o Intestino Grosso. 
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A parte medial da porção descendente do Duodeno que faz a curvinha está aderida a cabeça do Pâncreas, abraçando-
a e recebendo o Ducto Colédoco e o Ducto Pancreático Comum que desembocam na Papila Duodenal Maior. Pode ter 
variação e esses ductos (Ducto Pancreático Acessório) desembocarem em uma papila duodenal menor logo acima da 
mais comum. 
III. PARTE HORIZONTAL 
Inicia na flexura duodenal inferior, atravessa anteriormente 
a V. Cava Inferior e se une a parte ascendente bem anterior 
à Aorta Abdominal. Está posterior ao mesocólon transverso, 
à origem do mesentério do intestino delgado e aos vasos 
mesentéricos superiores( A. e V. Mesentéricas Superiores). 
Está Anterior a V. Cava Inferior, a Aorta Abdominal e ao início 
da A. Mesentérica Inferior. É retroperitoneal. 
IV. PARTE ASCENDENTE 
Está a esquerda da Aorta Abdominal e vai até a flexura 
duodenojejunal. É anterior a V. Mesentérica Inferior (a 
flexura duodenojejunal é um reparo anatomico importante 
para identificar essa veia). 
Essa flexura é sustentada por um forte ligamento formado 
por uma prega dupla de peritônio (Lig. Suspensor do 
Duodeno) para que fique nessa posição e que pode conter 
um músculo, o Músculo Suspensor do Duodeno. É o local 
onde o Duodeno faz uma cura para sair da parte retroperitoneal para ser peritonizado e continuar com o Jejuno. 
7.1.1 VASCULARIZAÇÃO E DRENAGEM DO DUODENO 
Irrigação: Aa. Pancreaticoduodenais superiores e inferior 
(Sistema PancreáticoDuodenal). 
Rede anastomósica que pode ter contribuição das Aa. 
Gástricas, supraduodenal, gastroomentais, hepática e 
gastroduodenal; irriga todo o Duodeno e a cabeça do 
Pâncreas. 
Quando há tumores na cabeça do Pâncreas ou no Duodeno 
etc, a lesão da A. Gastroduodenal gera hemorragia intensa, 
sendo chamada de “Artéria da Hemorragia”. 
 
>> ARTÉRIAS PANCREATICODUODENAIS SUPERIORES 
 
Geralmente existem 2, uma anterior e outra posterior. A A. 
PancreaticoDuodenal Superior Anterior é ramo da A. 
Gastroduodenal e se anastomosa com a A. 
PancreáticoDuodenal Inferior anteriormente. 
A A. PancreaticoDuodenal Superior Posteror também é um ramo da A. Gastroduodenal, mas passa posterior a cabeça 
do Pâncreas e se anastomosa com a A. PancreaticoDuodenal Inferior posteriormente. 
Ambas irrigam também a cabeça do Pâncreas. 
>> ARTÉRIA PANCREATICODUODENAL INFERIOR 
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Surge da A. Mesentérica Superior e emite 2 ramos, anterior e posterior. Supre o Duodeno e a cabeça do Pâncreas. 
Drenagem Venosa: Vv. PancreaticoDuodenais Superiores e Inferiores ( Veias Duodenais). 
A Superior drena direto para a V. Porta e a Inferior drena para a V. Mesentérica Superior. 
Inervação: Plexo Celíaco 
 
 
 
 
 
 
1.1 JEJUNO E ÍLEO 
Sua parede é mais espessa que a do íleo(é mais grosso) e tem maior suprimento arterial (coloração mais avermelhada 
in vivo). As alças jejunais ficam localizadas mais a esquerda da linha mediana e mais superior a linha do umbigo. 
Traçando uma reta oblíqua imaginária entre o gradil costal direito e a espinha ilíaca anterosuperior, delimita-se mais 
ou menos onde ficam o Jejuno e o Íleo(O jejuno no triangulo superoesquerdo e o íleo no triângulo inferodireito). 
O Jejuno é mais móvel e totalmente peritonizado. Está fixo a parede abdominal posterior pelo Mesentério. As arcadas 
arteriais(Arcos anastomósicos arteriais no interior do mesentério) são mais longas do que as do íleo. 
O íleo possui uma parte final que é chamada de íleo terminal e que desemboca no Ceco por meio do Óstio 
Ileal(localizado na fossa ilíaca direita). Este óstio possui um esfincter, chamado Valva Ileocecal. Possui muitos 
agregados linfoides palpáveis. 
# VASCULARIZAÇÃO JEJUNO-ÍLEO 
Irrigação: Aa. Jejunoileais (ramos da A. Mesentérica Superior). 
Formam uma rede anastomósica (arcadas arteriais) em todo o Mesentério, suprindo o Jejuno e o Íleo. 
>> ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR 
 
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Surge diretamente da Aorta Abdominal, bem abaixo do Tronco Celíaco. O ângulo de origem dessa artéria é agudo 
(corre paralela a Aorta), o que dificulta o fluxo sanguíneo para ela. Abaixo desse ângulo agudo passa a Veia Renal (pode 
ocorrer um movimento de pinça e dificultar a drenagem venosa do testículo, gerando Varicocele). 
Passa anterior a parte horizontal do Duodeno, a V. Cava Inferior; e posterior a V. Esplênica e ao corpo do Pâncreas. O 
diametro da A. Mesentérica Superior vai diminuindo após emitir seus ramos e depois se anastomosa com a A. 
Ileocólica. 
RAMOS: A. Ileocólica, A. Cólica Direita, A. Cólica Média e Aa. Jejunoileais. 
Os ramos JejunoIleais se originam da margem esquerda da A. Mesentérica Superior e formam alças anastomósicas 
dentro do mesentério. Como o mesentério é mais comprido na parte do Íleo, esses ramos conseguem formar alças 
(anéis, círculos) mais numerosas até chegar ao íleo, mas menores; assim as alças anastomosicas do Jejuno estão em 
menor número mas apresentam maior calibre. 
Drenagem Venosa: Vv Jejunoileais (drenam para a V. Mesentérica Superior). 
>> VEIA MESENTÉRICA SUPERIOR 
Drena todo o intestino delgado, o Ceco, o Cólon Ascendente e Transverso. Está situada a direita da A. Mesentérica 
superior (A cabeça do Pâncreas engloba a V. E a A. Mesentéricas Superiores). 
As tributárias da V. Mesentérica Superior recebem os mesmos nomes dos ramos arteriais da artéria de mesmo nome. 
Recebe também as vv. Gastroomental direita e pancreaticoduodenal. 
Finalmente, desemboca para a V. Esplênica e esta para a V. Porta. 
8. INTESTINO GROSSO 
Se inicia a partir da Papila Ileal (da Valva Ileocecal) até o ânus, como uma moldura do intestino delgado. O início do 
intestino grosso (Ceco) está deitado bem na fossa ilíaca direita e emite um apêndice chamado Apêndice Vermiforme. 
O Intestino Grosso pode ser dividido anatomicamente em: Ceco, Cólon Ascendente, Cólon Transverso, Cólon 
Descendente, Cólon Sigmoide e Reto. 
O Ceco (etmologia: Cego) é a parte inicial do Intestino Grosso e está na fossa ilíaca direita. Possui o Apêndice 
Vermiforme e a Valva Ileocecal desembocando nele. Torna-se ascendente (Cólon Ascendente) à direita do intestino 
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delgado, faz a Flexura Hepática (Flexura 
direita) e se torna o Cólon Transverso. O 
Cólon Transverso segue meio curvado para 
baixo até a Flexura Esplênica (Flexura 
esquerda). 
Após a Flexura Esplênica, o Cólon Transverso 
se torna o Cólon Descendente que desce ao 
lado esquerdo do intestino delgado. Este 
torna-se o Cólon Sigmoide (Em forma de S) 
na fossa ilíaca esquerda. O Cólon sigmoide 
desce até a pelve e vira o Reto. 
O calibre do Intestino Grosso varia, sendo 
maior na parte do Ceco e do Cólon 
Ascendente e diminuindo na parte do Cólon 
Sigmoide(aqui fica mais ou menos igual ao 
intestino delgado). 
O Intestino Grosso tem menos motilidade(é mais fixo a parede abdominal posterior por meio do Mesocólon) e possui 
três faixas de músculos longitudinais ao longo do seu comprimento: as Tênias do Cólon. 
Possui Apêndices Epiplóicos (Epiplóicos é relativo ao Epíploo, ou seja, ao Omento, por isso podem ser chamados de 
Apêndices Omentais) que são aglomerados de tecido adiposo inútil. Possui também Haustrações (saculações, 
bolsinhas) que são formadas pela tênia do cólon. Ao nível da junção retossigmóidea, as tênias formam faixas anterior 
e posterior distintas. Estas faixas se unem para formar uma completa cobertura muscular longitudinal no reto, o qual 
consequentemente não apresenta saculações (o Cólon Sigmoide tem as Haustrações mais marcadas). O reto também 
não apresenta apêndices epiplóicos. 
O Intestino Grosso tem partes retroperitoneais e partes peritonizadas que estão suspensas por mescólon. As partes 
suspensas por mesocólon são: Ceco, Flexura Hepática, Cólon Transverso, Flexura Esquerda, Cólon Sigmoide. 
8.1 VASCULARIZAÇÃO E DRENAGEM DO INTESTINO GROSSO 
Irrigação: A. ileocólica, A. cólica direita e A. cólica 
média (ramos da A. Mesentérica Superior); A. 
cólica esquerda, A. sigmóidea e A. retal superior 
(ramos da A. Mesentérica Inferior); 
As artérias ileocólica, cólica direita e cólica média 
irrigam o Ceco, o Apêndice Vermiforme, o Cólon 
Ascendente e metade direita do Cólon Transverso. 
As artérias cólica esquerda, sigmóidea e retal 
superior irrigam a metade esquerda do Cólon 
Transverso, o Cólon descendente, o Cólon 
Segmóide e a parte superior do Reto. [as outras 
partes do reto são artérias ilíacas]. 
# RESUMO 
• Artéria íleo-cólica: parte terminal do íleo e 
parte do ceco. 
• Artéria cólica direita: irriga todo o colo ascendente e a flexura hepática (Arco anastomótico entre a íleo-cólica 
e a cólica direita). 
• Artéria cólica média: irriga da flexura hepática até o ponto médio do cólon transverso (metade direita). 
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• Artéria cólica esquerda: irriga a parte 
esquerda do cólon trasnverso, a flexura 
esplênica e todo o cólon descendente. 
• Artérias sigmoideias: irrigam o cólon 
sigmoide. 
• Artéria retal superior: irriga o reto. 
>> ARTÉRIA MESENTÉRICA INFERIOR 
Surge diretamente da Aorta Abdominal logo 
abaixo a A. Mesentérica Superior. Possui um 
calibre menor que esta, mas supre desde a 
metade esquerda do Cólon Transverso do 
Intestino grosso até a parte superior do Reto. 
Desce à esquerda da Aorta Abdominal e emite 
os seus principais ramos: Aa Cólica Esquerda, 
Sigmóidea e Retal Superior. 
As Aa. Sigmóideas são em número de 2 a 5 que 
saem de um ramo comum e irrigam todo o cólon 
sigmóide. O arco justacólico da região sigmoide é menos definido. 
Drenagem: Veias de mesmo nome das artérias que saem das Vv Mesentéricas Superior e Inferior e drenam para a V. 
Porta. 
>> VEIA MESENTÉRICA INFERIOR 
Drena o reto, o cólon sigmoide, o cólon descendente e a parte esquerda do cólon transverso. Possui veias tributárias 
de mesmo nome das artérias. Está situada a esquerda da A. Mesentérica Inferior e geralmente drena para a Veia 
Esplênica. 
8.2 ARCO JUSTACÓLICO 
As artérias que irrigam todo o intestino grosso se anastomosam formando um grande e único arco anastomósico na 
parede intestinal (JUSTA- CÓLICO) que proporciona circulação colateral. O benefício desse arco é claro: fornecer 
suprimento de oxigênio para todo o intestino grosso mesmo se alguma artéria for obstruída. 
Muitas vezes esse arco apresenta um vaso contínuo que passa colado a parede do intestino grosso e conecta todos os 
ramos das artérias, essa é a “Artéria Marginal”. Há uma parte do arco justacólico que é muito importante, são as 
intensas anastomoses entre a A. Cólica Média e a A. Cólica Esquerda (Arcada de Riolan) que possilitam um contato 
entre as Artérias Mesentéricas inferior e superior. Essa parte do arco é importante porque em casos de obstrução na 
A. Mesentérica Inferior, a Superior consegue suprir por meio da A. Cólica 
Média, toda a parte esquerda do intestino grosso (Com exceção da parte 
superior do reto, apenas). 
8.3 PAPILA ILEAL 
É onde o Íleo desemboca no Ceco. O óstio Ileal tem 2 pregas que o 
recobrem, geralmente semilunares e que lembram lábios. Tem a função de 
impedir o refluxo do quimo da parte cecal para o íleo e também de diminuir 
a passagem de quimo para o ceco quando tem a estimuação simpática 
(situação de luta, diminui a velocidade da digestão). 
8.4 APÊNDICE VERMIFORME 
É um tubo com o diâmetro de um dedo mínimo (lembra muito linguiça de 
frango fininha) que se origina do Ceco e normalmente fica posterior a ele 
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ou ao Cólon Ascendente, ou na pelve. Tem grande mobilidade e possui função imunológica pouco espressiva pois 
trata-se de uma estrutura vestigial. 
O Apêndice fica bem no início da Tênia Cecal (ponto de reparo anatomico-cirúrgico). Possui um curto mesoapêndice 
e um lúmen muito estreito que sse abre para o Ceco por um óstio recoberto por uma prega. O tamanho desse óstio 
está muito relacionado ao risco de apendicite aguda, pois quanto menor o óstio maior a pressão dentro do apêndice 
(lúmen obstruído pelo aumento do tecido linfoide decorrente de uma infecção). 
É suprido por anastomoses arteriais e pela A. Apendicular que é um ramo terminal da A. Ileocólica. 
9. FÍGADO 
O fígado é uma viscera 
enorme que ocupa muita 
parte da cavidade 
abdominal superior, se 
estendendo além da linha 
mediana para o lado 
esquerdo. Possui 5 faces: 
Face Superior, Face 
Anterior, Face Direita, Face 
Posterior e Face Inferior. As 
faces superior, anterior e 
direita são contínuas, sem 
divisão visível e por isso são 
chamadas de Face 
Diafragmática. 
I. FACE 
DIAFRAGMÁTICA: SUPERIOR, ANTERIOR E DIREITA 
A face superior é a maior face do fígado e está abaixo da cúpula direita do diafragma, adquirindo a forma arredondada. 
Possui uma área triangular que não está coberta por peritônio visceral, chamada Área Nua do Fígado (entre as duas 
lâminas do ligamento Falciforme). Tem uma parte que chega a ficar embaixo da cúpula esquerda do diafragma. 
A face anterior é peritonizada, exceto na parte do Ligamento Falciforme. Também é coberta pelo Diafragma (porção 
final). 
A face direita é peritonizada, está bem protegida pelo Gradil Costal. 
II. FACE VISCERAL: POSTERIOR E INFERIOR 
A face posterior não é lisa, tem bastante impressões dos órgãos adjacentes. A maior parte da face posterior é 
desprovida de peritônio pois está fixa ao diafragma por tecido conjuntivo frouxo (Lig. Coronal) que delimita a Área 
Nua do Fígado (triangular). 
Essa Área Nua contém a Veia Cava Inferior que corre adjacente ao fígado pelo Sulco da Veia Cava Inferior(mas não 
penetra no fígado). A esquerda da V. Cava Inferior está o Lobo Caudado do fígado, que é recoberto parcialmente por 
peritônio contínuo com ligamentos de fixação. A esquerdadesse Lobo está o Ligamento Venoso, que é o Ducto Venoso 
obliterado (shunt – levava sangue rico em oxigênio para a V. Porta Inferior). 
A face posterior do lobo hepático esquerdo encontramos uma impressão causada pela parte abdominal do esôfago e 
outra pelo fundo gástrico. 
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A face inferior é delimitada pela margem inferior do fígado e possui uma fissura bem funda e grande que contém o 
Ligamento Redondo (Veia Umbilical esquerda fetal obliterada, levava sangue rico em oxigênio para o Ducto Venoso). 
À direita dessa fissura está uma fossa, a Fossa da Vesícula Biliar. Entre essas estruturas está o Lobo Quadrado do 
Fígado. 
9.1 LOBOS HEPÁTICOS 
O Fígado é dividido em 4 Lobos: Lobo Hepático Direito, Lobo Hepático Esquerdo, Lobo Caudado e Lobo Quadrado. 
O Lobo Hepático Direito é maior lobo, está separado lobo hepático esquerdo pelo ligamento falcifrme e pelo 
ligamento venoso. Possui protuberâncias que são os lobos caudado e quadrado, bem como a Vesícula biliar em sua 
fossa. 
O Lobo Hepático Esquerdo é o menor lobo, ém ais fino que o Lobo Direito e tem um ápice que atravessa a linha 
mediana indo para a esquerda. 
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O Lobo Quadrado é uma proeminência que fica 
entre o Ligamento Redondo e a Vesícula Biliar. 
Está anterior à V. Porta. 
O Lobo Caudado é uma proeminência delimitada 
pela Fissura do Ligamento Venoso e pela V. Cava 
Inferior. Está posterior a V. Porta e é 
funcionalmente independente. 
9.2 SEGMENTOS HEPÁTICOS 
É uma divisão que leva em consideração a 
anatomia e a fisiologia das partes do Fígado por 
meio da ramificação da Veia Porta e das Veias 
Hepáticas que saem da V. Cava Inferior. A divisão 
ocorre por meio da interssecção dos caminhos 
dessas veias, gerando 8 segmentos (o segmento IV 
ainda se subdivide em subsegmentos a e b) nomeados no sentido horário. 
O caminho das Veias Hepáticas (Direita, Média e Esquerda) são mais ou menos equivalentes às Fissuras Portais (Direita, 
Principal e esquerda). A Fissura Portal Principal é o mesmo caminho da V. Hepática Média, que vai do meio da Vesícula 
Biliar até o ponto médio da Veia Cava Inferior, dividindo o fígado em metade direita e metade esquerda. 
A Fissura Portal Esquerda acompanha a V. Hepática Esquerda e divide a metade esquerda do fígado em medial e 
lateral. Vai do ponto médio da margem inferior esquerda do fígado até a margem esquerda da V. Cava Inferior. 
 
 
A Fissura Portal Direita divide a metade direita do fígado em lateral e medial. Segue o caminho da V. Hepática Direita. 
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9.3 LIGAMENTOS E FIXAÇÕES DO FÍGADO 
Os ligamentos do Fígado o fixam na parede abdominal anterior, ao diafragma e a outras vísceras abdominais. São 
divididos em Ligamento Falciforme, Ligamento Coronário, Ligamentos Triangulares, Ligamento Venoso e Omento 
Menor. 
I. LIGAMENTO FALCIFORME 
Prende o fígado a parede anterior do abdôme, formado por 2 lâminas de peritônio que se fixam na linha alba. Na parte 
superior da face diafragmática, é contínuo com o Lig. Coronário, se afilando até a margem inferior. Na margem inferior 
livre do lig. Falciforme segue o Lig. Redondo até a cicatriz umbilical. No caso da Hipertensão Portal, essa Veia Umbilical 
Obliterada se abre (na vida fetal ela abria um ramo na V. Porta). 
II. LIGAMENTO CORONÁRIO 
Formado pela reflexão do peritônio parietal da face abdominal do diafragma em peritônio visceral. Entre as duas 
lâminas desse ligamento há a Área Nua. 
III. LIGAMENTO VENOSO 
Corresponde a uma veia obliterada que ficava entre o ramo esquerdo da veia porta e a veia hepática esquerda durante 
a vida fetal. 
IV. OMENTO MENOR 
É uma prega peritoneal que vai da curvatura menor do estômago e da parte superior do duodeno até a face inferior 
do fígado. A sua inserção no fígado é contínua com as lâminas serosas dos outros ligamentos. 
9.4 HILO HEPÁTICO 
O Hilo Hepático possui forma de H, com o lobo quadrado, lobo caudado, V. Cava Inferior, V. Porta, A. Hepática, Vesícula 
Biliar e Ductos Hepáticos (Biliares). 
 
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9.5 VASCULARIZAÇÃO E DRENAGEM DO FÍGADO 
Os vasos que entram no Fígado são a V. Porta, a A. Hepática e as Vv Hepáticas. As V. Hepáticas drenam para a V. Cava 
Inferior, enquanto as V. Porta e a A. Hepática adentram no Hilo Hepático pelo ligamento Hepatoduodenal. O Ducto 
colédoco também está contido nesse ligamento (esse ligamento forma o Omento Menor). 
Irrigação: A. Hepática Própria. 
A A. Hepática Própria é o ramo principal da A. 
Hepática Comum. Esta é o maior ramo do Tronco 
Celíaco e também emite ramos antes da A. 
Hepática Própria, os ramos dasartérias 
Gastroduodenal e Gástrica Direita. A A. Hepática 
Própria está anterior a V. Porta e Medial (à 
esquerda) do Ducto Colédoco no Lig. 
Hepatoduodenal. 
Ao entrar no Hilo Hepático, a A. Hepática Própria se 
bifurca em A. Hepática Direita e A. Hepática 
Esquerda. A A. Hepática Direita normalmente 
emite o ramo para a A. Cística que nutre a Vesícula 
Biliar. 
Drenagem: V. Hepática Direita, V. Hepática Intermédia e V. Hepática Esquerda (V. Cava Inferior); V. Porta (Sistema 
Portal); 
O Sistema Portal drena o sangue do TGI e de todas as vísceras abdominais e leva para o fígado desintoxicar. A maior 
parte dos nutrientes chegam ao fígado pela V. Porta e não pelas artérias (nutrientes=glicose, diferente de oxigênio). 
O Sistema Venoso Hepático drena o sangue desoxigenado e desintoxicado do parênquima hepático para a V. Cava 
Inferior. 
 
 
LIG. 
VENOSO 
LIG. 
REDONDO 
V. 
CAVA 
INF. 
VESÍCULA 
BILIAR 
V. 
PORTA 
A. HEPÁTICA 
PRÓPRIA 
DUCTO 
COLÉDOCO 
Lobo 
caudado 
Lobo 
quadrado 
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>> VEIA PORTA 
A Veia Porta é formada pelas Vv. Mesentérica Superior e Esplênica. Está anterior a V. Cava Inferior e posterior ao colo 
do Pâncreas. Outras veias que desembocam na V. Porta são a V. Gástrica Esquerda e a V. Pancreaticoduodenal Superior 
Posterior. 
Ao entrar no Hilo Hepático, divide-
se horizontalmente em dois ramos 
principais, direito e esquerdo. Os 
ramos direitos e esquerdos da V. 
Porta se dispõem no parênquima 
como garras que ascendem 
juntamente com ramos biliares e 
arteriais hepáticos. Essa 
ramificação é muito importante 
para a ressecação cirúrgica e 
transplantes. 
>> VEIAS HEPÁTICAS 
A V. Hepática Direita é a maior das 
V. Hepáticas e pode ter dois 
TRÍADE HEPÁTICA: Elementos do pedículo hepático que adentram no hilo. A. Hepática 
Própria + V. Porta + Ducto Hepático Comum 
 
TRÍADE PORTAL: Elementos intra-hepáticos. A. Hepática (ramos, direita e esquerda) + 
Ramo da V. Porta + Ducto Biliar Hepático 
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troncos principais que desembocam na V. Cava Inferior. Território de Drenagem: Entre o ângulo direito do fígado e a 
fossa da vesícula biliar. 
A V. Hepática Intermédia divide o fígado mais ou menos em metade esquerda e metade direita. Geralmente une-se a 
um tronco comum a V. Hepática Esquerda que desemboca na V. Cava Inferior. Território de drenagem da V. Hepática 
intermédia: margem esquerda do ligamento falciforme e a fossa da vesícula biliar. 
Território de drenagem da V. Hepática Esquerda: margem direitado ligamento falciforme até o ângulo hepático 
esquerdo. 
10. VESÍCULA BILIAR 
A Vesícula Biliar é um saquinho que armazena bile nos 
períodos de jejum e está conectada a um sistema de ductos 
biliares intra-hepáticos e extra-hepáticos. Está situada na 
fossa da Vesícula Biliar na face visceral do fígado (Lobo 
direito). 
10.1 DUCTOS BILIARES 
Os ductos hepáticos (ductos biliares intrahepáticos) 
carregam a bile produzida pelo fígado ao longo do caminho 
feito pela Tríade Portal. Formam ductos principais direito e 
esquerdo que se juntam e formam o Ducto Hepático 
comum no hilo. O Ducto Hepático comum recebe o Ducto 
Cístico (espiral, cheio de válvulas císticas) vindo da vesícula 
biliar e forma o Ducto Colédoco. Esse último junta-se ao 
Ducto Pancreático Principal para formar a Ampola 
Hepatopancreática, desembocando na Papila Duodenal 
Maior. 
Os ductos biliares em geral tem calibre maior que as artérias 
e maior que o ducto pancreático principal. O Ducto 
Colédoco é bem grosso e é o componente mais lateral à 
direita no ligamento Hepatoduodenal dissecado. Ele passa 
posterior a parte superior do Duodeno e a cabeça do 
Pâncreas. O a parte final do Ducto Colédoco (possui um 
músculo circular tipo esfincter) se funde ao ducto 
Pancreático formando a Ampola Hepatopancreática, que 
também possui camadas circulares de músculo parecendo 
um esfincter. A existência desses “esfincters” em ambos os 
ductos permite o esvaziamento independente da bile ou do 
suco pancreático. 
Quando há estímulo de produção de bile e suco pancreático, 
a pressão sobre o esfíncter faz com que ele se abra, 
enquanto quando para essa secreção, ela se fecha. Após a 
digestão, fechado o esfíncter, ocorre refluxo da bile. A 
vesícula movimenta-se, para vencer a gravidade, permitindo que a bile passe pelo ducto cístico e atinja o ducto 
colédoco. Após isso, ela volta a sua posição normal, mantendo armazenada a bile. 
>> ARTÉRIA CÍSTICA 
É ramo da A. Hepática Direita e é muito fininha, muito mais que o ducto cístico ou outra artéria. 
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Irriga toda a vesícula biliar, por isso, caso haja obstrução nessa artéria, ocorre isquemia da vesícula e deve-se retirar 
cirurgicamente. 
11. PÂNCREAS 
O Pâncreas é uma glândula acessória do TGI que realiza funções endócrinas e exócrinas(mais importante aqui). Ele 
tem aspecto lobuladinho, como glândulas mesmo (as vezes amarelado, parecendo gordura). 
Pode ser dividido em cabeça, colo, corpo e cauda. Possui também um lobo acessório, o processo Uncinado que é 
anatomo e embriologicamente distinto( é a ponta da curva da cabeça do pâncreas). Está localizado dentro da curvatura 
inicial do Duodeno, abraçando-o. O corpo está um pouco superior a cabeça e a cauda está na frente do hilo do baço. 
Todo o Pâncreas está posterior ao estômago (retroperitoneal). 
O Pâncreas possui um tecido exócrino que drena para vários ductos 
lobulares. Estes drenam para um ducto maior que percorre todo o órgão, 
desde a cauda até a cabeça do Pâncreas, o Ducto Pancreático. O Ducto 
Pancreático se junta com o Ducto Colédoco para formar a Ampola 
Hepatopancreática que desemboca na Papila Duodenal Maior. 
I. CABEÇA DO PÂNCREAS 
Está no lado direito do abdôme abraçando o Duodeno. É a parte mais 
espessa e larga do Pâncreas, estando mergulhada na parede do duodeno e 
compartilhando a irrigação arterial (arcos anastomósicos entre as artérias 
Pancreáticoduodenais anteriores, posteriores, superiores e inferiores que 
nutrem as duas estruturas). 
II. COLO DO PÂNCREAS 
É a parte mais anterior do Pâncreas, está anterior a V. Porta e engloba a A. 
e V. Mesentérica Superior. 
CÁLCULOS BILIARES 
O Cálculo Biliar pode cair no ducto cístico e irritar a mucosa colunar, gerando espasmo do músculo da 
parede do ducto e, consequentemente, causando a cólica biliar. Caso esse cálculo caia no ducto 
colédoco, pode atingir a ampola hepatopancreática, intupindo-a. Com isso, o suco pancreático não é 
eliminado para o lúmen do duodeno, ficando retido no ducto pancreático e, consequentemente, 
danificando o tecido do Pâncreas (muito alcalino, escapa do ducto) e gerando a perigosa Pancreatite. 
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III. CORPO DO PÂNCREAS 
É a parte mais longa, estende-se pelo lado esquerdo do 
abdôme. A margem superior do corpo do Pâncreas está 
relacionada com o Tronco Celíaco e a A. Esplênica descreve um 
trajeto tortuoso seguindo sua margem superior. 
IV. CAUDA DO PÂNCREAS 
É a parte mais afilada e a mais superior do órgão, está próxima 
ao hilo esplênico (baço). 
11.1 VASCULARIZAÇÃO 
Irrigação: A. Pancreáticoduodenal Inferior (cabeça do 
Pâncreas, origina da A. Mesentérica Superior); A. 
Pancreáticoduodenal Superior (ramo da a. Gastroduodenal e 
se anastomosa com a A. Pancreáticoduodenal Inferior); Ramos 
Pancreáticos de A. Pancreáticas; A. Esplênica (corpo e cauda). 
Drenagem: V. Pancreáticoduodenais superior e inferior 
(cabeça e colo, drenam para a V. Porta); V. Esplênica (corpo e 
cauda). 
Obs: Ressecação do Pâncreas – muito complicada. Há várias 
anastomoses na cabeça do Pâncreas com o Duodeno que 
dificulta ao máximo a separação desses componentes. Há 
estruturas importantes passando junto, como a V. Esplênica, a 
A. Esplênica e os vasos Mesentéricos Superiores. Devido a isso, 
câncer de Pâncreas é muitas vezes descontrolado porque pode 
cair em qualquer um desses vasos e sofrer metástases. 
 
 
 
Branda
Destacar
Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXTRA¹: AORTA ABDOMINAL 
O suprimento arterial para o trato 
gastrointestinal é derivado dos ramos viscerais 
da linha média anterior da aorta. Geralmente 
existem três ramos anteriores: o tronco celíaco e 
as artérias mesentéricas superior e inferior. O 
tronco celíaco e seus ramos suprem o trato 
gastrointestinal desde o terço distal do esôfago 
até a parte média do duodeno e todos os anexos 
derivados (fígado, árvore biliar, baço, pâncreas 
dorsal, omento maior e omento menor). A 
artéria mesentérica superior supre o trato desde 
a segunda parte do duodeno até o terço distal do 
cólon transverso (jejuno, íleo, ceco, apêndice, 
cólon ascendente e mesentério ileal). A artéria 
mesentérica inferior supre o trato desde o cólon 
transverso distal até o segmento superior canal 
anal. 
 
Branda de Oliveira de Lima – MED LVI 
 
 
EXTRA²: REGIÕES DO ABDÔME 
O abdome pode ser dividido em nove regiões arbitrárias pelos planos 
subcostal e transtubercular e dois planos medioclaviculares projetados 
na superfície do corpo. Essas regiões são utilizadas na prática para a 
localização descritiva da posição de uma massa ou a localização da dor 
do paciente e também pode ser utilizado na descrição da localização 
de uma víscera abdominal. As nove regiões assim formadas são: 
epigástrio; hipocôndrio direito e esquerdo; central ou umbilical; 
lombar direita e esquerda; hipogástrio ou suprapúbico; fossas ilíacas 
direita e esquerda. 
O limite superior da parede abdominal anterior é formado por vários 
marcos anatômicos claros. Na 
linha mediana superiormente 
localiza-se o processo xifoide. 
A partir deste ponto, as 
margens costais estendem-se 
para ambos os lados da sétima cartilagem costal na articulação xifoesternal até 
a extremidade anterior da décima segunda costela (esta última é difícil de 
sentir no obeso ou se o paciente tem baixa estatura). A parte mais inferior da 
margem costal localiza-se na linha axilar média e é formada pela margem 
inferior da décima

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