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FACULDADE OBJETIVO Profª. Viviane Rodrigues Tavares SINAIS VITAIS Sinais Vitais ● Sinais vitais são aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal. ● Por serem os mesmos relacionados com a própria existência da vida, recebem o nome de sinais vitais Sinais Vitais ● Pressão arterial, ● Pulso, ● Temperatura corpórea, ● Respiração. ● Dor* Sinais Vitais Cor e umidade da pele - em situações anormais, a pele pode se apresentar: ● Azulada (cianose) como no caso da PCR, asfixia ou exposição ao frio. ● Pálida em casos de hemorragias, estado de choque, PCR prolongada ou mesmo tensão emocional. ● Avermelhada (hiperemiada) em caso de febre, queimaduras de primeiro grau ou traumatismos. ● Fria, úmida e pegajosa no caso de estado de choque. Temperatura Temperatura A temperatura corporal é a diferença entre a quantidade de calor produzida pelos processos corporais e a quantidade de calor perdida para o ambiente externo.Indica atividade metabólica. ➢ Regulação: Neural e Vascular ➢ Produção calor ➢ Perda calor: Irradiação, Condução, Convecção, Evaporação, Diaforese Temperatura ➲ Pele ➢ Mantém calor dentro do corpo ➢ Regula e percebe a temperatura ➲ Fatores que afetam a temperatura corporal: ➢ Idade, exercício, nível hormonal, estresse, ambiente ➲ Alterações: ➢ Febre: Mecanismos de Perda de calor são incapazes de manter o ritmo com a produção excessiva de calor, resultando numa elevação anormal da temperatura. Temperatura Normotermia: temperatura entre 36 0 C e 37,2 0 C. Alterações: ➢ Hipotermia: Perda de calor durante uma exposição ao frio que ultrapassa a capacidade do corpo de produzir calor. ➢ Hipertemia: É a incapacidade do corpo de promover a perda de calor ou reduzir a produção de calor. ➢ Febrícula: temperatura entre 37,2 0 C e 37,4 0 C. ➢ Febre: temperatura entre 37,5 0 C e 40 0 C. ➢ Hiperflexia: temperatura acima de 40 0 C Temperatura ➲ Mensuração: Locais ➢ Oral ➢ Retal ➢ Axilar ➲ Variação: 36 a 38 ➢ Oral: 36,1 a 37,5 0 C ➢ Retal: 37,50 ➢ Axilar: 36,50 Temperatura ➲ A febre é um dos mecanismos de defesa do corpo ➲ Temperatura retal não deve ser realizadas em recém natos e adultos com problemas retais Mensuração da Temperatura ● Temperatura Oral:Coloca o termômetro de vidro sob a língua da vítima,na bolsa sublingual posterior.Fazer com que a vítima mantenha o termômetro no local por 3 a 8 minutos com lábios fechados.O método oferece temperatura central e não é indicado para aqueles que respiram pela boca com suspeita de infecção grave ou beber líquidos quentes. Mensuração da Temperatura ● Axila – Temperatura axilar:Mais utilizado, tendo em vista a facilidade.Coloca o termômetro no centro da axila,mantendo o braço da vítima de encontro ao corpo,e mantê-lo ali por 3 a 8 minutos.O método é conveniente,mas é contra-indicado para crianças pequenas;em pacientes com estado mental alterado,trauma facial ou distúrbio convulsivo;após fumar. Mensuração da Temperatura ● Canal anal – Temperatura Retal:Para o adulto,inserir 03 centímetros do termômetro lubrificado no ânus.Não forçar o termômetro.Mantê-lo no local por 2 a 4 minutos.É contra- indicado após cirurgia do reto ou ferimento no reto e em pacientes com hemorróidas. PULSO ● É o limite palpável do fluxo sangüíneo observados em varias partes do corpo. Pulso ● Pulso é a onda provocada pela pressão do sangue contra a parede arterial cada vez que o ventrículo esquerdo se contrai.Em locais onde as artérias de grosso calibre se encontram próximas à superfície cutânea,pode se sentido à palpação. Cada onda de pulso sentida é um reflexo do débito cardíaco,pois a freqüência de pulso equivale à freqüência cardíaca. Pulso ● A determinação do pulso é parte integrante de uma avaliação cardiovascular.Além da freqüência cardíaca (número de batimentos cardíacos por minuto),os pulsos também devem se avaliados em relação ao: ✦ ritmo (regularidade dos intervalos -regular ou irreguar), ✦ volume (intensidade com que o sangue bate nas paredes arteriais -forte e cheio ou fraco e fino) Pulso ➲ Locais: Temporal (crianças) Carotídeo(PCR, chq) Femoral(perna,chq,pcr) Apical(Ausculta) Poplíteo(MMII) Braquial( MSS/PA) Tibial Posterior(Pé) Radial(Mão) Pedioso(pé) Pulso ➲ Ritmo Normalmente há um intervalo regular entre cada pulso Um intervalo interrompido por batimento precoce ou tardio, ou falta de batimentos indica arritmia. ECG ➲ Amplitude Reflete o volume de sangue ejetado contra a parede sangüínea a cada contração ➲ Igualdade Verificar em ambos os lados. Exceto carotídeo. Pulso ➲ Freqüência cardíaca normal: • Lactentes: 120-160min • Crianças: 90-140/min • Pre-escolar: 80-110/min • Idade Escolar: 75-100/min • Adolescente: 60-90/min • Adulto: 60-100/min Pulso ➲ Variações: Bradicardia Taquicardia Pulso ● Taquicardia Taquicardia é o aumento da freqüência cardíaca (acima de 100 bpm nos adultos).Em vítimas de trauma pode ocorre por hipóxia ou hipovolemia. Pode esta associada também a derrame pericárdico ou a outras causas,como por exemplo, febre,medo,sepse e exercícios físicos.A taquicardia sem uma causa óbvia pode indica um evento cardíaco Pulso ● Bradicardia ❑ É a diminuição da freqüência cardíaca (abaixo de 60 bpm nos adultos). ❑ Nas vítimas de trauma pode esta associada a choque neurogênico. ❑ Pode esta associada também a doenças primárias do coração ou doenças da tireóide. Fatores que influenciam Fator Aumento Diminuição Exercício Curta duração Atleta Temperatura Febre e calor Hipotermia Emoções Dor aguda, ansiedade Dor intensa, relaxamento Hemorragia Aumenta Sis.Simp Postura Levan.; Sentado Deitar-se Dist. Pulmão Falta Oxigenação Respiração ● A respiração é a troca de gases dos pulmões com o meio exterior, que tem como objetivo a absorção do oxigênio e eliminação do gás carbônico. ● Ato automático, controlado no tronco cerebral e mediado por músculos da respiração Respiração Avalia a freqüência, ritmo, sons e profundidade dos movimentos respiratórios. Valores normais: ✓ Eupnéia: 16 a 20 irpm ✓ Taquipnéia: acima de 20 irpm ✓ Bradipnéia: abaixo de 16 irpm Respiração ● Freqüência respiratória Idade Freqüência respiratória recém-nato 40 a 45 r.p.m. lactente 25 a 35 r.p.m pré-escolar 20 a 35 r.p.m. escolar 18 a 35 r.p.m. adulto 16 a 20 r.p.m. ALTERAÇÕES DA RESPIRAÇÃO ● Dispnéia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma comum de várias doenças pulmonares e cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa. ● Ortopnéia: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição ereta. ● Taquipnéia : respiração rápida, acima dos valores da normalidade, freqüentemente pouco profunda. ● Bradipnéia : respiração lenta, abaixo da normalidade. ● Apnéia: ausência da respiração Respiração MATERIAL ● Relógio com ponteiro de segundos ● Papel e caneta para anotações TÉCNICA ● Lavar as mãos ● Orientar o paciente quanto ao exame ● Não deixar o paciente perceber que estão sendo contados os movimentos ● Contagem pelo período de 1 minuto ● Lavar as mãos no término ● Anotar no prontuário PRESSÃO ARTERIAL ● A pressão arterial (PA) é a pressão exercida pelo sangue no interior das artérias. ● Depende da força desenvolvida pela sístole ventricular,dovolume sangüíneo e da resistência oferecida pelas paredes das artérias. Pressão Arterial ➲ Fisiologia ➢ Debito cardíaco = FC x VS ➢ Pressão arterial = DC x RVP ➢ Resistência Vascular periférica – resistência do fluxo de sangüíneo determinada pelo tônus musculatura vascular e diâmetro dos vasos sangüíneos ➢ Viscosidade = hematócrito ➢ Elasticidade Pressão Arterial ● O débito cardíaco é resultante do volume sistólico (VS) multiplicado pela freqüência cardíaca (FC) ● Volume sistólico é a quantidade de sangue que é expelida do ventrículo cardíaco em cada sístole (contração) ● As variações do débito cardíaco são grandes, sendo em média de 5 a 6 litros por minuto, podendo chegar a 30 litros por minuto durante um exercício físico Diástole 1 - O átrio direito relaxa e o sangue desoxigenado é admitido. 2 - O ventrículo direito relaxa. 3 - O ventrículo esquerdo relaxa. 4 - O átrio esquerdo relaxa e o sangue oxigenado é admitido. Sístole Atrial 1 - O átrio direito contrai e bombeia sangue para dentro do ventrículo. 2 - A válvula tricúspide abre. 3 - O ventrículo direito dilata. 4 - O ventrículo esquerdo dilata. 5 - A válvula mitral abre. 6 - O átrio esquerdo contrai e bombeia sangue para dentro do ventrículo. Sístole Ventricular1 - O sangue oxigenado ébombeado para o interior da aorta. 2 - A válvula pulmonar abre. 3 - A válvula tricúspide fecha. 4 - O ventrículo direito contrai e bombeia sangue para os pulmões. 5 - O ventrículo esquerdo contrai e bombeia sangue para todo o corpo. 6 - A válvula mitral fecha. 7 - A válvula aórtica abre. 8 - O sangue desoxigenado é bombeado para o interior da artéria pulmonar. Pressão Arterial ➲ Fatores que influenciam a Pressão ➢ Idade ➢ Estresse ➢ Raça ➢ Medicamentos ➢ Gênero Pressão Arterial ➲ Alteração: Hipertensão: Distúrbio mais comum da pressão arterial. Causa principal de morte decorrentes de AVC e IAM. Considerar: Historia familiar, fumo obesidade,álcool, estresse, colesterol Que fatores podem estar relacionados à pressão alta? ● História familiar ● Idade ● Raça ● Sal em pessoas predispostas ● Obesidade ● Diabete ● Abuso de álcool ● Vida sedentária ● Cigarro ● Estresse Pressão arterial ➲ Alteração: Hipotensão: Causada por perda de grande quantidade de sangue, falência do músculo cardíaco. Esta associada a palidez, pele fria, umidade, confusão, FC diminuída e debito urinário diminuído. Nikolai Sergeevich Korotkoff Instrumentos Explicar o procedimento ao paciente, orientar que não fale e deixar que descanse por 5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. Promover relaxamento para atenuar o efeito do avental branco. Procedimento de Medida da PA 1 Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga cheia, não praticou exercícios físicos há 60-90 minutos, não ingeriu bebidas alcoólicas (café, alimentos) ou fumou até 30 minutos e não está com as pernas cruzadas. 2 Utilizar manguito de tamanho adequado ao braço do paciente, cerca de 2 a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria branquial. A largura da bolsa de borracha deve corresponder a 40% da circunferência do braço e o seu comprimento envolver pelo menos 80%. Procedimento de Medida da PA 3 Manter o braço do paciente na altura do coração, livre de roupas, com a palma da mão voltada para cima e cotovelo ligeiramente fletido. 4 Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneróide. Procedimento de Medida da PA 5 Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para a estimativa do nível da pressão sistólica; desinflar rapidamente e aguardar um minuto antes de inflar novamente. 6 Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria branquial na fossa antecubital, evitando compressão excessiva. 7 Procedimento de Medida da PA Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar de 20 a 30 mmHg, o nível estimado da pressão sistólica. Proceder a deflação, com velocidade constante inicial de 2 a 4 mmHg por segundo. Após identificação do som que determina a pressão sistólica, aumentar a velocidade para 5 a 6 mmHg para evitar congestão venosa e desconforto para o paciente. 8 Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), seguido de batidas regulares que se intensificam com o aumento da velocidade de deflação. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff). Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder a deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff), anotar valores da sistólica/diastólica/zero. Procedimento de Medida da PA 9 Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica, completando com a posição do paciente, o tamanho do manguito e o braço em que foi feita a medida. Não arredondar os valores de pressão arterial para dígitos terminados em zero ou cinco. Procedimento de Medida da PA 10 Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas.11 O paciente deve ser informado sobre os valores obtidos da pressão arterial e a possível necessidade de acompanhamento. 12 Circunferência do braço (cm) Denominação do manguito Largura do manguito (cm) Comprimento da bolsa (cm) ≤ 6 Recém-nascido 3 6 6-15 Criança 5 15 16-21 Infantil 8 21 22-26 Adulto pequeno 10 24 27-34 Adulto 13 30 35-44 Adulto grande 16 38 45-52 Coxa 20 42 Dimensões Aceitáveis da Bolsa de Borracha para Braços de Diferentes Tamanhos Procedimento de Medida da Pressão Arterial Locais para verificação da PA • Cubital • Poplítea • Pediosa Fonte: III Consenso Brasileiro de Hipertensão Causas de Resultados Incorretos na Medida da Pressão Arterial ● Causas Relacionadas ao Equipamento ❑ Aparelhos descalibrados ou inadequadamente calibrados ou testados. ❑ Defeitos do esfigmomanômetro: ✓ Orifício de ar obstruído, ✓ manguito incompletamente vazio, ✓ tubulação defeituosa, ✓ istema de inflação ou válvula de escape, ✓ mercúrio insuficiente no reservatório ✓ indicador zero errado. Causas de Resultados Incorretos na Medida da Pressão Arterial ● Causas Relacionadas ao Equipamento ❑ Estetoscópio danificado. ❑ Tamanho da braçadeira em desacordo com o do braço. Causas Relacionadas ao Examinador ● Braço da vítima sem apoio dão pressões falsamente altas. ● O examinado posiciona o instrumento ao nível acima ou abaixo do coração ou comprime o estetoscópio demasiadamente firme sobre o vaso. ● Mãos do examinado e equipamento frios provocam aumento da pressão sangüínea. ● Interação entre examinado e examinador pode afetar a leitura da pressão arterial.
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