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Ética Profissional – Atividade da Advocacia
Exercício Profissional da advocacia – Aula 04
Profº Dr. José Wagner Cavalcante Muniz
ESTATUTO DA ADVOCACIA
Da Inscrição
FACULDADE UNINASSAU - BELÉM
Curso de Direito
Disciplina: ética profissional
Ética Profissional – Atividade da Advocacia
Exercício Profissional da advocacia – Aula 04
Profº Dr. José Wagner Cavalcante Muniz
Ética Profissional
Profº Wagner Muniz – 2017.2
e-mail: wagnermuniz@outlook.com.br
Obs: Este Material não substitui a bibliografia recomendada.
Ética Profissional – Atividade da Advocacia
Exercício Profissional da advocacia – Aula 04
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DA INSCRIÇÃO:
DA INSCRIÇÃO DO ADVOGADO
Art. 8o Para inscrição como advogado é necessário: 
I - capacidade civil; 
II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; 
IV - aprovação em Exame de Ordem;
V - não exercer atividade incompatível com a advocacia;
VI - idoneidade moral; 
VII - prestar compromisso perante o conselho. 
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DA INSCRIÇÃO:
§ 1o O Exame da Ordem é regulamentado em provimento do Conselho Federal da OAB. 
§ 2o O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos neste artigo. 
§ 3o A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar. 
§ 4o Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por crime infamante, salvo reabilitação judicial 
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DA INSCRIÇÃO:
DA INSCRIÇÃO DO ESTAGIÁRIO
Art. 90 Para inscrição como estagiário é necessário: 
I - preencher os requisitos mencionados nos incisos I, III, V, VI e VII do art. 8o; 
II - ter sido admitido em estágio profissional de advocacia. 
§ 1o O estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, realizado nos últimos anos do curso jurídico, pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino superior pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina. 
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DA INSCRIÇÃO:
DA INSCRIÇÃO DO ESTAGIÁRIO
CONT..
§ 2o A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu curso jurídico. 
§ 3o O aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a advocacia pode freqüentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB. 
§ 4o O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que queira se inscrever na Ordem 
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DA INSCRIÇÃO:
DA INSCRIÇÃO DO ESTAGIÁRIO
Preencher os requisitos mencionados nos incisos I, III, V, VI e VII do art. 80. 
Já de antemão, o Estatuto exige, para inscrição nos quadros de estagiário junto à OAB: capacidade civil (ainda que relativa)108, título de eleitor e quitação do serviço militar (se brasileiro); não exercer atividade incompatível com a advocacia, idoneidade moral e prestar compromisso (de estágio) perante o Conselho. 
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DA INSCRIÇÃO:
DA INSCRIÇÃO PRINCIPAL DO ADVOGADO
Art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do regulamento geral. 
§ 1o Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado. 
§ 2o Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano. 
§ 3o No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa, deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional correspondente. 
§ 4o O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou de inscrição suplementar, ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição principal, contra ela representando ao Conselho Federal. 
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DA INSCRIÇÃO:
DO CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO DO ADVOGADO
Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que: 
I - assim o requerer;
II - sofrer penalidade de exclusão;
III - falecer; 
IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia; 
V - perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição. 
§ 1o Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser promovido, de ofício, pelo conselho competente ou em virtude de comunicação por qualquer pessoa. 
§ 2o Na hipótese de novo pedido de inscrição - que não restaura o número de inscrição anterior - deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 80. 
§ 3o Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser acompanhado de provas de reabilitação. 
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DA INSCRIÇÃO:
DO CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO DO ADVOGADO
Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que: 
I - assim o requerer;
II - sofrer penalidade de exclusão;
III - falecer; 
IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia; 
V - perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição. 
§ 1o Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser promovido, de ofício, pelo conselho competente ou em virtude de comunicação por qualquer pessoa. 
§ 2o Na hipótese de novo pedido de inscrição - que não restaura o número de inscrição anterior - deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 80. 
§ 3o Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser acompanhado de provas de reabilitação. 
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DA INSCRIÇÃO:
DA LINCENÇA DO ADVOGADO
Art. 12. Licencia-se o profissional que:
I - assim o requerer, por motivo justificado; 
II - passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia; 
III - sofrer doença mental considerada curável. 
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DA INSCRIÇÃO:
DA INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTO DO ADVOCACIA
No entanto, tais institutos não se confundem, pois há diferenças. E é a Lei Nº 8.906/94 – Estatuto da Advocacia e da OAB que regula a respeito da questão e os diferencia.
Art. 27. A incompatibilidade determina a proibição total, e o impedimento, a proibição parcial do exercício da advocacia.
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DA INSCRIÇÃO:
DA INCOMPATIBILIDADE DA ADVOCACIA
Art. 28. A advocacia é incompatível,mesmo em causa própria, com as seguintes atividades:
I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legai
II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta. (ADIn 1127-8 SFT).
III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público
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DA INSCRIÇÃO:
DA INCOMPATIBILIDADE DA ADVOCACIA
Art. 28. [...]
[...]
IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro
V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza
VI - militares de qualquer natureza, na ativa
VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais
VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas.
 
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DA INSCRIÇÃO:
DA INCOMPATIBILIDADE DA ADVOCACIA
Art. 28. [...]
[...]
§ 1º A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo temporariamente.
§ 2º Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não detenham poder de decisão relevante sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho competente da OAB, bem como a administração acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico.
 
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DA INSCRIÇÃO:
DA INCOMPATIBILIDADE DA ADVOCACIA
Uma parte da doutrina que aborda a Deontologia entende que alguns dispositivos específicos devem ser interpretados da maneira mais ampla possível, ou seja, abrangendo cargos não elencados mas que vinculados direta ou indiretamente às atividades relacionadas, como por exemplo, o inciso V, onde menciona "atividade policial de qualquer natureza" sendo interpretado como "Poder de Polícia", o que traz uma enorme diferença, pois a atividade policial e o Poder Administrativo não se confundem sob hipótese alguma. 
O que ocorre, neste entendimento, é a existência da necessidade de ampliar a interpretação normativa, utilizando-se de parcela discricionária atribuída à OAB, a fim de evitar quaisquer atos que faltem com a ética profissional.
 
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DA INSCRIÇÃO:
DA INCOMPATIBILIDADE DA ADVOCACIA
Outra questão importante aparece no inciso III, o qual menciona: “ocupantes de cargos ou funções de direção em órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público”. Alguns cargos vinculados à Administração Pública indireta, apesar de não terem funções de direção, possuem poder de decisão relevante sobre interesses de terceiros, o que, em tese, são proibidos de exercer a advocacia, conforme discorre o mencionado § 2º.
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DA INSCRIÇÃO:
DO IMPEDIMENTO DO ADVOCACIA
Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia:
I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora
II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público.
Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos jurídicos.
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DA INSCRIÇÃO:
DO IMPEDIMENTO DO ADVOCACIA
São impedidos de exercerem a advocacia aqueles que são servidores da administração direta, indireta e fundacional, desde que não detenham poder de decisão relevante sobre interesses de terceiros, contra a Fazenda Pública ou entidade empregadora que os remunere, bem como Vereadores, Deputados Estaduais, Deputados Distritais, Deputados Federais e Senadores, desde que não sejam membros da Mesa de suas casas legislativas, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias prestativas de serviço público.
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DA INSCRIÇÃO:
DA INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTO DO ADVOCACIA
O que é importante esclarecer é que o legislador não pretendeu restringir o livre exercício da profissão, que é uma garantia constitucional de eficácia contida, por se submeter a uma reserva legal, mas sim apenas regulamentar de forma a não haver prejuízo do interesse público, observando a ética profissional, uma vez que estamos diante de um profissional que exerce munus publicum.
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DA INSCRIÇÃO:
DA INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTO DO ADVOCACIA
Art. 29. Os Procuradores Gerais, Advogados Gerais, Defensores Gerais e dirigentes de órgãos jurídicos da Administração Pública direta, indireta e fundacional são exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura.
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Muito Agradecido!
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