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Jurisdição Constitucional - Aula 1

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Aula 1 – 8/8/2019
Prof. Ms. Thiago Brito
Jurisdição Constitucional
Algumas regras de convivência
Disciplina de 66 horas
Frequência será apurada todas as aulas
Uso de celular não é proibido. Apenas não atender ligações em sala de aula.
A participação é incentivada e dúvidas devem ser respondidas quando surgirem.
O material em PowerPoint será fornecido antes as aulas. Mas não se limitem a ele.
Bibliografia Básica da Disciplina
SARLET, Ingo Wolfgang. MARINONI, Luiz Guilherme. MITIDIERO, Daniel. Curso de direito constitucional. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. [Minha biblioteca] 
BARROSO, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. [Minha biblioteca] 
DIMOULIS, Dimitri. LUNARDI, Soraya. Curso de processo constitucional. 5. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2017. [Minha biblioteca] 
Bibliografia Complementar
MENDES, Gilmar Ferreira. BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional. 12. ed. São Paulo, Saraiva, 2017. 
[Minha biblioteca] MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 33. ed. São Paulo: Atlas, 2017. [Minha biblioteca] 
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de direito constitucional. 40. ed. São Paulo: Saraiva, 2015. [Minha biblioteca] 
MORAES, Guilherme Peña de. Curso de direito constitucional. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. [Minha biblioteca]
TAVARES, André Ramos. Curso de direito constitucional. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. [Minha biblioteca] 
Trabalhos e Avaliações
1ª Marco Avaliativo:
Atividade sobre Controle de Constitucionalidade e Função dos Tribunais (APS postada no Blackboard – Até o dia 3/10): 4 pontos
Prova dissertativa, sem consulta, no dia 3/10: 6 pontos
2ª Marco Avaliativo:
Trabalho em sala de aula (questionário de revisão de toda matéria – 28/11): 4 pontos
Prova objetiva, sem consulta, no dia 5/12: 6 pontos
Controle de Constitucionalidade
O controle de constitucionalidade é um dos instrumentos mais antigo e necessário utilizado na defesa da ordem constitucional de um determinado Estado.
Conceito: Controle de constitucionalidade é, pois, a verificação da adequação de um ato jurídico (particularmente da lei) à Constituição. Envolve a verificação tanto dos requisitos formais – subjetivos, como a competência do órgão que o editou – objetivos, como a forma, os prazos, o rito, observados em sua edição – quanto dos requisitos substanciais – respeito aos direitos e às garantias consagrados na Constituição – de constitucionalidade do ato jurídico.
Controle de Constitucionalidade
O princípio é próprio de constituições escritas e rígidas (ou semi-rígidas), consistindo em elevar a Constituição ao ponto mais alto do ordenamento jurídico nacional, dotando-a de caráter soberano.
O tema do controle de constitucionalidade das leis, baseado no principio da supremacia da Constituição, implica colocar a Carta Magna acima de todas as outras manifestações de Direito, as quais, ou são com ela compatíveis ou nenhum efeito devem produzir. Se a lei ordinária, o estatuto privado, a sentença judicial, o contrato, o ato administrativo etc. não se conformarem com a Constituição, devem ser fulminados por uma nulidade incomum, qual seja, aquela proveniente da Lei Maior, com base no principio da Supremacia da Constituição.
Controle de Constitucionalidade
Controle difuso: também denominado descentralizado, por via de exceção ou indireto, tem origem no caso Madison versus Marbury (1803) julgado pelo juiz Marshall da Suprema Corte norte-americana. Por esse sistema a inconstitucionalidade é apreciada diante de casos concretos, como questão prejudicial ao julgamento do mérito, competindo a qualquer juiz ou tribunal se posicionar a respeito, podendo reconhecer a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo arguido de vício, porém sempre incidenter tantum, pois o objeto principal da ação, nestes casos, não é a declaração de inconstitucionalidade, mas a relação jurídica instaurada entre autor e réu.
Controle de Constitucionalidade
Síntese desse célebre litígio: nas vésperas do final de seu mandato, o Presidente John Adams nomeou vários correligionários, entre os quais o William Marbury, para ocuparem cargos estratégicos no judiciário federal. Ao assumir o poder, o novo Presidente Thomas Jefferson ordenou ao Secretário James Madison que não concedesse a posse aos beneficiários. Inconformado, Marbury, com base em Lei de Judiciária de 1789 que outorgava à Suprema Corte o poder de conceder mandados, impetrou ação, postulando a posse no cargo de juiz.
Ao analisar o caso, o Supremo Tribunal negou o pedido, sob a justificativa de que a citada lei é inconstitucional, por criar uma competência não prevista na Constituição Federal.
Controle de Constitucionalidade
Na verdade, o controle de constitucionalidade nos EUA é muito mais complexo que isso, e pode ser divido em 3 eras: tradicional, transição e moderna.
Na era tradicional, que se inicia em 1787, com a promulgação da Constituição, e vai até o final do século XIX, a Suprema Corte assumira uma postura voltada, preferencialmente, à aplicação da Constituição diante das leis ordinárias.
Ainda na era tradicional, temos o infame caso Dred Scott v. Sandford (60 U.S. 393), de 1857, em que a Suprema Corte – à época presidida pelo juiz Roger B. Taney – afirmou que os escravos não estavam protegidos pela Constituição e, portanto, não poderiam recorrer aos tribunais norte-americanos.
Controle de Constitucionalidade
A era de transição, por sua vez, inicia em torno de 1890, com a grande reformulação ocorrida na composição da Suprema Corte em um curto espaço de tempo, e perdura até o final da década de 30.
Este estágio é conhecido pela influência de um laissez-faire que marca a Suprema Corte, impedindo o Estado de tomar quaisquer medidas voltadas à regulação, por exemplo, das políticas de bem-estar relativas à segurança, à saúde, ao trabalho, etc. 
Nesse sentido, aliás, cumpre referir o famoso caso Lochner v. New York (198 U.S. 45), em 1905, no qual a Suprema Corte invalidou uma lei estadual do estado de New York – que limitava a jornada de trabalho dos empregados de padaria – por considerá-la intrusiva demais na política econômica do Estado.
Havia uma tendência conservadora que ficou conhecida como uma política judiciária de contenção (self-restraint), em que a Suprema Corte impossibilitava a interferência do Estado na esfera das relações privadas. 
Controle de Constitucionalidade
Roosevelt x Supreme Court:
A crise econômica em 1929 mudou radicalmente o cenário político e social norte-americano, levando o governo a tomar uma série de medidas reguladoras para superar a depressão econômica. 
Assim, Franklin Roosevelt ao assumir a presidência, em 1933, tratou de propor a implementação de medidas políticas que produzissem efeitos na economia (New Deal). Trata-se de uma mudança nos valores do povo americano. Todos pensavam desse modo, exceto cinco juízes que compunham a Suprema Corte e que, então, se insurgiram contra o plano econômico, invocando a cláusula do devido processo e a cláusula do comércio para derrubar grande parte da legislação proposta pelo governo. 
O embate continuou até que, logo no início de seu segundo mandato, Roosevelt anunciou seu plano de aumentar mais uma vaga na Suprema Corte para cada juiz que ultrapassasse 70 anos de idade e, assim, conseguiu fazer com que a Corte finalmente se rendesse e, sem que tenha ocorrido sequer uma nomeação, mudasse sua jurisprudência, passando a compactuar com as medidas de recuperação da economia propostas pelo governo. 
Controle de Constitucionalidade
A era moderna é considerada, sem sombra de dúvida, a mais importante das três, compreendendo o período que se inicia com a mudança ocorrida nos idos de 1937 e se estende até os dias de hoje, razão pela qual é sobre ela que nos concentraremos. 
Com o recuo da Suprema Corte, inaugurou-se uma nova etapa, em cujo foco se deslocava da esfera econômica paraas liberdades civis, na medida em que a primeira e a décima quarta emendas tornaram-se o mote de um ativismo judicial que até então não havia sido desenvolvido e que inscreveria, de uma vez por todas, a atuação desempenhada pela Suprema Corte na história do constitucionalismo: inseridos na tradição da common law, os juízes deixaram de simplesmente interpretar as leis e passaram a reescrevê-las.
Controle de Constitucionalidade
Era Moderna:
Neste contexto, portanto, é que foi julgado, em 1954, o famoso caso Brown v. Board Education (347 U.S. 483) – um dos mais importantes da história da Suprema Corte –, em que a segregação racial predominante nas escolas públicas do sul dos Estados Unidos foi declarada inconstitucional, por unanimidade, levando em conta o princípio da igualdade (equal protection of the law), que havia sido inserido na Constituição norteamericana, em 1868, através da décima quarta emenda, que concedeu cidadania e alguns direitos civis a todos os african americans.
Controle de Constitucionalidade
Controle concentrado, abstrato ou por via de ação: é mais recente, surge com a Constituição Austríaca de 1920, por idealização de Hans Kelsen. Trata-se de método de controle centralizado, presidido por órgão único, que nem sempre é componente do Poder Judiciário. 
Tal sistema se caracteriza pela análise da lei em tese, abstratamente considerada, onde a discussão acerca da questão constitucional constitui o próprio objeto da ação. Esta espécie de controle inicialmente adotada na Áustria hoje constitui o sistema de preferência dos países europeus, tendo sido adotado com pequenas variações por países como Alemanha, Itália e Espanha
Controle de Constitucionalidade
O modelo europeu aprecia a constitucionalidade da lei em tese atuando como um “legislador negativo”, nesse sistema não se aprecia um caso concreto, pois o controle é realizado pela via principal.  
Alemanha: O controle de constitucionalidade alemão é realizado por três mecanismos principais, a saber, pelo recurso constitucional, pelo controle abstrato e por intermédio do controle concreto. 
Controle de Constitucionalidade
Recurso Constitucional (Verfassungsbeschwerde): O recurso constitucional alemão, previsto no art. 93.1.4a da LFB, é, sem dúvida, o instrumento mais importante do seu modelo controle de constitucionalidade. Isso porque permite uma ampla participação popular no controle da constitucionalidade das leis, já que franqueia acesso direto dos titulares de direitos fundamentais ou assemelhados, sejam eles os cidadãos, as pessoas jurídicas ou mesmo os estrangeiros, ao Tribunal Constitucional Federal alemão, independentemente de assistência de advogado e do pagamento de custas. 
É interessante observar que, no que diz respeito à decisão que julga o recurso constitucional, essa tem natureza anulatória. Independente de se tratar de decisão judicial ou ato normativo.
Controle de Constitucionalidade
Controle Abstrato na Alemanha:
Na Alemanha, há apenas uma arguição de inconstitucionalidade, que pode ser promovida, perante o Tribunal Constitucional Federal, por um número reduzido e limitado de legitimados, conforme dispõe o art. 93.1.3 da LFB. De acordo com referido dispositivo constitucional, é parte legítima para propor esse tipo de controle o Governo Federal, os Governos Estaduais e 1/3 do Parlamento Federal. 
Quanto ao objeto desse controle, três são as hipóteses que autorizam o manejo dessa via: a) a incompatibilidade de lei federal com a Lei Fundamental; b) a ofensa de lei estadual à Lei Fundamental; e c) o desrespeito de lei estadual à lei federal
Controle de Constitucionalidade
Ao contrário do que muitos imaginam, na Alemanha não existe apenas o controle abstrato de constitucionalidade; há, também, o concreto. Previsto no art. 100 da LFB, ele ocorrerá em três hipóteses, quais sejam: 
a) quando, no curso de um processo, suspeitar -se da inconstitucionalidade de uma lei de cuja validade dependa a solução do feito; 
b) dúvida acerca da vigência no sistema alemão de regra de Direito Internacional Público e se ela cria direitos e obrigações; e 
c) quando, na interpretação de uma lei, o Tribunal de um Estado se afastar da posição do Tribunal Constitucional Federal, ou de outro da federação.
Controle de Constitucionalidade
Misto: é aquele em que algumas espécies normativas são submetidas a um controle político, outras a um controle jurisdicional. Também é considerado misto o sistema no qual se admitem ambas as modalidades de controle - difuso e concentrado.
Brasil: Convivem os dois sistemas, com um controle difuso (Recurso Extraordinário, habeas corpus, mandado de segurança, mandado de injunção, ação civil pública e ação popular) e o controle concentrado (ação direta de inconstitucionalidade, ação declaratória de constitucionalidade, ação de inconstitucionalidade por omissão e arguição de descumprimento de preceito fundamental).
Obrigado!
Email: thiago.brito@fadergs.edu.br

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