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Apostila Juros sobre o capital próprio

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Prévia do material em texto

Contabilidade 
Avançada
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Rosana Buzian
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Juros Sobre o Capital Próprio
• Introdução
• Metodologia do Cálculo
• Exemplos de Cálculo e Contabilização
• Resumo
 · Como pontos a serem estudados sobre os Juros sobre o Capital 
Próprio, teremos, inicialmente, uma contextualização, ou seja, onde 
está inserido esse assunto; depois, veremos seu conceito e sua base 
legal. Outro item a ser estudado é a questão fiscal, em termos de 
dedutibilidade, para, então, trabalharmos com alguns exemplos 
práticos que envolvem o cálculo e a contabilização.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Nesta Unidade, vamos aprender um pouco mais sobre um importante tema 
“Juros sobre Capital Próprio”. 
Então, procure ler, com atenção, o conteúdo disponibilizado e o material 
complementar.
Não esqueça! A leitura é um momento oportuno para registrar suas dúvidas; 
por isso, não deixe de registrá-las e transmiti-las ao professor-tutor. 
Além disso, para que a sua aprendizagem ocorra no ambiente mais interativo 
possível, na pasta de atividades, você também encontrará algumas atividades 
que poderão colaborar e facilitar os seus estudos, aproveite cada um deles. 
Cada material disponibilizado é mais um elemento para seu aprendizado; 
por favor, estude todos com atenção!
É importante, também, respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
ORIENTAÇÕES
Juros Sobre Capital Próprio
UNIDADE Juros Sobre o Capital Próprio
Contextualização
Quando falamos da figura do Acionista, o detentor do Capital Próprio, a pergunta 
é: Qual é a remuneração desse Acionista? Somente os Dividendos? 
Então, temos como resposta a figura dos “Juros sobre o Capital Próprio”, que 
envolve questões tributárias, a questão da dedutibilidade e, também, a questão dos 
cálculos e sua contabilização. Então, nessa Unidade, além dos conceitos, teremos 
exemplos que demonstram o seu cálculo e a sua contabilização.
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Introdução
O conceito de Custo de Oportunidade tem sido amplamente discutido pela Teoria 
de Contabilidade e pela Teoria de Finanças. Trata-se de quanto uma pessoa ou 
Empresa sacrificou em termos de remuneração por ter tomado a decisão de aplicar 
seus recursos em determinado investimento alternativo (ASSAF NETO, 2006).
Ou seja, o montante de capital próprio aplicado por um acionista em certa 
Empresa poderia também lhe proporcionar certo rendimento em outra alternativa 
de investimento. Como o acionista abriu mão de investir em determinada 
alternativa, para adquirir ações da Empresa, ele deixou de ganhar o rendimento 
da primeira opção. Com isso, o ideal é que o investimento escolhido para efetuar 
a aplicação remunere o proprietário do capital de modo satisfatório, ao menos 
igualando o rendimento que poderia conseguir em outra aplicação equivalente. 
Assim, depreende-se que o capital próprio tem um custo, conforme estudado em 
disciplinas da área de Finanças.
Os Juros Sobre o Capital Próprio (JSCP), instituído por meio da Lei 9.249/95, 
são baseados nesse entendimento. Aliás, por isso a nomenclatura adotada, pois 
se trata da distribuição de juros aos sócios, juros estes que são calculados sobre o 
capital próprio da Empresa. 
As autoridades governamentais reconheceram esta ferramenta mediante 
o desenvolvimento econômico iniciado em meados da década de 1990. Neste 
período, ocorreu a eliminação da necessidade de correção monetária.
Em uma economia altamente inflacionária, como era a brasileira, a correção 
monetária era uma importante ferramenta para refletir a perda do poder aquisitivo 
da moeda. 
Com a implantação do Plano Real e a inflação, em parte controlada, a Correção 
Monetária foi abolida. Assim, a dedução fiscal gerada por esta correção foi perdida 
pelas empresas. Como forma de compensar essa perda, foi criada a figura dos 
Juros Sobre o Capital Próprio, ficando permitida sua dedutibilidade para fins de 
apuração do Lucro Real em esfera fiscal.
O pagamento do JSCP, bem como o pagamento de dividendos, faz parte dos 
programas de remuneração aos acionistas e proprietários. A principal diferença 
entre eles reside em esfera fiscal. O primeiro apresenta dedutibilidade fiscal e o 
segundo não.
A seguir, vejamos as regras para cálculo.
7
UNIDADE Juros Sobre o Capital Próprio
Metodologia do Cálculo
Vejamos as determinações do Regulamento do Imposto de Renda – RIR/99:
Art. 347. A pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos de apuração 
do lucro real, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, 
sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados 
sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata dia, 
da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP.
§1º O efetivo pagamento ou crédito dos juros fica condicionado à 
existência de lucros, computados antes da dedução dos juros, ou de lucros 
acumulados e reservas de lucros, em montante igual ou superior ao valor 
de duas vezes os juros a serem pagos ou creditados.
(...)
§4º Para fins de cálculo da remuneração prevista neste artigo, não será 
considerado o valor de reserva de reavaliação (Ajustes de Avaliação 
Patrimonial); de bens ou direitos da pessoa jurídica, exceto se esta for 
adicionada na determinação da base de cálculo do imposto de renda e da 
contribuição social sobre o lucro líquido.
Iniciando a leitura do Artigo 347, observamos a permissão para dedução fiscal 
sobre o pagamento a título de JSCP, o qual será reconhecido na demonstração de 
resultado como despesas financeiras.
A Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) é fixada pelo Banco Central do Brasil 
conforme a meta de inflação e o prêmio pelo risco. Costuma ser utilizada como o 
custo básico dos financiamentos do BNDES. 
Quando o capital integralizado no início do ano permanece o mesmo até o fim 
do ano, para cada proprietário, não há necessidade de utilizar a taxa pro rata dia. 
Esta se refere a períodos menores do que um ano. Isso ocorre quando a base de 
cálculo para os juros é composta por valores de capital integralizados durante o 
ano. Por exemplo, um sócio que tenha integralizado Capital no início de setembro 
receberá os juros sobre o capital próprio somente referente ao período de setembro 
a dezembro.
O Parágrafo 1º determina que o pagamento só ocorrerá mediante apuração de 
lucros, conforme condição estabelecida pela Legislação. Ademais, depreende-se 
que o valor dos juros pagos ou creditados não poderá exceder os limites apurados, 
como segue: (a) 50% do lucro líquido; e (b) 50% dos saldos de lucros acumulados e 
reservas de lucros (PEREZ JUNIOR; OLIVEIRA, 2010).
Considerando os limites descritos e ainda a TJLP, Martins et al. (2013) interpretam 
que o montante máximo de JSCP aceito como dedutível para efeitos tributários 
limita-se ao menor valor entre: (a) o valor obtido por meio da aplicação da TJLP 
sobre o Patrimônio Líquido; e (b) o maior valor entre 50% do lucro apurado no 
exercício e 50% do somatório dos lucros acumulados com as reservas de lucros.
8
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Podemos demonstrar esta regra da seguinte maneira:
JSCP Menor valorentre:
Valor obtido na aplicação da TJLP sobre
o Patrimônio Líquido
Maior valor entre 50% do LL ou 50% de
lucros acumulados e reservas de lucro
Figura 1– Apuração dos Juros Sobre o Capital Próprio.
Fonte: Elaborado pelo autor
A utilização desta figura pode auxiliar o cálculo, como será visto adiante. 
Continuando as determinações da Lei, é importante notar que o valor do Patrimônio 
Líquido considerado para efeito desse cálculo, refere-se àquele deduzido da reserva 
de reavaliação e dos saldos mantidos na conta ajuste de avaliação patrimonial. 
Ambos não devem compor a base de cálculo. A não ser que sejam adicionados na 
determinação da base de cálculo do lucro tributável.
A reserva de reavaliaçãofoi abolida pela Lei 11.638/07, mas as companhias que 
já a possuíam tiveram a opção de mantê-la até a completa realização. A vedação 
é aplicada a novas constituições dessa reserva a partir da entrada em vigor da Lei. 
Ou seja, quem já tinha essa reserva pôde mantê-la, o que não ocorreu na efetuação 
de novas constituições.
A conta ajuste de avaliação patrimonial também deve ser excluída da base de 
cálculo; refere-se aos ajustes efetuados provenientes de variações de valores 
em elementos ativos e passivos em decorrência da sua avaliação a valor justo. É 
importante lembrarmos de que essa conta não se trata de reserva de lucros (pois não 
foi gerada pelo resultado) e nem reserva de capital (pois não foi originada dos sócios).
Entre outras determinações legais, devemos, ainda, destacar o fato de que os 
juros pagos ou creditados ao seu beneficiário ficam sujeitos à alíquota de 15% de 
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). Adicionalmente, estes juros podem 
ser imputados ao valor dos dividendos obrigatórios, sem prejuízo da incidência do 
IRRF (COAD, 2013).
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UNIDADE Juros Sobre o Capital Próprio
Exemplos de Cálculo e Contabilização
Limites para pagamento
Vejamos o Exemplo 1, em que praticaremos a observância dos limites impostos 
pela Legislação:
EXEMPLO 1 - Uma empresa possuía, no início do período, os seguintes saldos em seu Patrimônio 
Líquido, conforme valores apresentados em milhares de reais:
Capital social
Reservas de capital
Ajustes de avaliação patrimonial
Reservas de lucros
2.500
240
200
460
Total 3.400
A Empresa apurou lucro de $ 300 antes da provisão para o IR e da dedução dos referidos juros. A taxa de juros 
de longo prazo, no período, foi de 6%. Qual o valor limite para pagamento de juros sobre o capital próprio?
Resolução do Exemplo 1
Para a determinação do valor limite para os juros sobre o capital próprio, vamos 
recordar que o montante máximo aceito como dedutível para efeitos tributários 
limita-se ao menor valor entre: (a) o valor obtido por meio da aplicação da TJLP 
sobre o Patrimônio Líquido; e (b) o maior valor entre 50% do lucro apurado no 
exercício e 50% do somatório dos lucros acumulados com as reservas de lucros 
(IUDÍCIBUS et al., 2010).
Para facilitar, vamos utilizar a figura demonstrada na seção anterior: 
JSCP Menor valor:192
PL x TJLP => 3.200 x 6% => 192
Maior entre:
50% do LL => 300 x 50% => 150
50% de reservas de lucro => 460 x 50% => 230
Figura 2. Resolução do exemplo 1.
Fonte: elaborado pela própria autora.
Observe que primeiramente precisamos aplicar o percentual da TJLP sobre o 
Patrimônio Líquido (PL). Mas como os valores constantes em ajustes de avaliação 
patrimonial não devem fazer parte da base de cálculo, vamos excluí-lo do valor do 
PL. Então, PL = $ 3.400 - $ 200 = $ 3.200. Aplicando a TJLP de 6% sobre esta 
base de cálculo, obtemos o valor de $ 192.
Posteriormente, precisamos verificar os limites impostos pela Legislação. Para 
isso, apuramos os valores correspondentes a 50% do lucro do período e também 
do saldo de reservas de lucro e lucros acumulados no início do período. Como a 
Legislação permite a opção pelo maior valor entre ambos, então, vamos admitir o 
valor de $ 230 como limite (50% das reservas de lucros).
10
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Por fim, o valor passível de pagamento como juros sobre o capital próprio 
refere-se ao menor valor entre a aplicação da TJLP sobre o PL e aquele obtido 
pelos limites estabelecidos. Assim, $ 192 é o valor dos JSCP a serem pagos.
Cálculo completo e contabilização
No Exemplo 2, estudaremos o procedimento completo envolvendo: determinação 
do valor dos juros a serem pagos conforme os limites estabelecidos, retenção do 
Imposto de Renda na fonte e contabilização.
EXEMPLO 2 - Uma Empresa possuía, no início do período, os seguintes saldos em seu Patrimônio 
Líquido, conforme valores apresentados em milhares de reais:
Capital social
Reservas de capital
Ajustes de avaliação patrimonial
Reservas de lucros
12.680
1.950
450
2.600
Total 17.680
A Empresa apurou lucro de $ 2.000 antes da provisão para o IR e da dedução dos referidos juros. A taxa de 
juros de longo prazo, no período, foi de 5%. Determine o valor de JSCP a ser pago pela Empresa, líquido de 
IRRF e faça o correto tratamento contábil.
Resolução do Exemplo 2
Para estabelecer o valor limite para pagamento, vamos utilizar o esquema já 
utilizado nas seções anteriores. Nesse caso, teremos os seguintes valores:
JSCP Menor valor:861,50
PL x TJLP => 17.230 x 5% => 861,50
Maior entre:
50% do LL => 2.000 x 50% => 1000
50% de reservas de lucro => 2.600 x 50% => 1.300
Figura 3. Resolução do exemplo 2.
Fonte: elaborado pelo autor
O valor de Patrimônio Líquido considerado como base de cálculo foi obtido 
excluindo ajustes de avaliação patrimonial, sendo: $ 17.680 - $ 450, o que resultou 
em um PL de $ 17.230. Aplicando a TJLP de 5% sobre esse valor, temos $ 
861,50. Mas é preciso verificar se esse valor está dentro dos limites impostos pela 
Legislação. Observamos que, entre as duas opções de limites, a maior resulta em $ 
1.300, então a empresa pode pagar o valor de $ 861,50.
Neste momento, tendo estabelecido o valor de JSCP a pagar, não podemos 
esquecer que este se sujeita a retenção de 15% a título de IRRF. Assim, o valor 
do imposto retido é: $ 861,50 x 15% = $ 129,23 e o valor líquido de JSCP a 
ser pago pela empresa é: $ 861,50 - $ 129,23 = $ 732,27. Os lançamentos 
contábeis devem refletir esta situação. 
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UNIDADE Juros Sobre o Capital Próprio
Vejamos:
Lançamento 1
D = Despesas Financeiras
C = Juros sobre Capital Próprio a Pagar
861,50 861,50
Conforme o lançamento 1, o valor de pagamento do referido juros será debitado 
em despesas financeiras, no resultado do período, e creditado em juros sobre o 
capital próprio a pagar, no passivo circulante. Por enquanto, é lançado o valor 
bruto, desconsiderando a retenção do IRRF, a qual será reconhecida a seguir:
Lançamento 2
D = Juros sobre Capital Próprio a Pagar
C = IRRF a Recolher
129,23 129,23
O lançamento 2 demonstra o reconhecimento da obrigação do Imposto de 
Renda Retido, debitando a conta juros sobre capital próprio a pagar e creditando a 
conta IRRF a recolher, do passivo circulante. Observe que, após esse lançamento, 
a conta de juros sobre capital próprio a pagar apresentará o saldo de $ 732,27, 
líquido do Imposto.
Posteriormente, no ato do pagamento do JSCP e IRRF, basta fazer o lançamento 
de débito em ambas as contas em contrapartida de disponibilidades. Nesse 
exemplo, o valor de JSCP a ser pago aos sócios, líquido do Imposto de Renda 
Retido na Fonte, é de $ 732,27.
Esse mesmo lançamento pode ser apresentado de outra maneira:
D = Despesas Financeiras
C = Juros sobre Capital Próprio a Pagar
C = IRRF a Recolher
861,50 732,77129,23
Resumo
O Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99) permite a dedução fiscal sobre o 
pagamento a título de JSCP, o qual será reconhecido na demonstração de resultado 
como despesas financeiras.
Este será baseado na aplicação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) sobre 
o Patrimônio Líquido, mas este valor deve estar limitado a 50% do lucro líquido ou 
50% dos saldos de lucros acumulados e reservas de lucros; dos dois, o maior.
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O pagamento só ocorrerá mediante apuração de lucros, conforme condição 
estabelecida pela Legislação.
Considerando-se os limites descritos e, também, a TJLP, podemos estabelecer 
um esquema para a apuração do montante máximo de JSCP aceito como dedutível 
para efeitos tributários. Este resulta do menor valor entre: (a) o valor obtido por 
meio da aplicação da TJLP sobre o patrimônio líquido; e (b) o maior valor entre 
50% do lucro apurado no exercício e 50% do somatório dos lucros acumulados 
com as reservas de lucros.
O valor do patrimônio líquido considerado para efeito destecálculo refere-se 
àquele deduzido da reserva de reavaliação e dos saldos mantidos na conta ajuste de 
avaliação patrimonial. Ambos não devem compor a base de cálculo, a não ser que 
sejam adicionados na determinação da base de cálculo do lucro tributável.
Entre outras determinações legais, devemos, ainda, destacar o fato de que os 
juros pagos ou creditados ao seu beneficiário ficam sujeitos à alíquota de 15% de 
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF).
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UNIDADE Juros Sobre o Capital Próprio
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Contabilidade avançada e análise das demonstrações financeiras
VICECONTI, P. E. V.; NEVES, S. das. Contabilidade avançada e análise das 
demonstrações financeiras. 17.ed. São Paulo: Saraiva, 2013;
Gestão fiscal nas empresas: principais conceitos tributários e sua aplicação
ABREU, A. Gestão fiscal nas empresas: principais conceitos tributários e sua aplicação. 
São Paulo: Atlas, 2008;
Planejamento tributário
ANDRADE FILHO, E. O. Planejamento tributário. São Paulo: Saraiva, 2009;PÊGAS, 
P. H. Manual de Contabilidade Tributária. 8.ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2014.
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Referências
ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2006.
COAD. Curso Prático IRPJ 2013. Rio de Janeiro: 2013.
MARTINS, E. et al. Manual de contabilidade societária. Aplicável a todas as 
Sociedades de Acordo com as Normas Internacionais e do CPC. 2.ed. São Paulo: 
Atlas, 2013.
PEREZ JUNIOR, J. H.; OLIVEIRA, L. M. Contabilidade avançada. 7.ed. São 
Paulo: Atlas, 2010.
RECEITA Federal do Brasil. Regulamento do Imposto de Renda – RIR. Brasília: 1999.
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UNIDADE 
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